Casa de bonecas: 1 - A Boneca
img img Casa de bonecas: 1 - A Boneca img Capítulo 5 Planos
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Capítulo 6 Casa de Carne img
Capítulo 7 Proposta img
Capítulo 8 A mãe desprezada img
Capítulo 9 A escolha de Anaís img
Capítulo 10 Bem-vinda ao Lar img
Capítulo 11 A moça loira caipira img
Capítulo 12 A Filha img
Capítulo 13 O término img
Capítulo 14 Fique tranquilo... Você está errado img
Capítulo 15 Parabéns! Você ferrou com tudo img
Capítulo 16 Minha boneca img
Capítulo 17 Glossário: img
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Capítulo 5 Planos

Anaís estava amarrada sobre uma cadeira e, por mais que tentasse, não conseguia se mover. Olhou ao seu redor tentou reconhecer o local, lembrava-lhe um porão. O som de água pingando de vários pontos e a impressão de não estar sozinha naquele local a estavam deixando apavorada, gritou:

- Socorro! Alguém me tira daqui, por favor.

Ouviu passos do meio da escuridão, piscou os olhos sentindo o medo tomar conta de si, o rosto absurdamente pálido, pintado como um palhaço macabro de filme antigo surge na sua frente, muito próximo de seu rosto ela se encolheu sobre a cadeira e a criatura sorriu com sua boca rasgada quase de uma orelha a outra, ele informou:

- Você não vai fugir para sempre.

- Por favor, eu não quero morrer!

A criatura sorridente revira seus olhos negros que se contrastavam misturando-se com a maquiagem e diz:

- Quem vai mandar no seu lugar?

- Eu não quero fazer isso...

A criatura olha para o meio da escuridão, parecia que estava sendo chamada por alguém ou algo fora do campo de visão de Anaís. A criatura volta sua atenção novamente para ela e com o rosto sério, ela decretou:

- Escolha logo, você não tem mais tempo...

Era quase uma hora da manhã, Anaís estava cochilando sobre o sofá e vestia uma camisa de flanela larga azul e calcinha. O pesadelo a fez abrir os olhos, primeiro ela olhou para o teto e depois para o espelho grande e oval, no canto da sala viu o vulto negro passar pelo reflexo do espelho, o rastro do toque da mão negra se afastando do espelho foi observado por Anaís, que sentiu um arrepio percorrer sua coluna. Sempre via aquela estranha criatura, mas não tinha certeza do que ela era e nem sabia ao certo o motivo dela a perseguir, mas sabia que, se não fizesse algo rápido, estaria morta.

O som do telefone toca, um número restrito, atendeu já com quase certeza de quem se tratava:

- Sim?

- Senhorita Anaís, já temos o que foi contratado.

Ela sorriu, levantando-se do sofá, andando em direção ao quarto e disse a pessoa do outro lado da linha:

- Estou indo aí buscar, agora.

- Aguardaremos.

Anaís desligou e fez outra ligação, sabia que àquela hora Eva ainda estaria acordada, foi em direção a seu quarto e pegou algumas roupas, queria sair imediatamente para resolver aquele assunto, no segundo toque, Eva atendeu, seu tom de voz demonstrava sua surpresa, questionou:

- O que aconteceu?

- Consegui. Laura vai estar fora de circulação por algum tempo... Eu assumirei todos os assuntos dela.

- Como conseguiu isso?

Anaís ri, constatando:

- Não faça essa pergunta...

Eva fez silêncio do outro lado da linha, Anaís encerrou dizendo:

- Encontro você amanhã cedo no escritório de Laura.

Desligando o telefone, para poder se vestir e seguir para onde estava sendo aguardada. Ela teria de ser rápida para realizar seus planos, assim que Laura se desse conta, estaria fora de ação.

Distante do apartamento de Anaís, Laura estava apavorada, o maníaco careca, que estava sentado na parte de trás do carro, havia enlaçado seu pescoço com um dos braços. Ela estava sendo sequestrada por três homens e um deles ela tinha quase certeza que já havia visto, um homem de cabelos negros bem cortados, vestindo um casaco escuro, ela o observou por muito tempo, mas do ângulo em que estava, não conseguia ver o rosto dele, poderia estar confundindo o com outra pessoa.

Chacal deu uma gravata em Laura, puxando-a com força para junto dele, riu olhando em seus olhos:

- Você tem muita sorte! Eu adoraria foder você toda...

Disse isso apertando os dedos sobre seu seio esquerdo ainda dentro da blusa, o que a fez se debater para tentar soltar-se, mas tudo que conseguiu foi que Chacal acabasse rasgando uma parte da camisa de seda que ela usava, deixando uma parte do colo à mostra. Nesse momento, o homem que estava sentado no banco do carona, olhou para trás dizendo:

- Chacal, deixa-a em paz! Temos ordens...

                         

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