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- Haley! - ele estava surpreso.
- Acho que já está mais do que na hora de termos uma boa conversa! - Haley olhou para dentro e viu Franklin.
- Bem, eu vou deixar vocês conversarem a sós. - ele saiu com seu jornal nas mãos.
- Entra! Eu estou feliz que você tenha aceitado conversar comigo, pensei que você já tinha esquecido isso...
- Creio que não será uma conversa longa, mas realmente precisamos falar sobre nós. - Haley se vira e olha para ele.
- Antes que você comece a falar disso, eu queria entender por que você desmaiou ontem a noite no restaurante?! - ele cruzou os braços.
- Falta de desidratação! - nervosa ela respondeu.
- Você já comeu algo hoje de manhã? - ele estava completamente desconfiado.
- Ah, não. Eu não tive tempo para isso, saí rápido para vim aqui. - ela se acomodou-se no sofá.
- Vem! - ele a puxou levemente pelo braço.
- Aonde você está me levando? - Haley o acompanhava vagamente.
- Você precisa comer e bem! Vai querer o que? Panquecas? - ele olhava a mesa a procura de algo.
- Hahaha. Eu vou comer sim, mas senta aí e come junto comigo. - ele a olhou por um instante e se recomodou.
- Então sobre o que exatamente você quer falar? - Peter estava nervoso.
- Eu passei por um choque de realidade quando aquilo aconteceu. Fiquei vários dias trancada no meu quarto, eu só queria entender o que aconteceu, mesmo sabendo exatamente de tudo.
- Tudo o que? - ele perguntou nervosamente.
- Que você já estava me traindo há algum tempo e, com toda certeza, não queria parar com infidelidade. - Haley desviou o olhar que até então estava sobre ele.
- Eu não irei mentir mais para você! Há exatamente 3 meses que eu mantinha esse comportamento, mas eu prometi a mim mesmo que iria parar com isso.
- Você escolheu outro caminho! - seu olhar retornou a Peter. - Quem é ela, Peter? Por que não me diz logo? - seus olhos continham ternura e tristeza.
- Eu não posso, Haley! Isso seria uma catástrofe para todos nós... - Peter abaixou o seu olhar para a aliança ainda em seu dedo.
- Eu não aceito e não consigo entender o porquê de você ainda querer esconder isso de mim! - com raiva, Haley levantou-se rapidamente do sofá. - Sinceramente, Peter, não sei como eu tive coragem de vim aqui! Eu esperava que você desabafasse logo a verdade, não há mais nada que possa rolar entre nós...! - com a bolsa em mãos, ela foi embora o deixando desamparado.
- Por que não disse que a sua amante é uma das "melhores amigas" dela? - Franklin surgiu atrás de Peter.
- Você estava escutando a nossa conversa?
- Um pouco. Sabe meu filho, eu percebi que você não puxou esse lado bonzinho de mim!
- Não é hora para isso, pai. A Haley não vai mais querer olhar para mim, e agora? Como irei reconquista-la? - ele olhou para seu pai esperando uma resposta.
- Dê seu jeito! Afinal, é melhor do que mágoa-la com a verdade, certo? - Franklin sorriu ironicamente.
Peter continuou sentado, pensando, pois a única oportunidade de ter sua noiva de volta para si, foi totalmente jogada no fundo do poço.
No caminho para casa, Haley relembrou momentos bons com Peter, dos quais surgiam sorrisos e lágrimas.
- Eu tinha outros pensamentos sobre você, Peter Evans. - Haley o olhou graciosamente.
- E quais eram esses pensamentos? - ele a puxou para si.
- Um riquinho da alta sociedade comendo em restaurante de esquina, em que história eu estou?
- Na história em que esse riquinho é perdidamente apaixonado pela filha do maior empresário de toda Los Angeles e, que agora está espandindo seus negócios pelo mundo. - Peter a girou e depois a beijou apaixonadamente.
- Posso confessar algo? - ele balançou a cabeça em resposta - Eu estou amando essa nossa história e espero que ela dure por muito, mais muito tempo, até que possamos olhar para as fotografias e dizer "vamos reprisar esse momento!".
- Por mim, nós reprisando cada minuto, cada segundo, cada palavra, gesto, sorriso, beijo... - seu olhar era de pura paixão e emoção. - Eu tenho uma surpresa para você! - ele sorriu misteriosamente.
- O que é? Estou curiosa, não é um carro, certo? Você sabe que eu não...bem, eu não sei dirigir.
- Mas deveria saber. Fique tranquila, não é um carro, apenas espere a sobremesa.
Um garçom trouxe a sobremesa, no prato de Haley havia um doce e a frase que ela tanto esperava ouvir um dia.
- É claro que eu quero. Eu te amo, Peter Evans!
- Ela aceitou!
O momento era realmente contagiante, Peter girou com Haley em seus braços e depois a beijou. As pessoas ao redor estavam contentes e batiam palmas.
Em casa, Haley encontrou Leona a sua espera. Ela estava sentada, com uma aparência não tão boa.
- O que você tem? - Haley perguntou.
- Você demorou muito! Estou te esperando há muito tempo, cansei viu, mas me conta...Aonde você estava? - ela olhou para sua amiga com curiosidade.
- Fui passear um pouco...
- Você não é de passear cedo assim. - Leona estava realmente desconfiando de algo.
- Leona! O que faz aqui? - Hunter apareceu atrás dela.
- Hunter! Nossa, o tempo passou voando, você mudou bastante! - Leona o olhava da cabeça aos pés.
- Não faz tanto tempo assim. Você está exagerando! Eu estou como antes, você não tem me visto nas redes sociais?
- A Leona andou viajando tanto que esqueceu de acompanhar a vida dos amigos pelas redes. - Haley sorriu ironicamente.
- As vezes a mesma rotina acaba cansando muito, então decidi viajar por alguns lugares, como Lisboa, Berlim, Milão. - Leona gabava-se das viagens que havia feito.
- Você veio falar sobre o que comigo? - Haley a interrompeu.
- Vim te convidar para irmos ao shopping fazer umas comprinhas básicas, sabe?
- Sim, sei. Mas acho que não quero ir! - a resposta de Haley deixou Leona inquieta.
- Faz tempo que não saímos para fazer algo juntas. Vai ser legal! - Leona continuava insistindo.
- Eu realmente não estou afim!
Sem falar mais nada, Haley subiu para o seu quarto e trancou a porta. Leona com raiva foi para casa, Hunter que não estava entendendo a situação, voltou para os seus aposentos.
- A Haley sabe que você já tem a vida dela toda planejada na sua cabeça?
- Ela não precisa saber de algo que fará muito bem para ela no futuro, Ethan. É apenas um acordo e ela aceitou, eu só quero o melhor para ela! - Tyler olhava o retrato de Haley em sua mesa.
- Eu espero que ela consiga entender isso. Afinal, o que ela tem? - Ethan cruzou os braços.
- Praticamente nada. Mas com o acidente, ela sofreu algumas lesões. O passado por exemplo, ela não lembra de nada que aconteceu há 16 anos atrás.
- O que aconteceria se ela lembrasse? - Ethan sentou-se de frente para Tyler.
- Seria terrível! A Haley sofreria tanto que poderia começar a pensar que a morte da mãe foi por sua causa. - agora, o olhar de Tyler estava triste.
- Você faz de tudo para vê-la feliz. Eu admito muito isso em você!
- Não só a ela, mas ao Hunter também. Só que...ele continua achando que eu sou o culpado pela morte da Haley, estou começando a achar que ele está certo.
- Mas por que você diz isso, Tyler? Pelo que eu li nos jornais daquele ano, foi um motorista completamente embriagado, você não teve culpa meu amigo. - Ethan tentava consolar Tyler.
- Eu realmente gostaria de pensar dessa forma, Ethan. Mas tudo que anda acontecendo nos últimos dias faz com que eu não pense assim. O casamento da Haley, o desprezo do Hunter, o final do contrato com a Evans Corp. São tantos problemas...
- É para isso que estou aqui! Irei te ajudar em tudo, tudo mesmo! - Ethan abraçou Tyler.
Era 3 de maio, Sally caminhava e conversava com Haley no jardim. Hunter acompanhava tudo da janela de seu quarto.
- Então você foi mesmo falar com o Peter? - Sally perguntou.
- Sim! E confesso que me senti melhor em relação a ele, apesar de conseguir ver que ele continua o mesmo e não demonstre se quer um pouco que mudou.
- É o Peter Evans! Você esperava o que? Que ele te recebesse com flores como antes? - Sally não estava chateada pelo que Haley havia feito, mas não estava contente que ela mantesse contato com Peter.
- Você sabe bem que não é isso. Mas eu realmente pensava que agora ele havia mudado, já se passaram semanas e ele continua o mesmo.
- Sinceramente, Haley, eu não consigo entender como você ainda tem coragem de ir falar com ele e parecer tão normal. - agora, Sally estava exaltada.
- Eu ainda amo ele, Sally. Ele foi o meu primeiro amor, o único que eu disse sim.
- Mas não foi quem te levou pra cama. Já chega, Haley. Está na hora de você conhecer novas pessoas e se envolver com alguém que não seja da mesma raça que o Peter, aquele ali é um viralata com dona! - Sally começou a pular, Hunter que observava até então tudo através da janela de seu quarto, começou a rir do que se passava no jardim.
- Você está certa! Eu tenho que começar a viver mais a minha doce vida, sair, me divertir, conhecer novas pessoas e quem sabe pintar um lindo romance, não é mesmo?
- Apaga a parte do romance. Você não é pintura, e sim uma linda designer de moda que vai começar a seguir o exemplo da sua melhor amiga, Sally!
- Hahaha. Falou a garota que é apaixonada pelo meu irmão. - Haley riu da encenação da sua amiga.
- Eu não sou apaixonada pelo Hunter! - Sally deu de ombros.
- Não mesmo? Eu poderia jurar que tinha visto um quadro bem grande dele no seu closet. - Haley continuou provocando Sally.
- Eu não sei do que você tá falando. Afinal, seu irmão que é apaixonado por mim.
- Ah, não. Eu acho que vocês formam um belo casal, porém...eu espero que você não se iluda com ele. Afinal, o Hunter não é exatamente o tipo de cara que pensar em ter um relacionamento sério com uma garota linda como você. - Haley pegou as mãos de Sally - Se envolva, mas não se apaixone!
- Eu seguirei o seu conselho. Fique tranquila em relação a isso! - Sally a abraçou e transpareceu a sua tristeza. - Eu preciso ir agora! Mamãe quer que eu vá na casa de uma amiga com ela, acredita nisso?
- Sua mãe é maravilhosa! Você deveria passar mais tempo com ela.
- Eu não te desobedecerei vossa alteza! - Sally fez uma rápida reverência e foi embora.
Os dias foram passando vagarosamente, Haley não estava saindo para conhecer pretendentes e assim ganhar de seu pai no acordo. Tyler pelo contrário, estava preocupado com a saúde física e mental de sua filha.
- Você deveria ir ao médico ou se exercitar. - Tyler a olhou atentamente.
- Eu não acho que preciso disso. Estou bem!
- Claramente não está! Você está pálida e tão fora de forma. - ele disse.
- A palidez é por causa que eu não estou indo ao jardim como de costume, já a forma é porque eu parei ir a academia.
- Temos uma academia em casa, Haley. Comece a Patrícia pelo menos os exercícios leves, você está tão fraca e não é falta de comida e sim de treinamento físico.
- Isso não é hora de discutirmos a minha saúde. Você tem uma reunião, certo? Dessa forma vai chegar atrasado! - Haley alertou seu pai.
- Ah, eu já estava esquecendo disso. Obrigado por me lembrar, querida. - ele pegou a sua pasta e estava prestes a sair quando parou e olhou para Haley - Não esqueça de pega um solzinho e treinar um pouco, quero você bem fortinha, nada de desmaiar pelos corredores! - ele saiu e a deixou sozinha.
Não demorou muito para que a campainha tocasse, Haley que ainda estava na sala foi atender.
- Você esqueceu de algum documento, papai? - Haley depois de perguntar, olhou para a pessoa em sua frente.
- Bem, eu não sou o seu pai. - o lindo homem deu um leve sorriso - Eu vim buscar uma pasta com documentos que o Tyler esqueceu!
- Ah, certo. - Haley foi até a mesa no centro da sala e entregou a pasta para o homem a sua frente.
- Foi um prazer finalmente conhecê-la, Haley Peterson. Ah, por sinal, eu sou o Caleb Haynes! - ele se despediu e foi embora.