Noite de prazer- 1ª. Edição
img img Noite de prazer- 1ª. Edição img Capítulo 4 Noite de prazer- 1ª. Edição
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Capítulo 6 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 7 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 8 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 9 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 10 Noite de prazer- 1ª. Edição img
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Capítulo 22 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 23 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 24 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 25 Noite de prazer- 1ª. Edição img
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Capítulo 27 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 28 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 29 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 30 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 31 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 32 Noite de prazer- 1ª. Edição img
Capítulo 33 Noite de prazer- 1ª. Edição img
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Capítulo 4 Noite de prazer- 1ª. Edição

- Puta que pariu! - gritei, irritada, e ele riu enquanto eu me debatia para não escorregar naquele lugar. - Qual seu problema? - Você me deu trabalho, vou te dar um pouco também, Sara. Voltarei em trinta minutos, com sua mala e a casa limpa. - Ele se virou e escutei seu riso baixo. - Louca. - Sem noção. - A água em cima de mim começou a ficar em uma temperatura agradável e suspirei, aceitando minha missão. Tomar um banho e recuperar minhas forças. Sem me importar com a porta aberta e a minha nudez, tirei a pouca roupa que eu tinha e deixei a água me banhar.

Aos poucos, fui sentindo meus músculos voltarem ao normal, minhas pernas se mexiam e meu corpo ganhava vida. O soro tinha acabado, tirei a intravenosa com cuidado, mas acabei me machucando do mesmo jeito. Descartei tudo sem me preocupar com a sujeira, meu foco era estar bem para conhecer o meu novo filho ou filha. Eu olhava para o sangue que ainda escorria entre minhas pernas em um misto de saudade e revolta. Nunca teria minha filha de volta, mas poderia me entregar a outro bebê. Quantas mães perderam seus filhos e não tiveram a mesma oportunidade louca que eu? Apertei o bico dos meus seios e sorri para o leite que jorrava. Eu estava dolorida, mas nada substituía a satisfação de poder alimentar um ser indefeso. Mesmo que ele não tenha saído da minha barriga, eu lidaria com aquele bebê como se fosse meu. Foda-se o que Douglas tinha falado, que eu não tinha direito sobre a criança. Estava disposta a fugir com ela quando o tal chefe achasse que eu não seria mais útil. Encolhi-me quando percebi a presença do homem na porta do banheiro. O sorriso dele não me era mais assustador, eu estava me acostumando com a frieza do psicopata. - Pronta, donzela? - A última coisa da qual você pode me chamar, é disso. - Indiquei com o queixo para ele sair, mas continuou onde estava. - Pode me dar licença? - Não. Serei a sua babá. - Deu um passo para frente e o fuzilei com o olhar. - Limpei sua meleca, deveria me agradecer. - Vai se foder e me deixe sozinha para trocar de roupa. Conseguiu minha mala? - Está no quarto e terá que lidar comigo por perto. Ordens do chefe. - Homens - murmurei, revirando os olhos e tomando coragem para me levantar. Fiquei de costas enquanto o outro permanecia me encarando, passei uma última ducha no corpo e peguei a toalha, andando devagar e preocupada porque meus órgãos internos pareciam dentro de uma gelatina. Enrolei-me no tecido felpudo, saí do banheiro e me surpreendi com o quarto espaçoso e bem decorado. Olhei para a porta do banheiro e apenas naquele momento que me toquei do luxo que me cercava. Minha mala estava aberta em cima de uma mesa no closet. Havia roupa masculina ao redor e encarei Douglas com preocupação. Ele cruzou os braços, ergueu a sobrancelha e percebeu que eu tinha muitos questionamentos. - Onde está o bebê? - comecei. Meu coração pareceu voltar a bater quando escutei o choro no outro cômodo. Ignorei a plateia e me troquei de costas para ele, usando aquele absorvente gigante, colocando o sutiã de amamentação e um vestido largo, propício para que eu vivesse aquele momento com a minha Gabrielle. Outros planos me desvirtuaram do caminho. - Como ele se chama? - perguntei por impulso, animada a cada segundo que escutava o choro. - Vamos falar com o chefe primeiro. Só preciso saber se você entendeu as regras. Fiquei de frente para ele, empinando meu nariz e o desafiando, como eu fazia com os outros advogados em uma audiência. Eu era boa no meu trabalho, mesmo com tantos problemas pessoais, conseguia camuflá-los com minha postura profissional. - Sem contrato, amamentar um bebê. - Obedeça ou vai morrer. Está me entendendo? - É para ficar com medo? - Deveria. - Bufou, sorrindo e indicando para que eu o seguisse. - Você parece ter perdido o bom senso. Tenha em mente que não é a única sem uma criança para amamentar. Será de fácil substituição. - Vá à merda - murmurei, irritada, ele não iria tirar a minha oportunidade de ter um bebê em minhas mãos. Andamos por um corredor, entramos em outro cômodo e eu vi, nos braços de um homem, de quem nem tomei conhecimento da face, o bebê que chorava. Por instinto, apressei meus passos até o pequeno ser, tirei-o dos braços dele e o senti molhado. - Ele precisa ser trocado. - Meu olhar foi de Douglas para o outro homem e minha respiração ficou presa na garganta. Ele! Aquele que contribuiu para transformar a minha vida em um inferno. O culpado pelo distanciamento de Ricardo, além de ele ser um dos criminosos mais poderosos de Lumaria. - Você! - Onde estão as roupas e fralda, Douglas? - Ele me ignorou e se aproximou do outro. - Quem eu vou precisar matar para entender que tenho pressa? - Está chegando, senhor. - Na minha mala. - Apontei para a porta e os dois me encararam surpresos. - As roupas são menores, mas tem dois tamanhos de fralda. Traga a sacola com os itens do bebê. Douglas se apressou em fazer o que pedi e voltei meu foco para a criança em meu colo. Ela. Mesmo sem atestar, meu coração sabia, era uma menina e tinha cara de Emanuelle. Ela resmungava e fechava os olhinhos, devia estar incomodada com a fralda e com fome. Era a primeira vez que estava sendo mãe e meu instinto materno ditava o que eu deveria fazer. Esqueci a raiva e a diferença que tinha com Leonel De Leon ao meu lado. Algo tão absurdo quanto encontrar uma mãe que acabara de perder o filho deveria ser coisa de um mafioso excêntrico como ele. Tomei uma direção completamente diferente da que tinha planejado para a minha vida e eu não estava com medo de enfrentar os obstáculos. Capítulo 4 O quarto era improvisado e coloquei a bebê deitada na cama, esperando os itens que eu tinha pedido. Fiquei em silêncio, porque meus pensamentos estavam em conflito e nada coerente sairia da minha boca. Não me surpreendi quando me desfiz das roupinhas e confirmei que se tratava de uma menina. Usei o lenço umedecido para recém-nascido em todo o corpinho, ela chorou e a enrolei na manta que tinha comprado especialmente para a saída da maternidade. Sentei-me na beirada da cama, abaixei a alça do meu vestido e desabotoei o sutiã de amamentação. Mal coloquei o rosto da criança perto do meu peito, ela avançou e sugou, sem nenhum cuidado. Acreditei que ela iria tomar tudo, mas logo cuspiu e chorou. Não era o leite da mãe, aquela bebê não era a minha filha, meu inferno estava voltando com tudo. - O que está acontecendo? - Leonel apareceu no quarto e perguntou, irritado. - Eu não sou a mãe dela - murmurei, sentindo as lágrimas escorrerem. Tentei fazer com que tomasse o peito novamente, mas ela aumentou o choro e se chacoalhou. - Oh, céus! - Se você não serve, arranjarei outra. Ela precisa comer. Douglas! - gritou sem noção do poder que suas palavras tinham, me deixando nervosa junto com a bebê.

            
            

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