Desejo de Pecar
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Capítulo 3 Capitulo 3

Coloquei as mãos no meu rosto, ou ela não tinha noção nenhuma, ou sabia muito bem provocar. O que os moradores iriam pensar de mim se algum deles viu ela entrar na minha casa dessa maneira.

Peguei a Bíblia das suas mãos e fechei colocando sobre a mesa ao lado de novo. Ísis me olhou sem entender, e me olhava com aquele rosto de menina. Ela se levantou e ficou bem próxima de mim, engoli minha saliva em seco. Ela estava tão próximo que eu podia ver cada pinta das sardas que ela tinha no rosto, e algumas nos

lábios. Ela era extremamente ruiva, até mesmo suas sobrancelhas eram ruivas, seus cabelos de fogo batiam na cintura, e cintura essa que era fina e curvilínea. Seus seios eram grandes. E era dona de uma boca de um tom avermelhado natural.

- Padre, você está nervoso?

- Não, porque estaria?

Ela levantou uma de suas mãos de unhas de tom do pecado e levou até minha testa, passando seu polegar entre minha pele e meus cabelos.

- Está suando.

- Ísis seu nome não é? Então Ísis, eu acho melhor você ir para sua casa. Estou realmente ocupado.

Ela sorriu e mantendo o sorriso no rosto foi descendo seu olhar em mim para baixo, e cada vez mais para baixo, até chegar onde não deveria ter olhado. Ela segurou o olhar ali por alguns segundos e subiu de uma só vez para meus olhos de novo.

- Outro dia sonhei com você Padre Matteo. Mas acho melhor nem contar. Você não ia gostar de saber o teor do meu sonho.

Ela riu tapando a boca, em seguida pegou a chave de fenda que estava em minhas mãos e foi em direção a porta. Antes de sair pra fora, parou na porta e me olhou por cima dos ombros.

- Talvez você tenha mesmo que se ocupar agora Padre. Eu peço para meu pai arrumar pra mim amanhã. Até logo.

Ela fechou a porta e saiu. Soltei minha respiração que eu estava segurando e respirei aliviado.

- Por Deus, isso só pode ser obra do maligno contra mim.

Subi para meu quarto e puxei a cortina bege tapando toda a visão que dava para fora. Eu estava com meu membro extremamente endurecido por ela. Me ajoelhei aos pés da cama segurando meu crucifixo firme, e fiz uma oração pedindo perdão pelos pensamentos sujos que estavam surgindo na minha mente. Eu não queria sentir

isso, eu estava sofrendo. Sofrendo por não conseguir controlar algo dentro de mim que estava se acendendo, e eu sabia muito bem o que era ... O desejo carnal.

Passei o resto do dia com aquela perversa na minha mente, e a imagem dela na minha sala se mantinha firme nos meus pensamentos, vestida como uma mulher mundana, promíscua e suja. Tentei ocupar minha cabeça lendo a Bíblia e preparando a

próxima apostila para os seminaristas. Consegui com esforço tirar ela do foco, e finalizar meus deveres. A noite, deitei e dormi. Mas aquele maldito sonho aconteceu de novo, me levantei da cama e estava novamente sujo. Em oração me puni no banho me culpando pelos meus sonhos.

Dia Seguinte

Era sábado, acordei cedo. Seis da manhã eu estava em pé preparando meu café da manhã. A missa iria iniciar na igreja do Esplendor as 07:30. Assim que me arrumei, tomei meu café e saí. Estacionei o carro na parte de trás da igreja, onde os sacerdotes tinham a vaga disponível. Peguei minha batina no porta malas e

entrei. Cumprimentei quem já havia chego, e fui para a sacristia me preparar.

A Sacristia é um pequeno cômodo anexo a igreja, ou dependência dela, onde são guardados os paramentos e outros objetos de culto, e onde nós vestimos as vestes do culto, no meu caso a batina.

Vesti minha batina com cuidado e coloquei meu cordão de crucifixo no pescoço. Peguei minha Bíblia e fui para o altar no púlpito preparar a missa da manhã. Eu conversava com alguns coroinhas quando os fiéis começaram a entrar e se acomodar nos bancos.

Não olhei para o público. Fiquei focado em minha Bíblia anotando as passagens bíblicas que eu iria dizer na missa depois de ler o evangelho.

A missa ia se iniciar, e a canção de entrada foi tocada. Enquanto a música tocava eu entrei com os coroinhas e os sacerdotes pelo corredor cantando um coro único. Assim que chegamos no altar, fui para o púlpito e cumprimentei todos os fiéis.

Quando olhei a multidão, vi seus cabelos de fogo, eles eram presentes e chamativos. Ela estava sentada no primeiro banco da

frente, como sempre fazia propositalmente, e se não bastasse, me olhava o tempo inteiro, sem desviar o olhar, sem sorrir, séria.

Durante a missa evitei meu contato visual com ela. Mas eu sentia seus olhos esverdeados me olhar o tempo todo, me queimar, eu sentia, eu sei que ela estava me olhando. Enquanto eu falava sobre o evangelho no microfone olhando para a multidão, ela chamou minha atenção jogando aqueles malditos cabelos de fogo cumpridos para o lado. Olhei pra ela, quando nossos olhos se cruzaram, Ísis afastou as pernas no banco, ela usava uma saia branca e uma blusa preta.

Desviei o olhar assim que a vi abrindo as pernas e voltei a falar o evangelho no microfone. Mas o meu maldito instinto aguçou, eu desejei olhar de novo pra ela, tentei me controlar enquanto dizia a palavra no púlpito, não consegui. Lancei o olhar para ela, ela estava me olhando fixo, e quando cruzamos os olhos ela abriu as pernas de novo e vi sua calcinha. Ela estava bem no banco da frente, eu pude ver ela úmida, o tecido estava úmido. Subi o olhar para seu rosto, ela mordeu os lábios e sorriu de canto.

- Demônia pecadora.

Falei em voz alta me esquecendo que estava com o microfone

ligado. Os fiéis me olhavam sem entender a frase que eu havia dito.

- Repitam comigo, Santa Curadora, curai aqueles que andam no caminho do fogo.

Ela estava me tirando o foco completamente, olhei pra ela que ria de canto com cara de satisfeita pra mim.

Agradeci a Deus quando a missa terminou. Os fiéis foram saindo ainda com os cânticos. Eu desci do púlpito e estava indo em direção a sacristia, quando senti alguém tocar meu pulso. Me virei, e era a pecadora.

- Padre Matteo, posso ir até sua casa hoje? Quero me confessar.

Ela me olhava inocentemente enquanto passava o sacerdote ao nosso lado. Mas assim que ele se afastou, seu olhar era outro. Era profano, era ousado e sexy.

- Confissões são feitas na sala do confessionário, aqui na igreja. Não na minha casa.

- E eu preciso ficar ajoelhada na sua frente enquanto digo meus pecados Padre Matteo?

Respirei fundo.

- Não. sorri sem graça. Você fica ajoelhada no âmbito, mas fora da cabine no confessionário.

- Entendi. Achei que eu ficava ajoelhada aos seus pés e depois você me punia quando eu contasse meus pecados.

Olhei para os lados, alguém poderia estar ouvindo os seus absurdos profanos. Porque eu sabia que eram absurdos que ela dizia. Aquilo não podia ser ingenuidade da sua parte.

Eu disse a Ísis que em outro momento ela se confessaria, mas não hoje. Eu não me sentia a vontade para ouvir suas confissões nesse momento. Fui até a sacristia e troquei de roupa. Deixei a minha batina pendurada no cabide ao lado da mesa onde estavam acomodadas as alfaias litúrgicas. Eu a usaria no dia seguinte, na missa da manhã. A igreja estava sendo fechada pelas irmãs, eu já estava de saída, me despedi de quem ainda estava presente e fui para a ala de trás onde estava meu carro. Quando virei o corredor, vi ela encostada no meu carro.

- O que faz aqui garota?

- Pensei que poderia me dar uma carona até em casa Padre.

Coloquei minhas mãos na cintura. Isso não podia estar acontecendo, não comigo. Por Deus, eu não mereço essa cruz. Não fiz nada para ter que carregar essa cruz Senhor. Pensei comigo.

            
            

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