Capítulo 3 ENTERRO

♧WILLIAM NARRANDO ♧

Acordo por volta das 8:00h da manhã, faço minha higiene, troco de roupa e vou tomar café, chego na cozinha e encontro dona Joana.

William- Bom dia Joana, o que teremos para o café?

Eu pergunto mas já sei a resposta, moramos só eu e ela aqui nessa mansão e é impossível para ela dar conta de tudo sozinha, não gosto de ninguém aqui, por isso não tenho empregadas.

Joana- Só café, o senhor terá que comer algo na empresa, de novo rsrs.

Ela fala e rimos juntos da situação, bebo meu café e vou para a empresa e logo começo a trabalhar, essa rotina realmente me deixa irritado, depois de trabalhar até o meio dia, ainda preciso ir a um almoço de negócios.

Cerca de 30 minutos depois chegamos a um restaurante de comida brasileira, sou um cliente assíduo por isso não preciso fazer reserva, quando eu estou entrando alguém esbarra em mim, era uma garçonete, bem mal educada por sinal.

Ela pediu desculpas e foi embora nem olhou na minha cara, eu fiquei com tanta raiva e resolvi reclamar com o gerente.

William- Como vocês podem ter uma funcionária tão mal educada, ela nem olhou na minha cara certamente seu pedido de desculpas foi falso.

Depois que falei isso o semblante do gerente mudou, agora ele não sabe como defender a funcionária.

Gerente- Senhor, eu sinto muito pelo ocorrido, peço desculpas em nome dela, ela aca...

Ele ia falar algo mas eu o interrompo, não quero saber o motivo e logo expresso meu desejo.

William- O meu conselho é que o senhor demita aquela funcionária, a sua conduta não condiz com esse renomado restaurante.

Falo e vou direto me sentar, os meus clientes me acompanham e começamos a reunião, dou uma olhada no gerente e vejo que ele está pálido, sei que fará o que eu pedi, dou um sorrisinho vitorioso e volto aos negócios.

♧MELINDA NARRANDO ♧

Ficamos ali abraçadas e chorando muito, depois de um tempo me solto do abraço e vou dar uma última olhada na minha vozinha, e quando a vejo volto a chorar.

Melinda- Vó, eu não sei se eu irei aguentar viver sem a senhora, muito obrigada por tudo que a senhora fez por mim, eu sempre irei te ama.

Fico lá olhando para ela por um longo tempo, Alice entra e me puxa para fora.

Alice- Mel, eu sei que é grande a sua dor, mas a única coisa que você pode fazer por ela é rezar e enterrar.

Alice tem razão, mas eu choro mais ainda e ela mais uma vez me consola, depois de me controlar, saiu e vou resolver as questões do enterro.

Em poucas horas eu resolvo tudo, volto para casa e quando entro meu coração dói de tristeza e de solidão, saber que nunca mais irei vê-la me faz se sentir sozinha em meio a escuridão, então vou para meu quarto, tomo um banho e deito para tentar dormir.

Já é de manhã e não consegui pegar no sono, me levanto, faço minha higiene, troco de roupa e vou tomar café, como qualquer coisa e vou para o cemitério, quando estou saindo de casa eu encontro Alice e sua mãe, dona Rita, elas me cumprimenta.

Rita- Melinda, eu sinto muito.

Ela me abraçar e começamos a chorar, Alice também nos abraçar e choramos mais ainda.

Depois de um tempo, nós nos recompomos e fomos as 3 para o cemitério, o enterro terminou rapidamente, só estavam presentes eu, Alice, Rita e o coveiro.

Depois que saímos do cemitério, fui direto para a minha casa, assim que entro começo logo arrumar as coisas da minha vó, ela tinha pouca coisa, coloquei tudo em uma caixa e levei para o meu quarto.

Enquanto arrumo as coisas encontro alguns comprovantes de depósito, eu não conheço o recebedor, a única de que saberia era a minha vó, resolvo deixar pra lá e vou tomar um banho.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022