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......ೋ•❥•Victória Ortiz ೋ❥•......
Hoje, diferente dos últimos dias, em que eu me mantive escondida durante o dia, e saindo apenas durante a noite.
Decido sair, para checar a área, e ver se estou realmente segura, aqui onde estou escondida.
Estou me escondendo, num bairro de classe baixa da cidade. Que, com toda certeza, causaria medo em qualquer outra pessoa. Mas mediante a situação em que me encontro, esse com toda certeza é o melhor lugar.
- Pois sei, que aqui ninguém me procuraria.
Estou andando tranquilamente, quando de repente um imbecil me ataca, me propondo dinheiro por um programa.
E o pior, é que mesmo eu tentando soltar-me e sair dali, sem muito alarde, ele está a fim de deixar-me em paz, o que acabou me fazendo entrar numa luta corporal com ele, até que ele percebendo que eu não iria ceder.
- Acaba me empurrando, me jogando para o meio da rua.
E tudo acontece tão rápido, eu me vejo caída no meio da rua, enquanto um carro, vem correndo na minha direção.
- E em fração de segundos, quando eu acreditei ser o meu fim.
- Que, com toda certeza, o carro iria me atropelar.
- O carro desvia.
- E por estar em alta velocidade, o motorista acaba capotando com o carro.
- Até que o mesmo para, ao colidir com uma árvore.
Vejo a cena toda, como em câmera lenta... mal acreditando que ainda estou viva.
Olho para o lado, onde o meu agressor estava... E o mesmo ao ver o acidente que causou, foge correndo do local.
Ainda tremendo, mal conseguindo me firmar nas minhas pernas... me levanto, indo em direção ao carro.
Pois preciso achar um jeito de ajudar o motorista... ou ele irá acabar morrendo, já que o carro está em chamas... E pode explodir, a qualquer momento.
- Vendo essa cena.
- Sei que não posso deixar o motorista ali...
- Preciso ajudá-lo.
Vou em direção do carro, mas o que encontro, faz com que o meu coração erre uma batida.
- É um homem... Jovem e lindo.
- Com toda certeza, nunca vi beleza igual a desse homem.
E mesmo estando sujo de sangue, devido ao corte na sua testa... estou totalmente encantada, com a beleza dele.
- Moço... Moço... ei moço, acorde... você precisa acordar.
Começo o chamar, o sacudindo de leve com cuidado, tentando o despertar... enquanto penso em algum jeito, de tirá-lo desse carro.
- Ei por favor acorde, você precisa reagir... o carro... ele... ele tá pegando fogo.
Por mais que eu tente, eu não consigo o acordar, o que está começando a me fazer entrar em desespero, com medo de não conseguir o salvar.
- Olha, eu vou tirar você daqui, vou soltar o seu cinto... eu sei que pode ser que doa.
- Mas, eu vou ter de te arrastar... ou você vai acabar morrendo aqui.
- E eu não posso deixar você morrer aqui... não por minha culpa.
Falo com ele, pedindo internamente a Deus, que ele não esteja sentindo nenhuma dor.
E com muito cuidado, tiro o seu corpo do carro... observando outras lesões, além da que sangra na sua cabeça. Tá sei que em vítimas de acidentes, não podemos mexer, ou podes-se acabar piorando a situação e até o deixando aleijado... Mas se eu não o tirasse dali, ele morreria queimado.
- Moço... eu vou deixá-lo aqui... vou tentar procurar o seu celular no carro.
- E pedir ajuda... você precisa com urgência de socorro.
Falo enquanto me afasto, mesmo não sabendo, se ele me escuta ou não... me sinto melhor falando.
Pois caso ele esteja me escutando, ele saberá que não o deixarei sozinho aqui.
Voltando para o carro, tenho um pouco de dificuldade, mas consigo encontrar o celular dele... e com ele em mãos, me afasto rapidamente do carro, que está para explodir a qualquer momento.
- Droga, não pode ser...
Exclamo assim que ligo o celular, e na tela uma foto dele... com um distintivo no seu pescoço.
- Ele é policial.
- Droga, droga... droga...
- Mil vezes droga.
Destravo o celular, que por sorte não tinha senha, ao mesmo tempo, em que escuto o carro explodir, e por sorte já estava longe o suficiente dele.
- Assim que destravo o celular, abre-se na pasta de chamas recentes.
- Vejo que estava em contacto com um investigador.
Até que um nome chama a minha atenção, Detetive Martinelli... Não me lembro onde, mas já ouvi esse nome antes.
- Abro então a chamada, e decoro rapidamente o número.
- E sem mais demora, disco para a polícia.
- Contando sobre o acidente.
Volto para perto do meu anjo da guarda, verifico os seus sinais vitais... cada vez mais fracos.
- Ei por favor.
- Você precisa sobreviver.
- Não morre, tá... aguenta firme, que a ajuda já está chegando.
- Mais eu não posso, mas ficar e esperar aqui com você.
- Ninguém pode saber sobre mim.
Enquanto me despeço dele, uso a minha roupa e limpo a digital do celular.
- Só sobreviva...
- E me perdoe, por isso ter acontecido com você.
Olho novamente o número do Martinelli, antes de colocar o celular ao lado dele.
E afastar-me dali, com o coração nas mãos... com medo de que ele não sobreviva...
(...)
Desde aquele dia do fatídico acidente, já se passaram alguns dias.
E por mais que eu tente, eu não consigo parar de pensar naquele homem.
- Me pergunto, se ele está bem?
- Se é que, ele conseguiu sobreviver.
Fecho os olhos, veem-me na minha cabeça, a imagem da foto na tela principal do seu celular... ele com um sorriso lindo no rosto.
- Que você esteja bem.
Torço mentalmente, enquanto caminho indo em direção ao telefone público.
A alguns dias, tento entrar em contacto com tal detetive Martinelli.
Mas toda vez que ligo, assim que escuto alguém atender do outro lado da linha.
- O medo de ser encontrada, me faz congelar.
- E acabo não conseguindo, dizer se quer nenhuma palavra.
Vamos Victória, você precisa ter coragem e se arriscar, penso quando novamente pego o telefone.
Decidida a falar com o Martinelli, de uma vez por todas.