Capítulo 3 Cap. 3- Reprise o Encontro Anja x Delegato.

......ೋ•❥•Victória Ortiz ೋ❥•......

Depois de tantos dias de incertezas e medo, confesso que pela primeira vez, posso estar realmente segura.

Desde o dia do acidente, em que peguei o telefone do investigador Martinelli, no telefone daquele delegado.

Liguei algumas vezes, mas toda vez não conseguia falar nada... por um único motivo.

- O medo me dominava.

Não que eu seja uma pessoa medrosa, não é isso.

- Mas nesse último mês, a minha vida mudou por completo.

- E já não sei, em quem posso confiar.

Mas mesmo com muito medo, não tinha outra opção, a não ser confiar no meu instinto.

- Que me dizia que ele poderia ser, a minha única saída.

- Já que eu não poderia chegar ao meu irmão, sem colocá-lo em perigo... E correr o risco de ser pega.

- E não posso recorrer a polícia, pois descobri que tem policiais corruptos, envolvidos em todo o esquema que estava investigando.

Ou seja, se eu der um passo errado... confiar em alguém que não deveria, isso pode custar a minha vida.

- E foi por isso, que custei muito a conseguir falar, com o tal Martinelli

- Que para minha surpresa, conhece o Lipe... e diz estar disposto a me ajudar.

Porém, por mais que ele diga isso, eu não consigo confiar...

- Mas também já estou cansada, de viver me escondendo, como uma criminosa foragida.

- E sei que a qualquer momento, eles podem me encontrar.

- Sendo assim, obrigo-me a aceitar a ajuda dele, mesmo com medo tentando dominar-me.

Confesso que desde que o vi chegando, no local onde eu estava, e o caminho todo até a casa dele.

- Fui imaginado, como eu poderia fugir.

- Se isso fosse uma emboscada.

E com toda certeza, uma luta corporal com ele, estava fora de cogitarão, diante do porte físico dele.

Mesmo eu sendo uma ótima lutadora, tendo sido treinada pelos melhores..., mas sem dúvida, ele ainda estaria em vantagem.

E acho que só consegui relaxar realmente, no momento em que ele me apresentou a família dele.

- Olhei para meninas tanto no colo dele, como no colo da mulher dele.

- Que odiou de cara a minha presença.

- Mas mesmo assim, me fez me sentir segura, pois ele não me parece.

- O tipo de pessoa, que colocaria a sua família... em perigo.

- No meio de uma emboscada.

Mas ao trazer-me para cá, ele é que acabou pelo jeito, em sérios problemas com a tal Bianca.

- A sorte essa minha, por todos os lados só problemas.

- Droga! Quando é que isso vai acabar... e a minha vida voltar aos eixos?

É o que me pergunto, até que sou tirada dos meus devaneios, por uma das trigémeas, puxando o meu cabelo.

- Me fazendo voltar a minha atenção, para ela... E rir das suas proezas.

Até sentir todo o medo se apoderando novamente do meu corpo, ao escutar o barulho de um carro chegando.

- E por mais que o Martinelli, havia dito que o Lipe, estava a caminho.

- E se não for ele?

Vejo o Ricardo e a Bianca, se aproximando e ele pedindo para ela e a Leda subir com as meninas.

- Droga será que fiz besteira, em aceitar ajuda dele?

É o que me pergunto, ao velo se aproximando da porta... enquanto as meninas são levadas para cima.

- Sinto o meu corpo todo paralisado... Cada músculo em completa tensão.

Até que, a porta é aberta... E escuto a voz do Felipe, entrando por ela.

Quando o vejo, é impossível segurar a emoção...

- Corro para os braços dele.

Já fazia anos, que não nos encontrávamos... E esse mês todo que achei que acabaria morta, ou o matando antes de nos encontrarmos.

Em meio ao nosso abraço, apenas escutei a voz do Ricardo, falando algo que não prestei a mínima atenção.

- Já que toda a minha atenção, estava voltado ao abraço do meu irmão.

- Eu estava segura ali... Era a primeira vez, que eu me sentia realmente protegida.

- Desde que descobri toda aquela merda, envolvida com a quadrilha.

A nossa emoção pelo reencontro era tanta, que acabamos nem conversando realmente, sobre o que aconteceu...

- Ele somente afirmou, que quando eu estivesse mais calma, nós conversaríamos.

- E disse, que ali eu realmente estaria segura, que o tal Martinelli, é de confiança.

E para minha surpresa... ele era o chefe do meu irmão.

Já estava mais tranquila, quando a Leda veio avisar, que o jantar já estava pronto, e pediu para o Felipe ir avisar, o Ricardo e a Bianca.

Enquanto ele subiu para chamar os dois, eu ofereci-me para ajudar a Leda, a terminar de arrumar a mesa.

- Já que irei ficar aqui, pelo menos por enquanto.

- O mínimo que posso fazer é ajudar, não é mesmo?

Acabamos que encerramos a nosso noite ali, ajudando a cuidar das bebês, já que a Bianca estava passando mal, e o Martinelli foi ficar com ela.

Com as meninas já todas dormindo, assim que o Lipe foi embora, a Leda levou-me para o quarto onde eu ficarei.

Confesso que não foi uma noite fácil de sono, já que toda hora um choro ou outro, acabava por me acordar.

- Mas foi a primeira noite, em dias que me deitei tranquila.

- Sem aquele constate medo que me assolava, do quarto ser invadido por alguém, querendo me matar.

Mal amanheceu, e eu já estava acordada, fiz uma higiene rápida, e vesti uma roupa que a Bianca deixou separada para mim.

Enquanto já escutava os choros das bebês, acordando toda a casa.

- E mesmo insegura dela não gostar, acabei indo bater na porta para oferecer ajuda...

Já que as meninas pareciam estar bem nervosas, e devo imaginar o sufoco com três bebês de uma vez só.

- Com licença, precisa de ajuda?

Falo assim que ela em meio ao choro, grita para eu entrar.

- Oi...

- Desculpa, as meninas acabaram te acordando né?

- Aceito, sim, a ajuda... Não sei como, a Kate da conta.

- Eu com as duas aqui, já estou surtando.

Escutando ela falar, eu vou entrando... já pegando uma das meninas, a que estava chorando no colchão.

Enquanto ela está vestindo uma, em que tinha acabado de dar banho.

- E a terceira princesinha, cadê?

Pergunto-lhe, assim que consigo acalmar um pouco a que estava no meu colo, que pelo jeito está com a fralda cheia.

- Ela está com o padrinho, faz horas lá para baixo.

- Estava com cólicas, e para não acordar às irmãs dela.

- Expulsei ela e o padrinho do quarto.

É impossível não rir imaginado a cena, ele que parece um homem imponente, que dá ordens ao invés de receber.

- Obedecendo as ordens da Bianca, rsrsrs.

Agora com as meninas limpinhas e mais calmas, o silêncio volta a reinar... Ao menos aqui no quarto.

- Vick... Obrigado pela ajuda.

- E não querendo abusar.

- Mas já abusando.

- Será que poderia, pedir para Leda preparar as mamadeiras das meninas.

- Ela já deve estar lá em baixo.

Deito a princesinha que estava no meu colo, que começa a choramingar por estar com sono, ao lado da Bianca que está sentada.

Enquanto vai ninando uma das princesinhas, que está quase apagada no seu colo.

- E saio do quarto devagarinho.

- Para não fazer barulho, e as meninas acordarem.

Chego na sala, vejo Martinelli dormindo jogado no tapete, com a terceira princesinha, deitada sobre a sua barriga passando a mão no seu rosto quase que dormindo.

- Ricardo... Ricardo...

Chamo ele, que acorda meio desnorteado... tentando entender onde está.

- Cuidado a bebê.

- Deixa eu pegar ela.

- Eu ajudo a cuidar delas, enquanto você dorme para descansar um pouco.

Ele ainda meio desnorteado, apenas assente enquanto se levanta.

- Antes de subir... leva as mamadeiras para as meninas.

- Eu vou ficar aqui, com essa princesinha.

Falo sentando-me no sofá, para ninar a pequena nos meus braços, quando a campainha começa a tocar.

Como se fosse um louco do outro lado apertando o botão, fazendo a pequena no meu colo abrir o maior berreiro.

- Eu juro que se for o Lipe... eu mato ele.

Murmuro enquanto escuto o Ricardo, pedindo para eu ir abrir a porta.

Assim que abro a porta, o meu coração erra uma batida.

De todas as pessoas do mundo, jamais iria imaginar ser justo, ele na minha frente.

Lembro-me bem do dia, em que ele quase morreu.

- Tudo por minha culpa.

- Para não me matar, foi ele a quase perder a sua vida.

Abraço forte a pequena nos meus braços, como uma âncora, para que eu não me afunde no medo e me entregue.

- Sei que ele é delegado.

- Assim como sei, que tem policiais envolvidos, no esquema de tráfico de mulheres.

- E dentre eles, um prestigiado delegado dessa cidade, que infelizmente ainda não consegui descobrir o nome.

Enquanto Ricardo vem até a porta, para ver quem chegou.

Disfarçadamente começo a recuar, até que escuto ele falando ser irmão da Bianca.

- E me pergunto, onde é que eu fui me meter?

- Se ele for um corrupto, vou acabar destruindo essa família.

- Droga, o pior é que, eles podem querer me entregar, para defender ele.

Estou perdida nos meus pensamentos, quando vejo ele vindo na minha direção... se apresentando.

- Prazer Andrew Mackenzie.

Antes que eu responda, ainda escuto o Ricardo, falando algo do Lipe, que faz com que ele abra um lindo sorriso.

Não tendo outra saída, ou acabariam percebendo o meu nervosismo.

Ainda agarrada a bebê, como a minha tábua de calmaria.

Ignoro a sua mão estendida para mim... e apenas respondo o meu nome.

- Prazer Vick

Vejo os olhos dele se arregalarem, quando ele escuta o meu nome... e tremo internamente, até que escuto ele balbuciar.

- Essa voz...

Enquanto me encara como se não acreditasse, no que estava vendo.

Enquanto o meu eu interior se pergunta, será que é possível ele ter reconhecido a minha voz?

Não, não, é claro que não... Não é possível, pois aquele dia ele estava mais inconsciente, do que consciente.

Não é possível, ele se lembrar da minha voz, isso é loucura da minha cabeça... grito internamente, enquanto ele me encara em silêncio, que é quebrado pelo Ricardo.

- Cara, continua a encarar assim.

- Que o Felipe terá o prazer, que não posso ter, em quebrar a sua cara.

- Eu mesmo queria fazer isso, mas não posso, ou a minha Diaba me mata.

O Andrew abre um lindo sorriso, e volta a sua atenção para ele.

- É ela... eu tenho certeza.

E continua falando, enquanto volta a sua atenção para mim.

- Essa voz.... É impossível esquecer a voz do anjo, que salvou a minha vida.

Ele termina de falar, fazendo até mesmo o Ricardo me encara, antes de começar a falar.

- A Vick.

- Ela é irmã do Felipe.

- Ela estava investigando, sobre a quadrilha do Castelli.

- Quando acabou virando alvo.

Droga... E agora, se ele fizer parte da quadrilha do Castelli... É agora que eles me encontram.

- Calma Vick.

- Está segura, posso garantir que não represento perigo.

- Ainda mais para você, o meu anjo.

- A quem devo a minha vida.

Ele apressa-se em falar, assim que percebe a minha respiração nervosa, quando Ricardo diz quem sou.

Mas eu ainda me pergunto, como ele sabe quem sou eu... ele estava praticamente inconsciente.

- Como você se lembra?

- Estava praticamente inconsciente.

Assim que paro de falar, ele abre um sorriso, enquanto o Ricardo da, uma estrondosa gargalhada.

- Esse aí... desde que acordou.

- Só sabe falar no anjo.

- Que salvou a vida dele.

- Até colocou os meninos, para tentar te encontrar.

- Cara o Felipe vai adorar saber disso.

Escutando o Ricardo falando, eu só consigo retribuir ao olhar intenso do Andrew.

Até que, a bebê nos meus braços começa a chorar.

- Droga... a mamadeira para as meninas.

Falo, mas assim que fecho a minha boca... escutamos passos vindo da escada.

Junto com a voz irritada, da Bianca com as meninas no colo.

- Me digam, quem é que vai perder a cabeça?

- Droga! Um custo para elas dormirem.

- Para um sem noção, cedo já vir apertar a campainha.

- Como se fosse tirar o pai da forca.

Enquanto seguramos a risada, vejo Ricardo correndo para pegar uma das meninas, que estava no seu colo.

Enquanto ela encara furiosa o Andrew, que olha para ela, com um sorriso cínico no rosto, e começa a se defender.

- Nossa, venho cheio de saudades.

- Tomar um café da manhã, com a minha doce irmã.

- E é assim que sou recebido.

- Poxa, tenho dó do Ricardo... ver você acordando todo dia assim.

- Fazendo jus, ao apelido de Diaba.

Ele só pode ser louco, ela tá furiosa, e ele ainda tirando sarro da cara dela... e o Ricardo é mais doido ainda, caindo na gargalhada.

- É sério, que você tá rindo Ricardo?

- Poxa me defende...

- Tô lascada, com o meu irmão denegrindo a minha imagem.

- E o meu noivo o apoiando.

- Vick, ao menos você, vai ficar do meu lado né?

Ela aproxima-se perguntando para mim, porém antes que eu abra a boca... Ricardo me coloca no meio do fogo.

- Amor... ela é quem salvou o Andrew.

- Se quer ficar com raiva... É do anjo aí.

- Já que ele só está aqui te denegrindo, porque ela o salvou.

Escutando isso a Bianca, passeia os seus olhos alternando entre nós dois.

E quando penso, que ela vai começar a reclamar, por eu ter salvado ele.

Ela surpreende-me, quando vejo uma lágrima escorrer pelos seus olhos, enquanto ela fala.

- Obrigado... do fundo do meu coração, obrigado.

- Eu nunca me perdoaria, se ele tivesse morrido por minha culpa...

Andrew a interrompe a abraçando, enquanto beija os seus cabelos.

- Não foi sua culpa, nunca mais volte a repetir isso.

- O único responsável, era o verme do Castelli, e ele está morto... então não se culpe por isso.

Escutando ele falar com ela, pergunto-me o que está acontecendo, e como ele pode declarar que o Castelli está morto?

Já que até onde eu consegui descobrir, tanto ele como Villar, estão foragidos.

Ia perguntar como ele tinha tanta certeza, mas fui interrompida, pela campainha que começou a tocar insistentemente.

- Quem será?

- Não ouvi barulho de carro se aproximando.

Ricardo fala, enquanto a campainha continua a tocar.

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...Continua...

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Amores coloquei esse capítulo de 'reprise, lembrando como foi o Encontro dela com o Delegado...

E a partir desse capítulo, a história vai começar a ter novos rumos, os três primeiros capítulos, foram apenas uma introdução, para conhecermos a Vick, e entender o que aconteceu com ela, quando estava "desaparecida".

Agora a partir do quarto capítulo, o livro vai começar a contar a história dela, já com a participação do nosso querido Andrew.

Um capitulo bem grande, e cheio de informções para vocês. Espero que estejam gostando.

            
            

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