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...ANDREW...
Assim que o Amir para com a moto, ao lado do meu carro.
Logo desço, já com a arma em mãos preparado.
Assim que faço isso, vejo os outros três homens descendo do carro.
E quanto mais se aproximam, mas posso observar o rosto de cada um, com toda a atenção.
- E imaginem a minha surpresa, ao reconhecer dentre aqueles rosto.
- O do Coronel Morales.
Sim, minha gente, o próprio, aqui em Doce Horizonte.
- Caralho, que merda você aprontou?
Amir me pergunta, com toda certeza, não se dando conta da real situação, que está acontecendo aqui.
Em resposta apenas olho para ele, e olho novamente para os três, que estão vindo mais atrás.
- Delegado Mackenzei?
Um dos dois, que se aproximou primeiro, pergunta.
- Quem gostaria saber?
- E o porquê dessa perseguição?
Pergunto fingindo uma calma, que estou longe de sentir.
- Talvez o que eles queiram... Seja uma estadia gratuita na delegacia.
- Ou por qual outro motivo, iriam perseguir um delegado.
Amir brinca, enquanto os outros três se aproximam, e nesse tempo já temos a atenção de muitas pessoas...
Que da onde estão na praça, assistem toda a cena.
- O desculpe-me por tudo isso, senhor Mackenzie.
- Os meus homens não tinham a intenção, de trazer-lhe preocupações.
O tal do Morales, chega falando... Enquanto os outros dois saem do nosso caminho, nos deixando frente a frente.
- Aliás, eu sou Ivan Morales.
- Coronel Morales.
Fala estendendo a sua mão para mim, com o seu distintivo.
- Sei bem quem é o senhor... senhor Coronel.
- Só ainda não entendi, o porquê da palhaçada, de me seguirem?
- Afinal de contas, o que vocês querem comigo, de tão urgente?
- Que não poderia esperar, até amanhã na delegacia.
Falo mostrando não me deixar intimidar, pela posição dele de Coronel.
E vejo pela tensão de Amir, que agora, sim, ele entendeu a real situação, do que está acontecendo.
- Na verdade, delegado estou em uma breve passagem pela cidade.
- E fui o procurar na delegacia... e indicaram-me o seu endereço.
- Estou em busca, de mais informações, sobre o senhor Castelli e a sua quadrilha.
- Na delegacia falaram-me, que é você ainda o responsável.
- Pelas investigações.
- E como, quando estávamos chegando na sua casa, o vimos saindo.
- Decidimos ir atrás, esperando o senhor parar, para podermos conversar.
- Veja só, nada de mais.
Escuto ele falar, analisando cada palavra que ele fala.
E sei que assim como eu, Amir também não acreditou, nessa história dele estar apenas de passagem... e simplesmente querer, informações sobre o Castelli.
- Bom Coronel Morales.
- Acredito que a sua perseguição a mim, foi em vão.
- Tudo que eu sei, poderiam ter informado ao senhor na delegacia.
- Na verdade, eu até fiz um relatório, com tudo que eu sei sobre ele, e essa quadrilha dele.
- Agora, se nos dão licença.
- Eu e o meu amigo, vamos continuar o nosso percurso.
- Caso queiram mais informações, procure-me amanhã na delegacia, ou peça a uns dos seus homens.
- O senhor sendo um homem da lei, sabe muito bem, que não podemos passar as informações assim.
Respondo olhando para Amir, já indicando que estamos de saída.
Ele acena com a cabeça, enquanto se aproxima da sua moto... e eu, vou indo para o carro, sob o olhar fulminante do Coronel Morales, sobre nós.
- Para minha casa.
Amir fala, antes de colocar o capacete e ligar a moto... saindo de vagar, esperando eu ir o seguindo.
Vou o caminho todo para a casa do Amir, cuidando do retrovisor, para me certificar, de não estar sendo seguido.
- Mas de uma coisa sei.
- Se eu estivesse sozinho, em um lugar deserto.
- A conversa, com toda certeza seria outra.
- Eles não estavam ali, simplesmente para buscar informações.
- Pelo olhar dele, reconheci a morte passando por mim.
Estaciono em frente a casa do Amir, que já me aguarda com a porta aberta, e com a arma em punho.
- As coisas estão ficando perigosas.
Ele fala, assim que estamos já dentro da sua casa...
Eu apenas olho para ele, balançando a cabeça concordando em resposta.
- E agora delega... o que vamos fazer?
Ele pergunta, enquanto eu encaro o nada... tentando organizar as ideias.
- Não sei Amir...
- Só sei de apenas duas coisas.
- A primeira, é que eu vou descobrir, quem é o maldito que passou o meu endereço.
- Na certa, um corrupto infiltrado no meu departamento... que vai pagar por isso.
- E a segunda, é que só tô vivo, por estar em um lugar público e não estar sozinho.
- Eles não vieram fazer perguntas, mas sim me calar.
Falo para ele, que me escuta atentamente, já com o seu celular na sua mão.
- É delega... essa foi por pouco.
- Vou enviar uma mensagem para os rapazes.
- Precisamos finalizar as investigações logo.
- E denunciar, todos os envolvidos de uma vez.
- Ou podemos não ter sorte, em uma próxima vez.
Amir fala já digitando, enquanto tudo o que eu consigo pensar, é no perigo que a Vick corre, com o Morales, e os seus capangas na cidade.
- Amir... quem corre real perigo nesse momento, é a Vick.
- Sobre mim, eles suspeitam que eu sei de algo.
- Mas não tem provas...
- Agora a Vick, ela, sim, é o verdadeiro alvo.
- E na certa, é atrás dela que eles estão.
- Então precisamos ficar espertos, que eles vão atrás do Felipe.
Falo chamando a atenção do Amir, para mim, pois ele assim como eu, sabe.
Que se eles querem pegar a Vick, a estratégia seria capturarem o Felipe... armando uma emboscada para ela.
- Tem razão..., mas não é só a Vick, na mira deles.
- Você, está por estar investigando a quadrilha.
- E o Felipe, como um trunfo para a captura da Vick.
Ele fala desistindo de digitar, e jogando o telefone no sofá...
- Precisamos estudar bem, os nossos próximos passos.
- Dar a entender, que não sabemos da Vick.
- E que não sabemos também nada, sobre o Coronel Morales, estar envolvidos com essa quadrilha.
Agora a pergunta real é, como despistar esse Morales, e os seus capangas?
- Vem delega... vamos tomar algo, e esfriar a cabeça.
- Assim, conseguiremos pensar direito.
Amir me chama, indo em direção a cozinha da casa dele.
- Sabe delega, estou vendo as coisas se repetirem.
- Essas mulheres, todas entram nas nossas vidas.
- Com uma cota de loucura.
Ele fala rindo, chamando a minha atenção... me deixando curioso, para entender ao que ele está se referindo.
- Sabe começou pela Kate.
- Que foi perseguida, pelos maníacos dos ex dela.
- Nessa situação, conhecemos os Elliot, que já era amigo do chefe...
- Fizemos todo o esquema de segurança da Kate... e eu acabei baleado.
Ele fala, mostrando a cicatriz no seu ombro esquerdo.
- Aí depois, veio a Bibis... e você, no pacote.
- E todos nós, para a protegermos, do Castelli e do Villar.
- Mas o pior, é que fui eu a acabar sendo alvejado novamente.
Ele fala mostrando outra cicatriz... essa próxima ao coração.
- E agora a Vick... e já estamos todos nós unidos, para a proteção dela.
- Mas já digo adiantado... não me disponho, a levar outro tiro.
- Cacete, não tem noção de quanto isso dói.
- Dessa vez, deixo essa vaga de ser baleado, para um de vocês.
Ele fala me encarando, enquanto leva o seu copo com a bebida, para sua boca.
- É meu caro amigo, acho que devemos culpar ao Elliot.
- Ele que começou, com essa sina.
- Agora por culpa dele, todas as mulheres que entrarem nas nossas vidas, vai vir com uma dose de problemas.
Falo rindo dele, me lembrando da Leda, e claro que não posso deixar de provocar.
- Sabe para minha sorte, não estou interessado, em envolver-me com ninguém.
- Mas e você, com a Leda em? Ela não trouxe problemas... ao menos não por enquanto.
Falo rindo da expressão dele, que em encara sério.
- Ela me veio, com Ricardo de brinde meu caro.
- E a cada beijo nosso, é aquele, mala ameaçando a minha cabeça, e minhas bolas.
Não aguento escutar isso, e caiu na risada, enquanto ele toma mais um gole da bebida dele.
- Ria pode rir... você vai pagar caro, por estar rindo de mim.
- Acha que ninguém percebeu ainda, como olha para Vick...
- Vai, vou adorar, ver Felipe ameaçando a suas bolas.
O bastardo fala, fazendo eu engolir a risada na mesma hora.
- Meu caro, uma coisa não tem nada a ver com a outra.
- A Vick é linda, sim, e confesso que sinto uma atração enorme por ela.
- E uma gratidão infinita... estou vivo graças a ela.
- Porém, não passa disso.
- E além de que, sou irmão da Diaba... Felipe, nunca faria nada comigo.
- Ou teria de se ver, com a minha irmã.
Falo debochando da cara dele... quando sinto o meu celular vibrar.
Olho na tela, o número é desconhecido... tomo um gole da bebida na minha frente, antes de atender.
- Delegado Mackenzie?
Alguém do outro lado da linha pergunta, assim que atendo, enquanto do outro lado escuto barulho de sirenes.
- Sim, ele mesmo.
- Quem gostaria?
Pergunto já sabendo que coisa boa não é, só me pergunto o que aconteceu?
- Senhor, aqui é do departamento de perícia.
- Liguei para lhe informar, que encontramos o corpo do delegado Fonseca.
- Ao que tudo indica, foi desovado próximo à delegacia.
- E precisamos da sua presença, aqui.
Porra! Mas o que está acontecendo, como assim encontraram o corpo do Fonseca?
- Estou indo.
Respondo desligando o telefone, enquanto o Amir encara a minha expressão preocupada.
- Preciso ir para delegacia...
- O Fonseca, o segundo delegado.
- Acaba de ser encontrado morto, próximo à delegacia.
- E posso apostar, que sabemos quem matou ele.
Falo com Amir, finalizando a minha bebida, e me levantando.
- Vou com você, pode ser uma armadilha para o pegar.
Amir fala, já se levantando também... apenas concordo com a cabeça.
- É pode ser.
- Liga para o Ricardo, quero uma investigação precisa.
- Para colocar o quanto antes, os assassinos na cadeia.
Morales, você não sabem com quem está mexendo? E vai se arrepender de cruzar os nossos caminhos, de colocar a vida da Vick, em jogo.
Penso enquanto dirijo rumo a delegacia, com Amir no banco de passageiro, falando com Ricardo no telefone, resumindo tudo que aconteceu.
Assim que chegamos lá, o circo já está armado... cheio de curiosos... a imprensa já tentando um furo de reportagem...
Vou direto em direção ao corpo do Fonseca, e o que vejo faz meu estômago revirar.
- Ele claramente foi torturado, até a morte.
- E só o mataram, depois de com toda certeza, arrancarem dele.
- Toda informação que queriam.
- E ao que parece, ele já está morto a algumas horas.
Amir para ao meu lado falando, enquanto assim como eu, analisa o corpo.
- É delegado, sabemos como conseguiram o seu endereço agora.
Olho novamente para o corpo, e penso que por pouco hoje, eu não acabo do mesmo jeito.
- Quero todos fora daqui agora.
- Quero o ambiente limpo.
- E conversar com cada testemunha, em minha sala em cinco minutos.
- E quero fita de todas as câmeras de monitoramento, próximos ao local da desova.
- E um relatório, dos últimos passos do delegado Fonseca para ontem.
Grito com todos, me afastando do local, já caminhando para dentro da delegacia.
- Morales... Morales, você joga baixo... mais esse jogo eu também sei jogar....
...┉┉┅•••°♥️°••ೋ•◦❥•?ೋ...
...?CONTINUA?...
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