Capítulo 7 Cap. 07- Os jogos começaram.

...ANDREW...

Assim que o Amir para com a moto, ao lado do meu carro.

Logo desço, já com a arma em mãos preparado.

Assim que faço isso, vejo os outros três homens descendo do carro.

E quanto mais se aproximam, mas posso observar o rosto de cada um, com toda a atenção.

- E imaginem a minha surpresa, ao reconhecer dentre aqueles rosto.

- O do Coronel Morales.

Sim, minha gente, o próprio, aqui em Doce Horizonte.

- Caralho, que merda você aprontou?

Amir me pergunta, com toda certeza, não se dando conta da real situação, que está acontecendo aqui.

Em resposta apenas olho para ele, e olho novamente para os três, que estão vindo mais atrás.

- Delegado Mackenzei?

Um dos dois, que se aproximou primeiro, pergunta.

- Quem gostaria saber?

- E o porquê dessa perseguição?

Pergunto fingindo uma calma, que estou longe de sentir.

- Talvez o que eles queiram... Seja uma estadia gratuita na delegacia.

- Ou por qual outro motivo, iriam perseguir um delegado.

Amir brinca, enquanto os outros três se aproximam, e nesse tempo já temos a atenção de muitas pessoas...

Que da onde estão na praça, assistem toda a cena.

- O desculpe-me por tudo isso, senhor Mackenzie.

- Os meus homens não tinham a intenção, de trazer-lhe preocupações.

O tal do Morales, chega falando... Enquanto os outros dois saem do nosso caminho, nos deixando frente a frente.

- Aliás, eu sou Ivan Morales.

- Coronel Morales.

Fala estendendo a sua mão para mim, com o seu distintivo.

- Sei bem quem é o senhor... senhor Coronel.

- Só ainda não entendi, o porquê da palhaçada, de me seguirem?

- Afinal de contas, o que vocês querem comigo, de tão urgente?

- Que não poderia esperar, até amanhã na delegacia.

Falo mostrando não me deixar intimidar, pela posição dele de Coronel.

E vejo pela tensão de Amir, que agora, sim, ele entendeu a real situação, do que está acontecendo.

- Na verdade, delegado estou em uma breve passagem pela cidade.

- E fui o procurar na delegacia... e indicaram-me o seu endereço.

- Estou em busca, de mais informações, sobre o senhor Castelli e a sua quadrilha.

- Na delegacia falaram-me, que é você ainda o responsável.

- Pelas investigações.

- E como, quando estávamos chegando na sua casa, o vimos saindo.

- Decidimos ir atrás, esperando o senhor parar, para podermos conversar.

- Veja só, nada de mais.

Escuto ele falar, analisando cada palavra que ele fala.

E sei que assim como eu, Amir também não acreditou, nessa história dele estar apenas de passagem... e simplesmente querer, informações sobre o Castelli.

- Bom Coronel Morales.

- Acredito que a sua perseguição a mim, foi em vão.

- Tudo que eu sei, poderiam ter informado ao senhor na delegacia.

- Na verdade, eu até fiz um relatório, com tudo que eu sei sobre ele, e essa quadrilha dele.

- Agora, se nos dão licença.

- Eu e o meu amigo, vamos continuar o nosso percurso.

- Caso queiram mais informações, procure-me amanhã na delegacia, ou peça a uns dos seus homens.

- O senhor sendo um homem da lei, sabe muito bem, que não podemos passar as informações assim.

Respondo olhando para Amir, já indicando que estamos de saída.

Ele acena com a cabeça, enquanto se aproxima da sua moto... e eu, vou indo para o carro, sob o olhar fulminante do Coronel Morales, sobre nós.

- Para minha casa.

Amir fala, antes de colocar o capacete e ligar a moto... saindo de vagar, esperando eu ir o seguindo.

Vou o caminho todo para a casa do Amir, cuidando do retrovisor, para me certificar, de não estar sendo seguido.

- Mas de uma coisa sei.

- Se eu estivesse sozinho, em um lugar deserto.

- A conversa, com toda certeza seria outra.

- Eles não estavam ali, simplesmente para buscar informações.

- Pelo olhar dele, reconheci a morte passando por mim.

Estaciono em frente a casa do Amir, que já me aguarda com a porta aberta, e com a arma em punho.

- As coisas estão ficando perigosas.

Ele fala, assim que estamos já dentro da sua casa...

Eu apenas olho para ele, balançando a cabeça concordando em resposta.

- E agora delega... o que vamos fazer?

Ele pergunta, enquanto eu encaro o nada... tentando organizar as ideias.

- Não sei Amir...

- Só sei de apenas duas coisas.

- A primeira, é que eu vou descobrir, quem é o maldito que passou o meu endereço.

- Na certa, um corrupto infiltrado no meu departamento... que vai pagar por isso.

- E a segunda, é que só tô vivo, por estar em um lugar público e não estar sozinho.

- Eles não vieram fazer perguntas, mas sim me calar.

Falo para ele, que me escuta atentamente, já com o seu celular na sua mão.

- É delega... essa foi por pouco.

- Vou enviar uma mensagem para os rapazes.

- Precisamos finalizar as investigações logo.

- E denunciar, todos os envolvidos de uma vez.

- Ou podemos não ter sorte, em uma próxima vez.

Amir fala já digitando, enquanto tudo o que eu consigo pensar, é no perigo que a Vick corre, com o Morales, e os seus capangas na cidade.

- Amir... quem corre real perigo nesse momento, é a Vick.

- Sobre mim, eles suspeitam que eu sei de algo.

- Mas não tem provas...

- Agora a Vick, ela, sim, é o verdadeiro alvo.

- E na certa, é atrás dela que eles estão.

- Então precisamos ficar espertos, que eles vão atrás do Felipe.

Falo chamando a atenção do Amir, para mim, pois ele assim como eu, sabe.

Que se eles querem pegar a Vick, a estratégia seria capturarem o Felipe... armando uma emboscada para ela.

- Tem razão..., mas não é só a Vick, na mira deles.

- Você, está por estar investigando a quadrilha.

- E o Felipe, como um trunfo para a captura da Vick.

Ele fala desistindo de digitar, e jogando o telefone no sofá...

- Precisamos estudar bem, os nossos próximos passos.

- Dar a entender, que não sabemos da Vick.

- E que não sabemos também nada, sobre o Coronel Morales, estar envolvidos com essa quadrilha.

Agora a pergunta real é, como despistar esse Morales, e os seus capangas?

- Vem delega... vamos tomar algo, e esfriar a cabeça.

- Assim, conseguiremos pensar direito.

Amir me chama, indo em direção a cozinha da casa dele.

- Sabe delega, estou vendo as coisas se repetirem.

- Essas mulheres, todas entram nas nossas vidas.

- Com uma cota de loucura.

Ele fala rindo, chamando a minha atenção... me deixando curioso, para entender ao que ele está se referindo.

- Sabe começou pela Kate.

- Que foi perseguida, pelos maníacos dos ex dela.

- Nessa situação, conhecemos os Elliot, que já era amigo do chefe...

- Fizemos todo o esquema de segurança da Kate... e eu acabei baleado.

Ele fala, mostrando a cicatriz no seu ombro esquerdo.

- Aí depois, veio a Bibis... e você, no pacote.

- E todos nós, para a protegermos, do Castelli e do Villar.

- Mas o pior, é que fui eu a acabar sendo alvejado novamente.

Ele fala mostrando outra cicatriz... essa próxima ao coração.

- E agora a Vick... e já estamos todos nós unidos, para a proteção dela.

- Mas já digo adiantado... não me disponho, a levar outro tiro.

- Cacete, não tem noção de quanto isso dói.

- Dessa vez, deixo essa vaga de ser baleado, para um de vocês.

Ele fala me encarando, enquanto leva o seu copo com a bebida, para sua boca.

- É meu caro amigo, acho que devemos culpar ao Elliot.

- Ele que começou, com essa sina.

- Agora por culpa dele, todas as mulheres que entrarem nas nossas vidas, vai vir com uma dose de problemas.

Falo rindo dele, me lembrando da Leda, e claro que não posso deixar de provocar.

- Sabe para minha sorte, não estou interessado, em envolver-me com ninguém.

- Mas e você, com a Leda em? Ela não trouxe problemas... ao menos não por enquanto.

Falo rindo da expressão dele, que em encara sério.

- Ela me veio, com Ricardo de brinde meu caro.

- E a cada beijo nosso, é aquele, mala ameaçando a minha cabeça, e minhas bolas.

Não aguento escutar isso, e caiu na risada, enquanto ele toma mais um gole da bebida dele.

- Ria pode rir... você vai pagar caro, por estar rindo de mim.

- Acha que ninguém percebeu ainda, como olha para Vick...

- Vai, vou adorar, ver Felipe ameaçando a suas bolas.

O bastardo fala, fazendo eu engolir a risada na mesma hora.

- Meu caro, uma coisa não tem nada a ver com a outra.

- A Vick é linda, sim, e confesso que sinto uma atração enorme por ela.

- E uma gratidão infinita... estou vivo graças a ela.

- Porém, não passa disso.

- E além de que, sou irmão da Diaba... Felipe, nunca faria nada comigo.

- Ou teria de se ver, com a minha irmã.

Falo debochando da cara dele... quando sinto o meu celular vibrar.

Olho na tela, o número é desconhecido... tomo um gole da bebida na minha frente, antes de atender.

- Delegado Mackenzie?

Alguém do outro lado da linha pergunta, assim que atendo, enquanto do outro lado escuto barulho de sirenes.

- Sim, ele mesmo.

- Quem gostaria?

Pergunto já sabendo que coisa boa não é, só me pergunto o que aconteceu?

- Senhor, aqui é do departamento de perícia.

- Liguei para lhe informar, que encontramos o corpo do delegado Fonseca.

- Ao que tudo indica, foi desovado próximo à delegacia.

- E precisamos da sua presença, aqui.

Porra! Mas o que está acontecendo, como assim encontraram o corpo do Fonseca?

- Estou indo.

Respondo desligando o telefone, enquanto o Amir encara a minha expressão preocupada.

- Preciso ir para delegacia...

- O Fonseca, o segundo delegado.

- Acaba de ser encontrado morto, próximo à delegacia.

- E posso apostar, que sabemos quem matou ele.

Falo com Amir, finalizando a minha bebida, e me levantando.

- Vou com você, pode ser uma armadilha para o pegar.

Amir fala, já se levantando também... apenas concordo com a cabeça.

- É pode ser.

- Liga para o Ricardo, quero uma investigação precisa.

- Para colocar o quanto antes, os assassinos na cadeia.

Morales, você não sabem com quem está mexendo? E vai se arrepender de cruzar os nossos caminhos, de colocar a vida da Vick, em jogo.

Penso enquanto dirijo rumo a delegacia, com Amir no banco de passageiro, falando com Ricardo no telefone, resumindo tudo que aconteceu.

Assim que chegamos lá, o circo já está armado... cheio de curiosos... a imprensa já tentando um furo de reportagem...

Vou direto em direção ao corpo do Fonseca, e o que vejo faz meu estômago revirar.

- Ele claramente foi torturado, até a morte.

- E só o mataram, depois de com toda certeza, arrancarem dele.

- Toda informação que queriam.

- E ao que parece, ele já está morto a algumas horas.

Amir para ao meu lado falando, enquanto assim como eu, analisa o corpo.

- É delegado, sabemos como conseguiram o seu endereço agora.

Olho novamente para o corpo, e penso que por pouco hoje, eu não acabo do mesmo jeito.

- Quero todos fora daqui agora.

- Quero o ambiente limpo.

- E conversar com cada testemunha, em minha sala em cinco minutos.

- E quero fita de todas as câmeras de monitoramento, próximos ao local da desova.

- E um relatório, dos últimos passos do delegado Fonseca para ontem.

Grito com todos, me afastando do local, já caminhando para dentro da delegacia.

- Morales... Morales, você joga baixo... mais esse jogo eu também sei jogar....

...┉┉┅•••°♥️°••ೋ•◦❥•?ೋ...

...?CONTINUA?...

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