ENCONTREI O AMOR
img img ENCONTREI O AMOR img Capítulo 3 3
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Capítulo 3 3

Gustavo disse mesmo o que eu ouvi ou foi coisa da minha cabeça!? Isso só pode ser uma alucinação. Seu braço me agarra pela cintura e me ergue, fazendo meus pés quase saírem do chão. Me seguro em seus braços e sua boca vem em direção a minha.

- Responde!

Pede com a voz baixa e meus olhos só conseguem focar em seus lábios prontos pra me beijar.

- Olha pra mim!

Ergo meus olhos e encontro uma imensidão verde me encarando.

- Não posso ter me apaixonado sozinho. Me diz que ao menos estou perto de tocar seu coração.

Sua mão livre toca minha nuca e se afunda por baixo do meu cabelo molhado, me fazendo amolecer toda em seus braços. Fecho meus olhos e já não possuo qualquer sanidade pra pensar em uma resposta decente a não ser gemer que sim. Seus lábios tocam minha bochecha e levemente se arrastam pro canto da minha boca.

- Quero te beijar, mas só vou fazer isso se seus sentimentos realmente corresponderem aos meus. Não quero te beijar, gravar em mim o seu sabor e depois nunca mais voltar a sentir sua boca na minha. Não quero perder você por causa dos meus sentimentos.

Abro meus olhos e subo minhas mãos por seus braços, chegando em seu cabelo tão loiro e liso. Toco e me controlo pra não gemer ao sentir os fios se perderem em meus dedos. Sua respiração pesada se misturando a minha e minha boca seca de desejo, querendo tocar a dele. Gustavo fecha os olhos, talvez com medo do que possa ouvir.

- Eu...

Sussurro e beijo sua bochecha.

- Me...

Beijo o canto de sua boca.

- Apaixonei...

Roço nossos lábios e suspiramos juntos.

- Por você...

Sua boca se encaixa a minha e nós dois gememos com o toque delas. Não demora muito para o desejo explodir dentro de mim e aparentemente dentro dele também, já que me puxa para o seu colo e minhas pernas se agarram em sua cintura. Sinto suas mãos percorrerem minhas costas, enquanto nossos lábios apaixonados se movem com uma intensidade que nunca senti antes. Sua língua invade minha boca e percorre cada canto, enquanto a minha vai de encontro à dele, querendo de vez selar essa paixão entre nós. Sua mão enorme segura por trás minha cabeça, a mantendo parada pra que ele se mova e se delicie com o meu beijo.

Minhas mãos seguram seu rosto, sentindo sua barba em meus dedos, pinicando gostoso. Está nos movendo pra algum lugar e não quero abrir meus olhos para ver nada. Se ele quiser me levar para o forno e me assar pro jantar, fique a vontade. Sinto que nos chocamos com alguma coisa e então ele me senta em algo. Sua boca suga meus lábios, meu queixo, desce pro meu pescoço e trilha beijos com leves chupadas em meu pescoço. Minhas mãos estão moles, descendo pelo seu corpo e abro meus olhos. Agora é ele quem segura meu rosto e antes de voltar a me beijar encara meus olhos, abre aquele lindo sorriso que me faz suspirar e derreter toda.

- Minha joaninha!

Seu dedão percorre meus lábios e seus olhos estão focados neles.

- Não sabe quanto tempo desejei toca-los assim, com paixão.

Fecha os olhos e esfrega a boca contra a minha.

- Tenho certeza que roubou meu coração no dia em que entrou no meu bar pela primeira vez.

Suga meu lábio inferior, me arrancando um gemido.

- Temos que agradecer o Osvaldo por ter me dado um bolo. Isso nunca aconteceria se ele tivesse aparecido, ou teria?

Abro um enorme sorriso e ele me olha sem qualquer humor. Parece nervoso e vai se afastando, mantendo o olhar perdido em mim.

- Precisamos conversar sobre uma coisa.

- O que foi?

Me desce da mesa e agora evita me olhar.

- Fiz macarrão pra gente, senta que vou te servir.

Essa mudança repentina de humor não é boa. Ele vai me alimentar e quando eu estiver igual uma jiboia saciada sem conseguir fugir de tão pesada, vai me dizer que é casado e tem seis filhos ou é gay e o Osvaldo é o marido dele querendo sexo a três. Se aproxima com dois pratos cheios de macarrão com molho branco, coloca onde deixou a mesa posta e puxa uma cadeira pra mim.

- Vem!

- Estou com medo do que vai querer conversar.

Me chama com a cabeça e tem um sorriso nada feliz nos lábios. Vou até onde está, me sento e ele empurra a cadeira. Senta ao meu lado e coloca suco pra gente.

- Macarrão ao molho dois queijos. Era pra ser quatro, mas na sua geladeira só tinha dois tipos de queijos.

- Não precisava ter feito o macarrão.

- Precisava sim! Cozinhar me deixa menos nervoso e sempre que estou perto de você, fico assim.

Olho pra ele um pouco perdida com o que acabou de confessar.

- Sério?

Pergunto e sua cabeça confirma que sim.

- Nunca percebeu que estive sempre te alimentando enquanto estava no bar? No primeiro dia você só queria a bebida, no segundo te levei a porção, depois te mostrei os lanches e não parei mais.

- Você me alimentava pra esconder seu nervosismo?

- Sim! Mas aos poucos eu já me sentia mais a vontade ao seu lado. Catarina você sempre foi solta, relaxada, divertida, encantadora e eu não fazia ideia do que fazer.

Beijo seu rosto e acho fofo sua timidez. Quero me dar um soco por nunca ter percebido isso antes.

- Antes de te contar uma coisa, quero esclarecer algo.

Se vira na cadeira e fica de frente pra mim, mas sua cabeça está baixa.

- Nunca fui apaixonado pela Cassandra.

Confessa e ergue a cabeça pra me olhar.

- Quando sua mãe faleceu, Cassandra foi excluída pelas amizades, as pessoas começaram a chama-la de órfã. Aquilo me doeu tanto e mesmo nunca tido uma amizade de verdade com ela, decidi me aproximar e protegê-la disso tudo.

Solta um longo suspiro.

- Nos tornamos grandes amigos, mas nunca imaginei que da parte dela fosse algo mais. Quando ela sumiu do colégio e nunca mais nos vimos, fiquei mal pra caramba porque havia perdido minha melhor amiga. Eu não tinha amigos na escola, mas sim garotos perto que queriam me usar pra atrair garotas e um bando de meninas que pareciam querer me comer vivo.

Segura minhas mãos e as puxa para sua boca, dando um beijo em cada uma.

- Nunca houve interesse da minha parte em sua irmã. Nessa família a única que mexeu comigo foi você.

Me arrasto na cadeira, saio dela e muito safada vou pra cima de suas enormes pernas. Sento nelas e ganho um sorriso safadinho também. Seus braços envolvem minha cintura e seguro seu rosto em minhas mãos.

- Um Deus grego tímido?

Passo a ponta do meu nariz no dele.

- Chega a ser ironia sua timidez com a quantidade de mulher que se joga aos seus pés.

Beijo sua boca com carinho e seus braços me apertam mais.

- Odeio isso!

Confessa e suspira cansado.

- Minha vida inteira me senti um pedaço de carne jogado no meio de um monte de lobos famintos.

Meus dedos acariciam seu rosto, observando seus olhos tristes.

- Não sou um Deus grego, o Apolo, o gostoso, o cara pegador, qualquer coisa assim.

- Desculpa!

Peço com sinceridade e encosto minha testa na dele, fechando meus olhos em seguida.

- Nunca ninguém se aproximou de mim sem segundas intenções.

Respira fundo e afasta a cabeça da minha, me fazendo abrir os olhos e encarar os dele um pouco perdidos.

- Há um bom tempo sinto a necessidade de ter alguém na minha vida. Queria alguém pra compartilhar o meu sonho, a hamburgueria. Que pudesse provar as coisas que cozinho, viver loucuras de amor e pudesse pensar em uma família comigo. Que não fugisse após conhecer minhas cinco mulheres e fizesse parte do meu mundo rosa.

Agora são suas mãos que seguram meu rosto, me mantendo focada em seu olhar.

- Você não levou bolo no primeiro encontro.

Sussurra e fico sem entender o que disse.

- Me chamo Gustavo Osvaldo Castro. Osvaldo em homenagem ao meu avô.

            
            

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