SUBLIME AMOR
img img SUBLIME AMOR img Capítulo 10 7
10
Capítulo 11 8 img
Capítulo 12 9 img
Capítulo 13 10 img
Capítulo 14 11 img
Capítulo 15 12 img
Capítulo 16 13 img
Capítulo 17 14 img
Capítulo 18 15 img
Capítulo 19 16 img
Capítulo 20 17 img
Capítulo 21 18 img
Capítulo 22 19 img
Capítulo 23 20 img
Capítulo 24 21 img
Capítulo 25 22 img
Capítulo 26 23 img
Capítulo 27 24 img
Capítulo 28 25 img
Capítulo 29 26 img
Capítulo 30 27 img
Capítulo 31 28 img
Capítulo 32 29 img
Capítulo 33 30 img
Capítulo 34 EPILOGO img
img
  /  1
img

Capítulo 10 7

Melissa Alpes Narrando

No outro dia eu cheguei no bistrô e Sebastian está na cozinha fazendo as suas coisas normais, ele me encara.

- Oi – eu falo para ele e ele não me responde.

Já estava me acostumando com a sua forma de agir, estava muito quente dentro da cozinha o que fazia as minhas mangas compridas colarem em meu corpo e os meus braços que estão machucados da noite anterior começa a doer, eu solto um gemido baixo atraindo o seu olhar e eu disfarço fazendo as coisas dentro da cozinha.

- Amanhã é nossa folga – Suzana fala – ainda bem que você resolveu fechar esse bistrô de uma vez.

- Ordem de maninha – Sebastian fala

- Aliás ela volta quando para coloca ordem nisso? – Artur pergunta.

- Vocês não tem que estar lá fora pegando os pedidos – ele já fala com um mal humor e os dois sai da cozinha.

Ele não admitia que ninguém ficasse enchendo a paciência dele aqui dentro, ele mandava embora.

- Continua fritando aqui – ele fala pegando a garrafa de bebida – eu só vou ali fora – eu assinto.

Eu vou até o fogão e olho para fora o vendo acender um cigarro e beber um pouco da bebida da garrafa, depois ele joga o cigarro fora e entra de volta para o restaurante, ele era assim a noite toda, ele não tinha sossego, saia e voltava, bebia, fumava e cozinhava. Esse eu acho que era a vida dele todos os dias.

Eu tinha os meus traumas e não era pouco, mas trabalhando aqui nos poucos dias eu comecei a observar ele e percebi que ele também não tinha uma vida fácil , ele bebia, ele fumava, ele se drogava para fugir de todo o seu passado, de tudo que assombrava ele , assim como eu achei a minha forma de aliviar o meu sofrimento, ele tinha o dele.

A noite passou rápido porque foi uma noite cheia, Sebastian ficava louco mas dava conta de tudo e mesmo as vezes ele fazendo as coisas muito rápido, ele sempre recebia elogios.

- Estão querendo conhecer o chef – Artur fala entrando – o que eu falo?

- Diz que o chef está ocupado de mais – ele fala

- E se ele insistirem? – ele fala

- Dê alguma desculpa – ele responde para Artur e Artur sai resmungando para fora.

Eu o encaro e ele me encara.

- Seria legal você ir receber os cumprimentos – eu falo – é sinal que gostaram da sua comida.

- Não – ele fala seco e direto e eu reviro os olhos ficando em silêncio.

Artur volta mais uma vez insistindo que ele vá receber os elogios dos clientes mas ele se nega e Artur sai discutindo com ele para o salão, os dois pegava fogo, não era sempre mas quando saia era muito mais que faísca.

- O dia foi puxado hoje – Suzana fala

- Sim – eu falo

- Graças a Deus, depois do fiasco do Sebastian abandonar a cozinha – Artur fala e ele apenas encara Artur com uma cara.

- Vamos indo – Suzana fala – quer carona Melissa?

- Não – eu falo – eu ainda tenho que terminar aqui – Sebastian fica em silêncio, Suzana olha para ele, mas ele não diz nada.

- Está noite – ela fala – quem sabe te esperamos, está muito escuro lá fora.

- Não precisa, pode ir descansar – eu falo para ela que tenta mais uma vez insistir, mas eu a mando ir e ela acaba cedendo e eles vão embora.

Eu fico terminando de lavar a louça e organizar e Sebastian me ajuda a limpar as panelas e fogão, depois ele sai para fora e acende um cigarro, eu sinto o cheiro dentro da cozinha.

Será que a irmã dele aceita essas atitudes dele?

- Eu já acabei – eu falo para ele e ele entra – eu posso ir embora?

- Espera - Ele diz me olhando e eu encaro ele - Eu não quero ver mais você revirando os lixos por aí - Ele fala em entregando um saco de papel com sanduíche dentro - É perigoso passar por aquele beco à noite, E a próxima vez que você estiver com fome, você me pede , ok? - Ele fala me olhando firme.

- Era você no beco? – eu falo olhando para ele.

- Sim, era eu mas isso ninguém vai saber – ele fala – A próxima que vez que você não tiver dinheiro para comprar comida, você chega e pede. Ninguém aqui dentro precisa ir pegar comida no lixo em um beco escuro , comida aqui tem bastante.

- Desculpa – eu falo nervosa – é que – ele me olha.

- A pensão é longe daqui né? – ele fala – é perigoso você ir andando a noite, se torna longe a pé.

- Eu tenho uma bicicleta velha que você pode usar. – ele fala me olhando – se você quiser, assim não precisa mais ir a pé e nem vim a pé.

- Sério? - Eu pergunto sem acreditar que ele estava me oferecendo algo.

- Sim - Ele fala acendendo um cigarro e fazendo sinal de silêncio e eu nego com a cabeça e ele sorri.

Ele não era apenas a pessoa amarga e grosso que ele parecia ser, ele tinha algo dentro dele que era diferente.

Assim que cheguei no prédi da pensão, eu subi para o meu quarto, combinei com Sebastian que pegaria a bicicleta amanhã de manhã.

- Boa noite Melissa- Maria fala

- Boa noite Dona Maria - Eu falo sorrindo para ela.

Dona Maria morava no quarto ao lado do meu junto de seus dois netos Cláudio e Igor um de 15 e outro de 14 anos, dormia os quatro dentro de um quarto, eu nunca tinha visto o tamanho do quarto e não sabia como ele era composto para eles todos, porque o meu era muito pequeno.

Eu me sento na minha cama e abro a sacola que Sebastian tinha me entregado, eu abro um sorriso e começo a comer o sanduiche , com a fome que eu estava eu comeria uns quatro.

No outro dia de manhã eu vou até a casa de Sebastian mas ninguém me atende, não encontro a bicicleta do lado de fora, então resolvo buscar amanhã.

                         

COPYRIGHT(©) 2022