Arthur Bornovvi
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Capítulo 4 4

Ciúmes

Chego em casa literalmente morto, essa missão foi extremamente complicada e o pior é saber que viram mais e mais assim gradativamente. Isso é um inferno que eu odeio fazer parte.

Porém percebendo um dos lados bons eu acho válido esse cansaço afinal ele confirma que eu faço tudo bem feito, caso contrário já estaria morto.

Estaciono o carro e saio dele, fecho a porta e saio da garagem a fechando logo em seguida, sigo para mansão mexendo no celular e haviam várias ligações da Vanessa... Que mulher insuportável do caralho!

A única que eu daria motivos para ter tal preocupação é a Analu que possívelmente nesse momento estaria assustada por estar sozinha, ela é só uma menina e eu entendo isso mas a Vanessa não, ela é uma mulher e tem que se comportar como tal.

Eu odeio os chiliques dela e quando ela se dá um valor e uma importância que claramente não tem, eu posso proteger qualquer um e isso não dá confirmação que eu tenha sentimentos por ele.

Eu durmo com várias mulheres também e sempre deixei claro para todas que era sempre cama, momento, prazer e um instante e todas entenderam exceto a bendita da Vanessa.

Talvez a justificativa para isso seja a ajuda a mais que eu a dou porém ela não é a única, logo não tem justificativa nenhuma para ela estar assim.

Chego e coloco meu blazer no cabide, Maria estava descendo as escadas com uma bandeja, provavelmente o lanche da Analu então vou até ela e pergunto :

- Ela voltou a comer ? Está bem ? Parou de vomitar ? - indago preocupado ao ver apenas algumas coisas no prato que não era muito grande.

- Ela come um pouco mas por algum motivo ela vomita tudo depois, o doutor Hawkins já veio examinar ela hoje e disse que os exames não deram nada grave além da anemia que era bem visível - explica preocupada - Eu não sei o que fazer com ela mais Arthur, talvez se você tentar ela consiga comer afinal tem um apresso enorme por você. Tanto que passou o dia inteiro preocupada - expõe me deixando surpreso.

Eu não quero que ela tenha dependência de mim mas se isso for ajudar ela a sobreviver talvez seja uma boa saída, eu a quero bem e com a mente vazia de tudo que ela viveu naquele inferno.

- Faça um prato novo com coisas diferentes e leve no meu quarto, eu irei tomar um banho e levarei para ela ok ? - ordeno e ela acente com a cabeça descendo o resto das escadas - Coloca uns docinhos também ok ?

- Está bem - segue até a cozinha e eu subo até o meu quarto.

Abro a porta e logo quando entro já tenho uma enorme dor de cabeça, Vanessa estava aqui e pelo visto hoje terei que ser bem Rude para ela desgrudar e retomar a consciência.

- Vanessa eu já disse que essa não é a sua casa - repreendo tirando os braços dela dos meus ombros - Eu não pago um aluguel milionário pra você ficar parasitando a minha mansão.

- Você paga por que quer, é muito melhor eu vir morar aqui junto com você - gruda em mim denovo e eu me esquivo... Que chatice! - Imagina eu, você e o Felipe aqui.

- Primeiro que eu já te disse que não quero relação alguma com você nem ao menos com ele, a única relação que temos é na cama e com ele eu não tenho vínculo nenhum. Só o ajudo como homem não como pai - repreendo indo até o box e ela me segue.

- Arthur eu não te entendo, desde que resgatou aquela anêmica você está diferente comigo... Por que você troca pessoas assim tão rápido caramba ? Acha mesmo que aquela ninfeta vai fazer o que eu faço ali ? - aponta para a cama... Ela é doente ao ponto de achar que eu tenho interesse sexual em uma garota que tem idade pra ser minha filha.

- Como descobriu da Analu ? E isso não te interessa então não usa ela por que eu já pensava assim muito antes dela aparecer - grito revoltado. Que ódio !

- Viu... Você queria esconder aquela anêmica por que provavelmente está recuperando ela pra poder usar e abusar dela... Você acha mesmo que vai dar certo ? - zomba rindo e é impressionante e Quão imbecil ela pode ser.

- Você é doente ? Eu já te falei que não tenho interesse algum na Analu e eu não permito que fique xingando ela. Você não tem esse direito ! - grito bravo e ela começa a rir.

- Viu... É nítido, você quer sim ter algo com aquela raquítica e meu deus - coloca as mãos no rosto rápidamente - Eu não quero nem imaginar como seria por que ela não aguentaria você... Seria doentio Arthur... - a pego pelo braço e coloco para fora do quarto, volto e pego a sua bolsa e jogo nela que a pega.

- Se eu sair desse quarto e você ainda estiver aqui você sabe o que eu farei - ameaço sério - Não me provoque - bato a porta e sigo para o box.

É impressionante o quanto essa imbecil consegue me irritar...

Se não fosse uma mulher eu já teria a matado por que a cada cinco coisas que ela fala quinze são porcarias.

Esmurrou a parede do box por um tempo para me acalmar, eu precisava afinal se sobrasse um resquício de ódio em mim a Analu ficaria assustada e eu não queria isso, o olhar de medo dela me deixa angustiado e eu não gosto disso.

Acabo o banho o visto uma roupa qualquer, não me importo muito em escolher algo arrumado. Saio para o quarto e a bandeja estava na minha mesa, abro a porta e saio com ela até o quarto dela que estava deitada na cama mas acordada.

- Oi - coloco a bandeja na mesa ao lado da cama e pego uma cadeira para me sentar - Como foi o seu dia ?

- Triste... Eu quero voltar a andar Arthur eu não consigo mais desde ontem e eu quero correr e viver de uma forma normal... Eu não aguento mais ficar nessa cama - reclama com os olhos vermelhos, ela estava chorando.

- Não fica assim - pego na sua mão - Você vai voltar a andar logo e vai correr por toda essa mansão como o flash ok ? Mas pra isso - pego a bandeja e coloco no colo dela - Você precisa comer tudo isso aqui - aponto e ela olha para o prato por um tempo e diz :

- Eu não gosto disso - aponta para umas cenouras que estavam na bandeja - Mas eu amo isso - aponta para o arroz com alguns fiapos de frango.

- Se eu trocar isso por isso, você come tudo ? - negocio e ela acente com a cabeça de forma um pouco mais animada.

- Ok... Vai comendo que eu vou pegar outro prato lá embaixo ok ? Gosta desse suco ? - mostro copo e olha, logo em seguida ela diz :

- Prefiro de uva - pega o garfo e começa a comer.

- Ok eu vou trazer o seu suco de uva... Qualquer coisa é só apertar esse negócio - dou um controle de segurança pra ela - Aí um daqueles homens que estavam comigo vão vir te ajudar ok ? - explico e ela me olha com uma carinha não tão boa.

- Eu não quero eles, eu quero você - afirma me olhando.

- Ok... Eu venho no lugar deles ok ? Mas só se você comer tudo - dou um beijo rápido na testa dela e saio, fechando a porta logo em seguida.

Desço as escadas com o bendito do copo de suco de laranja, era o meu preferido mas já disseram que eu não gosto de coisas boas então a entendo, bebo o suco no meio do caminho e só chegar na cozinha eu pergunto :

- Maria ainda tem aquele arroz com frango ? - pego um pouco mais de suco e bebo.

- Tem sim, você quer um pouco ? - pega um prato e vai até o fogão.

- A Analu que quer, ela gosta muito e também prefere suco de uva - explico e ela me olha surpresa.

- Ela está comendo ? - indaga confusa.

- Sim está, pode colocar muito arroz por que eu quero que ela se alimente bem - incentivo e ela coloca uma quantidade bem grande.

- O suco - pega uma jarra a me entrega com alguns copos.

- É fresco não é ? - questiono preocupado afinal aquelas essências mortíferas poderiam fazer muito mal pra ela.

- É sim, daquele pomar que você compra sempre.

- Ok então, tchau - me despeço voltando para o quarto dela.

Abro a porta e ela já havia comido porém não estava como eu a deixei, ela estava na verdade pior do que quando eu entrei.

- Alu o seu arroz - dou o prato e ela enxuga o rosto rápidamente... Ou tenta - O que aconteceu ?

- Nada - responde com a voz embargada e pegando o garfo para comer.

- Alu não mente pra mim, se aconteceu algo você tem que dizer pra mim - insisto pegando na mão dela.

- Não aconteceu nada Arthur... Pode ir, eu como - diz com algumas lágrimas caindo pelo rosto.

- Ok então, quando acabar me chama ou toca o negócio ok ? - me levanto e sigo até a porta.

Eu tinha um palpite do que teria acontecido mas eu ia confirmar no escritório, se fosse isso mesmo ela iria me pagar bem caro.

Desço as escadas rapidamente e vou até o escritório, abro a porta e a fecho com ódio, viro o computador e o ligo rapidamente.

Entro nas filmagens das câmeras de segurança e escolho a do corredor do quarto da Analu, e para a minha infelicidade realmente era aquela cadela que tinha feito algo com ela.

Desligo o computador com ódio e saio do escritório, ela vinha da cozinha com uma cara deslavada imensa... Eu odeio gente sonsa e pelo visto era isso que ela queria que eu sentisse por ela.

- Eu fui comer um pouco na cozinha mas agora eu já vou embora - pega o bolsa no sofá e coloca no ombro - Tchau Arthur - vem até mim e tenta me dá um beijo no rosto porém eu seguro o pescoço dela e a empurro no sofá.

- Que porra você disse pra Analu ? - questiono gritando e ela se faz de desentendida.

- Eu nem sei que quarto essa anêmica está Arthur... Caramba por que tudo que acontece de ruim com aquela piolhenta sou eu ? - se levanta e ajeita o vestido, ela tenta sair porém eu a seguro pelo braço.

- Você vai embora sim, só que antes você vai subir lá em cima e vai pedir perdão a ela - ordeno a puxando.

- Arthur me solta ! - grita alto fazendo um escândalo - Me solta Arthur !

- Eu vou te soltar - dou um aperto no braço dela - Mas se você não for pedir desculpas a ela acho bom nunca mais voltar aqui - ameaço a soltando.

- Ok... Eu vou - ajeita a bolsa no ombro.

Subo alguns degraus e ouço os sons do salto dela correndo pela casa, ela realmente quer me fazer perder a cabeça.

Os seguranças vem da cozinha porém eu os impeço de irem atrás dela, não valia a pena e o estrago já havia sido feito, eu teria que concertar só que seria a última vez que ela falaria merda pra Analu.

Volto para o quarto e ela estava comendo os bombons que estavam na outra bandeja, um dos seguranças estava perguntando qual canal ela queria na TV e ela afirma um e ele sai logo em seguida, o chamo para o corredor e digo :

- a partir de hoje você fica aqui nessa porta e não deixa de jeito nenhum a Vanessa entrar ok ? Se ela entrar nesse quarto sai os dois sem vida daqui - ameaço entrando no quarto dela.

- Quer um ? - oferece o último bombom me olhando.

- Não... Pode comer - recuso olhando os pratos e estavam sem nada, graças a quem reje o universo ela voltou a comer e também não irá mais vomitar, eu tenho certeza.

- Tem mais desses ? - pergunta jogando o papel na cama, eu o pego e jogo na lixeira do lado da mesa e digo :

- Não... Se você comer muitos pode ficar com diabetes. Já comeu quatro hoje e é o suficiente - me sento na cadeira - Se amanhã você comer certinho pode cinco no jantar.

- Só cinco ? - reclama e eu dou um sorriso. Que abusada.

- Seis, nada mais que isso - reformulo a promessa e ela parece satisfeita.

Ficamos um tempo assistindo até que ela adormece, a ajeito na cama e desligo a TV. Pego as bandejas e saio do quarto indo até a cozinha para as colocar lá.

- Ela comeu isso tudo ? - indaga Maria surpresa.

- Até as cenouras que ela disse que não gostava... Acho bom investimos em pratos com frango pra ela - incentivo me sentando na mesa.

- Será que ela vai vomitar ? - cogita preocupada.

- Acho que não, mas eu vou ficar de olho por que eu tenho um palpite do que pode estar causando isso nela - exponho e ela me indaga curiosa.

- O que ?

- Provavelmente a Vanessa com os xingamentos dela... Pensa comigo, ela chama a Alu de anêmica e talvez ela não coma por isso entende ? - explico e ela bufa de raiva.

- Se eu pegar aquela varapau xingando a Ana eu jogo ela escada abaixo - ameaça com ódio batendo nos pratos.

- Eu escondo o corpo - brinco rindo e ela dá um sorriso - Mas não precisa fazer isso, lembra do Felipe então... Vamos ter paciência com ela.

- Por que não pega esse garoto para você cuidar Arthur ? Sabe que ela não vai dar um futuro bom para ele mesmo com você dando assistência - sugere enxugando os pratos.

- Eu não quero essa responsabilidade para mim e nós dois sabemos que não importa o gênero da criança, o melhor é ela ter uma mãe por perto. Sem contar que se eu pegasse o Felipe ela iria misturar as coisas ainda mais e você sabe que a última coisa que eu quero é essa ilusão de que podemos formar uma família entende ?

- Entendo... Está bem então. Eu vou dormir, qualquer coisa me chama e boa noite querido - me dá um um beijo na testa e eu retribuo.

- Boa noite - dou um abraço nela - Se Lembra do remédio.

- Maldita memória - xinga sumindo pelo corredor e eu dou uma risada.

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