Analu já estava muito melhor e já conseguia andar, algo que a fez ficar muito feliz e Arthur também estava extremamente aliviado.
O rapaz não estava ficando muito em casa devido ao grande número de missões pela máfia e também as inúmeras reuniões nas empresas, ele vivia viajando mesmo querendo estar apenas na mansão.
Devido as saudades e também a preocupação com Analu o rapaz pensava em deixar uma parte das empresas nas mãos do seu braço direito, Thiago. Mas como era muito desconfiado iria analisar o amigo Primeiro para depois lhe dar um cargo tão importante.
Ele confiava apenas em Maria e em Analu, ademais ele custava muito em acreditar apenas em uma palavra dita.
Na mansão a rotina de Analu era ajudar Maria na cozinha e dormir, também lia um pouco e as vezes passeava pela casa sem saber onde exatamente estava, por várias vezes a garota se perdeu e graças a Saulo conseguia voltar para sala ou um lugar mais movimentado.
- O patrão não lhe mostro a casa ? Vive a se perder e isso pode ser perigoso menina - reprende o homem a levando para a sala.
- Ele disse que iria mas acabou esquecendo... Você poderia me mostrar não é ? - sugere e o homem pensa por um tempo.
Arthur havia lhe ordenado que ficasse na entrada da mansão e que não deixasse Vanessa entrar de jeito nenhum, porém seria muito mais divertido e menos cansativo...
- Saulo ! - grita a garota o fazendo despertar.
- Eu não posso... Tenho ordens a cumprir então eu vou te levar de volta pra cozinha e você não saia de lá sem a Maria ok ? - ordena e ela acente de contragosto.
Ela adorava ajudar a senhora porém as vezes isso era chato, já havia lido a maioria dos livros da biblioteca e não achava nenhum mais interessante... Ela queria se divertir mais um pouco mas no momento não era possível.
Saulo a deixa no sofá e volta a fazer o seu serviço, Maria que vinha do seu quarto serve um lanche a garota que faz a mesma pergunta de todas as horas.
- Maria...
- Ele virá hoje a noite Analu - responde antes que ela completasse a pergunta.
- Eu queria mais suco... Mas quem vai vir hoje a noite é o Arthur ? - questiona e ela acente com a cabeça.
- Que maravilha ! Ele vai vir sozinho não é ? - confirma e ela diz :
- Sim virá, se tem uma coisa que ele não quer é aquela broaca mais aqui na mansão por causa do que ela lhe fez - xinga pegando uma panela.
- Ela me xingou sim mas eu não passei mal por causa disso - explica e Maria volta sua atenção para garota.
- O que te fez passar mal então meu bem ?
- Eu tive vários sonhos horríveis de quando eu estava presa mas... Os sonhos Não eram naquela cabana. Eram em uma mansão como essa - explica e Maria fica confusa.
- Mansão ? Pode me explicar como ela era meu bem ? - questiona curiosa afinal caso as coisas que Analu sonhou fossem as mesmas que Arthur queria saber ela o ajudaria muito a descobrir onde era realmente a casa de Felippo.
- Era uma mansão com janelas enormes... Bem grandes mesmos e era bem escura. Fazia muito frio e a vista era para uma floresta com um enorme lago... Pelo menos onde eu ficava - explica levando os pratos até a pia.
- Não lembra de nada mais específico ? O nome de uma país ou rua ?
- Não... Mas eu sei que não era aqui. Eles falavam diferente - afirma deixando a senhora pensativa.
O celular dela toca e ela vai imediatamente atender ficando um bom tempo lá, vendo o horário Analu decide tomar um banho então sobe para o seu quarto.
Maria faz o jantar pensativa e tentando assimilar as informações do sonho de Analu, ela já havia trabalhado para várias casas mas todas nos EUA então ela nunca saberia onde seria a de Felippo, até por que a mansão que Analu sonhou não era a dele.
- Maria - chama Arthur visivelmente cansado.
- Oi querido... O que aconteceu ? Que bafo horrível é esse ? - tampa o nariz e ele dá um sorriso.
- Eu estava bebendo... A Alu está bem ? - se senta em uma cadeira.
- Sim está, e louca para te ver - vai até o fogão e o desliga.
- Eu não acho uma boa ideia ela me ver nesse estado e eu estou morrendo de dor de cabeça também... Eu quero ver ela limpo então não conta que eu voltei ok ? - se levanta e sai da cozinha.
Ela conhecia bem o rapaz e sabia que haviam coisas muito além da bebida e o cansaço ali, e o fato de Saulo não estar no seu posto já era uma grande pista do que havia acontecido.
...
Subo as escadas apenas com o espírito, estava o pé e beber só piorou mais ainda as coisas porém eu não resisti e também não me controlei, era para ser apenas um copo mas foram várias garrafas.
Sendo sincero eu odeio beber, me deixa confuso, sem controle e as vezes vulnerável porém as vezes é bom visitar esse mundo que eu só consigo entrar quando estou bêbado por que lá tudo está como antes, feliz, sadio e normal.
Abro a porta do quarto e que merda... Pelo visto seria impossível afastar ela daqui e eu também não estava cem por cento no controle de mim então a última coisa que eu faria naquele momento era expulsa-la, não naquele momento exatamente.
Fazia um bom tempo que não tinha tocado nela e a bebida simplesmente misturou as minhas vontades então como ela tinha vindo, eu iria aproveitar isso até o último segundo.
...
Enquanto Arthur tentava se satisfazer com Vanessa em seu quarto Analu que estava a uma porta ao lado estava assistindo televisão no momento, estava passando um filme que ela gostava muito do gênero porém ela acaba se deitando em cima do controle que muda para um canal que estava passando 365 dias.
A garota deveria mudar imediatamente porém a curiosidade a tomou e ela ao invés de fazer isso apenas abaixou o volume e ficou a observar o filme, coincidentemente Arthur tinha livros parecidos na biblioteca e mesmo eles estando escondidos a garota os leu.
Eram versões mais leves do que aquele poço de podridão claro porém não era o conteúdo duvidoso que atraia a jovem, e sim as cenas eróticas.
Embora a forma visual fosse para muitos muito melhor de se despertar algo para Analu era muito melhor as letras pronunciadas em seu pensamento, então ela achou o filme tedioso e decidiu descer até a biblioteca do escritório de Arthur para pegar o livro novamente para ler.
Ela não se lembrava do nome mas sabia a cor da capa, então desliga a televisão e calça um chinelo, amarra o cabelo e abre a porta indo em direção as escadas para pegar o livro.
Ela desce rapidamente e o procura, o pegando e voltando para o andar de cima porém ela percebe a porta da biblioteca aberta, ela então decide ir procurar outros livros lá e ao passar em frente do quarto de Arthur a garota percebe que a porta estava entreaberta, ela se aproxima para fechar porém ao olhar pela brecha e vê o rapaz despido a garota acaba ficando tentada em continuar lá... Embora não devesse.
- Eu sabia que uma hora outra você acabaria se entregando Arthur... Que merda isso estragou a minha noite - xinga pegando o seu vestido.
- Eu te avisei que não iria dar certo você ficar reclamando dela vinte e quatro horas por dia... Lembra do que aconteceu com a Fernanda então não culpa a a garota por que isso é claramente culpa sua ! - grita bravo e ela ri de escárnio.
- Você está alucinado por uma adolescente e ainda diz que a culpa é minha ? Eu não tenho culpa de você ser doente ! - grita e ele a pega pelo braço.
- Se você falar isso mais uma vez você o meu eu doente e eu acredito que você não vai querer - ameaça a olhando com ódio - É bem pior do que Paolo pode ter certeza.
- Acho que não... Vocês dois são iguais e eu sou imbecil por acreditar em ambos ! - pega o sapato e se senta na cama para vestir.
- Realmente uma coisa certa você falou agora, você é uma porra de uma imbecil as vezes - liga o celular dela e haviam algumas chamadas perdidas.
- Alguém ligou para você, acho que a babá do Felipe - entrega o celular e vai até o closet.
- Não é ninguém importante... Realmente não vai querer acabar o que começamos ? - vai até ele.
- Não hoje, você estragou tudo e nem deveríamos ter começado... Me espera lá embaixo que eu te levo pra casa - liga o chuveiro e entra debaixo dele.
- Eu estou toda suada... Também quero um banho - provoca com um sorriso malicioso.
- Você pode tomar em casa - fecha o box e ela sai do quarto bufando de raiva.
Analu viu tudo e tentou se esconder atrás da banquinha ao lado da porta porém Vanessa acaba a vendo, se entregando ao ódio que estava sentindo no momento a mulher arma um plano inescrupuloso contra a garota.
- Eu vou levar o vinho ! - grita voltando para o quarto e pegando uma garrafa de vinho que eles tinham aberto.
Ela segue até às escadas e bebe uma parte do líquido, a outra ela derrama na entrada da escada e também em alguns degraus deixando a garrafa na mesa ao lado do sofá onde ela fica sentada.
- Pode ir chamar a Analu para jantar ? Já está pronto - avisa Saulo e a mulher sobe alguns degraus e grita :
- Analu ! A Maria está te chamando ! - ao ouvir os passos da garota vindo ela volta para o sofá e fica mexendo no celular, Saulo não estava mais lá e ela só escuta o som de Analu rolando escada abaixo.
- O que foi isso ? - pergunta Arthur vindo pelo corredor, ao chegar nas escadas e ver a garota caída lá embaixo ele desce correndo até, aí Vanessa finge está preocupada com a menina.
- O que aconteceu com ela ? - se aproxima e ao ver ela desacordada com um ferimento na cabeça reza para que ela não volte a vida nunca mais.
- Ela caiu escada a abaixo - a pega no colo com cuidado e leva para o sofá - Saulo ! - grita desesperado e o homem corre até a sala.
- O que aconteceu com ela senhor ? - questiona preocupado.
- Ela caiu escada abaixo - a pega e entrega a chave do carro para o homem - Você vai dirigindo e eu a levo no banco de trás - ordena e ambos seguem até a porta, Vanessa vai junto e Arthur ao ver pergunta.
- Para onde pensa que vai ?
- Você vai me levar em casa lembra ?
- Você pega um táxi, seu apartamento é do outro lado da cidade e no momento a Analu é mais importante - fecha a porta e ela fica com muito ódio, porém sai logo em seguida.
No hospital...
- Como ela está senhor ? - questiona Arthur ao doutor Hawkins.
- Ela vai ficar bem mas foi uma queda extremamente feia, ela quebrou o pé esquerdo e vai ter que se locomover com muletas porém acho bom deixar ela bem longe de escadas pelos próximos dias - adverte e ele diz :
- Eu sinceramente não sei como ela caiu... Ela andava normalmente pelas escadas e nunca aconteceu isso.
- As vezes não enxugaram direito o piso ou algo parecido...
- A Maria e as empregadas são muito responsáveis com isso, eu acho que ela tropeçou e caiu... Posso ver ela ?
- Pode sim, está no mesmo quarto - aponta e ele vai até lá rápidamente.
- Analu... Que merda foi que aconteceu hein ? - se aproxima e a garota permanece calada - Não vai me responder ? - insiste olhando para ela que permanece calada - Analu eu estou falando com você... O que eu fiz ? - insiste e ela responde :
- Você falou que quando voltasse iria me avisar mas pelo visto se esqueceu não é ? - pergunta com um olhar de raiva e ele percebe o que ela estava falando.
- Eu estava bêbado... E não tem justificativa plausível mas você me deu um baita susto caramba ! Como foi que você caiu ? - questiona se sentando na cama.
- Eu delizei em algo molhado - responde e ele franze o cenho.
- Como assim ? A Maria sempre checa o piso quando as empregadas limpam.
- Não era água... Era algo com um odor estranho e escuro - explica e ele fica mais confuso ainda.
- Eu ainda não entendi... Perai eu acho que sei do que você está falando - vai até a porta e sai, voltando alguns minutos depois. Ele vem com uma garrafa de vinho por baixo da blusa e coloca um pouco em um copo descartável e dá para ela cheirar, a cara dela o faz rir mas a resposta o faz queimar de ódio.
- É essa porcaria mesmo... Que coisa horrível - xinga com cara de nojo.
- Realmente é muito horrível mas a pessoa que jogou isso nas escadas é bem mais - bate a garrafa na mesa - Descansa que provavelmente amanhã você volta pra mansão e eu cuido de você o dia inteiro ok ? - dá um beijo na testa dela.
- Vai dormir comigo ? - se deita na cama e ele pensa um pouco, logo em seguida responde :
- Vou sim... Só que aqui - se deita no sofá e dá um tchazinho para ela que retribui.
Ele espera que ela durma para sair do quarto com cuidado com a garrafa de vinho, do lado de fora ele diz a Saulo :
- Qualquer coisa que acontecer com ela me liga ok ? Eu já volto - se despede e o homem volta e se sentar onde estava.