Capítulo 4 4

DIOGO

Não sei se é resultado do cansaço acumulado dos últimos dias, em que trabalhei feito um cão, virando noites para conseguir juntar o dinheiro da passagem, ou é o conforto do avião, só sei que assim que entro, me ajeito e acabo dormindo.

"Estou numa praia de areia branca e mar azul cristalino, em um dia quente e tranquilo, só ouço o barulho das ondas quebrando nas areia. Olho para frente e a vejo sorrindo, linda cabelo ao vento, olhando para mim.

Apesar da luz do sol bater em seu rosto, percebo uma boca carnuda convidativa a ser saboreada. Corpo escultural, vestindo um lindo biquíni vermelho que contrasta com sua cor bronzeada.

Ela me olha e sorri.

Seu sorriso me aquece, mais que o sol que nos queima.

Ela estica sua mão em minha direção, sinto seu perfume enquanto vou me aproximando e quando vou alcançar..."

- Acorda, cara, acorda... Onde já se viu dormir com esse sorriso no rosto feito bobo?

- De novo você, Rafa? Estava tendo um sonho maravilhoso e acordo com você me cutucando! Afff, broxante, mano.

- Desculpa, cara. Pelo seu sorriso deve ter sido um sonho e tanto, mas acorda as aeromoças estão passando para anotar os pedidos do jantar.

- É para isso que você me acordou? Você sabe o que eu gosto, não tendo carne para mim, ok.

- Desculpa mesmo, mano, foi sem querer.

- Tá perdoado, irmão.

Tento voltar para meu sonho, mas ele se desfaz na minha memória.

Devo estar ficando louco ou foi muita neve, porque sonhar duas vezes com a mesma pessoa sem conhecer, não é possível.

Sim, eu sonhei dias antes de pegar o voo, mas não foi tão nítido como dessa vez.

Mas que eu queria muito conhecer essa morena, ahhhh, eu queria.

Acho que eu preciso de sol, água de coco e muitas mulheres lindas para tirar essa nhaca de neve.

Coloco o fone de ouvido e seleciono um filme qualquer para passar o tempo. O filme começa e logo vejo Adam Sandler, se apaixonando por Drew Barrymore, o nome do filme, "Como se fosse a primeira vez."

O filme é bem engraçado e acaba cativando minha atenção. No começo do filme até me vi como o Adam, mas se apaixonar e ficar tentando conquistar a mesma garota todos os dias aí já não tem nada a ver comigo. Posso até conquistar uma garota, só que uma por dia...

Chega nossa comida e me delicio com a salada caprese e o suco de frutas vermelhas que o Rafa pediu para nós.

Que delícia!

Parece que faz anos que não comia, apesar que não é tanta mentira assim, minha última refeição foi ontem no jantar, quando entreguei as chaves do quarto.

- Senhor quer mais alguma coisa? - a aeromoça de nome Karen, pergunta sorrindo.

- Eh, Karen, lindo nome. Eu gostaria mais dessa salada se possível.

- Já trago, senhor. - Olha para minha boca, lambe seus lábios e sai sorrindo.

Acho que se continuar assim, até o fim do voo consigo uma rapidinha no banheiro.

Logo ela volta com minha salada e me entrega sorrindo e piscando seu olho puxado.

Que mestiça linda!

Termino de comer minha salada e Rafa está capotado, com seu fone de ouvido e a tela a sua frente passando o que parece ser um clipe de alguma música. Decido esticar um pouco as pernas e vejo Karen, me observando da cabine.

Pisco para ela e faço sinal para me encontrar no banheiro.

Não demora muito e lá está ela na porta.

- Posso ajudar em algo, senhor? - ela diz sorrindo e me avaliando.

- Sim, senhorita, Karen, eu preciso de uma ajuda com o zíper da minha calça.

Karen sorri, entra no banheiro e fecha a porta atrás dela.

Apesar do espaço ser pequeno, é o suficiente para sentir o clima de tensão sexual no ar. Ela pega com suas mãos delicadas meu zíper e o abaixa, me olhando com uma cara travessa. Meu amigo que estava dormindo, acorda todo animado devido a atenção dispensada a ele.

Ela me chupa e me leva as nuvens, quer dizer, eu já estou nas nuvens.

Mesmo assim, com sua habilidade consegue me deixar na beira do abismo.

Não seria justo apenas receber prazer, por isso, antes que eu goze seguro seu rosto e a faço se levantar. Seguro sua bunda e a coloco sentada na pia, afasto sua calcinha de lado e sinto sua umidade em meus dedos. Passo minha língua suavemente em seus lábios vaginais, abrindo até chegar ao seu clitóris. Sugo com vontade e enfio dois dedos em sua intimidade.

Ela geme, se contorce e goza.

Aproveito seu torpor, coloco a camisinha que sempre anda comigo no bolso e enfio de uma vez meu pau sedento nela. Abro sua camisa, tiro seus seios do sutiã meia taça branco e chupo seus mamilos rosados que estão duros. Bombeio algumas vezes e ela mais uma vez se desfaz em um orgasmo, apertando meu pau deliciosamente. Só então bombeio mais forte e deixo me levar pelo prazer do momento.

Nos recompomos e saímos do banheiro como se nada tivesse acontecido, não sem antes beijar sua boca e ela passar a mão de leve em cima do meu pau que repousa depois de uma deliciosa rapidinha.

- O voo ainda vai demorar algumas horas e se quiser podemos repetir, senhor. Você é delicioso.

- Calma, Karen, não consegui apagar seu fogo?

- Momentaneamente.

- Me dá uma horinha e me procura para mais uma rodada.

- Esperarei ansiosa por isso. - Me dá mais um beijo e dá uma piscada, indo para a cabine como se nada tivesse acontecido.

Sigo até meu assento e mais uma vez me entrego ao sono dos justos.

Nada como uma bela foda para relaxar...

E lá estou eu de novo na bela praia, a morena ainda me olha e sorri. Se aproxima, mas não consigo ouvir o que ela fala. Então me abraça e segue para o mar. Mergulha e volta a superfície, sem tirar seus olhos do meus.

Seu olhar parece me atravessa e não sei como, mas ela conhece meus segredos mais profundos.

Sai da água, como a mais bela visão sendo agraciada pelos raios solares que estão se despedindo em mais um fim de tarde. Gotas escorrem pelo seu corpo, mas uma em especial me chama a atenção. A gota que escorre pelo seu rosto e para em sua boca.

E que boca!

Volta a me chamar e diz algo que não entendo, mas quando ela se vai. Vira e diz:

- Esther...

Acordo em um pulo e já estamos nos preparando para aterrissar. Suor brota em minha testa e me sinto ainda sendo observado por aquele belo par de olhos.

Agora estou convencido que realmente estou louco.

Acordo Rafael para poder nos ajeitar para o pouso e nossa próxima parada.

A aeromoça passa por nós e faz beicinho, me lembrando que não a encontrei no banheiro para mais uma rodada de sexo.

Assim que o avião toca o solo, começamos os procedimentos para descer. A porta abre e após as pessoas descerem, Rafa e eu nos levantamos e descemos do avião.

O calor rapidamente nos invade e fecho os olhos sentindo o calor que tanto senti falta nos últimos meses.

Que saudade de sentir o sol tocar a pele.

Sorte que Rafa e eu já havíamos tirado nossos casacos no avião e estávamos na vibe.

Bermuda, camiseta regata e chinelo serão nossas roupas pelos próximos meses.

Olho tudo ao redor e já me sinto em casa.

Andamos sem rumo, atrás de algum lugar para ficar ou algo para fazer, enquanto caminhamos mesmo com o fone de ouvido tocando uma música qualquer, escuto sua voz suave dizendo:

"ESTHER"

Realmente estou ficando louco, só pode ser!