Um Gangster em meu Destino
img img Um Gangster em meu Destino img Capítulo 7 VI - Confusões
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Capítulo 10 IX - Tempestade de emoção img
Capítulo 11 X - Bem ou Mal img
Capítulo 12 XI - Tristeza nos olhos img
Capítulo 13 XII - Passado e presente img
Capítulo 14 XIII - Descobertas img
Capítulo 15 XIV - Perdas img
Capítulo 16 XV - Vingança img
Capítulo 17 XVI - Sedução img
Capítulo 18 XVII - Ajuda img
Capítulo 19 XVIII - Cuidados img
Capítulo 20 XIX - Segredos img
Capítulo 21 XX - Prazeres img
Capítulo 22 XXI - Desconfianças img
Capítulo 23 XXII - Meias verdades img
Capítulo 24 XXIII - Minha perdição img
Capítulo 25 XXIV - Fantasmas a solta img
Capítulo 26 XXV - Todas as dores img
Capítulo 27 XXVI - Esquecendo o passado img
Capítulo 28 XXVII - Juntos enfim img
Capítulo 29 XXVIII - Anjo da morte img
Capítulo 30 XXIX - Escolhas img
Capítulo 31 XXX - Minha luz img
Capítulo 32 XXXI - Traição img
Capítulo 33 XXXII - Surpresas img
Capítulo 34 XXXIII - Inimigo número um img
Capítulo 35 XXXIV - Alvo fácil img
Capítulo 36 XXXV - Almas gêmeas img
Capítulo 37 XXXVI - Vingança quente img
Capítulo 38 XXXVII - Felicidade curta img
Capítulo 39 XXXVIII - Tréguas img
Capítulo 40 XXXIX - Sem acordos img
Capítulo 41 XL - Erros img
Capítulo 42 XLI - Futuro img
Capítulo 43 XLII - Mascaras caem img
Capítulo 44 XLIII - O fim img
Capítulo 45 XLIV - Entre inimigos img
Capítulo 46 XLV - Merecimento img
Capítulo 47 XLVI - Amar é uma maldição img
Capítulo 48 XLVII - Revelações img
Capítulo 49 XLVIII - Desejo img
Capítulo 50 XLIX - Reencontro img
Capítulo 51 L - Fim dos segredos img
Capítulo 52 LI - Enfim paz img
Capítulo 53 Epílogo - Gabriela img
Capítulo 54 Epílogo - Oliver img
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Capítulo 7 VI - Confusões

Depois do nosso café, regado a muita animação sobre irem conhecer a cidade e Gabriela finalmente comendo algo substancial, fui para o escritório ainda sentindo a necessidade de trabalhar de casa, mesmo que elas fossem aparentemente inofensiva. Eu tinha lido o relatório completo, minunciosamente, Ane era de família rica o que explicava se sentir tão a vontade com Mag, já Gabriela sempre pertenceu a uma família humilde e aparentemente estava tendo uma maré de azar, desde que deixou a residência em medicina.

Eu ainda estava tentando engolir que ela deixou o desgraçado que a atacou se livrar, se fosse por mim ele estaria agora se decompondo em um barril de ácido, mas ela tinha me parado antes que eu acabasse com o infeliz, então eu precisava a manter por perto para me sentir em paz comigo mesmo, tendo certeza que nada aconteceria.

Depois de remoer boa parte da noite sobre como tratei Gabriela decidi que ela merecia um pedido de desculpas, deveria por um basta nisso, afinal ela não tinha culpa se minha vida estava uma bagunça ou mesmo se meu tesão acumulado estava me deixando irritadiço.

Ela tinha me ajudado, oferecido cuidado e atenção a partir do momento que me viu ferido, não deveria receber grosserias da minha parte. Foram esses motivos que me fizeram tentar me redimir com ela, apesar de não ser dado a esse tipo de frescura.

Mesmo trabalhando de casa o dia foi cansativo, perder um carregamento daqueles me deixava em maus lençóis. Agora imagine a dor de cabeça com os compradores sabendo que a mercadoria iria atrasar, sem falar em ter que apressar meu fornecedor para conseguir um novo carregamento o mais rápido possível, tudo isso somado ao meu prejuízo era simplesmente um dia de merda que tive que enfrentar.

Quando sai do escritório já era por volta das seis horas da noite e só o fiz graças a uma queda de energia causada pela tempestade, tinha até mesmo pulado o almoço tentando terminar o mais rápido possível de resolver toda a dor de cabeça.

- Maninho você viu a Gabi por aí? - Mag me questionou quando a encontrei saindo da cozinha. - Não a vi desde que eu e Ane entramos no closet para provar umas roupas, ela simplesmente sumiu um segundo depois.

A chuva que desabou desde o início da tarde ainda caia torrencial, e não parecia nenhum pouco perto de acabar. Isso tinha acabado com os planos de passarem o dia batendo perna, dava pra ver no rosto de Mag, foram forçadas a fazer qualquer coisa para passar o tédio.

- Se eu a encontrar aviso que estão procurando por ela. - Murmurei continuando meu caminho em busca de algo para comer.

Fiz um sanduíche rápido na tentativa de camuflar minha fome antes do jantar e decidi dar meu dia por encerrado, de qualquer forma não ia conseguir resolver nada sem energia.

Mas antes que subisse para o quarto notei a porta da biblioteca aberta, me aproximei e abri um pouco mais tentando inutilmente ver se havia alguém ali, mas não adiantou tudo estava um breu. Então antes que eu fechasse a porta um relâmpago iluminou o cômodo revelando uma silhueta encolhida no sofá.

Entrei na biblioteca intrigado em saber quem estava ali e quando me aproximei soube quem era apenas pelo perfume. Gabriela! Ela tinha um aroma diferente das outras pessoas, algo que eu não sabia explicar, era gostoso, suave e marcante. E sabia ser algo exclusivo dela, já que não tinha trazido consigo nenhum pertence além da roupa do corpo.

Me aproximei mais e percebi que ela dormia profundamente com um livro em seu colo.

- Então foi aqui que a mocinha se escondeu durante toda à tarde. - Sussurrei para mim mesmo enquanto retirava o livro e colocava na mesinha ao lado.

Me voltei para ela calculando o que fazer, acordá-la seria o melhor, mas o tempo que fiquei ali a observando com a respiração tão profunda, estava tão serena, me fez desistir da ideia. Ela dormia tão pacífica, as pernas encolhidas e os braços apertados contra o corpo, como se tentasse se proteger mesmo adormecida, então descartei a ideia de acordá-la, eu mesmo a levaria até o quarto.

Meu olhar desceu por seu corpo, encarando a obra por completo, me detive um tempo maior quando cheguei à altura dos seus seios. A regata branca que ela usava, a mesma da outra noite, não estava ajudando minha concentração, já que deixava boa parte do seu colo amostra, marcava seu busto me dando uma visão perfeita dos seus seios subindo e descendo lentamente.

Comecei a imaginar se sua pele seria tão macia quanto parecia. Quando me tocou suas mãos eram suaves e firmes, deslizando por minha pele com cuidado enquanto fazia seu trabalho com maestria, mas eu não tinha tido o prazer de tocá-la em outro lugar, apenas hoje quando deixou que minha mão segurasse seu braço por mais tempo.

Ela estava sempre na defensiva, pronta para atacar, como se já esperasse algo ruim de todos, mas nesse momento parecia tão indefesa que diria serem duas pessoas completamente diferentes habitando um mesmo corpo.

- Volte para terra Oliver! - resmunguei comigo mesmo.

O melhor era levá-la até seu quarto, só assim poderia dormir mais confortável. Então coloquei seu braço sobre meu pescoço e meu braço esquerdo embaixo de seu tronco, meu braço direito segurou embaixo de seus joelhos e a levantei com cuidado, não querendo em nenhum momento atrapalhar seu sono.

O corpo leve se aconchegou rapidamente em meu peito quando comecei meu caminho nas escadas e a cada passo que eu dava Gabriela se achegava mais e mais contra mim.

Abri a porta do quarto e a deixei aberta, enxergar os degraus já tinha sido uma luta. Chutei pelo caminho até encontrar o pé da cama e só quando tive certeza de que estava no lugar certo foi que abaixei seu corpo devagar. Mas no processo Gabriela se mexeu enroscando os braços em volta do meu pescoço e me puxando firme junto com ela.

Nossas bocas ficaram próximas de mais. Quase rosnei de frustração tentando afastar suas mãos sem acordá-la, enquanto sentia sua respiração profunda bater contra a minha que estava acelerada, tentando lutar contra qualquer pensamento errado nesse momento segurei suas mãos com firmeza respirei fundo e então retirei seus braços.

Tudo ia bem até o estrondo de um trovão irromper e ela despertar sobressaltada, seu espanto ficou maior quando constatou que eu estava sobre ela e ainda por cima segurando seus braços. Seus olhos se arregalaram de um jeito assustador, pareciam prestes a pular das orbitas.

- Calma. - Sussurrei tentando acalmá-la para que me deixasse explicar, mas o que veio a seguir era algo que eu não esperava.

Gabriela gritou o mais alto que acho possível alguma pessoa conseguir, enquanto eu pedia repetidamente que ela se acalmasse, mas foi inútil.

            
            

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