A TENTAÇÃO
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Capítulo 7 -6

Paro o carro em frente a casa da Eliana. Ainda estou tentando entender que merda estou fazendo. Tenho que analisar dois processos com prazo para segunda e estou aqui, pronto para ir em uma festa de gente que não conheço e com músicas que odeio. A porta da casa se abre e vejo Eliana sair. Ela está com uma calça preta colada ao corpo, salto da mesma cor e uma blusa com um decote generoso. Saio do carro para recebê-la e abro minha boca para reclamar do decote, mas não sai nada. A razão da minha falta de palavras, vem logo atrás de Eliana.

Natália está com um vestido vermelho, extremamente curto e o decote de Eliana não é nada, perto do decote da minha cunhada. Pretinha está praticamente nua.

- Oi!

Eliana diz sensual e me beija nos lábios.

- Oi!

Respondo meio grosseiramente e me assusto. Nunca fui tão rude com Eliana. Não sem motivo. Que merda deu em mim? Puxo Eliana para mim e a beijo, para ver se melhora meu humor. Assim que sua língua invade minha boca, percebo que foi uma ideia ruim. É como se eu estivesse comendo aquele bolo horrível que ela escolheu. Afasto minha boca da dela e tento sorrir.

- Vamos!

Pego sua mão e tento ignorar Natália ao nosso lado. Abro a porta do carro e espero Eliana entrar. Enquanto ela entra, Natália abre a porta de trás para entrar. Fecho a porta e Natália se vira para mim, me dando uma visão de suas costas nuas. Cacete! A roupa dela cada vez que olho encolhe mais. Natália entra no carro e respiro fundo. Vai ser uma noite torturante. Olho para baixo e vejo um volume nada discreto na minha calça. Olho para o lado e vejo minha cunhada rindo, vendo minha ereção pela janela. A ignoro e vou para dentro do carro.

****************

Entramos na rua onde fica a mansão dos Willians. A rua já está lotada de carros parados e o movimento é intenso.

- Vou deixa-las na porta e vou estacionar. Tenham cuidado.

- Pode deixar.

Eliana beija meu rosto e sai do carro, junto com Natália. Um pouco distante, acho uma vaga e estaciono. Desço do carro e ando rápido para a festa. Não quero deixá-las muito tempo sozinhas. Algum idiota pode tentar algo. Vejo as duas me esperando. Eliana e Natália parecem duas estranhas.

- Pronto!

Eliana pega o meu braço.

- Vou esperar uma pessoa.

- Vamos entrando.

Eliana tenta me puxar, mas meus pés estão travados.

- Que pessoa?

Natália abre um enorme sorriso para alguém atrás de mim.

- Essa pessoa.

Passa, esbarrando em meu corpo e me viro a tempo de vê-la abraçar uma mulher.

- Cintia...

Uma loira linda, com um vestido tão curto quanto o da minha cunhada. As duas se abraçam forte e solto um suspiro estranho.

- Agora podemos entrar.

- Vamos espera-las.

Eliana faz uma cara nada feliz, mas ignoro. Ela nunca está feliz.

- Saudade de você!

A mulher diz se afastando de Natália e alisa seu rosto.

- Também estava.

Ambas voltam a se abraçar.

- Se soubesse que era ela a pessoa que iria te acompanhar hoje, não teria vindo.

Eliana diz irritada.

- Oi pra você, Eliana!

A mulher diz e Eliana não responde.

- Cintia, esse é Matheus, meu cunhado!

Meu corpo congela quando a loira vem me abraçar e beija meu rosto de forma sensual.

- Eliana, que sorte a sua.

Olho para Eliana assustado e ela está fulminando a tal Cintia com o olhar.

- Vamos entrar.

Natália diz para amenizar o clima. Eliana me puxa e vamos para dentro da festa. Quase não conseguimos passar pela porta. Eliana quem nos conduz pela sala em meio a multidão. Olho para trás e não vejo a pretinha e sua amiga.

- Para!

Grito para Eliana parando de andar.

- Sua irmã sumiu.

Ela olha em volta, como eu, em busca de Natália.

- Ela vai ficar bem.

- É melhor ficarmos juntos.

Um cara bêbado passa esbarrando na gente.

- Ela já é bem grandinha, não precisa de segurança.

Solta a minha mão e volta a andar. Fico indeciso entre ir com Eliana e ir atrás de Natália. Respiro fundo e vou atrás da Eliana. Paramos perto de um bar montado em uma das salas da mansão. Pego uma água e Eliana um drink estranho.

- Cuidado com a bebida.

- Vou ficar bem!

**********

Estamos na festa há 1h e ainda não achei Natália. Meus olhos já percorreram uma grande parte da casa e nada dela. Eliana está no meio de um grupo de mulheres, falando sobre o nosso casamento. Começo a achar que ela não tem outro assunto ou não é capaz de falar coisas inteligentes.

- Vou procurar sua irmã.

- Ela está bem. Fique aqui comigo.

- Preciso ver mesmo se ela está bem.

- Ela está com a Cintia.

- Mesmo assim. Quero ver com meus olhos que está bem.

Eliana revira os olhos e bufa.

- Vai...

Sem demora começo a andar pela festa. Paro de andar ao vê-la em uma pista de dança improvisada, dançando com a amiga. As duas estão quase coladas, dançando de forma sensual. Natália está de olhos fechados, curtindo a música sexy, movendo os braços lindamente. As duas estão fazendo um belo show para os tarados que as observam, excitados. Será que ela está bêbada? Vejo um homem se mover em direção a elas. Fico apenas observando, sentindo um incomodo irritante, dentro de mim. Ele passa por Cintia e para atrás de Natália. Começa a dançar, ainda sem tocá-la. Mas ele vai tocar. Minhas pernas se movem rapidamente e quando menos percebo, já estou segurando o braço de Natália, a arrastando para longe do imbecil e de sua amiga que não estava cuidando dela.

- O que é isso?

Pergunta rindo e continuo a puxando.

- Pretinho...

Me chama e trava as pernas.

- Vamos embora.

- Não...

Puxa o braço da minha mão.

- Estou curtindo a festa.

- Você está bêbada e tem um cara tentando te pegar. Estou cuidando de você.

Ela ri da minha cara e isso me irrita.

- Não bebi ainda. Estou sóbria.

Se vira para voltar para a pista de dança e novamente seguro seu braço.

- Não vai voltar. Tem um cara tentando te tocar.

- Sério isso?

Diz tentando me empurrar e a viro pra mim.

- Não vou deixar que volte e caia nas lábias de um idiota.

Me curvo para pegá-la pelas pernas e jogar em meu ombro, mas mostraria sua bunda e desisto.

- Você é frouxo até pra ser grosseiro.

Natália abaixa o vestido e sorri.

- Me joga em seu ombro e me tira daqui pretinho. Imagino que isso seja a coisa mais louca que irá fazer na vida.

Quero não rir, mas não consigo. De fato, levar uma mulher pelo ombro pra fora de uma festa é a coisa mais absurda que já fiz.

- Vai logo! Tenha seu momento macho.

Agarro suas pernas e a jogo sobre o meu ombro.

- Agora vou fazer uma cena de indignada.

- Me solta seu grosso.

Se balança um pouco e bate em minhas costas de leve.

- Cobre minha bunda.

Sussurra e levo minha mão para sua bunda, evitando que apareça algo. Saio da casa e desço Natália do meu ombro, no jardim.

- Agora está salva.

Digo me sentindo muito bem.

- Ótimo! Perdi a festa para ter seu ataque másculo. Agora entra e vai buscar Cintia e Eliana. Vamos pra outro lugar beber. Não quero perder a noite.

- Já volto.

Corro pra dentro da festa e não encontro mais a amiga de Natália. Ela deve ter ido embora com alguém da festa. Provavelmente aquele idiota. Me sinto aliviado por não ser Natália. Acho Eliana em um canto.

- Vamos embora. Sua irmã quer ir pra outro lugar.

- Não vou embora. Estou me divertindo.

Olho o grupo de caras de bunda que ela está.

- Também quero ir embora.

- Então vai. Pego um táxi pra voltar pra casa.

Ficamos nos olhando.

- Tudo bem!

Beijo seu rosto e corro para fora da casa. Encontro Natália onde a deixei.

- Sua amiga sumiu e Eliana vai ficar.

- Vamos ficar também?

- Nem pensar. Isso aqui não está nada legal pra mim.

- Que ir beber?

- Quero...

- Senzala do Teobaldo?

- Gostei do nome que deu para o bar dele.

- Espero encontrar algum velhinho safado pra dançar comigo. Dançar coladinho ao som da vitrola que tem lá e ele colocar sua mão em minha bunda.

Minha risada é alta.

- Prometa que me deixará curtir o velhinho?

- Prometo.

Entramos no carro e colocamos o cinto.

- Eliana não falou de mim para você, né?

Nego com a cabeça.

- Só me disse que tinha uma irmã.

Natália respira fundo e se vira pra me olhar.

- Imagino que não tenha falado. Ela tem vergonha de mim, do que sou.

Olho pra ela sem entender.

- Vergonha?

- Matheus, aquele homem não conseguiria nada comigo.

- Por que?

- Porque eu não gosto de homens, gosto da mesma fruta que você.

                         

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