Um professor Irresistível
img img Um professor Irresistível img Capítulo 4 1.0 Capítulo - HEITOR
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Capítulo 9 3.2 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 10 3.3 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 11 4.0 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 12 4.2 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 13 4.3 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 14 5.0 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 15 5.1 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 16 6.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 17 6.1 CAPÍTULO - HEITOR img
Capítulo 18 6.2 capítulo - HEITOR img
Capítulo 19 7.0 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 20 7.1 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 21 7.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 22 8.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 23 8.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 24 9.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 25 9.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 26 9.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 27 10.0 Capítulo-LILIAN img
Capítulo 28 10.01 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 29 10.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 30 11.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 31 11.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 32 11.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 33 12.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 34 12.1 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 35 12.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 36 13.0 Capítulo-HEITOR img
Capítulo 37 13.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 38 13.2 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 39 13.03 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 40 14.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 41 14.1 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 42 14.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 43 14.3 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 44 14.04 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 45 15.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 46 15.1 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 47 15.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 48 15.3 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 49 16.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 50 16.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 51 16.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 52 16.3 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 53 17.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 54 17.1 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 55 17.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 56 17.3 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 57 18.0 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 58 18.1 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 59 18.2 Capítulo-HEITOR img
Capítulo 60 18.3 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 61 19.0 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 62 19.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 63 19.3 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 64 19.4 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 65 20.0 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 66 20.1 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 67 20.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 68 21.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 69 21.1 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 70 21.2 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 71 22.0 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 72 22.1 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 73 22.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 74 23.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 75 23.01 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 76 23.02 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 77 23.3 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 78 23.4 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 79 24.0 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 80 24.1 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 81 24.2 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 82 25.0 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 83 25.1 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 84 25.2 Capítulo- LILIAN img
Capítulo 85 26.0 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 86 26.1 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 87 26.02 Capítulo - HEITOR img
Capítulo 88 27.01 Capítulo- Heitor img
Capítulo 89 27.02 Capítulo- Llilian img
Capítulo 90 27.03 Capítulo- Lilian img
Capítulo 91 28.0 Capítulo - Lilian img
Capítulo 92 28.01 Capítulo- Lilian img
Capítulo 93 29.0 Capítulo - LILIAN img
Capítulo 94 29.01 Capítulo- Heitor img
Capítulo 95 29.02 Capítulo- HEITOR img
Capítulo 96 EPÍLOGO PARTE 01 img
Capítulo 97 EPÍLOGO PARTE 02 img
Capítulo 98 EPÍLOGO PARTE 3 img
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Capítulo 4 1.0 Capítulo - HEITOR

Sigo por umas das cincos pistas da grande avenida de São Paulo, com minha moto, uma Harley 1200 cc, sentindo o vento acariciar meu rosto, trazendo uma sensação de paz inebriante. O ronco do motor é música para os meus ouvidos. E o meu coração acelera tão rápido quanto a velocidade que tem a moto que estou pilotando. Sinto minha euforia aumentar em todas as ultrapassagens que faço, aos carros em minha frente, meu sangue bombeando cada vez mais rápido pelo meu corpo aumentando em muitos fatores minha adrenalina. E eu amo essa sensação de liberdade percorrendo as minhas veias.

Sangue quente, correndo aquecendo meu corpo. A sensação de estar vivo, de respirar, ainda que este ar da grande capital não seja lá o mais puro que exista, o fato de simplesmente viver. Nada me deixa mais feliz do que saber que estou aproveitando cada pequena dádiva de ter tido uma segunda chance. Dou a seta para a direita em direção à entrada do meu prédio e conduzo a moto devagar em direção à ampla garagem onde guardo minhas motos, duas na realidade, a Harley que estou pilotando, uma Ducati V4, e meu carro um SUV robusto que uso só quando necessário, pois eu amo mesmo é andar de moto.

Entro em meu apartamento, largo as chaves e retiro capacete passando levemente os dedos por entre meus cabelos, deixando-os bagunçados, largo o capacete sobre o aparador, caminho até o sofá de couro que fica no meio da pequena e aconchegante sala de estar, largando sobre ele a mochila transversal onde carrego o material que organizei na faculdade pela manhã. Baleia apenas levanta o focinho de sua caminha no chão ao lado do sofá e me encara com sua típica cara de preguiça, daquelas de que não é obrigado a nada, então volta a dormir o que é bem característico da sua raça, um buldogue francês, ele tem apenas quatro anos e apesar de ter momentos do dia em que tem bastante energia, geralmente pela manhã ele é mais preguiçoso.

Retiro minha jaqueta de couro, jogando-a junto com a bolsa no sofá e em seguida sigo para cozinha, pego na geladeira a primeira coisa que vejo pela frente para comer, um resto de uma lasanha que minha mãe trouxe ontem na janta e uma jarra com suco de laranja que fiz pela manhã. Coloco a lasanha no micro-ondas e enquanto vejo as mensagens no meu celular, logo noto uma mensagem da minha mãe pedindo para ligar para ela. Coloco o celular no viva-voz e ligo para dona Patrizia antes que ela acione a Delegacia especializada em desaparecidos à minha procura, deixo o celular chamando sobre a bancada enquanto pego prato, copo e talheres para finalmente comer.

- Buongiorno, mamma. - cumprimento no meu idioma natal.

- Buongiorno, figlio mio. Stai bene?1

Apesar de morar em São Paulo há alguns anos, não perdi meus costumes italianos, talvez porque ainda vá de vez em quando para Toscana visitar meus irmãos e minha nonna que ainda vivem por lá e cuidam da vinícola da família. Falo muito bem português, mas com minha mãe e irmãos sempre misturo o português e meu idioma natal assim como eles.

- Estou bem, mamma. Não precisa se preocupar. - Minha mãe tem certo complexo com a minha saúde, meu passado não deixou marcas apenas em mim, mas nela principalmente. Retiro minha lasanha do micro-ondas e começo a devorá-la.

- Isso é impossível, figlio. Vou sempre me preocupar com você e seus irmãos, Heitor.

- Và bene, signora Patrizia. - Sorrio, para minha mãe e minha avó, nós sempre seremos bambinos. Mesmo eu tendo trinta anos, Tommaso sendo o maior puto que Toscana já viu, minha irmã estando casada e com duas pestinhas adoráveis no pacote.

- Me diga, já começou a trabalhar na nova Universidade. Estou mais ansiosa que você. Dio mio!

- Começo amanhã, mas vai dar tudo certo, mamma. Já fui hoje pela manhã preparar as aulas da semana. O reitor de lá é um homem muito prestativo e eficiente, pelo que pude perceber, as dinâmicas de ensino deles são bem parecidas com as que eu uso.

- Que ótimo, filho! Tenho certeza de que seus alunos irão adorar as suas aulas. E como foi o curso? Como seus irmãos estão? E dona Giusephina e seu Francesco? - Sei que minha mãe sente falta de todos. A vinda dela para São Paulo já estava prevista, já havia alguns meses que meu pai havia falecido e ela não estava sabendo lidar com a falta dele. Por isso, Tommaso e Angelina sugeriram ela vir ficar comigo por uns dias, mas sua permanência até hoje aqui na Capital tem mais a ver comigo do que com o luto que ela estava vivendo. Apesar de morar em outro bairro e termos nossas rotinas um tanto quanto agitadas quase sempre ela vem me visitar.

- Estão todos bem, mamma. A senhora deveria ir vê-los. Angelina e os pestinhas sentem falta da senhora - falo, voltei da Toscana há algumas semanas, estava fazendo um curso na Itália e aproveitei para ver meus irmãos.

- Eu sei, querido. Prometi ao seu irmão e irmã que no começo do mês que vem irei passar uma temporada com eles. Estou morrendo de saudades dos piccolos2 e de dona Giusephina e seu Francesco também. Só não fui com você porque já tinha prometido que ficaria no hospital. - Mastigo minha lasanha enquanto a escuto.

Minha mãe é voluntária no hospital do câncer infantil aqui na capital, três vezes por semana ela utiliza sua formação como psicóloga e auxilia projetos humanizados que levam um pouco de conforto a famílias que passam pelo período exaustivo e às vezes traumático que são as quimios e radioterapias, também ajuda em eventos para arrecadar verba, fabricar perucas, enfim, minha mãe é foda!

- Eu sei, mamma. Eles também sabem disso, mas a senhora precisa tirar um tempo para vê-los, a nonna também sente sua falta, meus irmãos ainda aparecem aqui, mas a nonna e o nonno... A senhora sabe, eles não arredam o pé das nossas terras. - Meus avós quase nunca saem da Toscana, eles dizem que a vida deles está lá na vinícola. Depois do falecimento de meu pai, que era seu único filho, foi como se eles vissem naquele imenso mar de cachos de uva, um pouco da essência dele. Em São Paulo, eles só apareceram uma única vez e porque pensaram que nunca mais me veriam.

- Donna Giusephina e seu Francesco são muito turrões, mas prometo que irei passar uma temporada com eles no próximo mês. Já que o aniversário da sua avó está próximo, talvez fique por lá para comemorar com ela. Ela também me ligou e disse que não vê a hora de você visitá-la novamente. Falando nisso, liguei para o seu irmão ontem e ele me pediu que você ligasse para ele assim que puder.

- Acabei de voltar de lá mãe, passei três meses com a nonna e ela já quer que eu volte?! - Rio de boca cheia.

- Sabe que por ela você não teria nem saído daquelas terras.

- Mamma, direito é a profissão que escolhi seguir, é o que eu amo fazer, descobri que lecionar é minha vocação, pode ser que um dia, eu até mude de ideia. Mas, no momento tenho convicção que é isso que realmente me completa. A nonna tem que entender que para cuidar da vinícola já tem Tommaso e Angelina. E mesmo de longe, eu ajudo como posso. - Limpo minha boca com uma toalha de papel que estava sobre a bancada.

- Ela sabe, querido, mas isso não muda a vontade dela e do seu avô de ver o neto mais velho comandando a Vinícola que foi do seu pai.

- Eu sei, mãe, e agradeço esse carinho. Mas não pretendo voltar.

- Bom... Vou deixar você em paz. - Ouço um risinho do outro lado da linha. - Um beijo, filho!

- Tchau, mãe!

            
            

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