Capítulo 2 Petulante!

Depois de horas, finalmente chegou a Seattle. Sua paciência já havia sucumbido a tempos e só pensava em resolver essa situação que beirava a aberração e voltar pra casa onde poderia desfrutar de silêncio e sossego.

Horus olhou para o endereço a sua frente e balançou a cabeça exasperado. A mulher recebeu um cheque bem generoso todos esses anos e morava em uma casa daquelas? Era muito pequena, obviamente simples. O que ela fez com o dinheiro? Sera que tinha vícios ou coisa pior? Nem poderia imaginar o que faria se ela fosse uma viciada. O problema seria muito maior com seus pais.

Sabia que não poderia ser nada de bom uma mulher que aceitasse se casar de faxada em troca de dinheiro. Mas deixou claro ao seu irmão que tinha que ser alguém apresentável e disposta a tudo que pudesse vir depois com essa farsa. Obviamente nao pensou que na controvérsia do que pediu.

O motorista o avisou de que não havia ninguém na casa e que uma vizinha a viu sair para trabalhar. Pelo menos não era uma completa desocupada, detestava pessoas ociosas.

Onde essa criatura trabalhava? Enquanto tentava obter essa informação pelo telefone, não ouviu o pandemônio que se fazia na rua e de repente viu seu carro invadido por uma mulher com a barriga inflamada como um balão e uma idosa que chorava desesperada pedindo ajuda.

- O que está havendo? - perguntou nervoso, passando a mão pelos cabelos negros.

Paul tentava se desculpar voltando ao banco do motorista.

- Me desculpe Sr. Amonhat, não pude impedi-las. A mulher está dando a luz, pedem ajuda.

- Por favor Sr., minha filha precisa chegar ao hospital, não podemos pagar pela ambulância. A velha mulher pedia, enquanto a outra urrava e se contorcia de dor no seu carro.

- De o endereço ao motorista . - respondeu Horus se voltando para o celular.

Não lhe faltava mais nada, agora perderia mais tempo e teria os bancos de seu carro arruinados caso não chegassem a tempo para o hospital.

Paul parecia realmente dirigir uma ambulância e depois de alguns minutos entraram na emergência do hospital geral da cidade.

As mulher nao conseguia descer do carro, e seu motorista franzino mal conseguia apoia-la. Impaciente Horus a retirou do carro com facilidade e a colocou em uma maca trazida por um enfermeiro, este já deduziu que fossem um casal e práticamente o arrastou para dentro com a maca, a velha e uma prancheta onde anotava os dados da mulher .

- Ele não é o pai. - uma voz feminina e suave surgiu no corredor onde acabaram de passar, todos pararam e Horus se voltou para ver quem finalmente veio em seu socorro com a voz da razão.

- Leve Violet para o centro cirúrgico 4, deixe a mãe dela acompanhar, e chame a Dra. Clark. São gêmeos.

O enfermeiro se foi com a maca e todo o barulho pelo corredor. Horus olhava para a mulher que parou aquele mal entendido, seus olhos passearam entre seu rosto moreno em formato de coração e o corpo de ampulheta com seios fartos e quadris grandes. O cabelo liso castanho estava preso em um coque mal feito, mas pelo volume deveria ser comprimido, tinha uma franja reta e precisa emoldurando perfeitamente seu rosto. Os olhos eram negros e a boca carnuda lembrava um morango pequeno.

- Se já terminou sua análise pode se retirar. Não pode ficar aqui .

Horus se sentiu nocauteado, sempre foi sutil em admirar uma mulher, geralmente elas nem percebiam seu interesse a menos que ele o evidênciasse claramente. Ele não a observou abertamente, na verdade foi ainda mais sutil que o usual, e convenhamos que ela nem era seu tipo. Gostava de louras esguias com a graça de um cisne como a bela Vitória, sua escolha quando queria companhia.

Essa mulher estava longe disso, poderia ser considerada acima do peso, tamanho médio, nada que fosse exótico. E mesmo assim estava preso no loop das curvas de seus seios fartos sob o uniforme verde do hospital.

- Aqui Sr. Amonhat. Meu rosto está aqui. - disse ela friamente estralando os dedos diante do próprio rosto.

Quanta petulância! Ao menos ela sabia quem ele era. E mesmo assim o tratava assim! Horus não pode evitar a administração por essa atitude dela.

Murmurando vagamente alguma coisa ele se virou nos calcanhares e saiu do hospital.

Pediu que pedro o levasse de volta ao endereço da esposa contratada, com certeza ela já estaria em casa. Então resolveria seu problema e sairia dessa cidade com mulheres cheias de curvas perfeitas como as dunas do deserto e olhares penetrantes como deusas.

            
            

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