Capítulo 4 Ele vai pagar!

Caroline Morrison olhava para o homem enorme no seu sofá e ainda não acreditava que ele estava realmente ali. Cínico, arrogante e desprovido de bom senso. O que diziam nas mídias e redes sociais era verdade, Horus Amonhat era um herdeiro playboy que vivia a cada dia com uma mulher diferente em sua cama, sem se importar que levasse o título de homem casado. Além disso diziam ser frio e insensível com todas elas, vendo o sexo feminino como mero objeto de sua satisfação.

Agora esse idiota estava na sua casa, como se ela fosse uma de suas propriedades exigindo que ela colaborasse ainda mais com essa farsa de casamento. Ele deu não a mínima para com quem se casara, nunca se importou em saber quem era ou porque aceitou esse contrato, então era óbvio o que pensava dela.

Horus ampliou o sorriso de dentes brancos e perfeitos, seu charme foi lançado contra ela como munição. Mal sabia ele que era imune a sua beleza exótica que fazia as pessoas se arrastarem aos seus pés. O cabelo negro e brilhante emoldurava o rosto de um moreno dourado e angulo com barba cerrada aparada a perfeição, a boca desenhava dois cumes no centro milimetricamente nos lábios cheios, o corpo alto e musculoso. Mas o que fazia se sentir hipnotizada por ele eram os olhos, Horus tinha olhos azuis claros como um lago cristalino de areias brancas contornados por um aro negro, seus olhos pareciam coisas de outro mundo. Nenhuma foto que viu quando pesquisou sobre ele lhe fizera jus.

- Preciso que venha comigo para o jantar centenário da empresa. Faremos algumas fotos, alguns jantares com minha família disfuncional e no fim estará livre com uma grande gratificação.

- Não estou a venda Sr. Amonhat.

- Eu não disse que está. Mas preciso que faça isso. Depois posso dissuadir o contrato antes do tempo acordado. - Horus já não tinha o sorriso charmoso, ele na verdade parecia divagar entre a conversa de ambos e outra coisa que estivesse pensando.

- Não posso sair da cidade agora. Tenho pacientes e o hospital não me liberaria. De uma forma ou de outra não posso ajuda-lo. Então por favor vá emboa.

- Posso arranjar para que alguém te cubra do seu trabalho. - Horus se levantou , e em meio segundo estava com toda a sua grandeza frente a ela.- além disso, você tem um contrato comigo.

- Sei muito bem de minha responsabilidade Sr. Amonhat. - os olhos desse homem pareciam entrar dentro da alma, ela se sentiu contrangida e pressionada. Ele poderia sondar seus pensamentos? Poderia saber de tudo que guardava dentro de si?

Caroline se afastou e caminhou até uma poltrona puida e se sentou cruzando as pernas, seus pés descalços, as unhas foram pintadas de vermelho sangue. Assim que se sentou viu que ele estava olhando fixamente seus pés. Ela os encolheu para baixo propositalmente, com certeza estava criticando alguma coisa pela insistência em observa-los.

- Não posso ir. Eu não tenho preparo e nem roupas para este tipo de ocasião. O Sr. poderá encontrar muitas mulheres qualificadas .

- Esse tipo de contratempo podera ser resolvido. Por favor peço que arrume suas coisas e me acompanhe.

Aquele idiota! Prepotente! Ele queria que largasse tudo e fizesse o que ele queria. Mais ele ia ver só, ele iria se arrepender. Caroline sabia que tinha um contrato e que não tinha escolha, se negasse a cumprir poderia perder tudo o que conseguiu para Simon. Se levantou e pediu que a esperasse lá. Equanto arrumava algumas peças de roupas na mochila, enviou uma mensagem para Margareth avisando que estaria ausente, para que ela cuidasse de Simon. Caroline colocou um jeans gasto e um sueter velho cor de ferrugem e calçou o tênis. Quando chegou a sala viu que ele a analisou com desgosto e sorriu maldosamente. Ele iria pagar caro pelo que estava fazendo.

            
            

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