Capítulo 6 O castigo

Maria entornou a garrafa e bebeu direto, sem se preocupar em pegar um copo. Ela ergueu a cabeça, os brincos brilhando na luz. O líquido translúcido derramou da garrafa e escorreu por seu lindo pescoço, desaparecendo em sua camisola.

Na época, ela parecia extremamente sexy. Os homens na festa não conseguiam tirar os olhos dela, engolindo saliva.

'Droga! Não é de admirar que Sr. James tenha se casado com ela. Realmente tem algo muito especial!"

Depois de terminar de beber a primeira garrafa, Maria soltou um arroto que ecoou pela sala. Ela ainda estava firmemente de pé. Então apertou a garrafa vazia em sua mão e olhou James nos olhos. "Diga a alguém para me trazer um pouco de água."

Ao ouvir isso, Stella interveio. "Maria Song, você está louca? Deu ordens ao Senhor James assim!"

Agachada em frente à mesa, Maria apoiou o queixo na garrafa e inclinou a cabeça para olhar para Stella. "Oh, eu fiz isso? Eu sou tola! Peço desculpas! Sr. James, poderia por favor...?" Ela fez uma pausa para arrotar novamente. "Pedir a alguém para me trazer água?" Agora ela parecia estar bêbada.

Os olhos de James ficaram mais frios quando ele olhou para ela e disse, "Continue bebendo!"

"Uau! Você é tão mau!", Maria reclamou. Então ela abriu a segunda garrafa, levantou-se, respirou fundo. Sua garganta subia e descia enquanto ela tomava um longo gole.

Alina não ficou nada feliz com isso. Ela tinha sentimentos mistos e não sabia dizer como se sentia. James estava zombando de Maria. Pelo menos isso mostrava que ele odiava Maria. Alina teria pensado que nada a faria mais feliz do que isso, mas acabou que ela não estava feliz e não sabia porquê.

Abaixando a cabeça, Alina percebeu porque ela não estava feliz. James estava prestando mais atenção em Maria do que nela, era isso que a incomodava.

Enquanto isso, sob o olhar atento de todos na sala, Maria terminou sua terceira garrafa.

Colocando três garrafas vazias sobre a mesa, ela disse ao público: "Por favor, me desculpem agora. Tenho que ir ao banheiro". Ela manteve um ritmo rápido, mas ainda tropeçou e se agarrou à parede para se apoiar.

Depois de correr para uma cabine do banheiro, Maria, que não andava bem na hora, parou por um momento para se concentrar. Ela se encostou na parede e respirou fundo.

James era um bastardo. Um pequeno erro e ele a forçou a beber três garrafas de bebida forte. Embora ela tivesse conseguido provocá-lo do jeito que queria, ela estava furiosa. James a humilhou.

Nesse momento, seu estômago se rebelou e o que havia bebido subiu novamente, enchendo sua boca de um gosto ruim. Maria tentou vomitar tudo fora. Havia tanto! Quando finalmente saiu do banheiro, parecia desastrosa. Ela ainda tinha lágrimas em seu rosto. Ela não sabia se era porque estava com o coração partido ou pelo esforço de vomitar. Mas seja qual for o motivo, seu rosto estava coberto de lágrimas.

Depois de se preparar um pouco, Maria voltou para a sala. Mas a festa acabou, James e Alina já tinham partido e todos os outros estavam indo embora. Depois do show, eles perceberam que não havia mais nada para fazer ali.

Maria voltou para buscar sua bolsa e Stella ainda estava lá, esperando por ela. No momento em que ela entrou pela porta, Stella zombou dela. "Você está mordendo mais do que pode mastigar. E você ainda tem coragem de querer seduzir Sr. James de novo? Ele nunca ficaria com uma assassina como você!"

'Maria é tão patética quanto era há seis anos. Seu filho morreu por causa dela. Não tem maneira de James se casar com ela de novo', Stella pensou consigo mesma.

No entanto, Maria não disse nada. Ela se encostou na parede quando outra onda de náusea a atingiu. Gotas de suor frio brotaram em sua testa. Se ela não estivesse prestes a desmaiar de dor de estômago, Stella não teria simplesmente ido embora. Essa cadela estava tentando irritá-la a noite toda. Ela havia cruzado a linha, mas Maria não podia fazer nada porque se sentia mal.

Ao ver Maria encostada na parede, sem dizer nada em resposta, Stella considerou isso uma vitória. Então ela arrumou o vestido, pegou sua bolsa e saiu com um sorriso malicioso no rosto.

Assim que a mulher saiu, Maria desabou e escorregou pela parede em que estava encostada.

Ela sentiu como se alguém o tivesse chutado no estômago e precisava vomitar de novo.

Então ele respirou fundo várias vezes e tentou se conter, mas infelizmente não conseguiu evitar o vômito ali mesmo. Porém, esta vez, não vomitou álcool, mas sangue.

Lutando contra sua fraqueza, ela puxou o celular de sua bolsa. Mas antes que pudesse discar um número para obter ajuda, alguém reabriu a porta da sala privada. Foi Alina. Ela não tinha ido?

Quando viu Maria e o sangue no chão, ficou com medo, mas então entendeu o que havia acontecido.

Alina se aproximou de sua prima lentamente. Sem dizer uma palavra, ela a chutou na barriga com o sapato de salto alto.

Ela a chutou com tanta força que Maria gemeu. A cor sumiu de seu rosto e logo depois, cuspiu um segundo gole de sangue. A dor que ela sentiu a deixou tonta. Um suor frio encharcou seu corpo e suas roupas.

Alina tinha esquecido as chaves do carro na sala privada, então ela voltou. Ela não esperava encontrar Maria num estado tão deplorável. Depois de aproveitar a situação para ser cruel com ela, pegou as chaves do carro que estavam numa mesa próxima, deu meia-volta e saiu.

Quando Norman finalmente encontrou Maria, ela estava deitada no chão e estava tão fraca que não conseguia levantar a mão. Quando viu Norman, deu-lhe um leve sorriso e acenou fracamente: "Oi, Norman. Desculpe por te incomodar".

Foi uma noite muito tensa para ela. Quando finalmente relaxou, ela desmaiou.

Norman a pegou no colo e a carregou nos braços. Ele percebeu que precisava levá-la ao hospital o mais rápido possível.

Ao sair da boate com a mulher nos braços, Norman esbarrou em James e Alina. Os dois estavam prestes a entrar no carro quando ouviram uma saudação da assistente de James, Summer Jing. "Boa noite, Sr. Norman!"

Ao ouvir esse nome, James e Alina se viraram. Seu olhar se concentrou na mulher nos braços de Norman.

O sangue manchando a camisa de Maria brilhou à luz das estrelas. Sua camisa também estava encharcada de suor e a mulher parecia terrível. James simplesmente os ignorou, mas Alina fingiu um olhar preocupado. "Meu Deus! Sr. Norman, o que há de errado com Maria?"

Sem parar, Norman olhou fixamente para James e respondeu: "Ainda não sei. Tenho que levá-la ao hospital. Por favor, me desculpe agora."

Depois de dizer isso, ele correu para o seu Bentley.

Então Alina se virou para James e disse: "Acho que Norman se preocupa muito com Maria. Ela é minha prima. Eu não deveria estar feliz por ela?"

Sem responder à pergunta dela, James subiu no Harkim preto.

Alina estava acostumada com sua atitude. Afinal, James era um homem de poucas palavras.

Pelo menos ela ficou consolada por saber que ele tratava todos da mesma forma. Ou assim Alina pensou, de qualquer maneira.

Na manhã seguinte, no HL Group.

Um jovem caminhava pelos corredores próximos ao escritório do CEO. Ele usava uma camiseta branca estampada com um personagem de desenho animado laranja, um par de calças casuais laranja e tênis de skate para combinar com sua roupa.

Com as mãos nos bolsos, deixou escapar uma série de assobios e comentários às secretárias daquele andar.

Enquanto isso, todos os funcionários se levantaram e o cumprimentaram: "Bom dia, Sr. Ethan."

"Senhor Ethan, como você está?"

Ethan apenas ergueu o queixo como resposta. Então ele perguntou: "James está aí, Summer?"

A assistente sorriu e respondeu: "Sim, Sr. Ethan. Sr. James acabou de terminar uma reunião."

"Obrigado". Então Ethan acelerou o passo e abriu a porta do escritório do CEO sem bater.

Poucas pessoas na Cidade H ousaram entrar no escritório de James sem bater. Ethan era um deles. Ele não era apenas um amigo próximo de James, mas também o filho rebelde de uma família rica da cidade.

James estava parado na frente da janela quando Ethan entrou. Quando ele ouviu a porta, ele se virou e olhou para o jovem enérgico. "Ethan, você demorou dez minutos para chegar ao 66º andar. Você subiu as escadas?"

Ethan bufou e suspirou exageradamente. "Suas recepcionistas são tão bonitas que eu tive que parar e conversar um pouco com aquelas amáveis senhoras. E você tem uma boa visão, então me viu quando eu estava na entrada."

Olhando para Ethan com um sorriso, James não disse nada. Ele apenas acenou um binóculos que estava segurando. A resposta era óbvia.