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Todos os dias o mesmo grupo se reunia. Caique, Daiana, Breno, Juliana, Bernardo e Saori. Se tornaram muito próximos. Sentava-sem próximos uns dos outros, passavam os intervalos juntos e passaram a sair sempre juntos também.
Caique era o mais velho da sala, já tinha mais de 18 anos. Já havia repetido algumas vezes. Era muito simpático. Fumava muita maconha e sempre tinha uma ou duas coisas ilícitas em sua bolsa. Era corpulento, nem baixo e nem alto, com os cabelos encaracolados, bagunçados, com os olhos grandes e bem expressivos. Tinha uma dificuldade bem grande de aprendizado e Saori sempre se dispunha a ajudar ele e Daiana.
Daiana tinha 17 anos, também era repetente. Já estava prestes a completar 18 anos. Era a palhaça do grupo. Falava muito, sempre muito alto, tinha uma gargalhada mais alta ainda. Era magra, baixa, com os cabelos lisos e castanhos. Vinha de uma família de pais separados, mas que tinham muito dinheiro. Caique e ela moravam no mesmo condomínio. Namoravam a cerca de 2 anos. Daiana era completamente apaixonada por ele.
Breno era de outra cidade, era muito alto, forte, muito branco, com os olhos azuis como o céu e o cabelo enrolado e loiro bem clarinho. Também era mais um repetente, tinha 18 anos. Falava de forma muito lenta e entendia tudo de forma mais lenta ainda. Mas tinha um bom coração.
Juliana tinha a voz engraçada. Meio fanha e com jeito de criança. Era magra, mas comia facilmente a quantidade de alguém que tinha o triplo do seu tamanho. Branca, do cabelo loiro pintado, com nariz fino e um rosto arredondado. Olhos castanhos claros brilhosos.
Somados a Saori e Bernardo, eram visivelmente um grupo muito distinto.
Saori e Bernardo se aproximaram bastante. Em pouco tempo passaram a se tornar carinhosos um com o outro, de forma amigável. Andavam segurando as mãos, por exemplo. Mas aparentemente não tinham segundas intenções, pelo menos não dá parte de Bernardo, ou que pelo menos desse a entender para Saori que ele tinha outras intenções. Bernardo estava sempre cercado de outras meninas. Ele tinha um jeito todo carinhoso e até delicado para lidar com elas. Saori sentia ciúmes, mas o que poderia fazer? Não tinha nada com ele e nem nunca havia se atrevido a falar com ele sobre.
Ela não sabia o que era. O que chamava tanto a atenção dela naquele rapaz. As vezes ele segurava a sua mão e começava a brincar com os seus dedos, olhava para ela de uma forma que não olhava para mais ninguém ali. Saori não percebia tão bem essas coisas, mas tremia todas as vezes que ele a tocava. Começou a achar que eram somente amigos e que por aquilo mesmo iria ficar, já que por meses nenhum dos dois tomou alguma iniciativa. Se sentia extremamente atraída por ele, mas resolveu não tomar nenhuma atitude. Inclusive chegou a fazer com que ele ficasse com outra menina da sala, Tayná, que já tinha chego para conversar com Saori, perguntando se sabia se Bernardo se envolvia com alguém.
Paralelamente aos acontecimentos da escola, Saori se envolvia sexualmente com um amigo de infância. Esse envolvimento se deu de forma que surpreendeu os dois.
Lucas havia estudado durante todo o ensino fundamental com Saori. Moravam perto um do outro e seus pais se tornaram muito amigos. Frequentemente dormiam na mesma cama durante a infância e até início da adolescência, mas nunca haviam se envolvido de alguma forma. Talvez fossem os hormônios da idade aflorando quando os dois se beijaram pela primeira vez. Mas visivelmente o interesse era somente sexual, era uma atração forte, mas não passava disso. Ambos sabiam exatamente o que estavam fazendo.
Lucas foi a segunda pessoa com quem Saori se deitou. Diferente de Daniel, ela começava a se soltar um pouco mais nesse aspecto. Todos os sábados, após sua aula de inglês, ela ia para a casa de Lucas. Ninguém estranhava quando a encontravam lá, afinal eles sempre foram muito amigos e cresceram juntos. Quem iria imaginar que eles teriam se envolvido de alguma forma?
Lucas sempre ia receber Saori na porta e lá mesmo começavam os primeiros beijos. O beijo de Lucas era molhado, apertado e forte.
Ele sempre estava sozinho em casa. Um toque aqui, um toque ali. Subiam às pressas para o quarto. Se despiam bruscamente, completamente, como se estivessem sedentos pelo calor do corpo um do outro. Saori não tinha muita experiência, mas uma coisa aprendeu a fazer muito bem, sexo oral. Ela adorava fazer, e adorava mais ainda ver a reação de Lucas enquanto ela colocava o membro inteiro dele em sua boca. Em alguns momentos com gestos gentis e lentos, bem molhados, alternando para movimentos rápidos e gulosos. Lucas não aguentava ficar muito tempo nessa posição, ele não queria gozar tão rápido assim. Colocava Saori deitada na cama e rapidamente vestia a camisinha em si próprio. De forma delicada ele introduzia o seu pênis e percebia o quanto ela já estava molhada. Colocava uma mão no seio dela e a outra na boca de Saori. Ele amava aqueles lábios tão bem desenhados. A cada estocada ele aumentava o ritmo. Seus corpos começavam a suar mesmo em uma temperatura tão baixa. Saori se virou e empinou de uma forma que sabia que Lucas gostava. Ele deu um tapa em sua bunda deixando a marca de sua mão nela. Saori soltou um gemido alto e manhoso. Lucas segurou forte em sua cintura e começou a estocar forte, enquanto Saori gemia de forma incansável. Não demorou muito a gozar. Mas Saori não. Ela nunca tinha gozado nem com Daniel e nem com Lucas. Ela só conseguia esse feito quando estava sozinha. Mas achava o sexo muito prazeroso e gostava muito de fazê-lo. Ela só não sabia ainda o quão melhor poderia ser...
Saori voltava pra casa satisfeita sexualmente. Aprendeu a gozar sozinha muito nova. Quase todas as noites colocava seu travesseiro entre as coxas e o pressionava em movimentos de vai e vem, até chegar ao orgasmo. Sabia se satisfazer sozinha, mas o sexo com outra pessoa era muito diferente. Mas a pessoa que ela queria, não era o amigo Lucas. O sexo daquele dia seria o último que eles iriam fazer um com o outro.
Os dias se seguiam, Saori e Bernardo se aproximavam cada vez. Os carinhos se intensificavam, mas nenhuma atitude de fato era tomada.
Um certo dia Bernardo chegou e disse que tinha uma novidade para contar para Saori.
- Mimi, tu nem sabe. Tenho um negócio pra te contar.
Ele chamava Saori de Mimi. Ela nunca entendeu o porquê, mas atendia. E respondeu.
- Fala, criatura.
- Eu tô namorando. Disse Bernardo.
Saori ficou estatelada e sentiu um aperto no peito, mas como sempre, disfarçou muito bem, mesmo que a garganta estivesse seca como deserto.
- e quem é a lunática que aceitou namorar contigo?
- ah, tu está é com inveja haha. É a Beatriz. A gente se conheceu por uma amiga minha da minha escola passada. Olha uma foto dela aqui.
Bernardo mostrou a foto e era uma moça linda, loira, dos olhos claros. Morava em um bairro próximo da casa de dele. Saori se sentiu pior ainda quando viu a foto, mas não demonstrou nada. No final o parabenizou e disse que desejava felicidades.
Nas duas semanas que se seguiram Saori acabou se afastando um pouco. Ela conseguia disfarçar, mas não conseguia lidar com ele tão próximo a ela todos os dias. Ela achava que não, mas era claro que Bernardo iria notar que ela mudou de carteira para o outro lado da sala no dia seguinte da grande novidade. Saori passou a sentar atrás de Yan. Um colega de classe que ela conversava até com uma cera frequência. Ele dizia que gostava das massagens de Saori em suas costas. Geralmente ela só fazia em Bernardo e em Caique, mas não demorou a fazer em Yan também, mesmo que não fossem tão próximos. Saori conseguia ver os olhares de Bernardo de vez em quando, mas não se importava, ele estava namorando mesmo.
Na sexta-feira daquela mesma semana, foi passado um trabalho a eles. Um trabalho que deveria ser feito em trio. Bernardo chamou Juliana e Saori para formarem o grupo e já disse que poderiam se reunir na casa dele, naquele fim de semana, para finalizarem o trabalho.
E assim foi feito. No sábado, logo após o almoço, o pai de Saori, Seiji, deixou a filha e Juliana na casa de Bernardo.
Eles finalizaram o trabalho de forma muito rápida e passaram a maior parte da tarde conversando sobre assuntos aleatórios. Juliana contava sobre como havia ido parar em São Paulo, mas que na realidade ela era de mato grosso do sul. O seu pai trabalhava no meio politico da cidade e havia decidido mandá-la para concluir os estudos em São Paulo, onde sua irmã mais velha, Jacira, havia ido morar há cerca de 3 anos. Moravam juntas em um apartamento pequeno próximo ao centro da cidade. Não conheciam muitas pessoas. Jacira era uma mulher muito fechada, segundo sua irmã e nesses 3 anos não tinha conhecido quase ninguém.
Juliana estava sentada em uma cadeira de frente para uma mesinha que tinha um notebook. Saori e Bernardo estavam sentados em cima da cama dele. Uma cama de solteiro, um tanto já usada. Carinhoso como sempre foi, Bernardo abraça compulsivamente Saori, que nunca foi muito de demonstrações públicas de afeto, mas recebia os abraços e apertos de Bernardo, reclamando, mas no fundo, sempre gostava de sentir qualquer toque dele na sua pele.
Bernardo deitava no colo de Saori e ela tinha de se segurar para não dar um beijo nele. A impressão que ela tinha, era que ele a atentava, mas ele estava namorando não era mesmo? Devia ser coisa da cabeça dela.
Passaram aquela tarde inteira grudados um do no outro. Deitando no colo, se abraçando, brincando um com o outro. Até que o pai de Saori foi buscá-las. Foi uma tarde muito boa para Saori. A maior aproximação que ela já tido com Bernardo.
Na volta as aulas, na segunda-feira, os dois estavam muito mais próximos do que já haviam sido. E no outro fim de semana, eles já haviam encontrado uma desculpa para se reunir novamente na casa de Bernardo, mas dessa vez somente eles dois.
No sábado, Saori estava novamente na casa de Bernardo. Dessa vez conheceu sua mãe, Laura, e seu pai William. Rapidamente foram para o quarto e lá riam e conversavam muito alto. Som esse que foi escutado pela mãe de Bernardo. Ela entrou no quarto algumas vezes perguntando se precisavam de algo. Acho que na realidade ela queria ver o que estavam fazendo. Ela lembrava com frequência que a namorada de Bernardo tinha combinado de aparecer no final da tarde. Saori ficava triste todas as vezes que ouvia falar sobre ela, mas disfarçava bem. Ela não se importava. Ali estavam só eles dois, rindo, abraçados e tirando fotos. Como se eles fossem um casal. Só faltavam os beijos.
Saori resolveu ir embora antes que a namorada de Bernardo chegasse. Não sabia se conseguiria disfarçar tão bem quando a visse. E apesar de eles não terem ficado e supostamente não estarem fazendo nada de errado. Ela sentia como se o que eles estavam fazendo (que não era nada), fosse errado mesmo assim.