Capítulo 3 3

Na semana seguinte Bernardo chegou a aula triste. Cabisbaixo. Sentou em um local distante do grupo deles. Saori só foi falar com ele na hora do intervalo. Bernardo levantou da carteira, deu-lhe um beijo na testa, mas não falou nada. Somente no fim da aula disse que Beatriz havia terminado com ele. Disse que ele não estava lhe dando atenção o suficiente, que ignorava suas ligações e que não quis lhe ver no fim de semana.

Saori quase não conseguiu disfarçar o sorriso no canto da boca, mas ele se desfez logo que percebeu que Bernardo estava realmente triste.

- Acho que ele realmente gostava dela.

Pensou alto.

No dia seguinte ele já aparentava estar bem melhor. Aquela melancolia e tristeza parecem ter sumido em um piscar de olhos e marcaram naquela mesma semana se irem assistir um filme na casa de Caique.

No fim de semana chegaram juntos na casa de Caique. Daiana já estava no quarto com a pipoca. Enquanto Caique e Daiana se aconchegavam no colchão no chão. Bernardo e Saori estavam na cama de Caique. Em determinado momento, sem muita explicação, sem motivo aparente, mas sem nenhuma hesitação, no momento em que Caique e Daiana saíram do quarto porque alguém os chamava. Saori que estava na frente de Caique, envolta em seus braços, vira o rosto para trás e eles se beijam.

Foi um beijo longo e demorado. Um beijo molhado na medida certa, sem pressa. Um beijo que envolveu o corpo inteiro dos dois. Saori sem nenhuma vergonha ou pudor, sentiu o membro de Bernardo crescer por baixo do lençol e não pensou duas vezes antes de tocá-lo. O membro dele latejava e endurecia cada vez mais, a cada beijo ela o sentia pulsar. Nesse momento Caique e Daiana entraram no quarto e rapidamente perceberam o que estava acontecendo. Somente riram. Entraram no quarto e trancaram a porta. Deitaram no colchão e começaram a se tocar também.

Bernardo e Saori não se importavam se tinha alguém vendo, nem onde estavam. Não conseguiam se soltar. Saori tocava em seu membro e percebia o quanto era grande e grosso. Ela não tinha tido muitos parceiros, apenas dois, mas se impressionou com o tamanho do membro dele. Com movimentos rápidos com as mãos ouvia Bernardo gemer baixinho, tentando não emitir nenhum som. Ficou molhada de uma forma que nunca havia ficado com nenhum parceiro. Sua boceta pulsava e pingava de desejo. Rapidamente enfiou a sua boca no membro de Bernardo. E ele gemeu alto. Passou alguns minutos ali embaixo e ele meio sem jeito segurava de modo delicado na cabeça dela, quase não a pressionando para baixo. Ela não precisava daquilo, ela o chupava com vontade. Mas Saori não queria só aquilo, ela queria mais. Nem pensou em camisinha. Somente subiu, o beijou. Afastou o short e a calcinha para o lado e sentou. Sentou naquele membro ereto devagarzinho. Sentiu cada centímetro entrar. Sentia que era grande, mas a dor se transformou em um prazer muito maior. Bernardo segurava em sua cintura sem jeito e sem saber muito o que fazer. Mas Saori sabia. Começou a pular e a rebolar. As vezes rápido, as vezes devagar. Com o rosto bem colado ao de Bernardo, molhava-se cada vez que via os olhos dele revirarem. Sentia sua respiração ofegante e seus gemidos constantes. Ela ficou em cima dele por cerca de quase uma hora. Sim, quase uma hora até ele gozar. Ela nunca havia sentido um gozo dentro dela, mas aquilo a deixou mais excitada ainda. Ela não gozou, mas havia sido a melhor foda da vida dela até então. Nem haviam percebido que os amigos os assistiam impressionados.

Quando terminaram, Caique fala.

- porra, japonesa, no dia que eu ficar solteiro eu quero uma surra de boceta desse jeito. Olha a cara do Bernardo, ele tá destruído, o bichinho.

Eles riram muito depois. Bernardo estava visivelmente envergonhado. Saori não. Continuaram o resto da tarde abraçados, mas não falaram nada sobre o que havia acontecido. Nem ao menos se beijaram quando chegou a hora de irem embora.

A semana se passou com os dois próximos como sempre, mas agora havia uma mão boba de vez em quando. Conversavam agora sobre coisas mais íntimas. Sobre os namorados que tiveram, sobre gostos musicais, que eram bem parecidos inclusive. Falavam sobre a próxima vez que iriam na casa do Caique.

Não tardou para marcarem novamente no fim de semana seguinte. Mas nesse outro fim de semana já não foi Saori quem ficou por cima e sim, Bernardo. Parecia que ele estava copiando ações de algum filme pornô. Não foi tão bom quanto da primeira vez, mas Saori nem se importava. Só queria estar com ele.

Nesse mesmo dia, eles acabaram ficando o dia inteiro pelo condomínio onde Caique e Daiana moravam. Ficaram por ali pela área da piscina, beberam algumas bebidas que Caique havia levado. Entraram na piscina e passaram o dia inteiro aproveitando o sol que havia aparecido.

- E vocês dois vão fazer o meu quarto de motel mesmo é? Vou começar a cobrar a diaria.

Bernardo e Saori riram.

- Eu to falando sério hein.

- Que nada. Desse jeito tu vê se aprende alguma coisa para fazer com a Daiana também, porque vocês só ficam olhando, mas nada de ação mesmo.

Disse Bernardo.

Nesse momento Daiana fala.

- Eu não sei como a Mimi consegue fazer aquilo tudo. Meu deus, dói demais. Eu só consigo dar o de trás, por isso nunca fazemos nada quando vocês estão no quarto ahahah.

Saori olha incrédula.

- Você consegue o mais dificil, menina, como que tu não consegue dar a dar frente?

- Não consigo. Já tentei de todo jeito, mas sempre dói muito.

Caique diz que ele conseguiu o mais dificil primeiro, mas que tinha parado por lá mesmo, já que para Daiana era muito doloroso, eles geralmente nem tentavam mais.

Na semana seguinte haveria um feriado prolongado e Daiana comentou que seu pai iria viajar e que o apartamento estaria livre. Combinaram então de dormirem todos lá. Breno seria o único que não poderia ir, pois viajaria para sua cidade natal com sua família. Iriam Bernardo, Saori, Juliana, Daiana e Caique.

Na sexta feira já foram para a aula com suas mochilas para passarem o final de semana fora. Sairam da aula e foram direto para o apartamento de Daiana.

- Gente, se eu falar pra vocês que o papai deixou a picape no estacionamento... A chave está dentro do quarto dele que ele deixou trancado. O que vocês acham da ideia de pergarmos o carro e saissemos pra comer um sushi?

- Mas quem é que vai dirigir? Tu sabe dirigir por acaso? - Perguntou Juliana.

- Eu sei. Meu pai me dá o carro pra comprar pão, as vezes - Disse Bernardo.

- Pronto, fechou! - exclamou Daiana.

- Ta, mas as porta não está trancada? A gente vai arrombar? - Perguntou Saori.

- É.. tem o basculante do banheiro do quarto do papai. Acho que uma de nós consegue passar por lá. O problema é a queda até o chão.

Foram todos lá ver o tal basculante. De fato não era um basculante muito pequeno, mas precisaria ser uma pessoa bem pequena, magra e bem elástica para passar por ali. Fora o equilibrio para não cair dentro do box e correr o risco de quebrar o vidro, e sair dali direto para o hospital.

- Eu acho que eu passo por aí, mas não sei se vou cair depois que passar - Disse Juliana.

Os outros a ajudaram como puderam. Ela realmente era bem magra e conseguiu passar sem muita dificuldade, mas quando entrou, só conseguiram ouvir o barulho de alguma coisa caindo do lado de dentro.

- Ei, Juliana, ta viva? - Caique perguntou.

- Acho que quebrei um shampoo... - Respondeu Juliana.

Juliana pegou a chave do carro e destrancou a porta por dentro. Sairam animados para pegar o carro. Bernardo já havia dirigido sim, mas nunca tinha dirigido uma picape. Foram na cara e na coragem, a cerca de 20 quilômetros por hora, no máximo, levando muitas businadas na traseira. Se dirigiram para a temakeria mais próxima e em poucas horas já estavam de volta ao apartamente de Daiana.

Aquilo havia sido uma aventura e tanto. Eram jovens que nunca haviam feito muita coisa da vida. Irresponsáveis, é claro, mas ninguém ali pensava nas consequências.

No apartamento de Daiana haviam 3 quartos, a suíte do pai dela, o quarto dela e um outro quarto que ficavam duas camas de solteiro. Ela iria dormir no quarto dela, Juliana em uma das camas de solteiro, e Bernardo e Saori se "dispuseram" a dormir juntos na mesma cama.

Depois de horas assistindo filmes, brincando entre si, o sono bateu e todos foram se recolher. Com as luzes apagadas Saori deitou no peito de Bernardo e rapidamente apagaram. Tiveram vontade de "mais", mas respeitaram Juliana. Pensaram que ela como ela estava sozinha, não iriam fazer com que ela pudesse se sentir solitária. Riram quando falaram isso em voz alta.

Na manhã seguinte, Caique já havia ido para o seu apartamento, que ficava no bloco a frente do de Daiana. Apesar de ser um sábado, Bernardo, Daiana e Juliana tinham uma aula preparatória de vestibular nas proximidades. Saori era a única que não quis se inscrever, odiava esses cursinhos preparatórios. Ela disse que iria ficar no apartamento no aguardo deles.

Tomaram o café e foram. Saori voltou para se deitar no quarto e ler um livro que havia encontrado no quarto de Daiana. Não passaram mais que 10 minutos quando Saori ouviu a porta da frente abrir. Levou um susto e pensou que pudesse ser o pai de Daiana voltando mais cedo da viagem.

- Eu não ia deixar minha mimi sozinha aqui.

Era Bernardo. Ele disse que voltou no meio do caminho porque ficou sem vontade de assitir a aula. Mas sabemos que na realidade ele queria uma oportunidade de ficar sozinho com Saori.

Saori continuou deitada na cama. Bernardo na beira, próximo a ela. Ligou a televisão que havia no quarto e começou a jogar conversa fora. Por algum motivo estava um clima de tensão no ar. Saori esperou por alguns bons minutos, mas Bernardo não tomava a iniciativa. Até então eles nunca haviam se vistos sozinhos por completo em algum lugar.

- Vem cá me dar um beijo vem. - Saori falou.

Bernardo virou o rosto para ela sem disfarçar a surpresa.

- Repete, Saori, por favor.

Saori geralmente sempre reclamava quando Bernardo lhe segurava as mãos, quando lhe abraçava por muito tempo. Ela gostava, claro, mas não admitia. As vezes o grude realmente a incomodava. Nunca gostou muito de demonstrações públicas de afeto. Então foi uma surpresa muito grande quando Bernardo ouviu aquelas palavras saindo de sua boca. Ele não sabia que ela amava tomar a iniciativa. Só precisava perceber que era aquilo que a outra pessoa queria também, e como uma boa "leitora" de corpos, Saori percebeu o corpo mais enrijecido de Bernardo, o suor em sua testa, suas mãos inquietas e a vergonha em olhá-la diretamente nos olhos.

- Vem cá, que eu quero um beijo!

Bernardo não soube como chegou tão rápido aos lábios dela. Parecia que havia flutuado até lá. Se beijaram, sentindo o calor um do outro. Se despiram sem se importar se entraria alguem por aquela porta. Transaram sem pressa. Quando acabaram foram tomar banho juntos e a vontade de ambos era transarem pelo resto do dia em todos os lugares, mas se controlaram por medo de realmente alguém aparecer por ali.

Poucos minutos após sairem do banho as meninas chegaram. Passaram o resto do dia no condominio com os amigos.

Quando a noite foi chegando Bernardo perguntou se Saori gostaria de dormir na casa dele. É claro que ela gostaria, mas não sabia se seus pais iriam deixar. Afinal ela só tinha 17 anos e a maior parte dos passos que ela dava, era com a permissão dos pais dela. Daiana sugeriu que ela dissesse que iria dormir na casa dela novamente. E assim foi feito. Os pais de Bernardo passaram pra pega-lo e na hora ele avisou que Saori dormiria lá.. Os pais se entreolharam, mas aceitaram.

No caminho até a casa deles, Laura começou a fazer uma série de perguntas sobre a idade de Saori, onde ela havia estudado anteriormente, se tinha irmãos, se já sabia o que gostaria de cursar na faculdade.

- Isso é uma entrevista, mãe?

- Não, meu filho, só gostaria de conhecer nossa convidada melhor. Estou incomodando, Saori?

- Não, não. Não me incomodo nem um pouco. Estudei no colégio Santa Aurora antes de vir para o Século. Fiz 17 anos no final de julho. Tenho um irmão chamado Kenji, ele é alguns anos mais novo do que eu. E pretendo cursar medicina veterinária.

- Viu, filho? Doeu.

E assim seguiram o restante do caminho. O único que não falava nada era William, o pai de Bernardo.

Assim que chegaram em casa, Laura perguntou de Bernardo onde Saori iria dormir, já que no quarto só tinha uma cama de solteiro. Bernardo diz que Saori irá dormir na cama e ele colocará o colchão de seu irmão que está viajando no chão para ele dormir. Ela concorda com a cabeça e se retira para ir dormir. Já passava das 22 horas.

Assim que Bernardo se viu sozinho com Saori, foi em sua direção e lhe deu um beijo. Começou a despi-la completamente. Beijou seu pescoço, apertou seus seios com as mãos e a colocou em cima de sua cama. Saori via Bernardo se despir e pensava em como o achava bonito. Para ela, era o rapaz mais bonito que já havia visto. O seu corpo de quem malhava o suficiente para ser definido, mas não em exagero. Eles se encaixavam perfeitamente quando estavam deitados.

Assim que terminou de se despir ele deitou-se por cima dela, e sentindo o calor do seu corpo, se beijaram longamente. Pareciam sentir cada centímetro do corpo um do outro. O corpo de Saori chamava por ele dentro dela. Ela latejava e de uma forma bem lenta ele a introduziu. Em movimentos bem lentos, sincronizados, eles gemiam, abafando o som um do outro com as mãos nas bocas. Saori pressionava o corpo dele contra o dela com força, as vezes cravando as unhas em suas costas. Parecia que eles haviam se tornado um só. Todas as partes do corpo se encostavam e se roçavam. Saori rebolava em baixo para acompanhar o mesmo ritmo de Bernardo. Nenhum dos dois queria chegar ao orgasmo, queriam que aquele momento durasse para sempre, mas era impossível. Eles estavam no auge do prazer. Bernardo e Saori gozaram juntos. Ficaram surpresos com aquela conexão e em como o sexo tinha sido bom. Pela primeira vez Saori gozou com outra pessoa. Ela não se preocupava em engravidar, pois nunca esquecia de tomar o anticoncepcional que tomava desde os 14 anos. Mas na verdade, ela só queria senti-lo dentro dela.

Dormiram juntos. Assim que amanheceu o dia, Bernardo destrancou a porta e pulou para o colchão que estava no chão. Saori continuou na cama e os dois riam da situação. Pouco tempo depois eles escutam voz de criança no corredor. Bernardo diz que provavelmente são seus dois sobrinhos. Julio e Andrew. Eles eram filhos de sua irmã mais velha e moravam na casa ao lado da dele. Como ele disse, realmente eram os sobrinhos. Entraram no quarto escancarando a porta e chamando pelo tio. Julio tinha 6 anos e Andrew tinha 4 anos. Ambos ficaram estatelados na porta quando viram Saori na cama de Bernardo. Assim que viram seu tio no colchão no chão, trataram logo de pular em cima dele e perguntar quem era aquela moça que estava ali.

- Essa aqui é a Mimi, gente. Ela é uma amiga do titio, vão lá dar um abraço nela.

Saori não era muito boa com crianças. Na verdade tinha um pouco de medo delas. Mas assim que viu Andrew, ela se apaixonou por ele. Era um menino gordinho, moreno, com os cabelos maiores que o dela. Ele tinha o sorriso muito timido, meio de canto de rosto. Foi o primeiro a subir na cama. Saori perguntou se podia carrega-lo e ele acenou que sim com a cabeça. Ela o carregou, deu um abraço e o colocou deitado em cima da cama e começou a fazer cosquinha com a boca em sua barriga. Do mesmo jeito que seu pai fazia com ela. Bernardo estava abraçado com Julio no colchão. Percebia-se que ele tinha um amor muito grande pelos sobrinhos. Ele olhava para Saori sorrindo, com uma cara bem besta. Julio logo tratou de subir em cima da cama tambem. Eles brincaram por um tempo, os quatro juntos. Até que chegou o momento de tomar o café da manhã. Era um domingo ensolarado na grande São Paulo e as crianças haviam ido apenas chamar os avós, pois tomariam café fora.

Bernardo e Saori permaneceram sozinhos na casa. Ela começou a fazer ovos mexidos, enquanto Bernardo preparava tapioca. Saori se supreendeu com a tapioca, pois não era costume do seu estado consumir esse tipo de alimento, não preparado daquela forma, como a avó dela havia ensinado quando passava as férias no norte do país, de onde era a sua familia materna. Acabou desconbrindo que a familia de sua mãe era do Nordeste e que frequentemente iam visitar os familiares que moravam lá.

Sempre conversavam muito, cantavam muito juntos. Bernardo tocava violão e ambos cantavam muito bem. Gostavam de formar duetos. Conversaram o tempo inteiro. Riram muito. Falaram muitas besteiras e não tardou a aproveitarem a casa vazia. O sofá parecia muito atraente. Mal sabiam eles que esse era apenas o começo da história dos dois.

            
            

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