A Dançarina e o CEO
img img A Dançarina e o CEO img Capítulo 7 Te Conhecer Melhor
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Capítulo 10 Um homem Bonito img
Capítulo 11 Jantar img
Capítulo 12 Banho Sob o Luar img
Capítulo 13 Sobrenome... img
Capítulo 14 Companhia img
Capítulo 15 Idade img
Capítulo 16 Fantasma img
Capítulo 17 Novo Encontro img
Capítulo 18 Quando o Problema Aparecer img
Capítulo 19 Os Planos Dela img
Capítulo 20 Não Estou Pedindo img
Capítulo 21 Desejo img
Capítulo 22 Cheiro de Encrenca img
Capítulo 23 Fica Comigo img
Capítulo 24 Eu quero Você img
Capítulo 25 Uma Mulher Incrível img
Capítulo 26 Visita Inesperada img
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Capítulo 7 Te Conhecer Melhor

Tão tímida e ao mesmo tempo atrevida? Seus olhos brilhavam como diamantes, como o sol ao amanhecer, como as estrelas ao redor da lua, uma obra prima que Nicolas encarava com convicção, afeto e um gosto redobrado.

- Vem cá. – Nicolas aproximou-se dela devagar, não queria assustá-la. Afinal, Emelly tinha acabado de ser salva de maluco e possível estuprador. - Você ainda está muito nervosa e precisa se acalmar. – Ele mexia os lábios lentamente para que ela entendesse e Emelly os fitava, mal entendendo o que dizia.

Nicolas segurou a mão dela levando-a para fora daquele lugar. Estava barulhento demais para uma conversa a qual ele queria ter com a rosada. Emelly olhou para sua mão e depois para seu peito, o suéter verde quase da cor dos seus olhos, tinha uma mancha grande de maquiagem e ela teve certeza que a culpada daquela sujeira toda era sua.

Ela fechou os olhos e tentou respirar o ar puro, o que foi impossível quando os abriram novamente eles brilharam com a determinação, buscou a coragem que nunca lhe foi dada. Nicolas tremeu as pernas o fitá-la daquele jeito, o olhar sedutor e atrevido tinha tomado o lugar da frágil mulher de agora há pouco. Nicolas entreabriu os lábios para respirar melhor. Aquela mulher o deixava sem ar. Um pouco hesitante Emelly pôs sua mão na dele e no mesmo momento o sentiu apertá-la como se passasse coragem e confiança. Ela entendeu e deu um sorriso tímido.

Eles passaram por alguns amigos de Emelly que ficaram sem entender, Nicolly levantou uma sobrancelha surpresa com aquela visão, Raissa apenas sorriu maliciosa e agarrou Joe para voltarem a dançar livremente pelo salão lotado daquela boate. Passaram por Rafael, que quase cai da cadeira e torce o pescoço para olhar, confirmar, ter certeza de que aquele era mesmo seu amigo, que agora estava com a rosada da noite passada. Os dois saíram da boate logo em seguida, por sorte não havia muita agitação naquela sexta-feira.

Nicolas passou por Sasha que, assim como os outros presentes, olharam surpresos para o casal. Saíram na rua e Emelly não conseguia mais ver nada além dos cabelos negros de Nicolas caídos sobre o ombro largo. Emelly sentiu-se tentada a tocá-los, o mesmo pensamento que se passou na noite anterior. "Quero tocá-los, só para ter certeza se são tão macios quanto aparentam". Queria senti-los sobre a palma de sua mão, desejava poder puxá-los quando sentisse prazer... chega!

Emelly piscou, acordando para a vida. Olhou à sua volta como se tivesse se perdido no tempo. Estavam na calçada, esperando para atravessar a rua. Ela engoliu a seco e levou a mão livre até seu peito para respirar melhor. Aquele homem a deixava quase sem fôlego de tanto medo, medo de se perder naquele corpo escultural; de se aprisionar naquela imensidão negra de seus olhos.

- Venha. – Nicolas olhou para trás dando um sorriso de canto, o coração de Emelly bateu tão rápido que, por um momento, pensou que iria morrer de tanta aflição. O encarava com espanto e, ao mesmo tempo, cheia de segundas intenções.

Nicolas não sabia se ele era o leão levando sua vítima para a toca, ou se estava sendo seduzido pela leoa que o levaria para a morte. Emelly era uma mistura de anjo e demônio. Tímida e meiga, deixando-o até hesitante em tocar em sua pele sensível e aromática e ela simplesmente se desfazer por entre seus dedos. Mas, ao mesmo tempo, Emelly era sensual e libidinosa, erótica.

Ele queria poder venerá-la dentro de quatro paredes.

Assim que acordou de seus pensamentos pervertidos, ele olhou para frente, segurou com mais firmeza a mão dela e começou a atravessar a rua. Emelly ainda mantinha sua mão sobre o peito que, estava doendo, mas batia cheio de vida. Deu um sorrisinho tímido e logo que olhou para a mão que Nicolas segurava, corou imediatamente e abaixou a cabeça, mas não tirou o sorriso do rosto. Nicolas sentia todas as contrações elétricas que percorria do seu corpo para o dela. Era intensa e devassa, despertava nele o desejo masculino mais curioso entre todos. Desejava levá-la para qualquer lugar escuro e fazê-la sua, mas não podia, e nem deveria. Ele dobrou a esquina e andou mais alguns metros em busca de algum lugar que pudesse ficar com ela. Abriu um largo sorriso ao encontrar uma cafeteria ainda aberta àquela hora da madrugada. Suspirou agradecido, já estava ficando difícil sentir seu toque e não poder fazer nada.

Entrou na cafeteria ainda segurando a mão dela, Emelly só levantou a cabeça quando ouviu um sininho tocar, chamando atenção para a porta do estabelecimento quase vazio. Ela foi puxada de novo e continuou seguindo caminho atrás do moreno. Emelly deu uma breve estudada pelo local enquanto era puxada por Nicolas para uma das mesas. A cafeteria era bem elegante, havia algumas mesas com quatro cadeiras, outras com duas. Sofás para grupos maiores, e era um desses que se encontrava um grupo de mulheres.

Ao passar pela mesa, uma das mulheres sorriu para Nicolas enquanto outras tentaram inutilmente chamar sua atenção. Emelly fechou a cara e colou seu corpo no braço dele, olhando feio para elas. Sem pensar no que estava fazendo, Emelly empurrou o corpo de Nicolas para ir mais rápido e ele sentiu vontade de sorrir, mas se conteve. Ele achou uma boa mesa, bem distante das mulheres, e no canto onde já não tinha mais ninguém, soltou a mão da garota que estava de cabeça baixa, pensativa. Guiou-a para sentar-se e em seguida sentou-se em sua frente.

Naquele ambiente claro e aconchegante para Nicolas, ele pôde analisar melhor os traços de Emelly e, mais uma vez, constatou sua visão nas escuras; Emelly era uma mulher deslumbrante, magnífica, bela, sensual, desejável, convidativa e totalmente irresistível. Ele segurou um gemido ao encarar os lábios finos que ela mordia com força. Nicolas se ajeitou na cadeira e olhou em volta com os olhos arregalados, ele estava tentando se controlar o máximo que podia, afinal, ele queria agradá-la. Emelly não conseguia olhar nos olhos dele, estava com vergonha de ter sido salva por ele. Ou então, simplesmente poderia não aguentar olhar naqueles ônix encantadores e voar no pescoço dele, puxar-lhe os cabelos e beijar seus lábios grossos e apetitosos.

- Você está bem? – Ele perguntou. Os olhos dele brilhavam intensamente, pareciam enxergar algo a mais que os de Emelly. - Emelly? – A voz rouca fizeram os pelos de Emelly arrepiarem de imediato, ela tremeu e abaixou a cabeça novamente, vermelha de vergonha.

- Hm... – Murmurou. Tremendo. Levantou o rosto para olhá-lo com determinação, já era bastante coincidência encontrá-lo quando sabia que não ia mais vê-lo.

- Está com frio? – Emelly arregalou os olhos, cada vez que aquele homem mexia seus lábios, ela sentia seu coração bater mais forte que o normal e algo se contraírem em seu ventre; esperançoso, ansioso.

- Sim... – Respondeu no fio de voz. Nicolas se arrepiou também, era tanto charme, doçura, perfeição para um rostinho só.

Nicolas sorriu mostrando todos os dentes de sua boca atraente por demais. Emelly franziu os olhos. O Santinelli levantou da cadeira e segurou a barra do seu suéter e o puxou para cima, tirando-o rapidamente. Emelly corou ainda mais e tentou desviar o olhar, mas era impossível. Nicolas usava uma camisa branca por baixo, as mangas iam até o cotovelo, e estava aberta até certo canto, expondo o peito másculo. Teve certeza de que, naquele momento, ela estava tão excitada quanto na noite anterior.

- Vista. – Ele ordenou. Sua voz rouca, e ao mesmo tempo dura, a intimidava. Ela olhou para o suéter, pensou talvez em não aceitar, mas ele estava deixando-a louca da vida, e também estava com frio. O vestido decotado não ajudaria por muito tempo. Pegou de sua mão e o vestiu com cuidado. O cheiro dele a levou para o espaço.

- Hm... – Ela abriu os olhos encarando-o. - Desculpe!

- Não tem porque pedir desculpas. – Ele avisou debruçando-se sobre a mesa e entrelaçando seus dedos. Emelly abaixou suas mãos para a coxa, enquanto o olhava diretamente. - Quem é ele? – Nicolas quase perdeu a voz. - É seu namorado? Aquele que...?

- Céus... Não! – Respondeu ligeira. Nicolas poderia até corrigi-la, ele perguntou sobre Bruno, o homem que dançava com ela animadamente esfregando-se até o último fio de cabelo, não sobre Fernando, como ela entendeu. - Podemos, por favor, não falar dele?

- Tudo bem... – Nicolas dobrou um pouco sua cabeça, hipnotizado pela beleza daquela mulher. - Quantos anos você tem? – Perguntou no sussurro e Emelly fechou a cara imediatamente.

- Nunca lhe falaram que é falta de educação perguntar a idade de uma mulher? – Indagou quase gritando e, extremamente, irritada. Apoiou-se na mesa com os cotovelos e virou o rosto, corada.

- Hm... – Nicolas se assustou, ela tinha passado de tímida para agressiva, sério isso? - Nem seu sobrenome eu posso saber?

- Eu não digo essas coisas para qualquer estranho.

- Eu acabei de salvar você de um louco, acho que já não sou mais qualquer estranho.

- Você sempre tem um joguinho de palavras para dizer, não é? – Bufou ainda mais irritada. - Ontem: "aí, você se jogou em cima de mim." – Imitava a voz dele. -Hoje: "eu acabei de salvar você de um louco" e blá, blá, blá. – Ela falava rápido fazendo movimentos com as mãos, Nicolas riu quase derretendo na cadeira.

"Que menina adorável", ele pensou.

- Qual é?

- Eu perguntei por que quero conhecer você. – Avisou assim que ela terminou seu falatório.

- E quem foi que disse que eu quero conhecer você? – Ela disparou. Nicolas ficou sério, seu olhar passou de paixão para uma passageira irritação. Emelly percebeu isso engolindo a seco.

- Tudo bem, Emelly. – Ele riu mexendo em seus cabelos e viram a garçonete aparecer ao lado.

- O que vão querer? – A garçonete perguntou olhando somente para Nicolas. O moreno não desviou seus olhos dos de Emelly. "São perfeitos demais". Já Emelly, olhou dele para a garçonete e fechou a cara virando o rosto para o outro lado fazendo bico.

- Quer comer ou beber alguma coisa? – Ele perguntou meio cauteloso e ela abaixou os ombros dando um pequeno sorriso. Nicolas soltou um gemido, como ela poderia ser tão linda assim?

- Um suco. – Ela disse e o olhou.

- Só um suco. – Ele disse à mulher que se retirou meio cabisbaixa. Emelly seguiu com o olhar vendo aquela mulher se afastar e depois olhou o moreno com raiva.

- Por que me trouxe aqui? Quem é você?

- Muitas perguntas. – Ele sorriu abaixando a vista e olhou a toalha cor de rosa sobre a mesa. - Sou Nicolas e te trouxe aqui porque um tarado queria entrar em você... – Falou brincando com o guardanapo e depois olhou para ela -... À força. – Completou. Emelly se remexeu na cadeira desconfortável com a lembrança. - E também porque eu gostei de uma mulher de cabelo colorido que vi ontem e, simplesmente, eu queria olhá-la novamente.

Emelly corou arregalando os olhos. Mordeu os lábios respirando profundamente. E se de repente ela falasse que também queria poder olhá-lo outra vez? Que queria urgentemente tocar em seus cabelos e puxá-los com força? Ela deu um sorriso tímido pensando: Ele gostou de mim? Não, logo eu?

- O-o que você quer... – Ela desviou o olhar - Comigo? – Tornou a olhá-lo timidamente. Seus olhos brilhavam como a lua lá fora.

- Apenas te conhecer melhor.

            
            

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