Capítulo 4 De volta a Boate

Emelly chegou ao seu prédio onde morava depois de descontar todas as frustrações em passos nos treinos na academia, e mesmo assim, não foi o suficiente, ainda chateada com sua mãe sempre querer mandar em sua vida. Às vezes, ela se perguntava se ela própria não pegava pesado demais, mas talvez fosse mesmo uma solução mais adorada por ela. Emelly odiava que jogassem regras nela, era por mais esse motivo que tinha saído de casa cedo. Sua mãe a sufocava e não dava espaço para ela e tudo isso tinha começado há pouco tempo. Antigamente, Virgínia parecia nem ter uma família para se preocupar.

Tudo que ela iria fazer tinha de ter a permissão ou a negação de sua mãe. As aulas da Academia sempre eram interrompidas por alguma coisa que a Senhora Virgínia queria fazer e Emelly odiava isso.

Ao entrar em seu apartamento com os pensamentos longe, se deparou com Nicolly e Lin na sala, ambas de frente uma para a outra. Agridem-se verbalmente de maneiras vulgares e maldosas. Emelly estreitou os olhos, certo que não era nenhuma novidade, mas aquilo já estava se tornando rotina.

- Gente, vamos parar? – Emelly interveio no meio das duas, que cruzaram os braços virando o rosto. - O que houve?

- O de sempre: Nicolly pegou um ficante meu – Lin explodiu e encarou a loira à frente. - Se você tivesse um pouco de vergonha, iria pedir desculpas.

- A culpa foi sua por deixá-lo sozinho, e não fui eu lá atrás, ele que veio falar comigo. – Defendeu-se Nicolly. - Eu não vou pedir nada.

- Eu fui ao banheiro – Lin se agitou ainda mais. - Você é uma vadi4 Nicolly, puta que pariu. – Reclamou Lin furiosa.

Nicolly apenas jogou uma mecha de seus cabelos e virou as costas fazendo pouco caso daquela cena, pouco se importava com a amiga. Emelly assistiu bater à porta do quarto e Lin ir direto para a cozinha. Seguiu a morena e a encontrou bebendo um copo de água, e depois sentou à mesa bem indisposta. Emelly torceu os lábios e sentou à sua frente.

- Não fica assim – Tentou acalmar a amiga, Lin apenas sorriu e levantou-se da mesa para pegar mais água.

- Isso não é problema seu. Isso é assunto meu e dela não deve se meter, ok? Não pode escolher um lado. – declarou e retornou a mesa, mas ao lado de Emelly. - Essa rixa entre nós duas é bem antiga, não quero que você se meta.

- Vocês duas são as minhas melhores amigas. Eu não quero que vocês briguem, poxa. – Sussurrou Emelly, completamente inocente. Lin sorriu passando os dedos por seus cabelos.

- Tão inocente você. – Brincou cautelosamente. - Mas mesmo assim, esses problemas não são seus... Eu e ela nunca vamos nos dar bem. – Disse a morena, levantando-se da mesa.

Por mais que quisesse que elas se dessem bem, isso jamais iria acontecer, já deveria saber. Entrou em seu quarto depois de pegar a caixa com o presente da mãe na sala e deixou-a em cima da cama. Olhou para o relógio de relance e viu que já era quase noite. Emelly tirou sua camisa longa e sua calça apertada, terminou de se despir completamente no banheiro e, como de costume, parou em frente ao espelho comprido, que ia do chão ao teto em seu banheiro. Novamente, observou seu corpo deslumbrante em frente a ele.

Ela sorriu, assistindo sua pele maravilhosa brilhar com a luz do cômodo, Emelly amava seu corpo de todas as formas. Por um impulso escrupuloso, pensou outra vez naqueles olhos negros e penetrantes, fitando-a com malícia e tocando em seu corpo da cabeça aos pés, venerando-a. Emelly entreabriu os lábios e gemeu com aquele pensamento. Por que desde que o viu não parava de pensar nele? Desejava poder um dia olhá-lo novamente, admirar sua beleza, tocar em seu cabelo longo e negro e descer as mãos pelo seu rosto lindo, esculpido e adorado pelos anjos. Seria ótimo poder tocá-lo e sentir seu toque.

Porém, tudo aquilo não passava de uma ilusão. O que aconteceu naquela noite foi sorte, nunca mais o veria e não encontraria alguém parecido com ele, com toda aquela beleza e que a fez sentir-se tão intimidada por ele ser tão lindo e transferir um desequilíbrio mental. Ela tratou de esquecer aqueles olhos, tentou esquecer a boca vistosa chamando seu nome. Como ela quis beijar aquela boca.

"Vamos parar Emelly, isso é impossível".

Ela respirou novamente e deu de ombros entrando no chuveiro, deixando a água lavar as lembranças de ter encontrado com aqueles olhos intensos e profundos na outra noite. Depois do banho, Emelly saiu do banheiro com uma toalha na cabeça e com outra enrolada em seu corpo. Ao chegar ao quarto, ela olhou em volta e seus olhos pararam sobre a caixa que sua mãe havia lhe dado de presente. Ela sorriu meio boba, adorava os presentes de sua mãe, mesmo achando eles tão... Idiotas. Ela parou ao pé da cama, começou a rasgar o plástico que envolvia a caixa e ao abrir Emelly deu um de seus sorrisos mais glamorosos. Era uma grande foto dela mesma.

Não era muito antiga e sim de dois ou três meses atrás, quando saiu em uma viagem com sua mãe e amigas. Estava na praia, sentada no chão com um sorriso gigantesco em seus lábios. Ela sorriu e tratou de acomodar o quadro em algum lugar daquele quarto médio, porém bem decorado por ela e suas amigas.

Às 22h em ponto, as três saíram de casa com um sorriso no rosto. Desta vez, foram no carro de Lin, apesar de Emelly ter reclamado que queria ir ao seu e não no da morena, pois todas as vezes que queria ir para casa tinha que importunar uma das duas. E ela odiava isso, no entanto, desistiu e acabou por ir ao carro da amiga por razões físicas.

Assim que entraram na boate Seven Night, alguns seguranças e amigos das três garotas gritaram para comemorar sua chegada. Nicolly logo tratou de procurar algo para beber, enquanto Lin e Emelly procuravam sua turma. Os alunos da Academia de Dança eram os que mais frequentavam a boate, pelo simples fato dela ser próxima à Academia e ser uma das melhores na noite - e talvez a única que deixasse menores entrarem. Mas apesar de serem menores de idade, eles não se precaviam ou se impediam de beber e dizer o que pensavam. Mas quem ligava? O dono nunca os proibiu pelo fato deles nunca brigarem naquele estabelecimento, e estarem lúcidos de tudo o que ocorria, não atrapalhavam os clientes e sempre deixavam a boate mais animada.

Lin, no meio da viagem, encontrou seu primo e ali mesmo começaram a dançar. Era um homem alto, com os olhos embranquecidos maravilhosos, um corpo escultural que deixava até as vovós desejando-o quando passava em algum canto. No meio da boate, Emelly terminou de encontrar a grande turma, tanto da escola quanto da Academia. Gostava daquilo, da união que existia entre eles, entre todos os seus colegas. Emelly via todos como uma segunda família, cada um deles era importante para ela.

Logo, Bruno encostou-se ao seu corpo e começaram a dançar juntos. Bruno era seu amigo para tudo, o único que ela permitia tocar-lhe o corpo para dançar. Dançava todos os tipos de dança tal como Emelly. Era o mais desejado na escola e na Academia que estudava, tinha 18 anos e estava no último ano do colegial. Era um rapaz rico, que futuramente herdaria as empresas da família e, o amigo que necessitava de todos os tipos e conselhos sobre relacionamento e sobre sua sexualidade.

- Então, como foi lá com sua mãe? – Perguntou, ele sabia que Emelly não se dava bem com a mulher. Todos sabiam.

- Frustrante como sempre – Murmurou ela ao pé do ouvido dele, para que pudesse ouvi-la.

Para quem os via de longe, pareciam um casal tão bonito, um casal de namorados esbelto e chamativo. Era para chamar atenção mesmo. Ele segurava sua cintura enquanto ela rebolava em seus braços com um sorriso no rosto.

Nicolas e James entram novamente naquele lugar, agora com roupas mais arranjadas para a ocasião. Nicolas vestia uma calça preta jeans e uma camisa branca com um suéter verde por cima, estava incrivelmente belíssimo, tão belo quanto na noite anterior. Dessa vez ele parecia mais novo e menos emburrado, parecia relaxado e bem à vontade naquele lugar – o que era mentira, claro.

- Você odiou tanto esse lugar e está aqui novamente além da garota? – James brincou andando pelo meio daquele povo, sendo seguido pelo amigo logo atrás. - Então, o motivo é muito importante, você nunca faz um sacrifício.

- Isso não é um sacrifício! – Respondeu ele, dando uma olhada geral pelo estabelecimento em busca da garota da noite passada.

- Não minta para mim, eu conheço você – James olhou para trás encarando o amigo. - Enfim, eu vou procurar por aquela garota nem que eu incomode uma por uma.

Nicolas parou olhando o amigo cruzar os braços à sua frente e parecer uma criança falando e falando sobre aquele fato. Sim, ele havia odiado o lugar e ainda odiava, mas para poder ver novamente aqueles olhos brilhando e aquele sorriso irresistível, ele abriria mão de seu orgulho para deixar entrar a humildade. Mas além da menina, ele poderia estar ali para... Beber?

Ah, isso não.

- Cala a boca, James – Respondeu somente isso, voltando a caminhar, e dessa vez foi em direção ao bar.

Quando chegaram ao bar da boate, o garçom da noite anterior abriu um sorriso irônico, o que não passou despercebido pelo Harrington que virou o rosto. Sabia que ele havia cuspido para cima.

- O que vão querer essa noite? – O garçom perguntou diretamente para Nicolas que franziu a sobrancelha e resmungou um "mesmo de ontem" e virou-se para a multidão.

Seu grande desejo era encontrar a mesma garota da noite anterior, queria poder vê-la, conversar com ela se possível e, não somente trocar algumas frases como fizera. Queria poder tocar em seu rosto, ou pelo menos receber um sorriso, sorriso aquele que não deixou Nicolas dormir. Ele queria vê-la novamente.

- Droga... – Nicolas resmungou. Seu uísque chegou e ele o pegou tomando logo um gole enquanto se virava de novo para ver se conseguia enxergá-la. E em meio a tanta gente ele pode reconhecer o rosto fino como de um anjo.

No primeiro momento ele pensou ser apenas uma alucinação. Talvez estivesse pensando tanto nela que já estava vendo-a por aí. Mas então, ele pode vê-la por completo e o sorriso brotou de seus lábios grossos, seu peito parecia pegar fogo com cada olhada para aquela mulher. Ela tinha algo que ele queria muito descobrir, só a viu uma única vez, mas ela despertava algo dentro dele que nem ele mesmo sabia o que era. Um desejo avassalador o consumia, sentimentos devassos passavam por sua cabeça. Uma sensação latejante em seu coração confundiu-o com a própria realidade.

Com todo esse latejo por seu corpo, foi muito difícil ele mudar seus pensamentos. Foi quando ele viu que ela não estava sozinha. Estava com alguém dançando logo atrás, sorrindo alegremente enquanto ele sussurrava algo em seu ouvido e virando-se em seguida para dar-lhe atenção e começar a rir para abraçá-lo, chegando até a beijar o seu pescoço. Nicolas se empertigou naquele momento, uma ira tomou seu coração repentinamente. Vários pensamentos maldosos passaram por sua cabeça, como se ele já fantasiasse a mort3 mais horripilante e desumana daquele cara que a tocava. Daquele que tocava o corpo tão inocente quanto seu sorriso.

Ele respirou fundo tentando conter o ódio que irradiava seu corpo contra aquele homem, seja lá ele quem for. Nicolas perdeu o brilho no olhar. Queria tanto vê-la, que acabou se equivocando. De repente, em sua mente veio às palavras do garçom da noite passada. "Emelly não ficava com ninguém, dispensava todos que tentavam dar em cima dela". Sim, aquele poderia ser o motivo, por ela não se deixar atrair por alguém. Ela tinha namorado.

Como eu não pensei nisso antes?

Nicolas se perguntou intrigado, ele já devia ter pensado nessa possibilidade. Emelly era bela demais, era uma mulher maravilhosa, perfeita, atraente, deslumbrante e elegante demais para ser solteira. Novamente, aquela frustração invadiu seu coração. Um rancor cresceu, uma sanha atacou seu ser, seu corpo todo, a sua esperança de vê-la sorrir para ele foi arrancada. Ele tomou todo o líquido do seu copo e se virou para pedir mais um. Sua raiva era notável, até James pensou em perguntar o que houve, mas vendo o estado do amigo deixou de lado.

Virou-se novamente para admirar a bela mulher, que já tinha namorado. Quando olhou em sua direção, ela lhe olhou de volta. Seus olhares se cruzaram, como na outra noite. Emelly entreabriu os lábios, espantada com aquilo. A sensação, o desejo alcançou seu corpo mesmo estando tão longe dele. A eletricidade que percorreu por seu torso na outra noite alcançou-a, deixando-a tonta.

Emelly parou no meio daquela música alta assustando seu companheiro, que apenas sorriu e voltou a dançar, enquanto Emelly ficara pálida de repente. Ele estava lindo, não usava aquele terno que a deixou incomodada, porém, um suéter claro, definido lividamente seus ombros largos e seu rosto gélido. Emelly ofegou com tanto deleite para sua vista, como ele era maravilhoso.

- Emelly, está tudo bem? – Lin chegou perto da amiga e tocou em sua mão, Emelly nem a olhou. - Emelly?

- Sim... – Disse em um sussurro inaudível. Lin estreitou os olhos, encarou a amiga que entreabriu seus lábios ofegantes, quase babando, e olhando para um ponto talvez que ela ainda não tinha visto. Lin ficou ao seu lado e seguiu sua visão. Foi quando ela pôde enxergar o moreno da outra noite, fuzilando Emelly com olhares intensos e bem profundos. Lin levou suas mãos à boca sorrindo e depois olhou a amiga, que o encarava surpresa. - Aquele homem de ontem está aqui outra vez.

- Hm... Será que ele veio atrás de você? Não para de te encarar.

- Cala essa boca – Emelly resmungou saindo da visão de Nicolas e distanciando-se de Lin que arregalou os olhos quando, de repente, perdeu-a de vista.

- Emelly? – Chamou tarde demais.

Emelly caminhou entrando e saindo de grupinhos de dança, e empurrando quem tivesse pela frente para poder chegar ao seu destino: o banheiro. Ao empurrar o último grupo e chegar à porta do banheiro feminino, ela entrou fechando a porta atrás de si. A música abafou lá dentro e pôde respirar, ela encostou-se na porta e suspirou profundamente. Seu peito subia e descia, como se ela tivesse acabado de correr uma maratona, tudo isso porque o viu novamente. Emelly pôs a mão no peito para controlar suas emoções, ela não podia. Ela desvencilhou-se da porta e foi até as pias, se olhou no espelho extenso ali grudado na parede e respirou profundamente.

O que aquele olhar fez a ela? A garota estava pálida e sem conseguir respirar, ofegava, tremia, e se sentia... Livre e feliz, tudo ao mesmo tempo. Ela tocou em seu rosto e percebeu que estava suando frio e tudo era por causa do olhar intenso daquele homem. A porta do banheiro abriu de repente, revelando uma Lin bem preocupada, ela fechou logo em seguida e foi até a amiga. Lin analisou Emelly da cabeça aos pés, e foi para sua frente.

- Você está bem? – Perguntou preocupada e tirou um pequeno lenço de sua bolsa e passou sobre a testa de Emelly. - Emelly, fala comigo.

- Eu estou bem. Só... – Ela ergueu seu olhar para o espelho, e pôde enxergar algo diferente em seus próprios olhos. Ela sorriu de canto e abaixou a cabeça. - O que deu em mim? – Lin tentou segurar a risada e arrumou os cabelos dela. - Eu nunca senti isso. Parece que tem alguma coisa no meu coração, está batendo tão forte e latejando como se eu... – Ela se interrompeu e olhou a amiga sorrir, e depois mordeu os lábios.

- Você quer ir embora? – Ela perguntou meio tristonha. Afinal, tinham acabado de chegar.

- Não, eu não quero ir embora, eu quero beber. – Disse determinada e virou as costas para sair do banheiro, deixando Lin assustada com sua atitude repentina.

- Hã? – Lin abriu a boca chocada. - Ei, espera. Ai senhor, porque sou eu que tenho que cuidar dela?

Nicolas estava por ali novamente, sua ira ainda estava grudada em seu peito e parecia ter crescido mais quando ela sumiu de sua vista. Ele saiu do bar em busca daquela garota, ele queria poder ver seus olhos novamente de perto, vê-la sorrir, era só isso que ele queria admirar de novo. Seus lábios formaram uma curva, transformando-os em um sorriso encantador e formoso.

Emelly chegou ao bar com Lin no seu pé, ela não dizia nada, apenas vigiava Emelly, porque sabia dos seus problemas, e provavelmente Emelly iria ficar muito mal depois.

- Emelly, a diva da pista de dança, desse lugar... O que deseja? – Perguntou o garçom animado.

- Eu quero uma cerveja. Pode ser? – Ela perguntou com um de seus sorrisos sedutores e o garçom deu um passo para trás franzindo os olhos.

- Vai beber? – Ele a olhou bem nos olhos. - Você nunca bebe. E eu não sei se você tem idade o suficiente para beber.

- Me dá logo – Ela piscou olhos e sorriu, deixando o garçom hipnotizado pela beleza exótica e exuberante daquele ser humano frágil. - Por favor. – Sua voz saiu mais sensual do que ela queria e o garçom logo a atendeu. - Obrigada. – Disse ela recebendo sua cerveja gelada, e depois de uma piscadela para o garçom, que se derreteu todo, ela voltou para a pista mais animada do que quando saiu.

Chegou ao centro daquela boate, encontrando novamente os amigos em uma espécie de roda que se formou ali. Seus amigos dançavam livremente, todos no ritmo da música alegre e agitada. Todos com um sorriso no rosto. Lin dançava alegremente com seu primo, adorava-o de coração. Nicolly encarava Emanuel enquanto dançava com seu corpo colado ao dele. Eles pareciam ter uma química grande, Nicolly gostava dele, gostava mais que do que precisava gostar. Tinha sentimentos verdadeiros com ele. E ele não ficava atrás.

Gostava do jeito louco que a garota se portava, mas odiava saber que ela não era sua, e nunca seria. Emelly, Bruno e outros alunos dançavam livres, sorrindo e se agitando cada vez mais. Mas foi com um par de mãos que Emelly se preocupou rapidamente. As mãos, desconhecidas até o momento, rodearam a cintura dela com ferocidade, assustando-a. Ela sentiu uma ereção crescida sob sua bunda e corou, corou muito, parou de dançar paralisada e olhou em volta.

- Olá gatinha – Emelly olhou para o lado vendo seu amigo de escola sorrir bobo. - Está mais linda que as outras noites. Dessa noite você não vai escapar – tremeu ao ouvir aquela voz novamente. Maliciosa e ameaçadora, tão macabra.

- Simon?

            
            

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