A Dançarina e o CEO
img img A Dançarina e o CEO img Capítulo 4 De volta a Boate
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Capítulo 10 Um homem Bonito img
Capítulo 11 Jantar img
Capítulo 12 Banho Sob o Luar img
Capítulo 13 Sobrenome... img
Capítulo 14 Companhia img
Capítulo 15 Idade img
Capítulo 16 Fantasma img
Capítulo 17 Novo Encontro img
Capítulo 18 Quando o Problema Aparecer img
Capítulo 19 Os Planos Dela img
Capítulo 20 Não Estou Pedindo img
Capítulo 21 Desejo img
Capítulo 22 Cheiro de Encrenca img
Capítulo 23 Fica Comigo img
Capítulo 24 Eu quero Você img
Capítulo 25 Uma Mulher Incrível img
Capítulo 26 Visita Inesperada img
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Capítulo 4 De volta a Boate

Nicolas entrou em sua sala naquela manhã, sendo seguido pela sua renomada assistente e secretária.

- Senhor Santinelli, você terá uma reunião em 40 minutos com seu pai e dois advogados de sua família.

- Hm – Murmurou, sentando-se em sua cadeira confortável acolchoada de couro marrom.

- E em menos de 2 horas terá outra com os Farias.

- Ah essa, eu tenho uma surpresa para essa reunião – Sussurrou ele quase inaudível, mas o suportável para ela escutar. - Quero que Rafael vá em meu lugar.

- O quê, senhor? Mas é uma reunião extremamente importante – Ruborizou ela, mas de raiva e medo de algo dar errado.

- Eu sei.

- Por isso espero que o senhor vá.

- Rafael é competente, sabe o que faz. – Ele disse dando um sorriso de canto capaz de encharcar a calcinha da secretaria e induzindo-a ao pecado profundo.

- Perdão, senhor Santinelli... – Ela se recompôs ajeitando o decote. - Mas ele é um idiota.

- Não completamente – A voz bonita e adorada de Emy preencheu o lugar, Nicolas a encarou com certo desejo e reverência, afinal era sua amiga e sócia há muito tempo.

Emy tinha seus certos encantos, mas Nicolas não a via como mulher o suficiente para levá-la a algo mais profundo do que uma amizade.

- Nós deixe a sós. Preciso falar com ele – Ordenou à mulher que deu uma última olhada para Nicolas balançando-se em sua cadeira de couro, e saiu rapidamente.

- Não vou repetir – Ele a observou fechar a porta, seu olhar era sério desejando poder enforcá-la, odiava seu jeito de tratar seus subordinados - Não gosto que a trate assim.

- Pouco me importa – Ela apoiou-se sobre a mesa deixando Nicolas admirar seu decote explícito. – Não mande Rafael àquela reunião, precisamos dos Farias como sócios.

- Tenho dois Farias trabalhando para mim, é apenas para dizer sim à questão.

- Eu não trabalho para você, eu trabalho com você. É diferente – Ela sentou sobre a mesa deixando sua saia levantar um pouco. - Precisamos sair Nicolas, juntos. – Ofereceu-se como fazia todas as manhãs.

- Eu sei... – Ele sorriu. – Por isso tenho Rafael, que está atrasado. Filho da mãe! – Disse o moreno empurrando a ruiva da mesa e começando a mexer nos papéis ali - Você tem algo para fazer não tem? – Perguntou-lhe.

- Sim. – Respondeu ela com raiva, mas saiu sem dizer uma única palavra a mais.

Mais uma vez sozinho naquela sala, as lembranças e a bela imagem da garota da noite passada veio com força em sua mente. Era bonita demais para ter sido deixada naquele lugar.

O mais incrível ainda, era ainda está pensando nela. - Impossível. Eu não sou assim – Sorriu ele e tornou a batucar o lápis na mesa de madeira preta da melhor qualidade. Ele sorriu de canto, seus olhos brilhosos e cativantes insistiam em ser olhados mais uma vez, de ser adorados e venerados por mais uma delicada e amada vez.

Ele iria voltar a aquele lugar.

- NICOLAS, MEU AMIGO. – Rafael arreganhou a porta assustando o moreno, tirando-os de seus devaneios cheios de desejo e malícia. -PORQUE VOCÊ JOGOU ESSA REUNIÃO PARA CIMA DE MIM? EU ODEIO DISCUTIR COM MEUS PAIS SOBRE NEGÓCIOS, EU TENHO MEDO DELES, EU VOU CEDER.

- Se fizer isso eu vou te demitir. Aí você vai trabalhar para eles – Disse simplesmente, ainda brincando com o lápis na mão.

- Nicolas... – Rafael massageou as têmporas e olhou o amigo. - Como eu odeio você.

- Esse é o castigo por você ter me levado àquele lugar asqueroso.

- Você que é abusado. Eu peguei o número que duas gatinhas se quiser um é só dizer. Vamos sair hoje à noite. Eu a convidei...

- Você não vai a lugar algum. – Nicolas disse levantando-se de sua cadeira e virou as costas olhando além dos prédios e pessoas trafegando pelas ruas de Seant. - Tenho planos hoje à noite.

- É mesmo? Com quem? – Cruzou os braços, curioso.

- Com você.

- Hã?

- Vamos voltar à boate hoje à noite.

- O QUÊ? - Respirou fundo sem acreditar - Isso tem alguma coisa haver com aquela garota de ontem? - Nicolas ergueu o olhar - Ah sim, Emelly era seu nome.

Nicolas não soube o que sentiu naquele momento, mas uma tristeza invadiu seu coração de uma hora para outra. Um sentimento de angústia, uma escuridão tão intensa e uma dor aguda devastadora apossaram de seu peito, que chegou a doer. Bufou com aquilo, ele se aproximou rapidamente da mesa para buscar um lápis e tacar em Rafael, que desviou facilmente.

Rafael olhou o amigo e depois encarou seus olhos, logo percebeu um brilho diferente, era do jeito que ele via seu pai olhar sua mãe, quando se olhavam discretamente, era como seus tios se olhavam, o mesmo brilho estava nos olhos de Nicolas. Era como se seu amigo mais velho tivesse completamente... Apaixonado?

- Não... – Ele começou. - Não é possível. Você ficou afim de alguém.

- Vai para sua sala Rafael – Ordenou.

- Não acredito Nicolas – Rafael levantou-se animado, porém dessa vez foi acertado pelo segundo lápis lançado em sua cara. - Eu vou voltar lá, e sim eu vou encontrar aquela mulher e vou trazer ela para seus braços. Entenda, você tem que namorar, tem que se divertir, já vai fazer trinta anos e nada de ter uma namorada, uma esposa, alguém para dizer "ei, estou ficando com aquela garota". Como alguém consegue viver assim?

- Vai logo para sua sala e para de falar asneiras. – Gritou duramente e Rafael assentiu dando um sorriso malicioso para o amigo que bufou virando o rosto.

Rafael caminhou com um sorriso safado nos lábios até a porta e quando abriu ele respirou fundo. Voltou-se para Nicolas que se acomodava em sua cadeira que lhe dava tanto poder.

- Você gostou da garota e tem que admitir. Você pega ela, ou quem vai pegar sou eu. – Inflamou Rafael e correu batendo a porta.

- Mas é um idiota mesmo – Murmurou emburrado. Mas não poderia negar que seu amigo estava certo, ele havia gostado mesmo da rosada delicada e frágil que tinha visto na noite anterior.

Podia até negar o interesse repentino que sentiu por ela assim, como se ela apenas tivesse aparecido e seu coração acelerado e pedido por um abraço, um olhar, ao menos uma conversa mais duradoura? Riu de novo revirando os olhos. Demorou tanto tempo para encontrar uma pessoa interessante e agora não tira ela da cabeça? É para se sentir assim mesmo?

Tá tudo bem?

            
            

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