Morro de Amores
img img Morro de Amores img Capítulo 10 Seu nome
10
Capítulo 11 Apaixonado img
Capítulo 12 Presente img
Capítulo 13 Maravilha img
Capítulo 14 Aulas img
Capítulo 15 Avançado img
Capítulo 16 Preparações img
Capítulo 17 Desentendimentos img
Capítulo 18 A verdade img
Capítulo 19 Perdão img
Capítulo 20 Pazes img
Capítulo 21 Ajuda! img
Capítulo 22 Pro boy! img
Capítulo 23 Primeira vez img
Capítulo 24 A prova img
Capítulo 25 Tudo bem img
Capítulo 26 Tudo com você img
Capítulo 27 Nas news img
Capítulo 28 Tá de parabéns! img
Capítulo 29 Advogada img
Capítulo 30 Lembrei! img
Capítulo 31 Envergonhar img
Capítulo 32 Na festa img
Capítulo 33 Resolvido img
Capítulo 34 Presentes img
Capítulo 35 Notas img
Capítulo 36 Churras img
Capítulo 37 Resultado img
Capítulo 38 Não chegou img
Capítulo 39 Melhor opção img
Capítulo 40 Resgate img
Capítulo 41 Olha quem está aqui img
Capítulo 42 Irmão img
Capítulo 43 Aceitam você img
Capítulo 44 Diversão img
Capítulo 45 O dia img
Capítulo 46 Futuras médicas img
Capítulo 47 Surpresinha img
Capítulo 48 Atentado img
Capítulo 49 Mentiras img
Capítulo 50 Choro img
Capítulo 51 Desgosto img
Capítulo 52 Tem que se comportar img
Capítulo 53 Casar img
Capítulo 54 Acordou img
Capítulo 55 Não permito! img
Capítulo 56 Pra adoçar img
Capítulo 57 Início das aulas img
Capítulo 58 Brincadeiras img
Capítulo 59 Fogosa img
Capítulo 60 Não dá img
Capítulo 61 É pra você img
Capítulo 62 Ajudinha img
Capítulo 63 Apaixonadinha img
Capítulo 64 Tinha curiosidade img
Capítulo 65 Gosta img
Capítulo 66 Ela te deu esperanças img
Capítulo 67 Não vai ajudar em nada! img
Capítulo 68 Vamos pra casa img
Capítulo 69 Desculpe o atraso! img
Capítulo 70 Cachinhos dourados img
Capítulo 71 Olha só o perigo! img
Capítulo 72 Só um pouquinho img
Capítulo 73 Eu acho que o amo img
Capítulo 74 Ele tá vindo img
Capítulo 75 Mulher do Dono do Morro img
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Capítulo 10 Seu nome

- Então, você se tornou traficante porque precisava ajudava a sua mãe e irmã? - Anne perguntou e Fortão concordou. - Fortão, qual é o seu nome?

- Fortão.

Ele foi seco na resposta dele e Anne o encarou. Então, ela deitou com a cabeça no peito dele. Ele a abraçou.

- Eu não quero ficar chamando você de "Fortão". Os outros podem te chamar assim, mas eu não.

- O que, já tá se achando a minha dona? - ele perguntou, brincando. Anne levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos de Fortão.

- Sim.

A forma como ela falou aquela única palavra fez o sangue de Fortão borbulhar, mas não de raiva, e sim de prazer. Ele a puxou mais para cima dele e ela não teve opção a não ser ficar com uma perna de cada lado do homem.

- Quer ser a minha dona, Anne?

- Quero - eles não quebraram contato visual.

- Mulher nenhuma nunca foi dona minha.

- E eu sou uma mulher qualquer pra você? - ela sabia que estava brincando com fogo quando se mexeu, pois na posição em que Anne se encontrava, ela fez Fortão sentir o movimento dela com a intimidade dele.

Fortão sorriu de lado e deu uma palmada nela, que gemeu baixo.

- Gosta? - ele perguntou, ao que ela concordou com a cabeça. - Você é safada, Anne.

- Só com o meu homem.

Anne se levantou, ainda montada nele, mas o tronco dela estava elevado e ela o olhava por cima. Fortão segurou na cintura da loira e levantou os quadris. Anne sentiu o que ele queria que ela sentisse, e mordeu o lábio.

"Eu sou louca. O que eu to fazendo?"

- Anne... Assim eu fico doido.

A voz de Fortão saiu rouca, e Anne adorou.

- Me fala o seu nome. Porque eu não vou gritar "Fortão", quando estivermos...

Ele começou a fazer movimentos de vai e vem e Anne compreendeu porque dizem que a mulher está "cavalgando". Ela apoiou as mãos nos ombros dele e sorriu.

- Amor... - Fortão falou e ela viu na expressão dele que aquela fricção estava deixando o dono do morro num frenesi.

- O seu... Ah... O seu nome! - Anne abaixou os quadris, entrando no ritmo de Fortão.

Ele não gostava que o chamassem pelo nome dele porque era como se ele estivesse manchando o nome que os pais dele lhe deram. Ele não queria misturar aquela vida de traficante com a vida que os pais sonharam pra ele.

Mas Anne... Ela não era a favor daquilo. Ela não queria que ele estivesse ali. Ela não era daquele mundo.

- João Gabriel - ele falou e viu o sorriso de Anne se abrir cada vez mais largo.

- João! - ela gritou quando sentiu mais e mais os movimentos dele.

- Anne, ai... Porra!

Fortão sabia que ele estava chegando ao ápice e eles nem estavam fazendo aquilo, de verdade. Ele sentiu que tinha virado adolescente de novo.

Num movimento rápido, ele virou Anne e ficou por cima dela, e sem perder tempo, beijou-lhe os lábios com vontade. Anne passou os braços pelo pescoço de João e ele queria muito poder consumar o ato.

- Anne... amor, eu quero...

Ela entendeu a intenção de João e colocou a mão no peito dele, negando com a cabeça. Ela já tinha mencionado que não estava pronta. João colocou a testa na dela, tentando voltar a respiração ao normal.

João se deitou em cima de Anne, que ficou acariciando os cabelos curtos dele, as respirações dos dois ainda laboradas.

- Você é fogo... Anne.

Ela riu.

- Você vai apagar o meu fogo?

Ele levantou o rosto e sorriu.

- Não. Eu vou é colocar combustível! - Fortão beijou a barriga de Anne, mesmo sobre a roupa.

- João? - ele olhou para ela. - O que a gente vai fazer?

- Eu gosto como o meu nome sai da tua boca - ele falou e suspirou. - Bom...

Ele começou a alisar a perna dela e Anne entendeu o que ele queria.

- Eu me referia ao que nós vamos fazer hoje, sábado!

- Você ainda não quer transar?

- Quero. Mas não vou. Não ainda.

Ele foi mais para cima e a beijou.

- Vamos assistir a um filme, então? - aquela era uma experiência nova para Fortão, já que quando ele estava com alguma mulher, a única coisa que faziam era transar. Mas lá estava ele, querendo uma sessão caseira de cinema com Anne.

Ela concordou com a cabeça.

- Hmm, posso te perguntar mais uma coisa?

Ele tinha se levantado e sabia que tinha que ir ao banheiro.

- Claro.

- Por que você fala diferente quando tá comigo?

Ele franziu o cenho.

- Como assim?

- Você fala mais... Direitinho. Diferente do estilo das outras pessoas daqui, entende?

Ele levantou os ombros.

- Deve ser porque você fala assim.

Ela pensou e concluiu que provavelmente era aquilo, mesmo. Anne já tinha ouvido falar que as pessoas pegam o costume linguístico de com quem se convive demais. Não que ela e ele fizessem isso, mas talvez Fortão se sentisse diferente com ela.

"João", ela pensou e sorriu internamente.

- Eu vou ao banheiro, beleza? Tô todo melado, graças a você!

- Está reclamando? - ela perguntou, levantando uma das sobrancelhas e rindo.

- Não exatamente. Mas isso aqui devia tá dentro de você, e não no meu short.

- Eu vou ao médico.

Ele arregalou os olhos.

- Você tá doente? Tá se sentindo mal?!

- Não... Mas, se poooor acaso, nós formos fazer alguma coisa, eu preciso estar preparada. E você também tem que ir ao médico.

- Eu? - ele perguntou. - Mas por quê?

Ela se sentou mais ereta na cama, com as pernas cruzadas em borboleta.

- Como assim, "por quê", João? - como ele continuou olhando sem entender, ela revirou os olhos. - Eu vou tomar sim anticoncepcional para não engravidar, mas eu quero saber se você tá limpo. Eu sei que tô, mas, mesmo assim, eu vou te mostrar os exames.

- Eu não tenho doença nenhuma! - ele falou, sentindo-se ofendido.

- Você transa sem camisinha?

- Bom... Às vezes acontece. Mas elas tomam pílula.

- A pílula só é pra não engravidar, meu bem. Nada a ver com as doenças. Portanto, sim, você vai fazer os exames.

- É sério?

- Muito sério. Eu não quero pegar nada.

- E se eu não for? - ele perguntou.

- Se você não for, pode esquecer de encostar as suas "coisas", - ela apontou para o short dele. - em mim, sem camisinha. Até porque, João, no dia que eu liberar pra você, você e eu estaremos namorando firme, monogamicamente.

- Eu nunca fui... Só de uma.

- Bom, eu não divido - Anne o olhou com as sobrancelhas arqueadas.

Ele riu.

- Mulher difícil!

- Difícil? Hmm... Eu posso ser de outros, também? Seria o justo, não é? Você não é só meu e eu não sou só sua.

O riso nos lábios dele sumiu na hora, dando lugar a uma cara emburrada.

- Nem se atreva! Eu não divido mulher minha!

- Essa é uma faca de dois gumes! Não teremos dois pesos e duas medidas nesse assunto - Anne falou com o queixo erguido e Fortão sabia que ela não estava brincando.

- Anne, parece até que vamos nos casar.

- Eu não vou namorar à toa.

Ele abriu a boca antes de se recompor.

- Calma aí... Sério, sério? Você quer casar comigo? De papel e tudo?

Anne jogou a cabeça para trás e gargalhou.

- Calma, não precisa ficar assim. Eu não to pedindo pra gente casar agora, agora. Só tô dizendo que se eu namorar com você, é porque sim, em um futuro, não precisa ser próximo, eu pretendo casar com você.

- Eu ainda não quero filhos - ele declarou rapidamente e Anne o olhou sem entender.

- Não entendi.

- Se você engravidar, não significa que eu vou casar com você - ele deixava isso claro pra todas elas. Mas mesmo assim, Fortão sempre tomava as precauções para que nenhuma engravidasse.

- E quem disse que eu quero filho agora? Tá louco? Eu quero estudar, me formar... Filhos são bênçãos, mas na hora certa. E eu sendo uma pobretona, não posso me dar a esse luxo - Anne sentiu o bom humor dela azedar na hora, porque ela sentiu como se João estivesse quase a acusando de pensar em fazer aquilo, tentar "prender" o homem com filho. - Não acredito que pense isso de mim!

Ele compreendeu ali que Anne não tinha intenção de se utilizar do status e nem do dinheiro dele. "Essa mulher existe, mesmo?"

Fortão foi até Anne e deu-lhe um baita beijo, pegando-a de surpresa e deixando-a sem fôlego.

- Já volto.

Ele foi ao banheiro, mas ainda pensativo. Ao olhar em volta, ele viu os itens de beleza de Anne, que não eram muitos. Ela não tinha um monte de cremes para o rosto, nem maquiagem, nem vários "trecos" de cabelo.

- Mina estranha... - ele pensou, mas sorriu. - Eu gosto.

                         

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