Aline: - Me solta! Eu preciso ajudar o meu pai! Me solta seu infeliz!!! (eu disse tentando me soltar das suas mãos, mas eu não conseguia, e eu vi que ele nem se quer me deu a mínima, ele apenas olhou para um dos caras que estava em pé bem ao lado do meu pai, e foi nesse exato momento que eu pude perceber que aquele homem era o único que não estava com o rosto coberto) – O que é, por acaso você está esperando ordens do seu amiguinho?! (perguntei furiosa para o cara que me segurava apertando cada vez mais o meu braço, pois parecia que ele aguardava por uma aprovação daquele homem)
E ele me respondeu...
?: - Cara cala a porra da tua boca ou eu mermo vo cala ela com um tiro, e vo estora os teus miolos! Tu que ve!!! (ele disse sendo rude e grosseiro)
Eu engoli seco e pensei...
... Meus Deus que tipo de pessoas são essas? O que eles querem e o que eles estão fazendo aqui? E por que bateram tanto assim no meu pai? (eu fazia milhões de perguntas em minha mente, e nenhuma delas tinham respostas)
Aline: - Por favor, se vocês querem dinheiro eu dou, se quiserem levar alguma coisa, podem levar tudo, mais por favor deixem o meu pai em paz. Eu suplico. (disse olhando o meu pai agonizando caído no chão da sala)
E eles começaram a rir, assim que eu acabei de falar.
Eu fiquei tão chateada e estressada por ser motivo de piada para aqueles imbecis, que eu disse...
Aline: - Por acaso eu sou alguma palhaça pra vocês ficarem rindo de mim seus idiotas?! (olhei para cada um deles com raiva, e ainda presa, com um desses imbecis me segurando cada vez mais forte o meu braço)
Então depois que eu disse isso, o cara que estava ao lado do meu pai resolveu enfim se pronunciar e disse...
Junico: - Então quer dizer que a mocinha está dizendo que tem dinheiro? (ele falou em um tom de sarcasmo em sua voz grossa e estridente)
Aline: - Sim eu tenho, vocês vieram roubar, é isso? Se vocês querem dinheiro ou algo de valor eu dou, mas por favor deixem o meu pai em paz. (disse desesperada, ao ver o meu pai tossindo e já saindo sangue de sua boca)
E depois que eu falei todas aquelas palavras, elas pareciam ser apenas combustível para aquele homem que estava bem ali ao lado do meu pai.
Por que assim que eu concluí a minha fala, ele começou a chutar as costelas do meu pai, sem dó e sem piedade e eu gritei desesperada...
Aline: - Nãooooo... Nãoo.. Por favor, pelo amor de Deus não faça isso! Pare! Paree.... (eu gritei desesperada, já entrando aos prantos e tentando me soltar das garras daquele infeliz que ainda me segurava)
E sinceramente o meu desespero foi tão grande, que eu consegui me soltar e o meu único alvo dessa vez era apenas aquele homem cruel, que chutava friamente o corpo do meu pai caído ao chão.
Eu saí correndo e quando eu ia empurrar ele pra longe, eu senti uma pressão forte em meus longos cabelos negros e lisos, que na mesma hora me deu uma forte dor de cabeça.
Alguém havia me puxado para trás, me puxando pelos meus cabelos.
E a minha primeira reação foi...
Aline: - Aiiiiii.... Isso dói!!! Me soltaaa...!!! (eu tentei levar as minhas mãos até o braço de quem estava me puxando, e me levando cada vez mais para longe do meu pai, mas eu não alcançava)
E a pessoa me respondeu...
?: - Como é que tu pensou que tu podia tocar assim no chefe?! Tu que morrer tua desgraçada?! (ele falou com uma voz terrível, que todo o meu corpo se estremeceu de medo)
Então pela primeira vez, desde quando eu cheguei ali, finalmente eu consegui escutar a voz do meu pai...
Gonzalez: - Porrr... fa..vorrr... naoooo.. fa..çaa.. ma..ma.ú... a.. mi..aaa.. fi..lhaaa... (ele falou tudo com muita dificuldade e ainda cuspindo sangue)
Aline: - Papaiii... Papai, por favor, não se esforce, por favor... (eu disse chorando e engolindo seco, já entrando em desespero por não conseguir fazer nada para ajudar ele)
Eu olhei para aquele homem frio que estava ao lado do meu pai, ele estava em pé e com os braços cruzados, com o semblante fechado e ele disse...
Junico: - Gonzalez, você é um filho da puta seu desgraçado, você me deve a anos e agora você suplica por piedade, hahaha... Não me faça rir seu infeliz desgraçado, a sua filhinha acabou de dizer que vocês têm dinheiro, você está querendo me fazer de otário seu maldito?!!! (e ele acertou novamente um chute nas costelas do meu pai e ele gemeu de dor)
Aline: - Nãoooo!!! Por favor pare, eu te suplico, não faça mais isso, eu lhe dou o que você quiser, mas não machuque mais o meu pai. (eu disse desesperada e ele apenas me olhou sério e sem nenhuma expressão em seu rosto)
Junico: - Ok, então pague o que o seu pai me deve! (ele finalmente me deu a opção da qual eu estava pedindo desde quando eu cheguei aqui)
Aline: - Mais é claro, e quanto é? (eu perguntei respirando fundo, e com um ponto de esperança e alívio no meu coração)
Junico: - É cinquenta milhões de reais que o seu paizinho me deve! (ele disse rígido e frio)
Aline: - É o que?! (eu perguntei assustada ao ouvir o valor) - Cinquenta milhões de reais?! (e continuei perguntando incrédula com aquilo)
E ele não me respondeu nenhuma das minhas duas perguntas e um dos caras disse...
?: - Tu é surda?! Ô o que qui tu é?! Tua idiota! Se o chefe falô o valo tu tenqui acredita!! (ele falou sendo arrogante)
Aline: - Mais como foi que o meu pai te deveu tanto dinheiro assim? Quem são vocês, afinal? (eu perguntei tentando entender o que estava acontecendo aqui)
E ele apenas olhou para o meu pai e disse...
Junico: - Então quer dizer que a sua filhinha não sabe nada, sobre os trabalhos sujos do papai? (ele disse olhando para o meu pai e falando debochado em seu tom de voz)
Aline: - O que você quer dizer com trabalhos sujos? (eu falei franzindo a testa, sem entender, e ele apenas olhou pra mim e deu um leve sorrisinho no canto da boca)
Gonzales: - Por favorrr... senhor.. Ju..nico, deixe elaaa.. fora dissooo.. (ele novamente falou com muita dificuldade)
E esse tal de Junico riu com uma gargalhada sarcástica e debochada e disse...