Aline: - Você vai deixar ele ali, assim, todo machucado e agonizando?! Ele precisa de ajuda, por favor pelo menos me deixa cuidar dele? Eu te suplico. (eu disse chorando, já soluçando ao ver o estado do meu pai)
Junico: - Por mim que ele morra! (ele disse sem pensar duas vezes)
?: - Mais chefe se ele morrer, o senhor nunca que vai receber a tua grana. (um dos homens falou)
E esse tal de Junico apenas olhou pra ele de rabo de olho e disse...
Junico: - Assim que saímos daqui, deixa passar uns cinco minutos e ligue para uma ambulância do celular desse otário, e depois você mete o pé de volta para o morro, sem dar bandeira, e há, vê se você não se esquece de limpar o aparelho e quebrar ele em alguma esquina antes de chegar próximo à favela, hein!!! (ele disse instruindo o homem a como fazer e a agir)
Aline: - Vocês são bandidos? (perguntei incrédula e assustada) - Morro?! Favela?! (perguntei fazendo cara de nojo)
E eles novamente começaram a rir do que eu falei e um deles disse...
?: - Hahaha... A patricinha do asfalto tá com nojinho de nós, hahaha... nós vai te mostrar o que é te nojo princesa. (ele disse já se aproximando do meu corpo)
Aline: - O que você pensa que vai fazer?! Não ouse tocar em mim! (eu disse já quase me desesperando e os outros começaram a rir do meu desespero)
Junico: - Já chega! Eu já estou sem paciência, vamos embora, eu não estou mais afim de brincadeirinhas e nem joguinhos, esse otário do Gonzales me tirou toda a paciência desde ontem, eu estou cansadão já! (ele disse revirando os olhos e respirando fundo)
?: - É nós chefe! (todos responderam juntos a mesma coisa)
?: - Chefe tu deixa eu fica com ela pra mim? Eu to loco pra brinca com ela, hahaha... (um deles perguntou rindo, e eu me senti um objeto)
Junico: - Deixa isso quieto fraldinha, eu ainda vou pensar o que eu vou fazer com a mercadoria! (ele disse se referindo a mim como uma mercadoria)
Aline: - Eu não sou nenhum objeto está bem!!! (eu disse me metendo no meio da conversa deles)
?: - Eu já não ti dei o papo, já num disse pra tu cala a porra da tua boca tua piranha! Não se mete nu papo du chefe não!!! (e depois dele ser bastante grosseiro e rude em suas palavras, ele me deu um baita de um tapão no meu rosto, que eu senti gosto de sangue na mesma hora dentro da minha boca)
Aline: - Aiiii... (eu abaixei a cabeça, sentindo o meu rosto queimar e arder ao mesmo tempo, e eu não podia colocar a mão para amenizar a dor, por que os meus dois braços ainda estavam sendo segurados por eles)
?: - Isso é pra tu aprende a respeita o chefe e mante essa merda da tua boca fechada! Ninguém mando tu fala nessa porra!!! (ele falou apontando a arma pra mim e quase colocando a ponta da mesma dentro da minha boca)
[...]
Nós saímos de dentro da mansão, e chegamos no jardim.
Não demorou nem três segundos que chegamos ali e entrou um carro grande e todo preto, com os vidros fume.
E parou na nossa frente, o tal do chefe deles foi o primeiro a entrar e quando eles estavam quase me jogando para dentro do carro eu avistei as minhas malas jogadas no quintal e eu disse...
Aline: - As minhas coisas, por favor, deixam eu pega-las, eu preciso delas. (eu disse já com medo de levar outro tapa no rosto)
?: - Pra onde tu vai tu não vai precisa dissu, bora entra! (e ele me jogou para dentro do carro e eu me perguntei mentalmente, meu Deus eles vão me matar?)
Então na mesma hora eu entrei em desespero e disse...
Aline: - Por favor senhor Junico, não me mate, por favor, eu faço o que o senhor quiser, eu te juro que eu vou pagar a dívida que o meu pai te deve, mas por favor eu não quero morrer. (eu disse chorando já soluçando e ele estava sentado bem no banco da frente do carro, no bando do passageiro e eu toquei no ombro dele, e sim, eu finalmente toquei nesse desgraçado e infeliz, mas agora eu não podia fazer nada com ele, por que dessa vez, eu estava suplicando pela minha própria vida)
?: - Tu tá de sacanagem! Tu tá tocando no chefe por que tu vagabunda?! Ele ti deu permissão! (ele puxou o meu cabelo e eu gritei de dor)
Junico: - Já chega! Eu já disse que eu estou sem paciência!!! Peguem logo a merda das coisas dela e vamos logo meter o pé daqui!!! (ele disse em um tom de voz assustador)
?: - Tá certo chefe! (e o mesmo cara que puxou o meu cabelo, pegou as minhas malas e as colocou no porta malas do carro)
E entrou no carro além do motorista que já estava, o tal do "chefe", eu e mais dois homens sentados no banco de trás comigo, me mantendo no meio, para eu não fugir ou algo do tipo, eu acho. (eu pensei)
O motorista deu partida no carro, cantando pneu e eu só consegui sentir as lágrimas caírem no meu rosto, sem que eu pudesse perceber.
[...]
Eu olhei um pouco para o lado na esperança de saber para onde é que eles estavam me levando e eu percebi que nós estávamos passamos por uma das tantas praias que tem aqui no Rio de Janeiro, eu só não conseguia me recordar qual delas eram.