Capítulo 10 Ajuda

Depois que Deanna entrou no carro, foi levada pelos dois homens até um clube. Enquanto entrava no elevador, ela se perguntou quem seria o chefe deles.

Mas assim que a porta da sala privativa se abriu, ela entendeu imediatamente o que estava acontecendo.

"Então é você, senhor Prescott."

"Olá Deanna, venha se sentar aqui", acenando para ela, Bruce deu um tapinha no assento ao seu lado.

"Espero que meus homens não tenham assustado você", enquanto ele dizia isso, Deanna assentiu e foi se sentar ao seu lado. Bruce deu um gole na sua taça de vinho e então segurou a mão dela. "Às vezes eles são um pouco imprudentes. Mas eu estava sentindo muito a sua falta. Você não veio mais me ver desde a última vez, quando Dario te levou embora."

"Está tudo bem, senhor Prescott. Seus homens foram muito educados comigo", embora Deanna tivesse forçado um sorriso, seu estômago revirou de repulsa.

"Tenho andado muito ocupada com o trabalho ultimamente. Estava pensando em convidar você para sairmos qualquer dia destes."

"Uau! Você tem resposta para tudo", Bruce beliscou delicadamente o nariz dela. "Creio que você já esteja obcecada por Dario. Talvez seja por isso que não tenha tempo para vir me ver."

O que havia acontecido entre ela e Dario já não era segredo para ninguém na empresa. Segundo os rumores que circulavam entre os funcionários, ela havia vendido o seu corpo para conseguir o cargo.

Diante disso, Bruce não teve o menor cuidado em ocultar a sua luxúria. Ele mantinha os olhos fixos nos seios dela.

A partir do momento em que soube que Dario havia feito sexo com ela, Bruce sentiu que também tinha alguma chance.

"Foi por causa do meu trabalho, senhor Prescott. Não tive outra alternativa", como ele já sabia da verdade, Deanna nem mesmo se preocupou em tentar escondê-la. "Como você sabe, meus pais morreram. Agora, o chefe da família Miller é o meu tio. Me sinto absolutamente sozinha e indefesa. Não tenho outra alternativa a não ser contar com o apoio de um homem."

Ela então se inclinou levemente para a frente, revelando parte do seu decote.

"Evidentemente, sei que isso não está certo. Mas infelizmente não tenho outra alternativa", ela fez beicinho ao dizer isso, e seu ar de lamento pareceu excitar Bruce ainda mais. "Você e meu pai são amigos há muitos anos, senhor Prescott."

Agarrando subitamente a mão dele, Deanna suplicou: "Será que você pode me ajudar, em nome da sua amizade com o meu pai?"

"Claro que posso. Sem dúvida alguma!"

A paixão agora corria nas veias do homem. Ele assentiu repetidamente, disposto a fazer qualquer coisa para tê-la.

"Tem muita gente à nossa volta. Não posso falar abertamente sobre isso", corando, Deanna acariciou a palma da mão dele.

Sem titubear, Bruce pediu imediatamente aos guarda-costas e seus assistentes que saíssem. Deanna então ficou sozinha com ele na sala privativa.

"Pronto, agora estamos só nós dois aqui", ele mal concluiu as palavras e já estava passando o braço pela cintura dela. "Vá em frente, Deanna, pode me contar agora."

Deanna deu uma risadinha ao ouvi-lo. "Fiquei com um pouco de sede depois de toda essa conversa."

Ela então pegou o cardápio para escolher uma bebida.

"O que você gostaria de beber? É por minha conta", Bruce a puxou para o seu colo, deslizando os dedos pelo corpo dela.

Deanna sentiu a bile subir à sua garganta. Um sentimento de impotência a invadiu. Depois de respirar profundamente, ela apontou para as duas garrafas de vinho mais caras do cardápio, dizendo: "Quero essas duas para matar a minha sede."

"Está bem, claro. Pode pedir qualquer coisa."

Bruce verificou o valor no cardápio e percebeu que ela tinha escolhido vinhos caros. Mas depois de passar os olhos por Deanna, ele sentiu que ela valia totalmente a pena.

Com um sorriso no rosto, ela deu uma piscadela para Bruce. "Você está mesmo disposto a me ajudar, senhor Prescott?"

"Claro que estou, Deanna. Estou mais do que feliz em poder te ajudar", agarrando as mãos dela, Bruce as beijou uma a uma.

Aproveitando a oportunidade, Deanna se aproximou mais dele. "Você faria qualquer coisa por mim?", ela sussurrou em seu ouvido.

"Com certeza", a respiração quente dela soprando em seu ouvido fez com que sua paixão aumentasse ainda mais.

Sentindo a temperatura do seu corpo esquentar, ele mordeu o lábio inferior. Além de bonita, Deanna era uma mulher interessante.

"Você ainda se lembra da pergunta que eu te fiz sobre os meus pais quando nos vimos da última vez?", Deanna se recostou no peito dele. "Embora a família Miller não seja rica, nós possuímos uma excelente reputação e uma base bastante sólida. Como pudemos falir tão facilmente? Sou jovem, e ainda não sei muito sobre isso. Você poderia compartilhar algumas informações comigo, senhor Prescott?"

Bruce bebeu mais uma taça de vinho e meneou a cabeça. "Na verdade, é bastante comum que uma empresa vá à falência. Existem várias razões que podem levar a isso. Embora eu seja amigo de seu pai, ainda sou um estranho aqui. Não tenho ideia sobre os detalhes. Se deseja saber mais sobre isso, você deve perguntar ao seu tio", aparentemente, ele não queria lhe contar a verdade.

"Estou em busca de mais informações. Talvez você possa me contar tudo o que sabe", Deanna voltou a encher a taça de vinho dele.

Bruce, no entanto, era uma raposa velha e astuta. Ele certamente não iria entregar os pontos tão facilmente.

Sendo habilidoso com as palavras como era, quando se tratava de revelar informações ele sempre fazia rodeios.

Depois de muitas taças de vinho, cerca de sete garrafas vazias repousavam sobre a mesa agora. Bruce continuou entre um e outro arroto.

"Eu sinceramente não sei o que aconteceu, Deanna. Não quero que pense que tenho informações e não estou querendo compartilhá-las com você", o rosto dele agora estava vermelho como uma beterraba. Enquanto falava, ele não parava de se aproveitar de Deanna, flertando o tempo todo com ela. "Bem, parece que aquele homem com o sobrenome Hilton tem algo a ver com isso. Fora isso, não tenho mais nenhuma informação. Além do mais, esse é um assunto bem chato de se discutir. Por que não aproveitamos para nos divertirmos um pouco?", falando arrastado, ele tentou desabotoar a própria camisa.

"Você está bêbado, senhor Prescott", Deanna o empurrou para longe.

Seu estômago revirou e ela teve vontade de vomitar. Ao ver que dali não sairia mais nenhuma informação, Deanna não queria perder mais tempo com ele.

Ela agora estava se perguntando quem seria o tal homem de sobrenome Hilton.

A impressão que tinha era de que, se fizesse uma investigação sobre isso, poderia conseguir algumas pistas.

Vendo que ela estava prestes a se levantar, Bruce voltou a agarrar sua mão. Um sorrido distorcido se formou em seu rosto.

"Mesmo eu estando bêbado, Deanna, podemos fazer sexo. Posso até ser mais velho do que você, mas ainda possuo força e resistência."

"Você realmente está bêbado, senhor Prescott", Deanna tentou se desvencilhar das mãos dele, mas sem sucesso. Ela então forçou um sorriso.

"Além do mais, é chato fazer sexo desse jeito. Por que não nos divertimos um pouco?", Deanna sugeriu com uma voz sedutora enquanto tentava afastá-lo. "Por exemplo..."

"Não, Deanna. Não gosto dos jogos que vocês jovens costumam jogar hoje em dia."

Bruce já havia dormido com várias mulheres, então ele estava ciente de seus truques e sabia muito bem o que Deanna estava querendo dizer. Ele a puxou de volta e a prendeu sob seu corpo. "Vamos fazer logo!"

"Seja gentil, senhor Prescott. Por que a pressa?", Deanna sentiu um aperto no coração quando se recostou no sofá. "Vamos com calma."

"Não aguento mais esperar!"

Bruce já estava no seu limite e não queria esperar mais. Com a respiração mais pesada, ele estendeu sua mão para abrir as roupas dela.

"Senhor Prescott...", além de alto, ele era um homem pesado. Deanna não tinha forças para afastá-lo. "Me solte."

Bruce, no entanto, ignorou completamente os seus apelos. Deanna ficou completamente furiosa. Olhando em volta, ela avistou as garrafas vazias de vinho na mesa ao seu lado.

Então cerrou os dentes e pegou uma delas.

Em seguida, atingiu o homem com um baque seco.