Capítulo 9 Pressa

"E então, Dario? Por que toda essa pressa?"

A atitude agressiva dele assustou Deanna. Mas quando viu o olhar lascivo em seu rosto, ela abriu um sorriso. Foi então que percebeu que ele havia sido drogado.

No entanto, Deanna ficou surpresa com a forma como ele havia caído em um armadilha tão simplória.

Passando os braços em volta da cintura dela, Dario a puxou para mais perto. Seu pomo de Adão se moveu quando ele olhou para os seus lábios rosados. "Tire a roupa."

"Por quê? Qual é a pressa?", colocando a mão no peito dele, Deanna o empurrou contra a mesa. Então, esfregou o joelho entre as pernas dele com um sorriso. "Você está louco para transar comigo, Dario?", ela perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

Se inclinando para a frente, Deanna acariciou suas bochechas. "Jamais poderia imaginar que Jeannie fosse capaz de fazer algo assim", ela desatou lentamente a gravata dele.

"Infelizmente, ela não teve a chance de tirar proveito de seu ato", ao ver a luxúria indisfarçável nos olhos úmidos dele, Deanna sentiu seu desejo aflorar.

A cada minuto que passava, a temperatura de Dario parecia apenas aumentar. "Não era isso que você queria?", Dario bufou diante dos rodeios que ela fazia.

Mas ela queria provocá-lo um pouco mais.

"Quem está querendo é você", Deanna disse rindo. Sua mão era macia como seda. Ela o acariciou nos lugares certos, fazendo com que a sua paixão aumentasse ainda mais.

O sorriso em seu rosto se alargou ao notar que a respiração dele havia se tornado mais pesada. "Quer que eu assuma o comando, Dario?"

"Não. Deixe que eu mesmo faça isso."

Dizendo isso, Dario virou o corpo de Deanna e a pressionou contra a mesa. Retirando o cinto em um movimento rápido, ele a penetrou.

Deanna soltou um gemido alto de prazer. Mesmo em sua tentativa para se conter, ele havia escapado involuntariamente dos seus lábios.

"Dario, você... meu Deus, você é incrível! Não estou aguentando mais."

Embora seus lábios mentissem deliberadamente, seu corpo correspondia e desfrutava do sexo apaixonado com ele.

Duas horas depois.

Sentando em sua cadeira, Dario estava soprando um anel de fumaça. Ele havia ajeitado a sua roupa e ninguém poderia dizer que tinha feito sexo momentos antes. Envolto pela fumaça do cigarro, em seus olhos já não havia mais luxúria. Agora seu ar frio e indiferente estava de volta.

Enquanto isso, Deanna se curvava para vestir suas meias de seda.

Foi então que ela recebeu uma mensagem de Garrett. Apertando os lábios, ela se endireitou com uma expressão de desagrado no rosto.

"Bem, você se divertiu bastante hoje, Dario, mas agora estou sofrendo, cara", ela retrucou friamente.

"Ah, pare com isso. Nós dois gostamos de sexo. Pare de bancar a vítima agora."

A fumaça deixava uma aura misteriosa em seu rosto. Ele riu desdenhosamente dela.

Sua atitude deixou Deanna um tanto frustrada. "Você me forçou a transar sem o meu consentimento, além de ter sido bruto o tempo todo. Desta vez, fiquei muito desapontada."

Depois de abotoar sua camisa, ela saiu sem olhar para trás.

Dario franziu as sobrancelhas ao ver a figura dela se afastando. Apagando o cigarro, ele se recostou na cadeira. Foi então que se lembrou do momento em que a viu chorando enquanto estava debaixo dele.

Com um suspiro cansado, ele passou os dedos pelos cabelos. Não podia deixar de se perguntar se não tinha ido longe demais desta vez. Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida repentina na porta.

"Pode entrar", ele disse voltando à realidade.

Ele sentia que tinha sido um acordo justo. Afinal de contas, Deanna havia pedido por aquilo.

"Eu trouxe a informação que solicitou, senhor Archer", o gerente entrou apressado.

Nesse meio-tempo.

"Veja isso, Deanna."

Garrett parou o que estava fazendo assim que Deanna chegou ao seu escritório. Pegando um livro de um armário próximo, retirou uma foto de dentro dele e a entregou para ela.

"O que é isso?", Deanna se sentou no sofá. Assim que viu a figura borrada na foto, ela franziu as sobrancelhas.

"Você ainda se lembra da Posh Incorporated? Eu a mencionei da última vez", servindo um copo de água, Garrett o colocou diante dela. "O homem nesta foto é o verdadeiro chefe da empresa. Na ocasião, estávamos em uma situação emergencial. Esta foi a melhor imagem que conseguimos captar", com um suspiro, ele se sentou diante dela.

O chefe se encontrava sob a proteção de uma dúzia de guarda-costas e todos estavam em alerta máximo. Aquela tinha sido a única imagem clara entre as dezenas de fotografias que eles haviam tirado.

"Eu...", Deanna olhou atentamente para a fotografia e continuou: "Já vi essa pessoa antes."

Embora o rosto lhe parecesse familiar, ela não conseguia se lembrar de quem era.

"Tome o tempo que precisar para pensar a respeito. Não temos pressa", ele então ajeitou os óculos.

Depois de refletir por um instante, Deanna meneou a cabeça, ainda sem ter ideia de quem era aquele homem. "Obrigada, Garrett. Vou levar essa foto comigo para pensar melhor."

"Deanna?", Garrett se levantou ao mesmo tempo que ela.

"Já está na hora do almoço. Pelo visto você ainda não comeu nada, não é mesmo?, ele perguntou com um sorriso. "Por que não almoçamos juntos? Há um restaurante recém-inaugurado aqui perto e, ao que tudo indica, é bom. Além do mais, eu soube que estão dando desconto se duas pessoas jantarem juntas."

Garrett lançou um sorriso tímido para ela.

Não era simplesmente um desconto para duas pessoas. Era uma oferta exclusiva para casais.

"Agradeço, mas não vai dar. Preciso voltar ao trabalho agora. Aliás, não posso me atrasar", meneando a cabeça, Deanna guardou a fotografia na bolsa.

"Tudo bem."

Terminada a conversa, Deanna chamou um táxi imediatamente e foi embora.

Dentro do carro, ela navegou pelo seu Instagram e acabou se deparando com uma foto que Jeannie havia postado meia hora antes. Era uma foto do seu bento, onde havia levado a refeição para Dario. Ela também o havia marcado na publicação para demonstrar o seu amor. "Caramba, que atriz!"

Com um sorriso desdenhoso no rosto, ela curtiu a foto.

Nesse momento, o carro freou bruscamente com um ruído.

Deanna gritou no momento em que colidiu com o banco da frente. Seus olhos estavam arregalados de pavor.

"Você enlouqueceu? Por acaso não aprendeu a dirigir um carro? Por que parou assim de repente? E se eu tivesse batido na traseira do seu carro? Veja só o caos que você criou. Vou chamar a polícia agora mesmo! Seus idiotas!"

Naquele momento, tanto Deanna quanto o motorista estavam igualmente assustados. Assim que teve certeza de que estavam seguros, o motorista por fim saiu do carro. "Saiam do carro! Vocês dois, saiam do carro agora mesmo!"

Sentindo que havia algo errado, Dianna se preparou para ligar para a polícia.

Duas pessoas então saíram de um carro branco. O motorista ainda proferia xingamentos, mas sua raiva foi logo substituída por um sorriso quando ele recebeu uma pilha de dinheiro. "Está bem, está bem, por favor. Ela está ali no banco de trás, senhor."

A porta do carro foi aberta com um clique. Dois homens sorriram para Deanna, que ainda estava lá dentro. "Você é a senhorita Miller?"

"A-hã... sim, sou eu. Qual é o problema?", com um mau pressentimento, Deanna escondeu imediatamente o celular.

"Meu chefe quer ver você. Venha conosco, por favor", um dos homens acenou com a mão para ela, como um gesto de boas-vindas.

"E quem é o seu patrão?", Deanna estava fazendo um grande esforço para aparentar calma. Afinal de contas, não conhecia ninguém em Weappolis. Além disso, aparentemente o chefe deles era bastante poderoso. Ela não achava que poderia ser Dario.

"Por que você mesma não pergunta ao meu chefe, senhorita Miller?", o homem insistiu para que ela os acompanhasse.

"Tudo bem."

A julgar pela forma polida com que a tratavam, Deanna percebeu que eles não representavam nenhuma ameaça para ela. Depois de examinar atentamente os rostos dos homens, ela entrou no carro deles.