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- Vamos brincar de detetives? - Perguntou Elias me emprestando uma das suas arminhas de água.
- Hn. Que tal brincarmos hoje a noite? Você pode pedir sua mãe para dormir lá em casa hoje.
- O que tem lá?
- Todas as noites eu ouço um barulho no meu armário, se for um monstro nós podemos pegar ele e colocamos ele na prisão.
- Fechado!
As horas passaram e Elias e eu pegamos no sono, mas nós tínhamos um plano. Quando o ponteiro pequeno e o grande estavam quase no número três, eu peguei meus travesseiros e coloquei embaixo da coberta, correndo até o canto do quarto eu esperei rindo baixinho.
- Agora!- Grito acendendo a luz e correndo junto com Elias que se levanta do colchão no chão. Estávamos jogando água na coisa quando ela gritou fazendo um barulho alto como a buzina de um caminhão. Vendo Elias recuar e fechar seus olhos encolhido no canto, eu também faço o mesmo, mas voltando pro mesmo lugar que eu estava antes de ligar a luz. Ele era sim um monstro, era o monstro do armário.
Quando eu comecei a gritar ele sumiu, e mais aliviado com a mão em meu peito eu dei um passo à frente, mas senti algo fedorento e grudento cair em meu ombro. Quando olhei para cima vi uma mancha preta que criou braços e me puxou para o telhado.