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- Eu senti saudade. E eu nem pude estar aqui pra você quando... - Alissa ficou muda e eu senti os olhos dela em mim, procurando algum sinal de dor, de lágrimas, de um luto que eu tinha jogado pra baixo do tapete a anos.
Era sempre assim quando alguém raramente tocava no nome de Cloe.
- Está tudo bem agora. Já fazem 8 anos. - Falei tentando não me importar, eu tinha ficado bom nisso, tinha ficado ótimo em fingir em manter longe qualquer tipo de pena ou compaixão.
- Não está tudo bem, você amava aquela mulher I. E tudo foi tão doloroso, eu nem imagino como você ... - Ela ia chorar... Eu podia sentir e isso não o atolar, não agora, não do meio de uma festa pra ela.
- Foi horrível... Doloroso sim Ali, foi sim. Então porque não falamos sobre outra coisa, tipo, como você tem um péssimo gosto pra amizades? Olha pra ela. - Alissa e eu olhamos pro corredor onde a amiga dela tentava de todas as formas segurar as duas bolsas enquanto tentava abrir a porta ao mesmo tempo.
- Aquilo tudo vai cair em 3...2...
E antes que eu terminasse de contar tudo caiu das mãos dela que bufou sentando no chão no meio da bagunça de malas com as mãos na testa suada.
- Ela é uma bagunça.- Eu disse balançando a cabeça arrumando a camisa limpa no corpo, pronto pra voltar pra festa.
- Pega leve com ela I. Baize está passando por algumas coisas e não tá em um momento dos melhores, mais eu juro, ela é ótima. - Minha irmã olhou com amor pra amiga e correu até ela pra ajudar.
Caminhei de volta pra festa que eu já estava cansado, e quando bati os olhos em uma das moradoras do Vinhedo meu cansaço foi todo embora na hora.
Linda.
Corpo bem desenhado.
Boca vermelha e bem vestida, ela devia ser cheirosa pra caralho.
- Quem é ela? - Perguntei pra Gabi um dos peões novos do meu pai.
- Felicit, moradora daqui. - Mordi a boca imaginando ela nua em cima de mim.
- Ótimo... Me apresenta.
- O que? Senhor?
- Vamos me apresenta a garota.
Gabi me levou relutante até ela que corou assim que beijei a mão dela.
As garotas do interior choravam a toa, isso era uma graça.
Mãos de quem trabalhava duro colhendo uvas.
Pele queimada e peitos pequenos, perfeita.
- Que tal uma passeio? - Perguntei entregando uma taça de vinho pra ela que sorriu.
- Eu deveria te mostrar tudo senhor?
- Eu cresci aqui. Conheço tudo de ponta a ponta moça. - Me gabei fazer ela rir, iria fazer ela rir a noite inteira era assim que levaria ela pra cama.
- Se divertindo ? - Noah perguntou me cutucando de lado.
- Não se mete, eu preciso trepar hoje, tô cansado, não queria estar aqui, e uma garota louca ainda derramou vinho em mim. - Resmunguei fazendo ele gargalhar.
- E quem foi a garota? Preciso fazer amizade com ela. - Ele era debochado e um filho da mãe sempre que podia.
- Noah!?
A voz de Alissa fez nois dois virarmos e por incrível que pareça, a garota que derramou vinho em mim estava malditamente impecável agora, com os belos olhos pretos maquiados combinando perfeitamente com o curto vestido preto tomara que caia que caiu perfeitamente nela naquela pele branca que parecia nunca pegar sol. Minha boca até salivou.
- AQUELA é a garota que derramou vinho em você ? - Noah riu indo até a garota se apresentar babando.
Eu não duvidava nada que ele pegasse ela no fim da noite.
Me virei de costas e continuei meu investimento da noite na garota que eu nem lembrava mais o nome.
Ela estava pra lá de bêbada e eu arrastei ela pro vinhedo .
- Não podemos demorar tá bom? Eu preciso estar em casa... Porque... - Ela ia falando enquanto eu passava a mão por todo o corpo dela.
- Não vai demorar juro... - Beijei a boca dela encostando ela em um tronco, tirei o vestido e logo depois a calcinha e me abaixando saboreei o gosto dela.
E delirei a cada gemido alto que ela dava, a garota puxava meu cabelo quase tremendo...
Meu pau estava quase furando a calça, o vinho era um ótimo afrodisíaco.
- Aí meu Deus! Me desculpa... Aí droga! Droga! Droga! Eu já tô saindo podem... Continuar o que estavam fazendo aí...
Aquela voz.
A porra da garota de Milão estava parada atrás de nós colocando as mãos no rosto.
A garota me empurrou pra longe e pegou a roupa do chão em uma rapidez desumana e correu dali sem dizer uma palavra.
É sério ? Hoje não era a porra do meu dia.
- Merda... Desculpa. - ela dizia passando a mão pelo rosto vermelho tentando sair dali sem saber o caminho por onde veio.
- Pode ir parando aí! - Gritei limpando a boca arrumando a droga do cabelo pra trás.
Ela tinha a porra do dom de estragar as coisas.
Isso já estava passando do limite de irritação.
- Me desculpa... Por antes, pelo vinho e agora... Droga! Eu sinto muito mesmo. - Ela gaguejava de costas pra mim.
- O que droga você veio fazer aqui? - Perguntei limpando minha calça tentando controlar meu pau que queria saltar .
Vi que ela acompanhou minhas mãos e quando passou os olhos ali ficou vermelha.
Controlei uma risada e me aproximei dela que deu alguns passos confusos pra trás.
- Eu só... Queria um lugar tranquilo pra usar o celular. - Ela disse mostrando o celular em uma das mãos, eu deixava ela nervosa, interessante.
- Entendi... Você viu que acabou com o que tava rolando aqui né? O que eu vou fazer agora? - Perguntei chegando cada vez mais perto, e ela continuou parada ali.
- Porque não toma um banho frio? Isso ajuda. - E pra minha surpresa ela riu, e o pior foi que eu meio que ri também, e mais alguém riu.
Quando olhamos pra trás lá estava Noah cobrindo a boca rindo muito.
- Essa garota tem que ser minha amiga. - Ela mordeu a boca e eu fiz cara feia pra ele.
- O que tá rolando aqui afinal? - Noah perguntou olhando pra nois dois confuso.
- Nada! Eu só vim... - E antes que ela terminasse a frase o celular dela tocou.
- Meu namorado. Eu... Preciso atender. - E correndo pelo vinhedo ela sumiu.
- Você meu amigo, é rápido em... - Olhei pro chão e peguei a calcinha da garota que tinha corrido.
- Não é nada disso seu doido. Ela atrapalhou tudo outra vez. Chegou aqui e a outra garota saiu correndo. - Expliquei fazendo Noah ri mais ainda.
- Ela tem namorado. Você ouviu? Que desperdício. - Noah falou fazendo uma cara de triste dramática.
- Não sei quem aguentaria ela. - Resmunguei limpando a calça.
- Eu aguentaria. Eu com certeza ia aguentar e adorar. - Noah falou .
- Você não presta Noah. E ja que eu não vou transar hoje, vamos beber. - Falei voltando pra droga da festa.
Caminhamos até a entrada da festa.
Irritado e um pouco bêbado percebi o novo peão Gabi olhando em volta e fiquei de olho.
EE era um cara estranho, e eu tinha um sinal de alerta dos bons.
Bebi com Noah e Alissa e fiquei enjoado com toda aquela baboseira de relembrar o passado.
E vi quando Gabi sumiu.
Foi quando percebi que a garota amiga da minha irmã ainda não tinha voltado do Vinhedo.
Sabe quando seu corpo te manda um aviso ao mesmo tempo que sua cabeça? Isso sempre acontecia comigo quando algo ruim estava prestes a acontecer.
Corri pro vinhedo procurando por ela, ou por Gabi, ou por qualquer som.
O lugar não era longe da festa, mais era meio afastado.
Caminhei alguns minutos quando ouvi o celular tocar.
Era o celular da garota, estava no chão mais nenhum sinal dela.
Corri ao redor varrendo o lugar com os olhos.
E quando ouvi o grito abafado de alguém pedindo socorro.
E fervi de raiva quando vi Gabi em cima dela, a garota lutava chutando e estapeando ele que tentava tirar a roupa dela.
- Seu miserável! Sai de cima dela! - Gritei pulando em cima dele jogando ele longe.
- Por favor... Por favor.... Para... - A garota chorava segurando o vestido rasgado no corpo quase nu.
- Sabe o que vai acontecer com você seu lixo?! - Dei um último chute nele que apagou e fui até a garota que tremia chorando .
- Tá tudo bem agora ... Vamos sair daqui. - Peguei ela no colo saindo daquele lugar.