Capítulo 4 Em busca de um novo começo.

" Eu te amo, mil vezes eu diria isso se fosse necessário. eu jamais deixaria alguém machuca- la minha pequena. o papai é policial e te protejo do perigo. a mamãe é advogada e te defende das pessoas do mal, você é a criança mais segura da face da terra."

Houve uma época em que eu realmente acreditava nas palavras dos meus pais, até perceber que eles faziam de tudo por dinheiro, inclusive burlar as leis. e hoje eu vejo diversas coisas injustas que eles fizeram e foi abafado pela mídia, mas o que eu posso fazer? São meus pais.

(...)

Depois do Sr.Cristofer ter ido embora minha mãe não demorou muito pra esmurrar a porta do quarto gritando comigo, acho engraçado que se fosse um caso de eu chegar triste ninguém teria percebido.

- A bonitinha, eu espero muito que esse teste não seja seu, você não é nem doida.!- ela gritava furiosa na porta do quarto, eu estava parada feito uma estátua, sem saber o que fazer.

- e se for seu, pode ter certeza que com essa criança você não fica, amanhã mesmo eu te levo pra arrancar essa coisa, e seu útero vai junto.- meu pai entra na gritaria completamente feroz, eles realmente acham que podem tomar alguma decisão por mim. finalmente tomei coragem e abri a porta do quarto, ainda em silêncio sai passando por eles e parando um pouco mais a frente. pro caso deles tentarem me agredir eu correria o mais rápido possível.

- Sim é meu, e antes que vocês achem que tem alguma autoridade pra tirar de mim, vocês não tem!- eu disse movida pela raiva, minha soltou uma risada irônica como se eu tivesse contado uma das melhores piadas do mundo.

- me diz então, com você- ela apontou pra mim- uma pirralha,sem estudos, sem dinheiro vai sustentar uma criança?

- Isso não esta em discussão Katrina, essa coisa vai ser tirada de você imediatamente! e me diz quem é o moleque que fez isso com você que ele vai morrer junto com a coisa.- meu pai tentou me pegar pelo braço mas eu recuei rapidamente, ja pronta pra correr.

- o que você vai fazer me levar pra abortar? você não é policial? deveria saber que é crime! ou você é mais corrupto que eu imaginava.

- e você acha mesmo que da pra ter essa vida boa sendo honesto Katrina, você não entende nada da vida garota como acha que vai conseguir colocar outro coitado no mundo?- foi a vez de minha mãe gritar, eu não aguentava mais ouvir tanto absurdo, um instinto de proteção inexplicável tomou conta de mim, nada me faria permitir que eles me tirassem o bebe. eu sabia que essa discussão iria acabar em apenas uma forma, eles me levando a força pra arrancar o meu filho, então eu fugi.

corri o mais rápido que eu pude, fui pela escadaria pois esperar o elevador não daria certo. quando cheguei na portaria cristofer ainda estava lá com o motorista, não perdi tempo eu precisava sair deli.

- Sera que poderia me dar uma carona, que queria ver a cah- eu tentei parecer menos desesperada o possível, mas o olhar calmo dele me deixava sem ar, como em meio a Tanta coisa acontecendo. Sem pedir muitas explicações ele abre a porta e demos partida para casa dele. Percebi seus olhares comendo o meu corpo com os olhos vindos do Sr.Cristofer mesmo com um turbilhão de coisas acontecendo eu realmente esperava que ele me ajudasse, mas não sabia ao menos como dizer a ele que estava a espera de um bebê dele.

Assim que entramos pela porta de sua casa, Sr.Cristofer foi em direção as escadas e num pulso de coragem eu decidi que contaria pra ele, afinal só ele poderia me ajudar com esse bebê, ja que os meus pais estão prontos pra me enfiar no carro me me levar pra uma clínica clandestina. Hoje eu tive todas as provas que eles eram corruptos, embora eu os amasse eu jamais aceitaria entrar em seus crimes.

- você está bem querida?- Depois de um longo silêncio e olhadas ele finalmente falou comigo, e de alguma forma eu me senti muito segura. Estava imaginando ele eu e nosso bebê em um piquenique no parque- se controle Katrina não vivemos em um conto de fadas.- repito mentalmente antes de finalmente dizer ao Sr.Cristofer o que se passava.

- Na verdade não- me aproximo do mesmo que estava no meio da escada- é que...- o olhar dele tinha muita curiosidade e ao mesmo tempo havia impaciência com a minha demora para falar.

- Eu estou grávida- Respondi num fio de voz antes que a coragem me faltasse de novo. e ele riu não só riu ele gargalhou, de todas as reações acho que essa foi a que eu menos esperava, isso sim foi um balde de água fria.

- Parabéns, eu acho- ele diz dando as costas e voltando a subir as escadas. e eu fiquei com cara de bunda ali parada. meu sangue ferveu eu não podia acreditar no que estava acontecendo, simplesmente não aceitava aquilo! quem ele achava que eu era? uma qualquer que ficava com todo mundo?

- Essa criança é sua- eu gritei em um pulso de raiva mas me arrependi profundamente por ter gritando, em questão de segundos a cah apareceu nas escadas e os meus olhos se encontrou com os dela, eu pude perceber surpresa e decepção no seu olhar e talvez uma pontinha de magoa. eu sabia que isso não acabaria bem para nossa amizade, o que foi que eu fiz?

-Cah eu posso explicar...- Sr.Cristofer me interrompe antes que eu possa continuar.

- Explica que é uma puta qualquer, que se aproximou da minha filha pra se envolver com o pai dela que é dono de uma agência bilionária e tentar dar o golpe da barriga?- ele gargalha da situação, eu não conseguia tirar os olhos da minha melhor amiga, ela estava parada feito estátua e agora seu rosto não transmitia sequer uma emoção. Eu não tinha mais forças pra falar ou fazer qualquer coisa. eu simplesmente entrei em Pânico- reage Katrina, reage pelo seu bebê- eu dizia pra mim mesma. mas não tinha forças pra encarar minha melhor amiga agora então eu apenas andei até a porta, e quando ia chegando as escadas para ir embora ouvi:

- Sua puta- carmila finalmente se manifesta, com uma única palavra que conseguiu rasgar o resto de mim que ainda existia naquele momento.

Eu simplesmente não quis olhar para trás, retrucar ou brigar. eu estou machucada emocionalmente, completamente sozinha.

Estava escuro e talvez fosse umas oito da noite, eu não sabia ao certo pois no calor do momento acabei por não pegar meu telefone, estava vagando pelas ruas decidi finalmente o que eu faria. E fui logo em direção ao meu plano antes que os meus pais me encontrasse

(...)

Depois de andar um pouco e consegui alguns trocados e informações de como chegaria ao meu destino a algumas pessoas que encontrei na rua, peguei um ônibus e fui em direção a uma vida longe de todos os que me fazem mal. Apenas com a roupa do corpo e o bebê do meu ventre.

-A mamãe esta fazendo isso por você pequeno- digo passando a mão na barriga e encostando a cabeça na janela do ônibus.

            
            

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