Capítulo 5 Forte atração

- Não planejei um discurso para hoje. - empinei o nariz ao dizer.

- Não acha que já era para você estar acostumada com essas coisas e cheia de ideias de discursos? - Ele diz.

- Não, não acho. Então, você é o homem que fugiu depois que viu meu rosto. - Digo o fitando. Ele é sério de mais, tenho certeza que costuma colocar medo com o seu olhar de superioridade, mas comigo não rola, a não ser esse calor...

- Você ficou muito bem neste vestido vermelho. - diz, com um rápido olhar divertido mas que não dura. Suas mãos dentro dos bolsos da calça, fugindo do assunto. Me viro totalmente para ele, que mantém sua postura séria. Me aproximo, quase colando meu corpo ao seu, e falo em seu ouvido:

- Você também não está nada mal. - Mantive a voz sedutora, entrando no joguinho dele. Me afasto dali indo ao banheiro sem dizer mais nada.

Passo por algumas pessoas e entro nos longos corredores em direção ao banheiro. Não tem muita gente por aqui. Vejo um homem à minha frente, andando para o lado oposto ao meu. Passa por mim acenando e, em seguida para alguém atrás de mim. Continuo andando e entro no banheiro feminino, ciente de quem estava me seguindo. Me virei assim que escutei o barulho da porta sendo aberta novamente.

Ele se aproximou, me encurralando na pia. Eu já estava ansiosa. Já podia sentir o calor, a ansiedade por estar conseguindo o que queria.

- Não gosto quando dão as costas para mim. - Ele diz, muito sério, se aproximando aos poucos. Eu olhava nos seus olhos ansiosa para cada passo, até segurar meu queixo com a mão esquerda. Com sua boca próxima à minha. A agressividade que fazia aquele simples ato me deixava ofegante, não era nem um pouco delicado.

- Como?! - Pergunto um pouco desnorteada. Eu já o desejava tanto. Não parecia que eu estava acostumada com momentos assim.

E então ele esfrega sua ereção em mim. Porra, é grande. É grosso. Paro de sorrir na hora, pois era sua vez de ficar satisfeito com a reação que causa. Ele se esfrega mais e eu gemo baixinho em seu ouvido.

Que merda Antonella, desde quando você se entrega tão rápido desse jeito?

- Não posso me aproximar de você. Mas fiquei curioso para saber como é a mulher de quem tanto falaram para mim. - diz me deixando um pouco confusa. - é tão bela...

- Por que você não pode..- Ele me beija antes de eu terminar a minha pergunta. Seu beijo não é calmo e nem desesperado, ele beija muito bem e me xingo mentalmente por já estar molhada. Beija incrivelmente bem. Ele coloca a mão no meu pescoço. Eu abro seu cinto e libero seu membro, começando a masturbar, ele geme baixo e então desce uma alça do meu vestido, deixando um seio amostra, começando a massagea-lo.

Depois de por a camisinha, levanta meu vestido e desce as duas alças do mesmo para que fique só na barriga, liberando meus seios, e dando passagem para ele me penetrar. Ele não é carinhoso, tem fome. Me pegando pela cintura, me põe em cima da pia, se afasta um pouco, parando de me beijar, desce até minha vagina e começa a fazer o "trabalho". Stefano passa a língua por toda a extensão e depois foca no meu clitóris, eu não consigo segurar o gemido. Ele chupa com vontade. Dá pinceladas com a língua voraz. Senti todo o meu corpo suar, tremer e o coração bater mais forte. Eu ofegava forte escutando o homem gemer prazerosanente em meio as lambidas. Logo em seguida eu gozo na boca dele. E então, ele levanta e me penetra sem me dar tempo de pensar.

Começou os movimentos de vai e vem, foi acelerando o ritmo, não ia demorar muito para eu gozar novamente. Dante chupou meu peito esquerdo, passando a língua em volta do mamilo e com esse movimento eu gozei novamente, apertando as pernas em volta de sua cintura. Nossos gemidos ecoando pelo banheiro poderiam ser escutados até do corredor. Ele goza logo em seguida.

- Porra - ele fala com a voz mais grossa e rouca. - você é gostosa pra caralho!- Me segurando em seus braços por eu estar mole, e o mesmo está com a respiração quase normal.

- Qual é o seu nome?- pergunto. Ele me olha pensativo.- Preciso saber o nome do cara que eu dei logo na segunda vez que o vi - disse normalmente, ele riu e respondeu:

- Dante Stefano.

- Adorei te conhecer, Dante! - Digo com um sorriso no rosto o afastando e me arrumando.- E o que você quis dizer quando falou que não pode..- Ele me corta de novo.

- Esquece o que eu falei, não vamos nos ver de novo. - Disse por fim, realmente não esperava isso, mas se analisar direitinho, ele deve fazer isso sempre que fode em festas. E não faz diferença para mim.

- Beleza. Avisa para o seu irmão que é para me deixar em paz. Explica para ele como entender quando uma mulher não está interessada, na verdade. - falo por fim, na intenção de saír do banheiro. Mas, assim que eu passo pelo homem, ele me segura pelo braço.

- Você transou com ele? - É uma pergunta estranha para o momento.

- Não, ele não é o meu tipo. Agora me solta! - consigo soltar meu braço para sair do banheiro.

Volto para a festa que agora está mais animada, procuro minha amiga, achando a mesma no buffet. Chego perto dela, pego um espetinho de queijo e antes de colocar na boca, conto o ocorrido.

- Transei com Dante. - falo normalmente, baixo e comendo o espetinho.

- Quem é Dante, sua safada? - Pergunta.

- Irmão do Enrico. - Falo como se não fosse nada de mais.

- Espera, Enrico está tentando há um tempão e você transa com o irmão dele no segundo esbarrão?! - Falou com a mão no peito e os olhos arregalados. Deve ser pelo fato de eu ter transado com o gatão lá.

- Sim, amiga, o Enrico não me interessa e você sabe bem. - Digo terminando de comer algumas coisas da mesa e a puxando para a pista de dança.

- Branquinha, a festa está tão sem graça...Vamos para a balada, perto de casa? De lá a gnt vai embora. - diz minha amiga dançando, ela tem razão. Não vi mais o Enrico e nem Dante, devem ter ido embora juntos, eu poderia continuar aqui também já que não os veria, mas realmente não queria mais ficar.

Tenho que confessar, se eu pensasse mais um pouco, não teria transado com Stefano, mais por eu não o conhecer direito mesmo. Ainda estava sem entender o motivo de ter ficado tão excitada perto dele.

Eu poderia sair desse baile para me distrair, deixar essas pessoas para depois e fazer (agora) o que eu sentia vontade, e com certeza não era ficar nesse lugar um tanto monótono.

- Boa ideia, vamos! - falo a puxando para fora. Já ficamos tempo de mais ali, preciso beber mais, sem fazer papel de alcoólatra no baile do meu trabalho.

Quando estou no estacionamento, vejo o Enrico vindo em minha direção. Parece determinado.

- Posso falar com você? - pergunta.

- Hoje não, eu falei aquilo para você mais cedo pois já estava planejando há um tempo. Mas agora eu só quero me divertir... - Ele me corta. Ótimo, igual ao irmão.

- Por favor, é rápido! - Reviro os olhos e olho para a minha amiga que já está entrando no carro.

-Ok.- Digo curta.

-Então, eu queria sim te conquistar, achei que mesmo você se recusando a gente podia ter algo, mas vi que você não quer nada com ninguém, então eu aceito ser só seu parceiro de balada e o da sua amiga. Só não me afasta. Nós realmente nos divertimos muito na balada, vocês são duas mulheres incríveis.- Dou um sorriso vitoriosa. Achei que seria mais difícil.

-Que ótimo! Estamos indo para a balada perto de casa, quer ir?- Pode ser o início de uma longa amizade, creio que Luca vai adorar ele.

-Claro, vou logo atrás de vocês.-Ele fala

Entro no do carro e conto o que ele disse, para a minha amiga.

-Ainda acho que aí tem coisa.-Ela diz desconfiada.

-Vamos testar ele, se tentar algo vai ser a última vez que sairemos juntos.- Digo dirigindo até o nosso destino.

Chegando lá, fomos os três para o bar. O lugar está cheio, mas sinto como se tivesse alguém me observando.

-Eu vou querer uma tequila!- Digo e os dois pedem o mesmo.

Já com a dose de coragem, fomos para a pista de dança. Enrico pega minha mão e a da Alice nos conduzindo para o meio do tumulto.

- Muito melhor do que aquele baile sem graça de gente rica.- Minha menina grita no meio da música alta. Ignorando o fato de também ser rica.

-Tenho que concordar com você, gata!- Enrico diz pulando. Eu rio me divertindo e rebolando no ritmo da música. Alguns minutos se passam.

Quando olho para Alice, vejo ela beijando um homem. E logo depois, sinto colocarem uma mão na minha cintura e roçar em mim, não é alguém grande, mas continuo dançando. Ficamos desse jeito por uns longos minutos. Me senti mais viva, livre. Não me importava quem estava alí, eu poderia imaginar qualquer um, o cheiro era bom.

Até alguém segurar meu braço um pouco apertado. Olho para ver quem é, mas sou puxada com força me desvencilhando do homem. Quem me puxa é alto e musculoso, ele continua me arrastando pelo meio do pessoal dançando. Tento me soltar mas não adianta. Então o homem se aproxima de mim e me coloca em seu ombro. O lugar está escuro e cheio, não tinha como saber quem era.

- Me põe no chão, porra! - Grito socando as contas dele. Eu não sou fraca, não vou deixar esse homem me sequestrar.

Ele me segura só com um braço em torno das minhas pernas, mas se eu abri-las com força e fecha-las em sua cintura, vou conseguir ver seu rosto e tentar lutar. Não adianta eu gritar, ninguém vai se meter e eu não sou uma princesinha em apuros.

Então eu fiz, rápido, e me preparo para dar um soco em seu rosto. Mas paro assim que vejo quem é, e percebo que já estamos no estacionamento.

Ele me põe no chão, eu desso meu vestido e olho para seu rosto. Ele me olha com um pequeno sorriso de lado, que só aumenta minha raiva.

- SEU FILHO DA PUTA! - Digo levantando minha perna para dar um chute nas partes íntimas dele. Mas o mesmo é mais rápido, segura minha perna atrás do meu joelho, coloca a mão na minha cintura e me puxa para perto de si, colando nossos corpos ainda com a minha perna estendida.

- Calma pequena. - Ele ri. Eu começo a desferir tapas em seu peito para que ele me solte.

- Me larga! - Falo firme - O que você que agora? -Pergunto, me acalmando um pouco, pois meus tapas não o afetam de maneira nenhuma.

- Quero que vá à um lugar comigo! - Ele diz me soltando.

- Eu não vou a lugar nenhum com você! Se quiser foder de novo procure outra, eu não repito homens - Ele fica mais sério do que o normal, mas não o deixo falar. - Agora vou voltar lá para dentro! - Falo em disparada.

Ele me olha divertido e me coloca em seu ombro de novo. Eu não acredito, que idiota.

- EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADA!- Grito, mas como eu faria isso não sabia, o homem é quase o dobro de mim, cheio de músculos.

Ele solta uma gargalhada de molhar calcinha. Me coloca no banco do passageiro e abaixa para colocar meu cinto. Que homem cheiroso.

Foca Antonella!

- Se você sair, não vai saber o que tenho para te contar, é sobre seu pai. - Pronto, bastou isso para me sossegar. O que tem meu pai? Como ele conhece meu pai? Nunca ouvi falar dele até o dia em que o conheci na balada. Ele dá a volta no carro e entra no banco do motorista com uma carranca bem séria. Seu humor mudou rápido.

Ele começa a dirigir, saindo do estacionamento.

- O que você quer falar do meu pai ?- Pergunto não aguentando a curiosidade.

- Não é nada, foi só para você calar a boca e não sair do carro. - Ele sabe o que faz, é um puta homem esperto. Não é todo músculos para não ficar feio, mas é bem forte, mais que o irmão, deve ter 1,98, tem a barba cerrada, o cabelo não muito curto, algumas mexas caíam até a sobrancelha. Está com jeito de que foi para casa tomar um banho e veio atrás de mim, eu acho. Aliás, como ele sabia que eu estava lá?

- Mas, para onde você está me levando? - Pergunto querendo saber o que ele quer de mim.

- Ainda não sei, exatamente. - Agora mesmo que estou confusa.

-Você estava me vigiando?

-Não, assim que te vi fui até você.- Dá de ombros sem me olhar.

                         

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