A esposa destinada do Lycan
img img A esposa destinada do Lycan img Capítulo 4 A lua de mel.
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Capítulo 10 Medo do bicho papão. img
Capítulo 11 Um banho relaxante img
Capítulo 12 A alfa suprema img
Capítulo 13 Lucine é a Naksu img
Capítulo 14 Transformação img
Capítulo 15 Corpo a corpo img
Capítulo 16 O Cio da loba img
Capítulo 17 Minha Luna img
Capítulo 18 Não é um resfriado img
Capítulo 19 Eu preciso de você img
Capítulo 20 Como nos livros img
Capítulo 21 O dia seguinte img
Capítulo 22 A cura pelas ervas img
Capítulo 23 No fundo da garrafa img
Capítulo 24 Sobre o herdeiro img
Capítulo 25 E agora Alpha, o que devo fazer img
Capítulo 26 Espero que fique claro a quem pertence. img
Capítulo 27 Esta insinuando que eu sou velho img
Capítulo 28 Vai ter volta img
Capítulo 29 O paraíso. img
Capítulo 30 O inferno! img
Capítulo 31 O futuro. img
Capítulo 32 Guerras Lycantrôpicas img
Capítulo 33 Ela disse adeus... img
Capítulo 34 Um lugar para onde ir img
Capítulo 35 O recomeço img
Capítulo 36 Um novo integrante na equipe img
Capítulo 37 Tarde na praia img
Capítulo 38 Alfa por direito. img
Capítulo 39 Indo atrás da humilhação img
Capítulo 40 O visitante na varanda img
Capítulo 41 Eu escolhi estar aqui img
Capítulo 42 O ex-casal img
Capítulo 43 Bem vindo ao Intrépido img
Capítulo 44 Um novo gostoso na cidade img
Capítulo 45 A feira de artesanato img
Capítulo 46 Um novo homem img
Capítulo 47 Uma nova aliança img
Capítulo 48 Passeio de barco img
Capítulo 49 Observados img
Capítulo 50 A Quimera img
Capítulo 51 Arrepio na espinha img
Capítulo 52 SMS img
Capítulo 53 O hóspede img
Capítulo 54 Vampiros não existem img
Capítulo 55 Sombras na aldeia img
Capítulo 56 Uma frágil aliança img
Capítulo 57 A máfia vampírica img
Capítulo 58 A filha da lua img
Capítulo 59 Enfie seu orgulho no rabo img
Capítulo 60 A esposa destinada do Lycan img
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Capítulo 4 A lua de mel.

Aram acordou cedo como era seu costume quando estava sóbrio. Olhou no celular e eram apenas sete horas, não tinha nada programado para esta manhã assim como para nenhum horário do dia. Todos esperavam que ele quisesse ficar sozinho com a esposa e aproveitar o máximo possível a lua de mel, o que estava bem longe da sua realidade.

Não podia ficar na cama o dia todo, mas também não podia sair e ficar dividindo a sala com aquela fêmea que o lembrava de tudo o que ele queria esquecer. Lenha, lembrou que precisava cortar lenha. O inverno estava próximo e ele precisava reabastecer seu estoque de lenha seca. Isso certamente o deixaria ocupado no pátio de trás da cabana por pelo menos a manhã toda.

Quando ele se vestiu e saiu do quarto, a encontrou ainda profundamente adormecida no sofá. Se aproximou mais e a sacudiu de leve para despertar.

- Acorde garota, eu disse que você precisava levantar cedo e guardar as cobertas.

Ela acordou assustada olhando para os lados, pareceu por um momento, não se dar conta de onde estava. Passou a mão nos cabelos e tentou prendê-los em um coque improvisado, afastou as cobertas e levantou-se já começando a dobrar tudo.

Aram se deu conta que ela ainda usava as vestes do casamento e que ela havia chego ali sem nenhum pertence. Precisava conseguir algumas coisas para ela vestir, teria que pedir ao szafir para providenciar. Então, enquanto ela arrumava a sala, ele colocou água para aquecer para preparar o café e mandou uma mensagem para o amigo.

- Eu pedi que a trouxessem algumas mudas de roupa, você não pode usar esse vestido de casamento para sempre.

- Obrigada, eu não tinha nada para trazer comigo.

Ele fez seu café e indicou para ela fazer o dela.

- As mulheres da aldeia deixaram a geladeira cheia de comida para não precisarmos cozinhar, pode pegar o que quiser e esquentar.

Ela abriu a geladeira hesitando, não queria parecer desesperada mas estava faminta, não havia conseguido comer quase nada na festa devido à tensão de estar sendo observada, de uma forma pouco amigável, por todos.

- Eu posso realmente comer qualquer coisa?

Ela não conseguiu conter a pergunta pois, quando estava em poder da dupla de gamas, era frequentemente castigada por comer o que não devia da geladeira.

Ele a encarou por um instante, como se não houvesse entendido a pergunta.

- Foi o que eu disse, escolha o que quiser e esquente.

- Obrigada.

Ele tomou o café em silêncio, escorado na pia da cozinha, e ficou a observando comer, parecia que ela não se alimentava há meses, pelo apetite e também pela magreza do corpo.

- Eu gostaria de saber onde se esconderam os fugitivos da sua matilha, por onde vocês andaram?

- Em vários lugares que fossem o mais isolado possível. Acredito que o segredo deles para não serem apanhados era essa constante mudança.

Ele ficou curioso com a resposta dela.

- Quantos eles eram?

- Apenas dois gamas, que fugiram enquanto você matava todo mundo, e me levaram com eles.

- E o que exatamente aconteceu com eles depois desses meses?

Ela achou melhor manter a história que havia inventado, afinal, precisava ser discreta quanto às suas habilidades.

- Alguma coisa os atacou, talvez alguém que eles tenham roubado ou feito algum mal. Eu aproveitei a oportunidade e fui embora.

Nesse momento bateram na porta, ele sabia que era Szafir com as roupas e foi atender.

- Aqui está, foi o que consegui de última hora, nos próximos dias trago mais. Trouxe também uns sapatos. Me desculpe por não ter me antecipado, mas eu pensei que a última coisa que machos recém-casados poderiam pensar era em roupas para a sua fêmea.

Ele arrancou a sacola da mão do amigo demonstrando impaciência.

- Não precisa tentar ser engraçado, você sabe bem que este não é esse tipo de casamento.

O outro macho sorriu em resposta.

- Eu, meu amigo? Eu não sei de nada. Já vou indo para deixar o casal aproveitar.

Aram entregou a sacola à Lucine, que esperava na porta que ligava a cozinha à sala.

- Isso deve ser o suficiente por enquanto, pode se trocar no quarto.

- Eu tenho uma pergunta, onde eu posso guardar as minhas coisas?

Maldição, ele não havia pensado nisso.

- Mais tarde eu vou liberar um espaço para você na cômoda que tem no meu quarto. Agora eu preciso cuidar da lenha.

Aram disse e foi para o pátio, descarregar sua frustração com o machado.

Lucine foi até o quarto do Alfa aliviada em poder tirar aquela ridícula roupa cerimonial. O que havia na sacola eram dois conjuntos de moletom, três camisetas e um par de tênis, nenhuma meia ou roupa de baixo. Ao menos ainda era melhor do que ficar nua, mas pensou que os pés provavelmente congelariam sem meias para aquecê-los.

Vestiu uma das camisetas por baixo do conjunto preto, que era composto por um moletom no estilo canguru e uma calça larga. Calçou os tênis e guardou o resto na sacola outra vez. Estava perdida, não sabia o que fazer, não parecia ter nenhuma tarefa que precisasse ser feita, mas ela também não queria ficar sentada no sofá olhando para o nada. Resolveu ir procurar o Aram e verificar se ele tinha alguma tarefa para ela. Antes de ir para o quarto se trocar, havia visto ele saindo pela porta da cozinha, ela então pegou a sacola, largou no sofá e foi nesta direção.

Quando saiu na porta, em direção ao que descobriu ser um grande pátio dos fundos, ela travou imediatamente. Ele estava despido da cintura para cima e usava um machado para rachar algumas toras de lenha. Ele empregava uma força maior do que a necessária na tarefa e olhava a madeira como se ela fosse um alvo que precisava ser exterminado. Com os movimentos seus músculos ficavam bastante evidentes. Toda aquela cena a fez voltar para a noite em que ela o viu na forma de besta, quando ele matou toda sua família. Naquela ocasião ela sentiu muito medo e tinha certeza que também morreria, porém, quando a fera se aproximou dela, apenas a encarou e recuou, indo atrás de algum outro lobo com menos sorte.

Ela acreditava que havia tido um ataque de pânico depois disto pois só se lembrava de ser arrastada pelos gamas floresta adentro. Aquele monstro tinha tudo para habitar seus pesadelos e nunca havia sido assim, no entanto, agora estando tão perto dele e a mercê de sua raiva, Lucine sentiu um arrepio na espinha. Não tinha mais o que perder na vida, mas ele ainda podia fazê-la desejar que a tivesse matado como matou os outros, afinal, ela sabia bem o quanto machos poderiam ser cruéis quando queriam.

            
            

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