A esposa destinada do Lycan
img img A esposa destinada do Lycan img Capítulo 7 O Beta.
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Capítulo 10 Medo do bicho papão. img
Capítulo 11 Um banho relaxante img
Capítulo 12 A alfa suprema img
Capítulo 13 Lucine é a Naksu img
Capítulo 14 Transformação img
Capítulo 15 Corpo a corpo img
Capítulo 16 O Cio da loba img
Capítulo 17 Minha Luna img
Capítulo 18 Não é um resfriado img
Capítulo 19 Eu preciso de você img
Capítulo 20 Como nos livros img
Capítulo 21 O dia seguinte img
Capítulo 22 A cura pelas ervas img
Capítulo 23 No fundo da garrafa img
Capítulo 24 Sobre o herdeiro img
Capítulo 25 E agora Alpha, o que devo fazer img
Capítulo 26 Espero que fique claro a quem pertence. img
Capítulo 27 Esta insinuando que eu sou velho img
Capítulo 28 Vai ter volta img
Capítulo 29 O paraíso. img
Capítulo 30 O inferno! img
Capítulo 31 O futuro. img
Capítulo 32 Guerras Lycantrôpicas img
Capítulo 33 Ela disse adeus... img
Capítulo 34 Um lugar para onde ir img
Capítulo 35 O recomeço img
Capítulo 36 Um novo integrante na equipe img
Capítulo 37 Tarde na praia img
Capítulo 38 Alfa por direito. img
Capítulo 39 Indo atrás da humilhação img
Capítulo 40 O visitante na varanda img
Capítulo 41 Eu escolhi estar aqui img
Capítulo 42 O ex-casal img
Capítulo 43 Bem vindo ao Intrépido img
Capítulo 44 Um novo gostoso na cidade img
Capítulo 45 A feira de artesanato img
Capítulo 46 Um novo homem img
Capítulo 47 Uma nova aliança img
Capítulo 48 Passeio de barco img
Capítulo 49 Observados img
Capítulo 50 A Quimera img
Capítulo 51 Arrepio na espinha img
Capítulo 52 SMS img
Capítulo 53 O hóspede img
Capítulo 54 Vampiros não existem img
Capítulo 55 Sombras na aldeia img
Capítulo 56 Uma frágil aliança img
Capítulo 57 A máfia vampírica img
Capítulo 58 A filha da lua img
Capítulo 59 Enfie seu orgulho no rabo img
Capítulo 60 A esposa destinada do Lycan img
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Capítulo 7 O Beta.

- Comida de cachorro? Como eu iria imaginar? Você nem tem um cachorro!

Lucine tentou se explicar, visivelmente confusa.

- Você chegou aqui ontem, como pode saber se eu tenho ou não um cachorro?

- Onde está esse cachorro então, e porque não estava escrito no pacote que era comida de cachorro?

Aram secou a boca com um pano de prato que estava no fogão. Apesar de tudo, o cozido não havia ficado com gosto tão ruim, apenas a textura estava estranha. Quando Yasmina morreu, ele não conseguiu ficar com o cachorro deles, o Eros. Szafir então levou o animal para a sua casa, para que fosse cuidado decentemente. Nas raras vezes que ia fazer compras, ele comprava comida para o animal e entregava ao amigo. Com os últimos acontecimentos, havia esquecido de entregar a ração a Szafir.

- O cachorro não mora mais aqui, mas eu ainda levo comida de vez em quando. Bem, mas não importa, não têm como comer isso, vou fazer uns sanduíches.

Ela começou a esvaziar os pratos de volta na panela.

- Eu sinto muito Alfa, era a única coisa que tinha na geladeira para preparar. Achei que fosse uma embalagem de carne conservada.

- Tudo bem, eu tenho mesmo que fazer compras, amanhã depois da reunião eu vou ao mercado.

- Vai haver uma reunião amanhã?

- Sim, decisões sobre o inverno precisam ser tomadas. É obrigatória a presença de todos os membros maiores de idade da alcateia, então, você precisará ir.

Ela ficou insegura com a novidade.

- Tem certeza que os outros não vão se importar com a minha presença?

- Eles não podem reclamar, devido ao casamento você é um membro do clã agora, com todos os direitos e deveres que isso implica.

- Ok. - Ela respondeu.

A reunião foi marcada para a manhã do dia seguinte. Lucine acompanhou Aram, caminhando sempre dois passos atrás dele pela rua, até o local que chamavam de casa dos anciãos. Vestia o mesmo conjunto de moletom preto que ficava ridiculamente gigante nela.

Quando chegaram, ele a orientou a sentar na primeira fileira, enquanto ele assumiu seu lugar no pequeno palco improvisado. Logo o lugar estava cheio e as pessoas tomaram todo o cuidado para deixar as duas cadeiras do lado dela vazias, como se ela tivesse alguma doença contagiosa. O único olhar amigável que recebeu foi do homem que a havia trazido até a aldeia.

O Alfa chamou a atenção de todos e deu início a reunião.

- Estamos aqui hoje para a divisão justa dos suprimentos que estão estocados. Como já devem saber, a colheita não foi das melhores, então será necessário racionar. A carne também não temos em grande quantidade e os rebanhos não são como os dos outros anos.

Ele falou e se instaurou um silêncio no recinto, as pessoas estavam visivelmente insatisfeitas. Até que um senhor tomou coragem e fez o comentário que estava na mente de todos.

- E a que devemos essa situação? Além de abandonar suas responsabilidades, trouxe essa loba para o meio de nós. Isso vai trazer mau agouro.

Aram lançou um olhar feroz para o homem mas se manteve controlado em sua resposta.

- Eu sei que faltei com minhas responsabilidades nos últimos tempos, mas qualquer macho aqui tem o direito de me desafiar pela liderança se não estiver contente. Eu estou tentando fazer com que tenhamos o mínimo de prejuízos possíveis e que o inverno transcorra de forma tranquila. Agora, quanto a minha Luna, não creio que isso seja dá conta de ninguém. Se o casamento foi realizado é porque era permitido, e talvez a única forma de refrear a guerra durante o inverno. Não esqueçam que ela nos foi entregue pelo clã que mais nos causa problemas. Eu aceitei esse fardo para que as famílias de vocês pudessem dormir tranquilas à noite. A situação já está consolidada, então não vou aceitar ofensas direcionadas a mim ou a ela.

Lucine, que estava de cabeça baixa, levantou o olhar para o Alfa. Ao mesmo tempo em que ele a havia defendido, a havia ofendido de uma forma muito direta, deixando claro a todos que ela era um peso, um fardo, como ele mesmo havia dito. Ele havia se referido a ela como "minha Luna", o que era bastante dolorido. Em seus sonhos de adolescente, ela se imaginava sendo a Luna de alguém, mas nunca de alguém tão frio e cruel como aquele Lycan. Depois dos últimos meses essa vontade havia sido enterrada. A coisa boa entre os dois é que eles estavam igualmente destruídos. Nenhum deles pediria nada que o outro não pudesse dar.

Houve outro silêncio no grande salão e ele deu o assunto por encerrado, dando início a outro.

- Há comida suficiente para sobreviver ao inverno mas terá de ser racionada. Então eu tenho uma proposta a fazer. Os homens que tiverem interesse estão convidados a trabalhar na madeireira. Podemos fazer um rodízio, em que cada um trabalhe 3 vezes por semana, assim terá empregos para todos.

Nesse momento, houveram alguns murmúrios de insatisfação e Aram continuou falando.

- O serviço não é obrigatório e os ganhos serão individuais. Quem quiser trabalhar, acredito que o pagamento será suficiente para compensar o racionamento de comida.

- E o Alfa pretende se juntar a nós na madeireira?

Alguém perguntou do fundo do salão, em tom provocante.

Aram estava perdendo o resto de paciência que ainda mantinha, porém fez um esforço, pois reconhecia que estava em falta com o clã.

- O meu nome já é o primeiro da lista, afinal, tenho uma casa e uma fêmea para manter. Quem tiver interesse, deixe seu nome na lista para montarmos os turnos. Após o término da reunião, podem passar no depósito para pegar seus respectivos suprimentos.

Ele terminou a reunião e foi falar com algumas pessoas que o chamaram. Lucine permanecia de cabeça baixa, tentando fazer de conta que era invisível, quando percebeu que alguém havia ocupado a cadeira ao seu lado. Duas sacolas foram colocadas ao seu lado, o que fez com que ela levantasse o olhar e visse que o tal Szafir estava sentado na cadeira. Ele se dirigia a ela com um tom de voz baixo.

- Eu devo pedir desculpas pelas roupas improvisadas, mas eu não tive muito tempo. Aqui estão algumas coisas da lista que me foi entregue, prometo conseguir os resto em seguida.

Ela o encarou, surpresa com a aproximação.

- Eu devo agradecê-lo, suponho que sejam suas essas roupas, pelo tamanho. Foi legal da sua parte.

Ele direcionou a ela um meio sorriso.

- Eu sou legal as vezes, isto é, quando não estou arrastando meninas pela floresta e entregando-as a um destino mais cruel que a morte.

Ele disse, soando exagerado de propósito, era sua intenção fazer um gracejo.

Ela não pode evitar lhe devolver um leve sorriso.

- Bem, talvez esse "destino mais cruel que a morte", esteja tendo dias de provação. Afinal, ninguém está livre da esposa confundir comida de cachorro com carne para ensopado.

Szafir teve trabalho para controlar o riso, o que chamou a atenção de algumas pessoas que estavam por perto, que viram a Luna da Alcateia e o primeiro homem da guarda, sorrindo juntos de alguma piada. Esse detalhe também não passou despercebido aos olhos do Alfa.

            
            

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