•Protegida pelo Mafioso•
img img •Protegida pelo Mafioso• img Capítulo 5 ESPERO NÃO VÊ-LO TÃO LOGO, É UM APROVEITADOR!!
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Capítulo 6 SUA BELEZA NÃO ME ATRAÍ! img
Capítulo 7 TE PEGO A FORÇA! img
Capítulo 8 EU TE QUERO! img
Capítulo 9 VAI DIVIDIR O QUARTO COMIGO! img
Capítulo 10 PRECISO VOLTAR A REALIDADE! img
Capítulo 11 POSSESSIVO E CIUMENTO! img
Capítulo 12 VAI DEIXAR EU FAZER TUDO! img
Capítulo 13 QUER QUE EU CONTINUE img
Capítulo 14 QUERO CASAR COM ELA! img
Capítulo 15 SORTE SUA FAZER MEU CORAÇÃO BATER MAIS FORTE! img
Capítulo 16 ACOSTUME-SE! img
Capítulo 17 MADRUGA! img
Capítulo 18 CASAMENTO! img
Capítulo 19 PRESSÃO! img
Capítulo 20 CONFIANÇA! img
Capítulo 21 CUIDA DELA! img
Capítulo 22 QUANDO VAI VOLTAR img
Capítulo 23 CIRURGIA! img
Capítulo 24 OLHA AQUELA MULHER! img
Capítulo 25 VAI FICAR AQUI! img
Capítulo 26 EU TE AMO! img
Capítulo 27 ELA NÃO TEM ESCOLHA! img
Capítulo 28 PREPARATIVOS! img
Capítulo 29 ME AME EM TODAS MINHAS VERSÕES! img
Capítulo 30 VAI SER DIFÍCIL! img
Capítulo 31 FAÇO QUALQUER COISA POR VOCÊ! img
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Capítulo 5 ESPERO NÃO VÊ-LO TÃO LOGO, É UM APROVEITADOR!!

Pérola - Narrando

Ao decorrer da noite, uma chuva forte caiu. Trovões, raios e relâmpagos eram nítidos em meus ouvidos, tirando meu sono e paz. Não bastando a insistência da imagem de Hugo Gratteri na mente, perturbando-me, veio a chuva para me assustar.

- Não aguento! Vou dormir contigo, Pérola - Lorrana entrou feito um furacão no meu quarto, se jogando na minha cama.

- Essa chuva está muito forte - resmungo embrulhada dos pés até o pescoço, olhava para a janela.

- Ah, o Igor nesse momento para me esquentar - Lorrana suspirou pensando no noivo. A belisquei por baixo da coberta. Ela se ajeitou para me encarar, estava com aquele olhar de cisma e curiosidade, parte de mim já sabia o que queria perguntar para mim. - Não é só eu, mas o papai e a mamãe estão cismado com o comportamento do Hugo, veio no teu quarto, isso foi muito esquisito. Papai quase teve um treco na sala.

Amanhã com certeza passarei por um longo interrogatório.

- Ele é um abusado! - exclamo irritada só de lembrar que me viu de camisola. Não poderia ter acontecido algo mais constrangedor que isso.

- O que ele quer com você, irmã? Parece interessado - perguntou pensando, parecia que tinha algo errado nisso.

- Ele veio pedir desculpas - contei para ela o que aconteceu na noite do jantar de noivado. - E praticamente ordenou para que eu vá a um jantar com ele amanhã.

Lorrana arregalou os olhos.

- Jantar? - indagou, afirmei. - Isso está muito embaraçoso!

- Sim, está além da conta todo esse comportamento dele - concordei com ela, sei poucas coisas sobre Hugo Gratteri, e não me pareceu que é alguém que goste de levar mulheres na minha condição para jantar. - Ele parece muito perfeito, de um jeito ruim, para querer sair comigo e ter tido essa importância de pedir desculpas pessoalmente.

- A Nila quase saiu com ele uma vez, mas foi dispensada quando ele colocou aquele par de olhos azuis nela. Segundo ele, ela não estava à altura para ser vista em público com ele - relatou isso. Fiquei surpresa, Nila é linda, uma modelo de grande destaque. Qual o problema dele?

- Ele é perfeccionista! Se importa com a aparência, é exigente - sussurrei, sem me incomodar com isso. Cada um com seu gosto. Mas porque me convidou para um jantar?

- Mas não tem comparação a Nila com você, irmã, é uma das mulheres mais lindas que existe - Lorrana e seus exageros para me elogiar. Apenas sorri para não ser chata. - Meu cunhado sendo um perfeccionista, obviamente viu a perfeição de mulher que é.

Ela mexe as sobrancelhas de um jeito engraçado e significativo.

- Não irei a esse jantar. Já desculpei o sr. Gratteri pelo o que me fez passar. Quero distância, não confio nele - decidi sem pensar muito. Pessoas como ele tem facilidade de machucar pessoas igual a mim. E, ele mexeu comigo, a aproximação na cama, o jeito que me tocou, olhou diretamente em meus olhos e pediu perdão. Suspiro olhando para o teto, como se estivesse sozinha, fecho e abro os olhos rapidamente para espantar a cena dele aqui no meu quarto. É tão bom sentir alguém bem de perto.

- Não confia nele? Porque? - Lorrana indagou confusa.

- Ele é um mafioso, Loh, amigo e líder do nosso pai, e consequentemente de nós. Hugo Gratteri pode muito bem querer sexo com uma manca - falo o que se passa na minha cabeça, tudo é possível. Sempre tenho que estar na defensiva para não ser machucada. - Já que eu não sirvo para casamento.

Lorrana sentou na cama com expressão irritada no rosto.

- Pare de falar essas coisas, Pérola! Eu não gosto de ouvi-la quando diz isso. Você serve para tudo que quiser! - fala chateada com minhas palavras.

- Loh, não fique chateada! Eu falo essas coisas, mas sei o meu valor, só estou sendo realista sobre uma possibilidade como essa - sento também para desfazer a carranca no rosto dela. - Pense comigo, o Hugo Gratteri é um senhor da perfeição, pode pensar em brincar comigo por pensar que sou frágil.

- Sim, infelizmente tenho que concordar - bufou. - Prometa para mim que nunca vai deixar ninguém se aproveitar de você, pisar, fazê-la chorar.

- Eu prometo pela milésima vez - revirei os olhos com humor.

Nos acomodamos para dormir, depois de conversarmos um pouco mais sobre o assunto Gratteri. Hugo pode ter sido sincero no momento em que pediu perdão, mas isso não o classifica como um bom homem.

Fechei os olhos, caçando pelo sono que precisava abraçar.

NO OUTRO DIA ...

Nᴀ ᴄᴏᴢɪɴʜᴀ. Aᴅᴇʟᴇ ғᴀᴢɪᴀ ᴜᴍ ʙᴏʟᴏ ᴘᴀʀᴀ ᴄᴏᴍᴇᴍᴏʀᴀʀ ᴀɴɪᴠᴇʀsáʀɪᴏ ᴅᴇ ᴄᴀsᴀᴍᴇɴᴛᴏ... Não costumo ser impulsiva ou idiota ao ponto de cogitar sair para jantar com alguém que sem sombras de dúvida tem preconceito. Mas pesquisar sobre Hugo Gratteri e encontrar vídeos curtos, de mulheres bonitas sendo descartadas apenas com um olhar publicamente por Hugo, me fizeram querer agir impulsivamente e até mesmo feito uma idiota.

- Veja esse! - Lorrana clica em um vídeo no notebook. - Ele não quis apertar a mão da mulher.

Franzi cenho. Ele é gay?

- Gay ele não é, Pérola. Igor já me contou algumas aventuras deles juntos, e só pelo conteúdo, meu cunhado é muito hetero - Lorrana despacha esse meu pensamento. - Concluo absolutamente que ele é preconceituoso!

- Só por conta disso. Irei a esse jantar, Lorrana! - fecho o notebook, respiro fundo. Lorrana me olha desaprovando minha decisão.

- Porque quer fazer isso, Pérola? - pergunta encucada com a mudança.

- Quero ver como vai agir essa noite comigo. O quão caprichoso ele é, aliás o convite partiu dele. Se tentar me humilhar, saberei como me defender, não baixo a guarda - falo, uma curiosidade me invade. Se com uma mulher perfeita ele agiu com desdém, quero ver como agirá comigo, sendo imperfeita.

- Isso é desnecessário! - Lorrana resmunga baixinho.

- Não tenho nada para fazer. Porque não descobrir qual o problema do seu cunhado?! - falo pensando na roupa que usarei. Isso pode me machucar, ou me fazer rir muito.

❇❇❇

Hugo Gratteri - Narrando

Nᴏ ᴇsᴄʀɪᴛóʀɪo silencioso ... O velho alfaiate arrumava os detalhes precisos do smoking preto para usar essa noite. Penso e repenso em cancelar, mas sinto ansiedade, vontade de ver Pérola essa noite.

- Uau. Qual a ocasião? - Simone adentrou minha sala com uns papéis em mãos.

- Jantar - respondo, com os olhos concentrados no espelho, assistindo o que o velho faz.

- Com os sócios? - Simone está curiosa, se fosse jantar com os sócios saberia, por ser um membro importante na empresa.

- Com a filha do Holando - falo antes que me irrite fazendo mais perguntas.

Simone pareceu pensar e com isso um sorriso duvidoso surgiu nos lábios.

- Vai jantar com a mais velha, aquela que é manca? - pergunta percebo a incredulidade em sua voz.

- Sim - respiro fundo. - Deixe os papéis na mesa, e saia, por favor!

Arqueio a sobrancelha olhando para a cara dela que ainda está parada me olhando. Recompondo-se ao devaneio que não me importo que tinha, saiu da sala.

Terminado tudo com o alfaiate, foi dispensado. Voltei a trabalhar. Aluguei o segundo andar de um restaurante que gosto, para ter privacidade com Pérola, e evitar ter atenção de pessoas com câmeras em cima de nós. Não quero que amanhã meu rosto esteja estampado e o dela, especulando sobre um possível romance. Evito ao máximo ter contato publicamente com mulheres, para poupá-las de se iludirem sozinhas, e me darem dor de cabeça. Tenho um gosto muito refinado, não é qualquer mulher que me agrado, que levo para minha cama.

Igor entra no meu escritório após duas batidas. Hoje ele está encarregado de liderar as reuniões com alguns sócios da máfia.

- A irmã da minha noiva, isso é muito interessante - fala de um jeito sério, estranho sua postura. - Quer se divertir com a Pérola?

É perceptível para todos próximos a mim, que odeio casamentos. Igor sabe bem disso, e sua pergunta, mostra o tamanho do seu incômodo, na hipótese de brincar com a irmã da sua noiva. Pérola é filha de um capô, não pode ser desonrada. E se a chamei para jantar, Holando sabendo disso pode criar-se a perspectiva de um casamento.

- Mulheres para mim só servem para sexo e matrimônio - falo o que penso sobre elas. - Pérola não me atrai fisicamente, é deficiente, não seria uma boa esposa para mim - faço minha observação, e sinto um certo incômodo comigo. - Não quero me aproveitar da sua cunhada, se não conhecê-la, sermos amigos, quem sabe? Estou muito curioso.

- Só está curioso, quer ser amigo. Porque usará esse smoking? - ele questiona.

- Gosto de estar bem vestido - isso é comum para alguém como eu. Igor respira fundo, só ficou sabendo do jantar porque escrevi no quadro de missões esse compromisso. - Não se preocupe, Pérola não é mulher para mim!

Minha mente me acusa imediatamente sobre a mentira dita. Pérola é mulher sim para mim. Lembro de suas costas nuas na camisola transparente, os seios. Quando a peguei no colo, ela é tão leve e delicada. Mas tem a língua afiada. Eu fiquei profundamente atraído, excitado e quase louco para agarrá-la.

- Não é mulher para você - Igor repetiu, e nada mais disse.

❇❇❇

Pérola - Narrando

Pela noite. Restaurante.

Um recepcionista sorridente me guiou para a ala de cima para encontrar com Hugo Gratteri. Não fiquei surpresa dele não ter ido me buscar, certamente não queria entrar nesse restaurante luxuoso na companhia de uma manca.

Lorrana tentou de várias maneiras fazer-me desistir do jantar, mas persistir firmemente.

Para poupar-me o cansaço, vim de cadeira de rodas, sorte que a ida para o segundo andar tinha um elevador próprio para pessoas com deficiência.

No andar de cima, olhei em volta no grande espaço vazio. Enxerguei o Hugo no centro próximo a única mesa.

Sorri, mas não para ele, e sim pelo seu plano muito bem feito para não ser visto comigo. O garçom saiu, Hugo se aproximou lentamente de mim, a iluminação caiu sobre ele. Engoli em seco, vendo-o tão belo e elegante.

Seus olhos avaliadores caíram em mim feito neve, desde as sapatilhas que usava a alça do vestido roxo que abraçava meu corpo. Meu cabelo estava preso, não usava maquiagem, não me dei o trabalho de fazer uma.

- Boa noite, Srta Savarin! - fala me olhando atentamente.

- Boa noite. Conseguiu expulsar todo mundo - falo em tom risonho, mas de um jeito debochado. - Isso é impressionante!

- Não é mais impressionante que o seu deboche desnecessário a ser usado comigo. Isso me irrita! - respirou fundo atrás de mim, empurrando minha cadeira para perto da mesa. - Mas irei me explicar. Gosto de zelar pela minha privacidade.

- Eu entendo, ser visto com alguém feito eu, não seria agradável - falo venenosa mas com um sorriso confortável no rosto. Hugo já na minha frente estreita os olhos. - Eu também zelo pela minha privacidade, não quero ser vista com alguém feito o senhor.

Pego o cardápio, vejo as opções que tenho. Sinto o olhar de Hugo em mim, ele com certeza ficou incomodado com minhas palavras, certamente a segunda parte é claro.

- Explique isso! Porque não iria querer ser vista comigo? - ele pergunta, tiro os olhos do cardápio, para encará-lo.

- Pelo mesmo motivo que o seu - respondo. Ele não parece acreditar na minha resposta, certamente por ser ruim o motivo dele.

- Vergonha? - ele questiona. Ele saiu muito rápido do meu jogo, foi direto ao ponto.

- Vergonha - repito. - Nossos motivos realmente são os mesmos, isso é interessante, sr. Gratteri!

Sinto a pressão na mesa, e o barulho dela ao ser arrastada para o lado. É tão leve? Inesperadamente sou puxada para o encontro de Hugo, ele me olha furioso.

- Você é petulante! - braveja.

- Você é preconceituoso! - revido.

Ele falta para me engolir com os olhos. Sua mão prende meu braço direito, me puxa para levantar junto com ele. Suas mãos prendem minha cintura para que tenha equilíbrio.

- Prefiro discutir de pé! - resmunga. Fico encarando a área do seu peitoral, cansarei rápido se manter minha cabeça para cima encarando-o diretamente nos olhos. - Eu não sou preconceituoso, Pérola!

- Esse cenário vazio é prova que é - falo movendo a cabeça em volta do lugar espaçoso. - Não é só pela sua privacidade, vai muito além, é vergonhoso para alguém da sua classe, porte, denominado a um dos homens mais bonitos do país, ser visto com alguém com deficiência física. Mas não precisa se sentir culpado, a pior pessoa do mundo. Também sou preconceituosa, pois não quero ser vista com alguém feito você.

Hugo apertou os meus ombros.

- Para que porra veio a esse jantar? - ele está muito irado comigo. Se olhar matasse, estaria agora mesmo.

- Para ter certeza qual tipo de ser humano é. Pesquisei sobre você, vi alguns vídeos, precisa disfarçar melhor seu desgosto quando ver algumas pessoas - respondo. Quero distância do corpo dele, a aproximação me faz imaginar o que não devo. - Aliás, pensei que fosse gay. Você é?

Surpreendentemente sentir o gosto da boca dele, arregalei os olhos dando-me conta da aproximação. Ele me beijou! Segurou meu maxilar, fazendo assim abrir minha boca e enfiou sua língua na minha. Meu corpo todo esquentou, a temperatura subiu muito.

- Não sou gay! - fala em tom alto, solta meu maxilar. - O jantar acabou! Não há nada para nós dois, ambos sentimos vergonha um do outro, e uma amizade é impossível ser iniciada. E nem me agrada! Fique claro que o meu convite para esse jantar, não foi com a intenção de humilhá-la, fiquei curioso sobre você e a porra que me fez sentir.

- Fico grata pela sua sinceridade! - falo, pouco me importa saber o que sentiu. Minha cabeça trabalha no beijo que me deu. - Espero não vê-lo tão logo, é um aproveitador!

Limpei minha boca diante dos seus olhos.

- Anseio por isso, srta Savarin!

                         

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