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Amy pegou Emma com rapidez e tentou correr para o lado esquerdo do corredor, mas quando estava indo uma das funcionárias da creche a parou.
"Oh, Emma! Seus amiguinhos estão perguntando sobre você. O que acha de ir brincar com eles? Claro... se sua mãe permitir."
"Essa garotinha é sua filha?" Uma voz familiar foi ouvida.
Amy se virou e viu Marcus parado com os olhos arregalados.
"Marcus..." Amy sussurrou.
"Mamãe... Eu posso ir brincar?" Emma perguntou com olhos carinhosos.
Amy pediu que a mulher levasse Emma para creche, e tentou se afastar de Marcus.
Ele foi rápido e empurrou contra a parede.
"Você... você tem uma filha?" Ele perguntou confuso.
Amy ia falar, mas seu pager começou a tocar.
"Leito 6?" Ela sussurrou.
"Meu pai!" Marcus gritou enquanto corria para o quarto onde seu pai estava.
Amy correu atrás dele e quando chegou lá um interno estava tentando entubar o pai de Marcus, mas não estava conseguindo.
"Eu só estou no primeiro ano..."
"Ah, deixa que eu faço isso." Amy disse enquanto se aproximava.
Depois que entubou, Fred, Amy disse ao interno: "Envie-o para a ressonância. Assim que tiver as imagens mande-as para a Dr. Stevens. Ela será a cirurgiã deste paciente e..."
"O que? Não... eu quero que você opere." Marcus disse se levantando da cadeira.
Amy se virou e disse: "A Dra. Stevens é uma ótima cirurgiã geral. Seu pai ficará bem, Marcus."
"Amy... por favor. Você é a única pessoa que eu conheço aqui. Não quero deixar o meu pai com qualquer um..."
"Eu... tenho muitas cirurgias marcadas pra essa semana. Então, não poderei operar seu pai. Então peço que considere minha indicação." Amy mentiu. Era verdade que ela tinha muitos pacientes, mas não tinha tantas cirurgias naquela semana. Só falou isso por que não podia operar o avô da sua filha. Se descobrissem ela poderia ser demitida.
Marcus a puxou pelo braço e olhou-a nos olhos fixamente. Mas ela foi se afastando lentamente e depois saiu.
Duas horas depois
"Dra.Monroe, por que se recusa a operar o paciente do leito 6?" Uma voz fria ecoou na sala dos médicos. Era Richard o chefe de cirurgia.
"Richard... Eu não posso operar aquele paciente por que nós nos conhecemos. E infelizmente ele está em péssimas condições. Então eu não posso opera-lo sabendo que ele pode morrer naquela mesa de cirurgia! Eu nunca me perdoaria se eu matasse o avô da minha filha." Ela gritou. Mas logo percebeu que havia falado demais.
Os outros médicos presentes ficaram pasmos com o descontrole de Amy. Então resolveram sair e deixá-los a sós.
"O que? Ele é o avô da Emma?" Richard perguntou com os olhos arregalados.
Richard era como um pai para Amy naquele hospital. Ele era amigo de Penélope e Benjamim. Então tratava Amy como uma filha.
"Eu falei demais. Por favor... não conte a eles. Por favor!" Amy pediu com as mãos na testa.
"Amy... aquele homem que está com ele é o pai da Emma, não é?"
Amy fechou os olhos e sussurrou: "Sim. Ele é o pai da Emma."
Horas depois, a noite chegou rapidamente e Amy foi até a creche pegar Emma pra ir embora
'Aí que cabeça a minha!' Ela pensou enquanto voltava para ir embora.
Emma já tinha ido para casa. Sandra já tinha vindo buscá-la a mais de quatro horas atrás. O cansaço fez Amy esquecer.
Enquanto ela se dirigia até a porta, ela lembrou de pedir que observassem um paciente.
"Ellis. Fique de olho no paciente do quarto 12. Qualquer mudança peça para me chamarem." Ela pediu a uma enfermeira.
A enfermeira assentiu e Amy saiu.
Quando Amy entrou em seu carro... lá estava Marcus no banco do passageiro.
"Aaa." Ela gritou ao vê-lo.
"Precisamos conversar, Dra.Monroe." Ele zombou.
"Como... como entrou no meu carro?" Ela perguntou confusa e evitando olhá-lo.
"Aquela garotinha é minha filha não é?" Ele gritou enquanto se aproximava dela.
Amy ficou pasma ao ouvir o que Marcus havia falado. Ela estava paralisada, mas não pode deixar de olhá-lo nos olhos.
"Me responde, Amy!"
A voz fria de Marcus, fez Amy sair de seu transe.
"Quem... quem te contou isso?" Ela perguntou.
"Ouvi um grupo de internos fofocando no corredor. Mas isso não importa! Quero ver minha filha, agora."
"Não. Você... você não vai vê-la! Ela... não te conheçe e..."
Interrompendo Amy, Marcus perguntou enquanto colocava a mão no queixo dela: "Por que... por que não me disse que estava grávida? Por que?"
"Eu estava confusa. Não sabia como você reagiria! E... eu não contei aos meus pais que eu... usava drogas. E fiquei imaginando se a Emma nascesse com alguma doença por minha causa. Já estava limpa por alguns meses, mas a droga ainda podia estar dentro de mim. E eu não espero que você me perdoe por não te contar. Mas só peço que não tente tirar a Emma de mim." Amy derramando lágrimas.
Marcus se sentiu mal ao vê-la chorando e foi abraçá-la. Mas ela o empurrou e eles ficaram de encarando por alguns segundos até que seus rostos foram se aproximando lentamente.
Quando estavam prestes a se beijar, Amy virou o rosto e pediu: "É melhor você voltar e ficar com seu pai. Mudando de assunto... por que vocês estão aqui e não na nossa cidade natal?"
"Amy, Eu quero ver a minha filha. Quero que ela me conheça e me chame de pai. Não se preocupe por que ao contrário de você eu não mantê-la afastada."
Ao terminar de falar ele apontou para a chave do carro. Amy entendeu o que ele estava querendo dizer e começou a dirigir.
No apartamento
"Senhora! Que bom que chegou. Meu expediente já acabou e preciso ir logo para casa." Sandra disse enquanto pegava sua bolsa.
"Ela está no quarto brincando." Sandra acrescentou.
"Oh. Desculpe por isso, Sandra. Para compensar pode chegar um pouco mais tarde amanhã. Boa noite." Amy disse tentando um sorriso.
Sandra assentiu, e antes de sair cumprimentou Marcus.
Marcus começou a olhar para cada espaço daquele apartamento luxuoso. Alguns dos brinquedos de Emma estavam espalhados pela sala. Ele riu silenciosamente ao ver alguns desenhos no chão.
"Desculpa a bagunça." Amy disse sem graça.
Marcus olhou para ela com olhos amorosos e disse: "Podemos ir vê-la?"
Enquanto Amy andava pelo corredor, ela sinalizou com a mão para que Marcus a seguisse.
Quando entraram no quarto de Emma, ela já estava brincando com várias bonecas.
Ao ver Amy, ela correu para abraçá-la.
"Mamãe, eu quero brigadeiro."
Amy riu e deu-lhe um beijo na bochecha enquanto passava as mãos nos longos cabelos loiros de Emma.
"Quem é esse?" Emma perguntou em um tom doce.
Marcus se aproximou dela, e se abaixou para ficar na mesma altura que a dela.
"Eu sou seu papai." Ele disse olhando para Emma carinhosamente.