Capítulo 4 Um Deus grego

* Ponto de vista da Diana*

De repente senti Daniel segurando minha cintura e me puxando com tudo, fazendo com que eu deitasse na cama ao seu lado, dei um grito de surpresa pois não estava esperando por isso.

Ele me abraçou forte e senti meu corpo ficar tenso...

O seu abraço estava diferente, ele parecia mais forte, mais musculoso, me dando arrepios pelo corpo com o seu toque.

Senti meu rosto esquentar e sabia que estava ficando vermelha.

Acho que Daniel sentiu meu desconforto e quebrou o silêncio entre nós.

" Bom dia princesinha, que horas você chegou?"

Então eu disse que havia acabado de chegar, conversamos mais um pouco e mandei ele se levantar para irmos tomar café, pois eu estava faminta.

Sai de seu abraço e me levantei da cama, corri em direção a porta e sai do quarto fechando a porta atrás de mim.

Eu ainda estava me recuperando do choque de ficar tão próxima a ele.

Na verdade nós sempre ficávamos próximos um do outro, era algo normal entre nós, mais dessa vez senti algo diferente dentro de mim, como se minha mente estivesse me pregando peças.

Eu não esperava que seria tão difícil manter meu corpo e meus sentimentos sob controle.

Eu precisava fazer algo, não podia arriscar perder meu melhor amigo, eu teria que agir normalmente na frente dele, porque eu era uma péssima mentirosa, e se ele desconfiasse de alguma eu estaria perdida.

Desci as escadas e fui até a cozinha.

Encontrei meus pais conversando com a tia Emily, e quando me aproximei vi que minha mãe e a tia estavam com os olhos vermelhos.

Eu sabia que elas haviam chorado, foi a mesma coisa a 6 meses atrás quando eles haviam nos visitado.

Mais eu não podia culpa-las, na verdade eu achava linda a amizade delas, era um amor sincero e verdadeiro.

Poucas pessoas tinham a sorte de terem uma amizade tão bonita na vida.

Pensar nisso me fez sorrir, chamando a atenção de todos para mim.

O que fez com que eu ficasse vermelha novamente.

' Droga ' pensei comigo.

Minha mãe quebrou o silêncio e disse:

" Filha onde está o Daniel? "

Antes que eu pudesse responder escutei uma voz atrás de mim.

" Estou aqui tia "

O que me fez dar um pulo.

Todos riram da minha reação, e então minha mãe se levantou e deu um forte abraço no Daniel, acariciou os seus cabelos e quando foi dar um beijo em sua bochecha, teve que ficar nas pontas dos pés.

" Como o meu menino cresceu, e está tão lindo que chega a doer meus olhos"

Mamãe disse pra ele.

Daniel ficou todo vermelho, o que me fez rir.

Senti seu olhar sobre mim com quem dizia ' não ria da minha cara ' , o que me fez rir mais ainda.

Vi minha mãe se afastar do Daniel, e pude finalmente olhar pra ele, pois como o seu quarto estava um pouco escuro e ele estava de baixo do edredom, não pude observa-lo bem.

E meu deus, o que eu vi fez meu coração acelerar ainda mais.

Daniel havia mudado muito desde a última vez que nos vimos.

Ele sempre teve o porte atlético pois praticava esportes na escola desde o ensino fundamental, mais ele estava diferente.

Ele havia crescido mais, devia estar com mais ou menos 1,73 metros de altura, seus braços estavam mais musculosos, ele com certeza estava pegando pesado na academia...

A sua blusa estava um pouco justa no corpo, fazendo com que seu peitoral ficasse marcado pelo tecido, o que me fez imaginar o tanquinho que ele escondia.

Daniel estava usando uma bermuda jeans e chinelo, e seu cabelo estava levemente molhado, o que indicava que ele havia lavado o rosto e passado as mãos molhadas sobre o cabelo.

Ele estava extremamente sexy.

Aquilo foi demais pra mim, senti minha intimidade começar a ficar úmida e então desviei o olhar, sabendo que ficaria vermelha igual a um tomate se alguém me visse comendo seu corpo com os olhos.

Felizmente ninguém estava olhando pra mim, a atenção estava toda voltada para Daniel, o que me deu um grande alívio.

Não me julguem, eu tinha 16 anos, meus hormônios estavam a flor da pele.

Eu nunca havia namorado antes, mais isso não significava que eu era totalmente ignorante.

Já havia assistido a filmes pornôs com minhas amigas, e lido vários livros eróticos, eu entendi a teoria, só não tinha experiência nenhuma na prática.

Eu sabia que Daniel não era mais virgem, nós contávamos quase tudo um pro outro, e sabia que ele escondia coisas de mim assim como eu escondia dele, e eu preferia desse jeito.

Não aguentaria saber com quantas meninas ele já havia feito sexo, ou quantas bocas ele já tinha beijado...

Preferia não machucar meu coração dessa maneira.

Então quando o Daniel tentava me contar alguma coisa sobre isso, eu simplesmente dizia para ele me poupar dos detalhes sórdidos.

O que fazia ele rir, mais funcionava na maioria das vezes.

Eu sabia que ele estava solteiro, ele vivia dizendo que só tinha uns rolos por aí, mais que não queria uma namorada, o que me deixava feliz, porque eu não sei nem o que faria se ele começasse a namorar, pois sabia que iríamos nos separar, e isso me deixaria arrasada.

Eu tentava me preparar pra esse dia a muito tempo, porque ele não ia ficar solteiro pra sempre, ainda mais do jeito que ele era, mais só de imaginar já me deixava triste.

"Ei, tá pensando em que ? "

Daniel me perguntou rindo.

O que fez minha mente parar de viajar e voltar para a realidade.

Percebi então que eu estava encarando o chão e que todos estavam olhando pra mim.

'Droga' pensei comigo, eu odiava ser o centro das atenções.

" Nada, só que estou faminta"

Eu respondi, tentando ser o mais convincente possível.

Daniel então olhou nos meus olhos e eu pude sentir que ele sabia que eu não estava falando a verdade.

Mais antes que ele pudesse falar alguma coisa, a tia Emily me puxou para a mesa e me fez sentar na cadeira dizendo:

" Ótimo, a viagem deve ter sido cansativa, então vão tomar café, enquanto eu começo a preparar um almoço delicioso para nós "

Agradeci a ela mentalmente por ter me salvado do Sr. Detector de mentiras, e comecei a comer assim que todos se sentaram a mesa.

* Algumas horas depois*

Estávamos no quarto do Daniel jogando vídeo game.

Eu era muito boa nisso, jogava com ele desde os meus 7 anos, mais ainda assim tinha que admitir que não era nada fácil ganhar do Daniel.

Eu era muito competitiva, por isso sempre que perdia ficava com a cara emburrada, o que fazia ele sempre me provocar e rir de mim.

"E aí, quer perder mais uma partida "

Daniel me perguntou rindo.

" Não valeu, você roubou"

Eu disse irritada.

Daniel começou a rir ainda mais, pois sabia que eu odiava perder.

"Vamos lá, melhor de 3, e dessa vez eu não vou pegar leve"

Eu disse me concentrando no jogo.

O que não adiantou, pois eu perdi as duas rodadas seguintes.

            
            

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