A Babá do CEO - Laços de vingança | Parte 2
img img A Babá do CEO - Laços de vingança | Parte 2 img Capítulo 7 A dor
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Capítulo 10 Um defeito img
Capítulo 11 Ele é seu filho! img
Capítulo 12 Vá embora! img
Capítulo 13 Uma conversa franca com a mãe img
Capítulo 14 O reencontro img
Capítulo 15 O desafio img
Capítulo 16 Apenas uma babá img
Capítulo 17 O fim do casamento img
Capítulo 18 Só quero você! img
Capítulo 19 A invasão img
Capítulo 20 Você nunca me amou img
Capítulo 21 Não conte a ninguém img
Capítulo 22 O primeiro beijo de Liz img
Capítulo 23 A primeira vez img
Capítulo 24 Entre mentiras e segredos img
Capítulo 25 O mandado de prisão img
Capítulo 26 Uma assassina img
Capítulo 27 Ela é culpada img
Capítulo 28 A namorada do Doutor img
Capítulo 29 Carícias ávidas no quarto img
Capítulo 30 Fique comigo essa noite img
Capítulo 31 Um lado devasso img
Capítulo 32 Quero tr3par com você img
Capítulo 33 Doce ilusão img
Capítulo 34 Fique de quatro! img
Capítulo 35 Omissões img
Capítulo 36 A filha da assassina img
Capítulo 37 Um sublime 0rg4sm0 img
Capítulo 38 Um beijo de despedida img
Capítulo 39 Você é um assassino img
Capítulo 40 Laços de Vingança img
Capítulo 41 A emoção da despedida img
Capítulo 42 Epílogo img
Capítulo 43 Trecho extra do livro de Liz e de Alex img
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Capítulo 7 A dor

- Pietro não é tão mau quanto Gabriel e Viviane falam.

- Os nossos pais sempre falam a verdade! - Liz enfatizou.

- Você sabe que eles me adotaram por pena depois que a minha mãe morreu, - fez uma careta e voltou a prestar atenção na rua enquanto conduzia o automóvel.

Liz desistiu de discutir sobre esse assunto, não queria brigar com a irmã que não via há dias. Pretendia aproveitar a carona e a liberdade de poder ir a algum lugar sem a companhia dos guarda-costas.

- Por que foi ver aquele homem?

- Queria saber porque ele matou a minha mãe.

- A mamãe está viva!

- Que merda, Liz! - Deu um soco na buzina para apressar o automóvel na frente. Mellanie tragou o cigarro e expeliu a fumaça antes de dizer: - A minha mãe se chama Andréia e ela está morta.

- Pensei que já tinha resolvido isso na terapia.

- Nenhum terapeuta conseguirá eliminar a dor eu que sinto...

O silêncio imperou entre elas. Apesar de Liz ter feito terapia para se libertar do trauma que vivenciou no shopping treze anos atrás, ainda tinha pesadelos horríveis em que Pietro a soltava e deixava ela cair numa profunda escuridão, gritando pela mãe. Inquieta, Elizabeth abriu a bolsa para pegar o celular. Desbloqueou a tela e começou a vasculhar as redes sociais.

- Põe o cinto! - Mellanie sorriu.

A garota segurou forte no volante antes de pisar no acelerador.

- Para onde vai?

- Vamos pegar um atalho.

- Não, Mellanie! Pare o carro, vou descer.

- Relaxa, maninha.

O coração de Liz disparou, teve a sensação que sairia da sua boca.

- Está amarelo, - Elizabeth apontou para o semáforo.

- Aham! - Mellanie jogou o cigarro pela janela e seguiu em frente.

- Que merda! - Exclamou, nervosa. - Quer me matar, p0rr4!

- Não sabia que a princesinha imaculada do papai tinha boca suja, - olhou para a irmã.

- O carro, - Liz berrou quando apontou para Corolla prata à frente, que diminuiu a velocidade.

No mesmo instante, Mellanie desviou do carro, mas seus corpos sacudiram. A testa de Liz se chocou contra o painel do veículo.

- Você está bem?

Sentindo uma dor lancinante, Liz passou a mão no pequeno corte na testa. Mellanie ainda estava com o rosto enfiado airbag.

- Não foi nada de mais, - falou com um homem que veio ver como elas estavam.

Ao reconhecer o segurança, Liz apanhou os óculos do chão do carro e segurou a alça da bolsa preta.

- Aonde vai? - Mellanie deu tapas para afastar o airbag.

- Me deixe em paz!

- Por favor, não conte a Viviane que visitei Pietro, - pediu num tom condescendente. - Ele é o único laço de sangue que eu tenho.

Por mais que Elizabeth detestasse a ideia de ver a irmã se aproximando do monstro, ela se limitou a concordar com a cabeça.

Saindo do carro, entrou no Ford preto dos seguranças que seguiam Mellanie. Com a têmpora latejando, ela deitou a cabeça no encosto do banco carona, enquanto um dos guarda-costas se retirava para fazer a segurança de Mellanie.

- Leve-me para o hospital São Miguel.

- Tenho que avisar o senhor Welsch...

- Por favor, não!

- Sinto muito, senhorita.

- Preciso falar com o seu pai, senão, eu vou perder o emprego.

- Drog4! - Ela reclamou ao sentir outra pontada na cabeça.

- Vou te levar ao hospital.

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Ao chegar à emergência, Liz ficou sentada na cadeira. Ao seu lado, o segurança de pele bronzeada preenchia os seus dados na ficha médica. Lembrando-se dos óculos, ela pegou na bolsa e colocou a armação dourada entre o nariz e a testa.

O sangramento havia parado, mas ainda exibia um pequeno corte na sua pele. Permaneceu sentada por alguns minutos, até que uma figura alta, exibindo a silhueta musculosa no uniforme preto, apareceu no saguão. Abaixando a cabeça, ela tentou se esconder do olhar do médico que vasculhava o ambiente.

- Liz!

Ela levantou o rosto e reparou na mandíbula quadrada e nas sobrancelhas castanhas que emolduravam o olhar petulante. Estava totalmente presa à beleza daquele rosto másculo. Elizabeth suspirou enquanto os seus olhos examinavam o belo rosto do médico. Sentia que precisava gravar aquelas feições antes que se afastasse para atender outro paciente.

- Olá, doutor! - falou, enrubescendo.

Os batimentos estavam mais alterados e palma da sua mão suava. Em certo momento, Liz teve medo que Alex ouvisse a suas palpitações.

- O que aconteceu? - Inclinou-se para examinar o corte sob o pequeno caroço que se formou na sua testa.

Elizabeth moveu os lábios rosados, mas não formulou palavras. A sua pele arrepiou com o toque leve em torno do calombo.

Ela já tinha sentido aquele frio na barriga nas vezes em que esteve perto dele, mas aquele calor desconhecido subindo por entre as pernas era algo novo e intenso.

- Me solta! - Alguém gritou ao entrar no saguão.

Da sala de espera dava para ver a jovem de cabelos negros que lutava contra o segurança que a puxava.

- A senhorita torceu o tornozelo, - disse o brutamontes de terno preto. - Precisa de um médico.

- Não quero, - a garota continuou a discutir com o segurança.

Cerrando os olhos com o desgosto, Liz sentia vergonha pelo alvoroço que irmã causava no hospital.

- Mellanie!

Ao erguer o rosto, ela vislumbrou as pupilas de um azul tão intenso como o do céu. Mellanie se despojou de toda a agressividade ao ver o doutor Alex em pé ao lado da sua irmã.

- Ai, doutor! - A voz suavizou de repente. - Preciso da sua ajuda.

- A senhorita nem queria ajuda... - O segurança arqueou uma sobrancelha, estranhando o drama da jovem.

- Cala a boca, idiota! Prefiro ser cuidada pelo doutor bonitão, - cochichou e sorriu para Alex que vinha socorrê-la.

Com os ombros encolhidos, Elizabeth assistiu à cena que a irmã fazia para chamar a atenção do herdeiro da família Bittencourt. No fundo, ela sempre achou que a irmã era mais experiente e seduzia os homens com mais facilidade.

            
            

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