De repente, vi um homem esbelto e musculoso entrando. Ele era alto, de cabelos loiros e bem arrumado. Estava acompanhado de outro senhor que parecia muito poderoso. Fiquei encantada com aquele homem.
Foram se aproximando da nossa mesa e eu fui ficando encantada com tanta beleza.
- Patricia, levante-se para receber os senhores Lasier.
Fiquei sem reação ao vê-los se aproximando.
- Boa noite, senhores!
Falou meu chefe, fazendo as honras e apresentações.
- Apertei a mão de Oliver e senti seu perfume caro e delicioso.
- Vamos iniciar nossa reunião, nosso jurídico está a par do contrato.
- E essa senhorita?
- Patricia Dohler é nossa gerente de Marketing e estará à frente do nosso projeto, pois confio muito nela.
- É um prazer, senhor Lasier!
- Você se dará bem com meu filho e sucessor, Oliver.
Oliver deu um sorriso, e dava para perceber que obedecia ao pai em todas as situações, pois aquela família era muito poderosa e rica.
- Senhor, Olavo confiará sua empresa a nós.
- Então, Sr. Ricardo. Esse é o primeiro projeto do Oliver, e deixarei ele à frente.
Oliver olhou para Ricardo e disse.
- Precisamos de mais tempo para conhecer sua empresa e ver se é digna das nossas fortunas.
Ricardo ficou vermelho e disse: - Claro, Patricia ficará à sua disposição 24 horas por dia.
Oliver sorriu e eu fiquei vermelha.
Terminamos o jantar e no final, com toda a inocência, perguntei.
- Senhor Oliver, queres anotar meu telefone?
- Senhorita, já sabemos tudo sobre você. Sei como entrar em contato.
Aquela noite demorei para dormir, pois não tirava da cabeça aquele homem.
Já era cedo e estava me arrumando para o trabalho quando o Sr. Ricardo ligou.
- Bom dia, Patricia!
- Bom dia, começamos cedo hoje?
- Sim, recebi uma ligação do Sr. Lasier solicitando que você passe o dia com seu filho, Oliver.
- Mas para quê? E onde iremos?
- Para se familiarizar com seus negócios e conhecer a empresa.
- Ok!
- Patricia, esse negócio está em suas mãos, nossos acionistas estão pressionando para fechar o contrato. O destino da nossa empresa depende disso.
- Farei o possível.
- Use todos os seus atributos e, se necessário, ultrapasse os limites. Você tem meu consentimento.
- Sr. Ricardo, não sei o que está insinuando, mas sou profissional.
- Vamos deixar o profissionalismo de lado, menina. Tudo está em suas mãos, não deixe seu orgulho atrapalhar.
- Aguarde que um carro irá pegá-la e levá-la ao encontro do Sr. Lasier.
- Está bem, senhor.
Senti-me ofendida e pressionada após aquela ligação. Parecia que eu era apenas um objeto, mas eu precisava daquele emprego e fechar aquele acordo seria bom para a minha carreira.
Terminei de me arrumar, e o motorista já estava lá embaixo aguardando.
- Bom dia, Senhorita Patricia. Sou Mauricio, seu motorista por um tempo. Sou funcionário da empresa Lasier há mais ou menos 20 anos, então pode confiar no meu trabalho e estarei sempre à sua disposição!
Fiquei impressionada com aquela apresentação e profissionalismo. Era evidente que a empresa não era grande à toa.
- Bom dia, Mauricio. Agradeço pela gentileza.
- Iremos direto para a empresa?
- Sim, senhorita. O Sr. Oliver está à sua espera.
- Deseja parar em algum lugar antes?
- Não. Podemos seguir direto.
- Certo. Pode me chamar se precisar de algo.
- Obrigada!
Eu estava nervosa, além do grande contrato, tinha aquele homem maravilhoso e sedutor para passar o dia. Eu não sabia como agir ou me comportar ao lado dele.
Eu acho que nem minhas roupas são adequadas para esse lugar e situação, mas como meu salário na empresa não era alto, devido à redução por conta da crise, era o melhor que eu tinha para aquele momento.
Eu já havia ouvido falar dos Lasier e de sua fortuna, mas jamais imaginei que a empresa ocupasse um quarteirão inteiro. Era possível se perder lá. Eu ouvi dizer também que os melhores profissionais estavam ali e consideravam aquilo uma "família".
Não havia processos trabalhistas contra eles, e boatos diziam que a Sra. Lasier era muito exigente, mas com aquela fortuna, eu até entendia.
Desci até a recepção, onde havia opções de limonada, café, água e algumas delícias.
- Bom dia, senhorita! Gostaria de ser servida com algo?
- Não, obrigada!
A recepcionista parecia uma modelo, jovem, esbelta, com cabelos alinhados e maquiagem perfeita.
- Sente-se e fique à vontade. O Sr. Lasier já está vindo.
- Muito obrigada!
Fiquei aguardando o elevador, e minhas mãos estavam trêmulas. O nervosismo tomou conta de mim quando ouvi o som do elevador descendo.
Aquele homem lindo saiu do elevador com um sorriso impecável e se aproximou.
- Bem-vinda, Senhorita Patricia.
- Só Patricia, por favor!
- Nesse caso, use apenas Oliver então. - disse ele com um lindo sorriso.
- Como desejar, senhor... Digo, Oliver.
- Você está curiosa para ver as coisas por aqui?
- Muito. Sempre tive curiosidade nessa empresa.
- Mas você sabe que aqui é o luxo, mas não é a mão de obra. Iremos começar pela fábrica, devemos ir pelo princípio e ver onde a mágica acontece.
- A fábrica fica longe daqui?
- Não muito. Vamos?
- Claro!
Fiquei aguardando o motorista.
- O que está esperando?
- O Mauricio com o carro.
- Deixa de ser boba, iremos no meu carro, venha.
Fiquei espantada, achei que iríamos de motorista.
- Não se preocupe, eu dirijo muito bem!
Dei uma risada meio acanhada.
Fomos quietos no carro, pois estava com medo de perguntar qualquer coisa que soaria como estupidez. Não tinha margens para erros com aquele rapaz.
- Você é quieta assim ou está com medo de eu bater?
- Admito que estou um pouco nervosa.
- Não precisa disso. Eu nem mordo.
Rimos um pouco e logo chegamos a um local que eles chamavam de fábrica, que mais parecia um palácio.
- Vou te mostrar cada detalhe.
- Bem, como você sabe, nossa empresa fabrica carros luxuosos.
- Olá, senhor Oliver.
Era um senhor grisalho, devia ter uns 70 anos ou mais, aparentemente cansado, mas demonstrava felicidade em seu rosto.
- Vitor, já te disse, nada de senhor. Como você está?
- Estou bem, um pouco cansado, aquele gato não me deixa dormir.
Oliver deu uma risada.
- Deixe eu te apresentar a Patricia, a empresa dela está interessada em nossos negócios.
- Patricia, Vitor é um dos nossos operários mais antigos. Já era para estar aposentado, mas ele insiste em ficar.
- É um prazer conhecer o senhor.
Fiquei bem impressionada com tanta simplicidade e educação que Oliver transmitia, isso me deixou ainda mais encantada.
O tour durou o dia todo. Oliver se ofereceu para me deixar em casa. Fiquei meio receosa, tinha vergonha do lugar onde morava, era um bairro simples e sem luxo.
- Chegamos. Desculpa não convidar para um café, minha casa está desorganizada.
Quando fui descer, Oliver segurou minha mão e disse:
- Adorei passar o dia com você!
Sorri e desci!