Unidos pelo Contrato: Casamento, Dívidas e Desafios do Coração
img img Unidos pelo Contrato: Casamento, Dívidas e Desafios do Coração img Capítulo 2 1
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Capítulo 2 1

Acordei naquela manhã com o

suave raio de sol que espreitava pelas cortinas e iluminava meu quarto. O toque

gentil do vento nas árvores do lado de fora sussurrava a promessa de um dia

tranquilo. Apressei-me a me arrumar, escolhendo cuidadosamente minhas roupas,

desci as escadas com pressa e fui direto para o carro. Era mais um dia normal,

mas, de alguma forma, eu podia sentir uma energia diferente no ar.

Ao me ajeitar no carro,

respirei fundo e senti um alívio profundo. Depois de mais de um ano vivendo na

mesma cidade, as coisas estavam finalmente se encaixando. As incertezas que

costumavam me assombrar deram lugar a uma confiança crescente. Era como se,

desta vez, meu pai estivesse certo, e a vida estava finalmente sorrindo para

mim. Um sentimento de paz e sossego estava se instalando em meu coração.

Mais algumas semanas se

passaram, e a rotina continuava inalterada, mas, para mim, cada dia era uma

bênção. A sensação de acordar em um lugar familiar, de ir à faculdade e cumprir

minhas obrigações diárias era como um abraço reconfortante. Para alguns, essa repetição

poderia parecer tediosa, mas para mim era um alívio. Cada dia normal era um

lembrete de que a vida estava em ordem, e isso era mais do que eu poderia

pedir.

Após um longo dia de

trabalho, cheguei em casa e segui minha rotina habitual. Tomei um banho

relaxante, a água morna acalmando meus pensamentos. Mas então, quando fui

procurar algo para jantar, percebi que algo estava fora do lugar. Meu pai ainda

não havia retornado, e ele costumava estar em casa antes de mim, esperando com

o jantar preparado.

A preocupação começou a se

infiltrar em meu peito. Será que algo havia acontecido? Não... não podia ser de

novo. Justo agora, quando finalmente parecia que as coisas estavam dando certo,

o medo do passado voltava a me atormentar. Eu sabia que precisava descobrir o

que estava acontecendo, pois a tranquilidade que havia encontrado estava

pendurada por um fio.

Depois de pensar muito no

que poderia estar acontecendo, minha preocupação aumentou ainda mais. Decidi ir

para o escritório do meu pai, pois era um lugar onde ele passava muito tempo.

Talvez eu o encontrasse lá ou pudesse descobrir alguma pista que explicasse sua

ausência.

Com passos cautelosos, abri

a porta do escritório. A penumbra do ambiente acentuou o suspense. Meu pai não

estava lá, e a sala estava silenciosa, com apenas o tique-taque do relógio na

parede preenchendo o vazio. Olhei ao redor, tentando encontrar algo que pudesse

lançar luz sobre a situação.

Pensei com cuidado, tentando

entender para onde ele poderia ter ido. Já havia percorrido todos os cômodos da

casa, e ele não estava em nenhum deles. Sentando-me na cadeira do escritório,

olhei para a escrivaninha, onde havia papéis espalhados, anotações e um

porta-retratos com uma foto de nossa família. Meu coração batia rápido enquanto

eu tentava juntar as peças desse quebra-cabeça inexplicável.

Enquanto estava sentada

naquele cômodo, um turbilhão de pensamentos e preocupações invadiu minha mente.

O que poderia estar acontecendo? Por que meu pai não estava em casa? Será que

algo terrível tinha acontecido? Eu precisava encontrar respostas e resolver

esse mistério para recuperar a tranquilidade que estava desaparecendo

rapidamente.

Inundada por pensamentos

ansiosos, eu me perguntava incessantemente o que poderia estar acontecendo.

Cada segundo longe de meu pai aumentava a tensão no ar. As sombras da incerteza

pairavam sobre mim, enchendo-me de apreensão. Será que algo terrível tinha

acontecido? A minha mente traçava cenários sombrios, enquanto eu imaginava o

pior.

Decidi vasculhar o

escritório na esperança de encontrar respostas. Olhando para aquelas pilhas de

papéis sobre a mesa, senti que eles continham as peças desse enigma que

ameaçava minha paz. Sentei-me à escrivaninha e comecei a ler. Cada página

revelava um pouco mais da crise que se desenrolava em nossa família.

Li com uma mistura de choque

e angústia quando percebi que, mais uma vez, meu pai tinha se envolvido em

dívidas de jogo. Um sentimento de desespero me envolveu. Eu já conhecia bem os

horrores desse vício que haviam atormentado nossa família. Agora, eu estava

enfrentando a perspectiva de reviver aquele pesadelo.

Os papéis me contaram uma

história sombria, mas, à medida que continuava a ler, uma nota de esperança

surgiu. Havia um cheque, um valor que poderia liquidar todas as nossas dívidas.

Fiquei atônita, me perguntando como meu pai teria conseguido tanto dinheiro.

Tantas perguntas sem respostas se acumulavam em minha mente.

Continuando a folhear,

encontrei um contrato que lançou uma luz diferente sobre a situação. O mistério

começou a se desvendar, revelando uma trama complexa de eventos que mudaria

completamente o curso de minha vida. Conforme eu lia, as palavras impressas nas

folhas revelavam um choque inimaginável.

À medida que percorria cada

cláusula do contrato, meu coração afundava. Não podia acreditar no que estava

lendo. Meu próprio pai, aquele que deveria ser meu protetor e apoiador, havia

tomado uma decisão incrivelmente chocante. Ele havia vendido a sua única filha

para quitar as dívidas intermináveis que acumulara ao longo dos anos. Uma onda

de incredulidade e desespero me dominou.

Não conseguia acreditar que

ele me empurraria para um casamento arranjado com um estranho, uma decisão que

eu não tivera nenhuma palavra a dizer. Eu, Isabela Martins, agora era uma

mercadoria em um contrato que visava resolver os erros de meu pai. Ele achava

que eu aceitaria essa proposta absurda para salvar a sua pele, mas ele estava

redondamente enganado.

No momento em que ouvi o

portão de casa se abrir, percebi que meu pai havia retornado. A raiva e a

determinação queimaram em meu peito. Eu tinha que confrontá-lo, expressar minha

recusa em participar desse acordo insensato. Não importava o que ele dissesse,

eu não aceitaria ser entregue a um estranho como pagamento por suas dívidas.

Minha voz estava pronta para ser ouvida, e eu não recuaria.

            
            

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