de moletom e encontrei um par de sandálias que combinava perfeitamente.
Penteando o cabelo, me senti um pouco mais eu mesma.
Posteriormente, fui jantar e
desfrutei da deliciosa refeição que haviam preparado. Depois de me certificar
de escovar os dentes, me sentei na cama, ansiosa, aguardando a chegada dos
Westons. Estava pronta para a conversa que certamente revelaria o que estava
acontecendo e as razões por trás de tudo isso.
Enquanto esperava, algumas horas se
passaram, e o tédio começou a tomar conta de mim. Foi quando comecei a olhar ao
redor do quarto em busca de algo para fazer e, para minha surpresa, encontrei
uma grande prateleira cheia de livros de romance. Era incrível como os detalhes
daquele quarto pareciam ter sido escolhidos pensando no meu gosto pessoal, como
se alguém me conhecesse muito bem. Decidi pegar um dos livros e começar a
leitura.
No entanto, mal consegui avançar na
primeira página quando ouvi alguém batendo à porta. Fui interrompida pela voz
de Nathan, o segurança, informando que os Westons estavam me esperando no
escritório. Ele me disse que o escritório ficava na última porta do corredor à
frente. Respondi positivamente, fechei o livro, coloquei minhas sandálias e
segui em direção ao escritório, caminhando pelo enorme corredor que parecia
interminável.
No final do extenso corredor que
parecia não ter fim, finalmente cheguei à porta do escritório. Bati à porta e,
após um momento, o senhor Weston me respondeu, permitindo minha entrada. Com um
leve nervosismo, entrei, fechei a porta e vi o senhor Weston e seu filho
Andrew, que me pediram para me sentar. Eles explicaram que havia muitas coisas
para discutir e que, em breve, esclareceriam todas as minhas dúvidas.
O senhor Weston começou contando uma
história surpreendente. Ele revelou que minha mãe e sua esposa eram primas
distantes, mas mantiveram isso em segredo do meu pai. A razão era que meu pai
tinha problemas com vícios e, se soubesse da conexão com a rica família da
minha mãe, poderia tentar explorar essa riqueza para sustentar seu vício. Ele
continuou, dizendo que minha mãe me amava profundamente e também amava meu pai,
apesar de seus problemas com o vício. No entanto, antes de sua morte, ela
começou a perceber que algo estava errado e que alguém a estava seguindo.
Nesse momento, ela entrou em contato com
ele e com a mãe de Andrew, pedindo que, se algo acontecesse com ela, eles
cuidassem de mim. Ela sabia que o vício do meu pai levaria a um futuro sombrio
para a família. Minha mãe guardou um dinheiro que herdou dos pais e pediu para
que os westons me protegessem, pois ela sabia que precisaríamos desse dinheiro para
me salvar em algum momento. Agora era o momento de cumprir essa promessa, mas o
dinheiro não era suficiente. Foi quando o senhor Weston explicou que fez um
acordo com meu pai envolvendo um contrato de casamento.
O senhor Weston continuou sua
explicação sobre o contrato de casamento. Ele detalhou que o contrato teria
validade de apenas um ano. Se eu aceitasse, após esse período, teria a opção de
nos divorciarmos, e a única condição era que, durante esse ano, nós deveríamos
viver como um casal de verdade. Isso significava morar juntos, compartilhar o
mesmo quarto e cama. O senhor Weston foi enfático ao dizer que não poderia
haver traição de ambos os lados, e esperava que ambos nos respeitássemos como
marido e mulher.
Ele explicou que, ao término do
contrato, se eu e Andrew não tivéssemos desenvolvido sentimentos um pelo outro
e decidíssemos nos separar, eu receberia uma quantia substancial como
compensação. No entanto, se eu não conseguisse suportar o casamento antes do
término desse período, eu teria que trabalhar para a empresa da família Weston
por um ano. Após esse ano de trabalho, eles me devolveriam todo o dinheiro que
estivesse na conta.
O senhor Weston também mencionou que,
se Andrew decidisse se separar de mim durante o contrato, eu ganharia metade
das ações que seriam de direito dele. Essa parte do contrato era uma surpresa
para mim, e todas essas informações me deixaram ainda mais confusa e
sobrecarregada. Eu estava diante de uma decisão que iria impactar profundamente
minha vida e meu futuro.
Diante de todas essas informações e
com uma enxurrada de sentimentos e pensamentos confusos, eu finalmente estava
diante de uma decisão que iria moldar o rumo da minha vida e do meu futuro. O
senhor Weston me perguntou o que eu achava de tudo aquilo, e eu, em meio à
minha confusão, respondi que estava incerta, mas dadas as circunstâncias em que
me encontrava, eu concordaria com os termos do contrato, depois perguntei para
Andrew, se ele também estava de acordo
com o que havia sido proposto. Andrew respondeu afirmativamente, dizendo que,
na verdade, ele foi quem teve a ideia, já que seu pai estava o obrigando a
casar e, pelo menos, ele poderia escolher sua noiva. Ele explicou que me
escolheu porque, no passado, ele já havia sentido alguma afeição por mim, mas
ele deixou claro que não se tratava de amor, pois na época ele era muito jovem.
Ele justificou que, além de mim, com quem já havia sido amigo, ele não
conseguiria suportar outra mulher. Ele mencionou que, apesar da minha aparência
de patricinha mimada, ele achava que conseguiria me tolerar, afinal, ele sabia
tudo sobre o que eu gostava e não gostava. Ele também assegurou que, ao final
desse contrato, estaríamos livres um do outro, e se eu ainda desejasse, ele
estaria disposto a ser meu amigo.
Eu apenas concordei com a cabeça, mas
na minha mente, fervilhavam pensamentos e sentimentos contraditórios. Por um
lado, eu estava considerando as circunstâncias e a possibilidade de um futuro
mais estável, mas, por outro, eu mal podia acreditar na arrogância de Andrew e
estava pensando em todas as palavras não ditas que eu gostaria de expressar.
Era um momento de extrema tensão e confusão.