Unidos pelo Contrato: Casamento, Dívidas e Desafios do Coração
img img Unidos pelo Contrato: Casamento, Dívidas e Desafios do Coração img Capítulo 3 2
3
Capítulo 10 9 img
Capítulo 11 10 img
Capítulo 12 11 img
Capítulo 13 12 img
Capítulo 14 13 img
Capítulo 15 14 img
Capítulo 16 15 img
Capítulo 17 16 img
Capítulo 18 17 img
Capítulo 19 18 img
Capítulo 20 19 img
img
  /  1
img

Capítulo 3 2

Decidida a confrontar meu pai,

avancei na direção da sala. No entanto, antes que eu pudesse reunir coragem

para encará-lo, caminhei lentamente para a sala, preparada para finalmente encarar

meu pai.

Foi ,então que a realidade tomou um

rumo aterrorizante. Quando entrei na sala, percebi que não era meu pai que

estava lá, mas sim dois homens estranhos. O pânico me dominou, e eu tentei

recuar discretamente, esperando não ser notada. No entanto, os dois homens

perceberam minha presença e começaram a se aproximar de mim.

O medo apertava meu peito quando

comecei a recuar pela casa escura e desconhecida. Minha mente estava em

turbilhão, e meu coração batia descompassado. Eu sabia que não podia deixá-los

me alcançar, mas parecia que não havia saída. Eu continuava correndo,

desesperada para escapar daqueles estranhos.

Mas então, em um momento de terrível

desespero, eu tropecei em algo e caí. Tudo ficou escuro, e minha consciência

desapareceu. Eu não conseguia lembrar o que aconteceu em seguida. A escuridão

envolveu minha mente, e eu me perdi em um abismo de incerteza e medo.

Acordei, ainda atordoada, com uma

sensação de impotência. Minha visão estava embaçada, e eu me dei conta de que

estava amarrada a uma cadeira. Olhei ao redor, mas nada parecia familiar. Eu

estava em um lugar estranho, sem pistas de como havia chegado ali.

A confirmação de que algo terrível

havia acontecido veio quando ouvi a voz de um homem ao telefone. Ele estava

falando com meu pai, e suas palavras ecoaram em meus ouvidos, fazendo meu

coração afundar.

O sequestrador foi direto ao ponto,

exigindo que meu pai pagasse todas as suas dívidas. A ameaça de que, se ele não

fizesse isso, eu "sumiria", fez meu corpo tremer de medo. Eu estava

sendo usada como moeda de troca em um jogo sujo de dívidas e ameaças.

Eu não conseguia entender

completamente a situação, mas uma coisa ficou clara: eu não queria ser vendida

no lugar das dívidas do meu pai. O que fazer agora? Como eu poderia sair dessa

situação aterrorizante? Minha mente estava borbulhando de pensamentos e medos,

e eu sabia que teria que encontrar uma maneira de lutar pela minha própria

liberdade e proteger minha família de um destino terrível.

As horas arrastavam-se no cativeiro,

e eu estava suja, faminta e sedenta. A situação era desesperadora, mas eu só

queria sair dali, não importava o quanto sofresse. Finalmente, um dos

sequestradores me trouxe um pedaço de pão e água. A fome era insuportável, e eu

não resisti, comi com avidez. Enquanto eu comia, o telefone tocou, e o outro

sequestrador atendeu. Era meu pai, informando que tinha conseguido o dinheiro e

marcando um local de encontro.

Quando o sequestrador desligou o

telefone, ele olhou para mim e proferiu palavras que me deixaram em choque.

"Nada mal. Se eu soubesse que seria tão fácil fazer seu pai pagar essa

dívida, eu já teria te sequestrado há muito tempo, ao invés de matar sua

mãe."

Aquela revelação abalou o meu mundo.

Minha mãe não havia morrido de doença como eu pensava; ela havia sido vítima

das dívidas do meu pai. As lágrimas escorreram pelo meu rosto, uma mistura de

tristeza, raiva e incredulidade. Meu pai havia mentido para mim durante todos

esses anos, e eu me senti traída. A realidade era mais sombria do que eu

poderia imaginar, e eu sabia que, assim que tivesse a chance, precisaria

confrontar meu pai sobre suas ações e as mentiras que ele havia perpetuado em

nossa família.

Enquanto mais algumas horas se

arrastavam no cativeiro, o cansaço finalmente me venceu. Ainda estava amarrada

àquela cadeira desconfortável, mas o sono pesado acabou me fazendo cochilar.

Acordei abruptamente com a sensação de alguém me vendando e amarrando um pedaço

de pano sujo na minha boca. Um dos sequestradores me instruiu a ficar quieta,

sem alarde, e eu só conseguia chorar em meio àquela situação angustiante. Em

seguida, me jogaram em um carro, e momentos depois, senti o veículo parar.

Finalmente, eu estaria livre e poderia confrontar meu pai, foi o que pensei.

Entretanto, fora do carro, escutei a

voz do meu pai, dizendo para os sequestradores não me desamarrarem

completamente, apenas tirar a venda e o pano da boca. Em seguida, eles me

transferiram para outro carro. A única coisa que vi e ouvi foi meu pai fechando

a porta e pedindo perdão em lágrimas. O carro acelerou, e meu pai ficou para

trás.

Em meio a essa situação desoladora,

me senti suja, utilizada como moeda de troca por meu próprio pai. Para onde eu

estava sendo levada? Tentei conversar com o motorista e o homem ao seu lado em

busca de respostas, mas o silêncio imperava. Quando percebi, o carro havia

parado em algum lugar. O homem ao lado do motorista saiu e, minutos depois,

voltou com um hambúrguer e um refrigerante, meus preferidos. Por um breve

momento, meus desejos alimentares me fizeram esquecer a situação angustiante.

Comi o sanduíche enquanto observava a paisagem pela janela.

O carro retomou sua viagem pela

estrada, e, apesar de toda a tristeza e confusão que inundavam meus

pensamentos, o cansaço prevaleceu, e eu acabei pegando no sono, perdida em meus

próprios pensamentos e incertezas.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022