Uma cinderela Diferente
img img Uma cinderela Diferente img Capítulo 2 Anna Júlia
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Capítulo 2 Anna Júlia

Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores

(Romanos 5:8)

Respirei pesado, e subi ao palco me sentado na frente daquele homem que me olhava de forma constrangedora. Meus ombros se encolheram na medida que sentia toda a pressão sendo descarregada sobre mim, eu não deveria ter aceitado essa entrevista, fico totalmente nervosa quando sou colocada no centro das atenções.

__Vamos lá. - Arranhei a garganta abrindo o envelope e tirando a lista de perguntas da Cassandra. Não deve ser tão difícil assim, basta apenas agir como um gravador e verbalizar tudo que está escrito aqui.

___Quero que saiba que eu não tenho todo tempo do mundo. - Foi categórico e um frio passou na boca do meu estomago. Talvez eu conseguisse perguntar com mais eficiência se ele respondesse com rapidez e desse respostas curtas em vez de prolongar essa entrevista. Analisei as primeiras perguntas e não pareciam tão complexas.

___ Certo, eu vou perguntar e o senhor pode responder rapidamente como um bate volta. - Ergui os olhos por um momento e me arrependi ao me deparar com seus olhos frios me fitando seriamente.

___Como o senhor gosta de aproveitar seu tempo livre? - estendi o gravador na sua direção.

___ Sentado. - Respondeu e sorri achando graça do seu bom humor.

__ Boa resposta! Agora falando sério - Apontei na sua direção sorrindo e estreitou os olhos.

__Não foi uma piada senhorita. Acha que tem como eu aproveitar estando em uma cadeira de rodas? Que tipo de pergunta estúpida é essa? - engoli seco. - Cassandra eu te mato!

___Qual é o seu trabalho dos sonhos? - perguntei e escutei uma risada amarga me fazendo dar um pulo de susto.

__ Que tipo de jornalistas vocês chamaram aqui? Certamente foi para me caçoarem, não é possível?!

__Me desculpa, minha intenção não era ofender o senhor. - Minha voz saiu fraca.

__Não é o que está aparecendo. Mais uma pergunta idiota, eu não respondo por mim. - Passei os olhos rapidamente sobre as letras, e arregalei ao ler as perguntas que Cassandra havia escolhido, a maioria era ofensivas e irônicas, o que ela pretende? que esse homem me mate aqui na frente de todo mundo?

___ Por que resolveu tomar seu lugar na empresa, se esse nunca foi seu sonho?

___Eu tenho que fazer algo útil da minha vida, e não quero depender de ninguém, acho que já dependo o suficiente, como pode ver.

___ Qual é a mulher ideal para Adrian Salvatore? - leio rapidamente sem piscar e depois sinto meu rosto esquentar. Que tipo de pergunta é essa? Minhas mãos começaram a soar com o nervosismo, eu estava à beira de um ataque de nervos, queria somente acabar com isso o mais rápido possível.

___Desculpa, desconsidere essa pergunta por favor. - Risquei imediatamente. Quanto mais nervosa eu ficava, menos conseguia me concentrar no que estava fazendo, eu queria escolher as perguntas certas, mas só havia perguntas péssimas e vergonhosas. E ao invés de ler com o pensamento, devido ao nervosismo comecei a verbaliza-las.

___ Se você pudesse voltar no dia do acidente, você não competiria?

__O que é mais difícil pilotar um carro de formula um, ou uma cadeira de rodas?

__Como consegue ser tão gato, mesmo sendo um homem tão amargo?

__ Pode me levar para um passeio se quiser na sua cadeira, eu amo ar livre! Desculpa, eu juro que não fui eu que escrevi essas perguntas. - Sacudi a cabeça.

___ Seu irmão realmente traiu o Senhor dormindo com a sua namorada Emma? Não! Essa também não droga! De repente senti uma enxurrada de água sendo jogada em cima de mim, crispei os olhos atônita.

__Some daqui! Saia da minha frente agora! - bradou transtornando segurando uma jarra de água na mão e sendo impedido de me atacar pela sua mãe.

__Me desculpa! por favor, juro que não foi minha intenção. - Implorei por misericórdia.

___ Tirem essa garota daqui! - de longe avistei os armários vindo rapidamente em minha direção e me levantei rapidamente saindo, já era humilhação demais tudo que tinha acabado de passar, e ainda ser chutada a ponta pé dessa festa, meus olhos se desviaram um segundo para o canto do salão e avistei a Cassandra rindo com mais duas garotas. E cheguei à conclusão que ela fez de propósito, claro que com esse tipo de perguntas, sabia qual seria a reação desse Senhor, os sapatos começaram a apertarem meus pés e os tirei ainda no salão me sentindo livre por um momento, e andei rapidamente para fora da festa.

O que eu fiz para essa garota? Passei as mãos nos meus cabelos molhados e meu vestido todo encharcado indo em direção ao carro.

Ela Iria me mostrar quem é o pichador secreto? Como eu posso ser tão burra?

Olhei para minha bolsa preta, e foi então que me dei conta que ela estava rasgada embaixo, ela abriu assim que foi atingida pela água, ótima qualidade não é Anna? E o pior disso tudo meu presente? Meu presente caiu dentro do salão. Dei meia volta pensando em retornar, mas avistei os dois armários de braços cruzados me olhando com cara de poucos amigos. Tenho certeza que se eu retornar agora, todos vão fazer churrasquinho frito de mim. E agora? O que eu vou fazer?

Me dando por vencida, resolvi deixar para tentar recuperar meu presente amanhã, eu ainda não sabia como, afinal de contas, qualquer pessoa pode tê-lo encontrado e até mesmo a Cassandra e se isso acontecer ela certamente o deve ter jogado no lixo. Mas eu não iria desistir sem tentar, amanhã mesmo eu irei visitar a empresa, contarei ao senhor Arthur que as perguntas foram feitas por ela, e aproveitarei para me desculpar novamente e perguntar se ele não poderia checar com os convidados sobre ter encontrado minha bíblia caída em algum lugar.

Quando cheguei em casa, simplesmente me joguei na cama completamente exausta, que noite maluca foi essa? Eu só desejava fortemente que tudo não passasse de um grande pesadelo.

___Maninha! Que bom que você chegou, não vai contar uma história para eu dormir? - Aninha pulou no meu colo eufórica, levantei a cabeça um segundo a olhando, em seguida me deitei novamente suspirando.

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Um dos motivos de não acreditar em contos de fadas, é porque eles simplesmente não existem, mas apesar disso eu acredito sim que se você ser grato pelas as coisas boas que lhe acontecem na vida, surgirão ainda mais, e que Deus sempre tem algo melhor para nos proporcionar, por esse motivo eu tenho um blog onde posto diariamente minhas fotografias das coisas a quais sou grata pela vida, seja ela pessoal ou não, a felicidade dos outros é a minha felicidade.

Quando era pequena, eu assisti minha mãe morrer em um acidente de carro tentando me salvar, e tive que presenciar o motorista desse carro fugir em alta velocidade sem lhe dar o devido socorro, minha mãe morreu de hemorragia e o médico disse que se fosse socorrida a tempo ela poderia ter se salvado. E nunca vou esquecer aquela imagem, meus olhos cheios de lagrimas pedindo socorro para o dono daquele carro que nem abriu o vidro direito para ver o que estava acontecendo, por muito tempo pensei que era culpada por aquele acidente, até conhecer a Cristo, e entender que pais não dariam sua vida pelo seu filho? Afinal, Deus foi o maior exemplo disso quando deu seu filho por nós, que somos Adotivos. E minha irmã e meu pai são minhas joias aqui na terra.

E a segunda prova que contos de fadas não existem, foi o grito de histeria da Cassandra vindo dos corredores.

___ANNA, ACORDE AGORA, OU EU VOU TE MATAR! - abriu a porta com força bruta e jogou algo no meu rosto.

Ainda meio sonolenta, arrumei minha postura na cama e encarei a revista com uma foto minha dançando com o Adrian Salvatore, escrito;

Será que Adrian Salvatore, desistiu do seu amor proibido pela ex do seu irmão e encontrou uma nova pretendente?

Mas logo embaixo estava escrito, então esse amor já deu errado antes de começar, pois a mesma garota que dançava apaixonadamente com o piloto, humilhou seu irmão e tirou sarro da sua deficiência física. Eu jamais faria isso, somente alguém sem limites como a Cassandra. Por isso ignorei a primeira manchete e resolvi provoca-la, já que realmente a noite passada de fato aconteceu e não foi um surto psicológico.

Tirei os meus olhos da revista e encarei ela que estava na minha frente prestes a ter um ataque de fúria.

__Não é que conto de fadas existem? Me diz Cassandra? Está preparada para entrevistar a futura esposa do Adrian Salvatore?

__Eu vou acabar com você! - Grunhiu vindo para cima de mim e rolei do outro lado da cama fugindo correndo do quarto sorrindo e a trancando do lado de dentro.

___Anna, abre essa porta agora!

__ Não, até me dizer porque armou para cima de mim com aquelas perguntas sem cabimento. Você sabia que aquilo magoaria profundamente aquele homem, como pode ser tão cruel?

__Não estou nem ai! Ele mereceu por ser tão arrogante comigo várias vezes e você por querer ser melhor que eu em tudo. - Fingi que não ouvi suas acusações sem fundamentos.

___Anna, o que está acontecendo aqui? - a voz da minha madrasta surgiu atrás de mim.

__Mamãe socorro! Anna me trancou aqui dentro e tentou me bater. - Dei um sorriso incrédulo.

__ O que? Garota! Como se atreve a tocar com essas mãos imundas na minha filha? - me puxou para trás com força destrancando a porta.

__Filha, meu tesouro você está bem? - a abraçou checando seu rosto como se fosse uma criança de cinco anos.

__Como pode ver ela está inteira.

__Mamãe, Anna está querendo roubar o meu namorado, olha isso. Ela quer tirar tudo de mim, até o homem que eu amo - mostrou a revista.

Paciência Anna, lembre-se ame seus inimigos.

___Mas o que? Quem você pensa que é garota? Como ousa roubar o namorado da minha filha?

__Ele é namorado da sua filha? Engraçado, porque não avisaram o prometido.

___Mas em breve ele saberá! Não pense que conseguirá rouba-lo da minha princesa, basta olhar para você e para ela que conseguirá notar a diferença, de uma pessoa fina e de classe e uma garota sem modos, que nem sabe se vestir adequadamente.

__Que bom que ele não é estilista e sim corredor. - Sorri amarelo.

__Como é? Com quem você pensa que está falando? Quer que eu te coloque no olho da rua? Agora você não tem seu pai para te proteger, quer que te afaste para sempre da sua irmã?

__Não senhora, me desculpe. - falei com o nó na garganta.

__Bom mesmo, devo lembrar qual é seu lugar aqui nessa casa? Que você mora de favor? Agora ande! Vai vestir uma roupa descente e limpar essa casa que está uma porcaria. - Ordenou.

___E pede para ela ficar longe do Adrian Salvatore. - Cassandra advertiu.

__Você ouviu minha filha.

Depois de limpar a casa inteira, com várias interrupções da Cassandra sujando o local novamente de propósito somente para me irritar, dei graças a Deus quando ela foi trabalhar e me trouxe um pouco de paz, eu juro que somente estou aguentando tudo isso por causa da minha irmã, se meu pai não tivesse naquele hospital internado, eu já teria implorado para ele se separar dela e conseguimos a guarda da Anna clara e irmos embora daqui, mas infelizmente ele teve um ataque do coração após descobrir a traição da minha madrasta e está naquela cama entre a vida e a morte. E se ele morrer, Cassandra é capaz de levar aninha o mais longe possível de mim, e não sei se posso suportar ficar sem ver minha irmãzinha. Às vezes eu sinto tanta falta da minha mãe, se ela tivesse aqui tudo seria diferente.

Depois dos afazeres, levei aninha para escola e aproveitei para passar até a empresa onde aquele homem era o dono. Estacionei o carro em frente ao local, e para minha surpresa o encontrei bem na porta do prédio, e ele não estava sozinho pelo contrário, tinha outro homem com ele, e parece que estão discutindo feio, olhei ao redor procurando alguém que pudesse apartar essa discussão, mas não havia ninguém, e de repente o inesperado aconteceu o homem de camisa branca falou algo que o irritou profundamente e Arthur foi para cima dele, porém a cadeira de rodas virou na calçada alta o fazendo cair de bruços no chão. Pisco os olhos em choque.

__Volta aqui seu infeliz! Vou quebrar sua cara - bradou tentando alcançar seu tornozelo. Abri a porta do carro imediatamente não aguentando ver tamanha covardia.

__ Se você não consegue fazer o mais simples que é ficar de pé, que dirá me bater, você se tornou um zé ninguém não está vendo Arthur? Porque ainda está vivo? - Debocha.

__ Eu me pergunto a mesma coisa quando vejo pessoas cruéis como você. Mas daí eu lembro que meu Deus é misericordioso e está te dando a oportunidade de mudar e aprender a ser humano- falei indo na direção dele, e o cara girou o corpo estreitando os olhos para mim, passei por ele e fui até o Senhor Arthur o ajudando.

__De o fora daqui garota! Não preciso da sua pena! - bateu na minha mão com força quando segurei seu braço para levanta-lo, o encarei com firmeza.

__ E eu não preciso da sua ingratidão. Se quer ficar deitado aí azar o seu. O chão está quente, e logo vai começar a ficar insuportável, mas já que é tão cheio de si se vire sozinho - Sorri friamente fingindo me levantar e segurou minha mão me impedindo.

__Tudo bem, eu aceito. - falou quase inaudível e dei um sorriso. O coloquei de volta na cadeira de rodas e meus olhos se desviaram para o carro estacionado bem na vaga de deficientes.

__ O que é isso? Foi você que colocou o seu carro lá? trata de tira-lo agora! . - Vociferei o olhando inconformada.

__E Se eu não quiser? - me desafiou sorrindo provocativo. - Senti o Senhor Arthur puxar minha blusa.

__Não se preocupe, está tudo sobre controle Senhor - Reafirmei.

__É a última chance, vai tirar ou não?

__ Não. - Apertei os lábios.

__Foi você quem pediu, senhor Arthur, se prepare para ver um grande espetáculo. - o olhei sorrindo.

__ É uma pena não ter nenhuma pipoca. - Sorrio maliciosamente e fui em direção ao meu carro. Esse homem vai aprender a obedecer às leis, entrei no meu carro e coloquei o cinto de segurança. __ Desculpe querido, prometo que isso vai doer somente um pouco.

Dei uma espiada atrás para me certificar aonde estava estacionado o seu carro, e troquei a macha dando ré indo na sua direção, respirei fundo e fui de uma única vez contra seu carro importado, o impacto me atingiu um pouco forte fazendo meu corpo dá um tranco para frente. O espiei pela janela e o vi rindo com os braços cruzados.

Que tipo de pessoa vê alguém batendo no seu carro importado e continua rindo?

Claro, deve ser porque eles têm dinheiro o suficiente para comprar quantos quiserem. Me curvei na janela.

__Ah! Você está achando engraçado? Talvez eu não tenha batido o suficiente. - Arqueei a sobrancelha e pisei fundo no acelerador indo para frente, tomei distância e novamente dei ré, batendo agora com o dobro de força. Minha testa colidiu com o volante, tomara que ele não me obrigue a pagar o conserto, acho que meu outro rim está saudável, e outra ele está errado, não eu. Se eu chamasse a polícia seria muito pior, não é? Isso foi o suficiente não posso voltar atrás agora está feito, me virei destravando o cinto de segurança e quando girei meu pescoço confiante, levei um baita susto ao dar de cara com o Adrian Salvatore apoiado na janela do meu carro. Sua testa estava franzida e o maxilar trincado, mostrando que não estava para brincadeira.

__ Senhorita, pode me explicar o que significa isso? porque está persistentemente tentando destruir o meu carro? - bati os cílios surpresa.

            
            

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