Uma cinderela Diferente
img img Uma cinderela Diferente img Capítulo 3 Anna Júlia
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Capítulo 41 Anna Júlia img
Capítulo 42 Adrian Salvatore img
Capítulo 43 Anna Júlia img
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Capítulo 3 Anna Júlia

Subi o vidro rapidamente e abaixei me encolhendo no banco do meu carro, eu não podia acreditar no que estava acontecendo, coloquei as mãos por trás da cabeça e fechei os olhos com força, vamos Anna! Acorde! É só um pesadelo você estava muito cansada ontem e ficou pensando no ocorrido e acabou sonhando.

___ Mocinha?! - Escutei seus dedos Tamborilando de forma impaciente.

__Não estou ouvindo nada, é apenas alucinações. Logo irei acordar e vai ficar tudo bem.

___Ouça! se não sair do carro agora serei obrigado a chamar a polícia. - alertou autoritário e notei que se fosse um sonho a essa hora era para eu ter acordado, me inclinei por cima do banco, e vasculhei atrás buscando meus óculos escuros e meu boné, tomara que ele não me reconheça.

Coloquei os óculos rapidamente e o boné preto, e abri a porta descendo do carro e me encostando disfarçadamente.

___ Pois não? Algum problema? - sorri tentando soar o mais natural possível.

___ Aquilo não parece um problema para você? - apontou para carro amassado e virei o rosto olhando o estrago.

___ Veja bem Senhor Salvatore, não é o que parece, eu sei que parece que bati no seu carro propositalmente, mas não foi assim. Aquele cara ali, aquele sujeito sem educação- ponderei as palavras. __Ele estava atacando seu irmão e eu o defendi.

___ E o que meu carro tem a ver com isso?

__Eu pensei que o seu carro era o dele. Procurei o rapaz com os óculos e ele sumiu. __ Onde ele foi? Enfim eu o avistei estacionado em um lugar proibido, Foi apenas um engano por acaso o senhor nunca cometeu um desses na vida? - o questionei cruzando os braços.

___Não senhorita, principalmente por que não costumo agir por impulso, eu sou um homem totalmente meticuloso e não gosto de cometer erros, e também sou um homem de palavra. - afirmou me olhando diretamente.

__Já entendi, senhor politicamente correto.

__Então, como pretende pagar pelo estrago? - pronunciou e minha expressão se fechou imediatamente.

___Pa.. gar? Como assim eu tenho que pagar? - Gaguejei nervosa.

___ Você não sabe que destruir património alheio é crime? - retrucou franzindo a testa.

___Eu já disse que foi sem querer, mas se o Senhor faz tanta questão de chamar a polícia, então vamos! E aproveitarei para contar para que estacionou em uma vaga para deficientes. Imagina o famoso corredor Adrian Salvatore quebrando uma lei tão importante quanto essa, e olha só contra o próprio irmão- o agarrei pelo braço o arrastando.

___Ei garota, já chega. - Brecou no caminho puxando o braço bruscamente e fazendo meu corpo quase se chocar contra o seu, como extinto recuei para trás. __Você ficou louca? Aliás quem é você? E o que está fazendo aqui?

___ Não sou ninguém. - Disfarcei abaixando o boné e espiando por trás dos óculos escuro seu olhar duvidoso.

___ Como não é ninguém? Como você não percebeu ainda irmão? Essa é a garota que me humilhou na frente de todos. - a voz rouca do senhor Arthur surgiu e imediatamente, o boné e o óculos foram tirados do meu rosto, revelando meu disfarce.

__Então é você? - seus olhos se suavizaram na medida que me encaravam.

__Eu mesma - respondi sem hesitar.

Ficamos nos olhando fixamente talvez compartilhando da lembrança da noite anterior? Eu não sabia dizer, afinal não tinha poder de ler pensamentos, mas de uma coisa tinha certeza seu olhar não era o mesmo de antes, e senti um frio na barriga ao recordar da nossa dança, que foi curta, porém memorável.

Fomos interrompidos pelos flashs na nossa direção.

___Droga! Venha comigo, são os paparazzi, eles não podem nos ver juntos- Adrian Balbuciou e segurou minha mão me arrastando para dentro em passos rígidos.

Eu o segui sem questionar deixando-o guiar para dentro da empresa, senhor Arthur seguiu atrás sendo levado por uma Secretaria que não estava aqui quando eu cheguei, caminhamos rapidamente atravessando o local, nem consegui apreciar a magnitude do lugar, mas notei alguns olhares curiosos e até espantado ao ver minha mão sendo segurada pelo homem a minha frente. Mas ninguém tinha ousadia de perguntar ou questionar, pelo contrário a atmosfera do lugar era totalmente silénciosa e as pessoas apenas sussurravam entre si em voz baixa. Tudo parecia monótono e paralisado, até as paredes eram foscas e sem brilho, mas apesar disso era um lugar agradável.

Olhei para nossas mãos juntas, e minhas bochechas arderam levemente, sua mão forte cobria a minha mão com delicadeza, me dando uma sensação de conforto e segurança.

Passamos pelos corredores e entramos em um escritório, Adrian soltou imediatamente minha mão e eu não queria ter sentido a sensação de vazio quando isso ocorreu, esfreguei minha mão suada na minha camisa e fechou a porta com todos dentro da sala.

Ele tirou o celular do bolso e com a postura rígida e a voz grave andando pela sala começou a conversar no celular, com seu jeito elegante e sério vestido de social e um colete preto por cima, fiquei perdida por um momento olhando sua figura Angelical.

___Camila, cheque para mim se os paparazzis ainda estão aí, se estiverem, negocie com eles as fotos que acabaram de tirar, também quero que eliminem nossas fotos que estão circulando por todos os lugares. Acha que pode fazer isso? Obrigado conto com você. - desligou o aparelho olhando diretamente para mim.

___Como pode ver, minha palavra está sendo cumprida, imagino que o que a trouxe foram nossas fotos, se ficou com tanta raiva deveria conversar comigo, não precisava ter chegado tão longe e destruído meu carro. - Levantei uma das sobrancelhas.

___Ele é tão lerdo assim ou tem mania de perseguição? - perguntei ao seu irmão confusa.

___O que disse ?

___Nada, muito obrigada pela sua gentileza. Mas como eu disse não foi de propósito se não quer acreditar não a nada que posso fazer.

___Ela realmente se enganou Adrian, depois de me desonrar na frente de todos resolveu se retratar. Não se preocupe obterá meu perdão dessa vez. Só não me envergonhe de novo da próxima - me olhou sagaz e sorri incrédula.

___A propósito Arthur como esperado estava tentando fugir. Deixe-me explicar senhorita eu coloquei o carro lá de propósito, porque meu irmão adora fugir quando as coisas apertam- estreitou os olhos.

___Você sabe muito bem que a empresa nunca foi meu sonho de infância.

___ Você concordou que tomaria seu poste na empresa se eu me tornasse piloto no seu lugar. - advertiu

___O homem de palavra aqui é você não eu, e entre nós dois, você queria isso só precisava de um empurrão. - Comecei a dar passos para trás me aproximando da porta, eu não sei onde estava com a cabeça quando decidi vir para cá. Cheguei perto da fechadura e destravei.

___ Você sabe que não é dessa forma, e não acha que está velho demais para agir como uma criança birrenta? Nós dois sabemos que não é somente da empresa que está fugindo.

___Por que está discutindo comigo, foi ela que detonou seu carro, deveria discutir com a garota o valor que terá que paga-lo. - pisquei os olhos e o olhei surpresa com sua ingratidão.

___Adeus! Mil perdões novamente e boa conversa para vocês dois, mas claramente estou sobrando. Fui nessa! - fechei a porta e sai fugindo pelos corredores, o que foi isso? Por acaso eu entrei em um covil de leões?

Fiquei vagando pelos corredores meio perdida, a empresa era maior do que eu pensava, mas também fiquei encantada com o design só acho que necessitava de um pouco mais de colorido afinal, estava distraída admirando o jardim através dos vidros e imaginando milhares de fotografias que poderia ser tiradas ali, quando senti uma mão segurar meu ombro me assustando.

___Eu juro que dessa vez eu não quebrei nada. - ergui as mãos fechando os olhos.

___Não se preocupe sou eu, apesar de não entender algumas atitudes incoerentes da senhorita, meu irmão explicou o que de fato aconteceu, obrigado por defende-lo do Rodrigo, me Acompanhe, vou te levar para casa antes que os paparazzi te vejam aqui.

___Aquilo não foi nada! Sabe senhor Adrian? eu sei o que é ser desonrada, Cassandra vive me envergonhando na frente de todos. - Girei meu corpo sorrindo e gesticulando e o avistei já a quilômetros de distância de mim, fechei a cara me sentindo uma boba e apertei os passos correndo na sua direção.

Quando estava preste a atravessar a porta de vidro, ele parou bruscamente esticando o braço como um robô e impedindo minha passagem, eu juro que se estivesse correndo com mais rapidez eu teria caído para trás.

___Espere, está vendo aquele dois do outro lado? são jornalistas, precisamos ser cautelosos. Me de a chave do seu carro eu dirijo - informou e suspirei entregando.

___E então o que fazemos?

__Vamos aguardar eles saírem, então podemos entrar no carro. - olhou seu relógio no pulso. __ De acordo com meus cálculos daqui meia hora, terão que ir almoçar. __Agora falta vinte nove minutos.

___Você é completamente louco se pensa que vou ficar aqui em pé, esperando você contar os minutos como um robô faria. - me olhou com os lábios cerrados.

__ O que sugere então senhorita?

___O óbvio, ir correndo escondido até o carro. Você nunca teve infância? - ele desviou o olhar parecendo incomodado e estranhei sua reação. __ Bom eu já vou, só basta seguir meus passos.

Comecei a correr pela lateral da parede, me escondendo atrás dos vasos de flores e arbustos e o Senhor Adrian me seguiu logo atrás, era até engraçado sua expressão seria e concentrada fazendo tal ato, era como se sua vida defendesse disso, ele realmente não sabia o que era diversão.

___E agora senhorita, qual é o próximo passo? - falou segurando a respiração encolhendo a barriga encostado na parede.

___Agora? Aconselharia respirar o vai acabar morrendo sem ar, Preste bem atenção, eu vou contar até três e no três vamos correr até meu carro. - falei o mais seria possível.

___Tudo bem, eu me dou melhor com números.

___Três. -Disse sorrindo saindo correndo na frente. Passei como um furacão e me escondi atrás do meu carro, os jornalistas continuavam focado na porta.

___Muito engraçado Senhorita! - escutei uma respiração ofegante do meu lado, Adrian estava agachado perto de mim ofegante e tentando desfazer o nó da gravata, parecia que ele havia corrido a uma maratona. Sua testa estava pingando suor e seu rosto estava vermelho como um pimentão.

__O que foi? - apoiou-o as mãos sobre o joelho erguendo os olhos e me fitando confuso.

__Nada, só que você parece bem cansado.

__Eu não costumo sair da minha zona de conforto e quebrar as regras Senhorita. Quando você quebra uma regra você automaticamente começa a fazer isso com frequência, até chegar o ponto que não consegue distinguir o certo do errado. Como fez quando bateu no meu carro. - Rolei os olhos.

___ Como um homem como senhor é corredor? Você ao menos se diverte quando está na pista. Ou tudo é uma questão de técnica e vencer para não morrer e não sei mais o que. - Gesticulei sorrindo.

__ Sim, eu me divirto. - falou sério me olhando nos olhos.

___Imagino. - olhei para frente.

__Chega de perder tempo, vamos entrar. - Assenti e nos levantamos nos mesmos instantes e fui para dar a volta no carro e acabei trombando com ele. Seus dedos tocaram meu braço e meus pelos ficaram eriçados. No encaramos por alguns segundos.

___É do outro lado, por favor. - se afastou demonstrando e sorri sem graça. Dei a volta e corri abrindo a porta e entrando no carro rapidamente.

Olhei do meu lado e avistei meu boné e o óculos escuro e os coloquei. Ele bateu a porta do outro lado entrando e colocando o cinto.

___O que está fazendo? - me olhou rapidamente.

___Esse é meu disfarce não está vendo? Para sairmos do estacionamento teremos que passar perto deles. - expliquei o óbvio.

___Muito inteligente esse disfarce, quase não chamará a atenção dos jornalistas dessa forma. - sorrio com deboche.

__O que sugere então? - cruzei os braços.

___Apenas se abaixa. Isso será o suficiente. E me empresta seus óculos. - Tirou do meu rosto colocando em si e o encarei totalmente fascinada. Ele deu partida e deu a volta no carro com agilidade, me deitei no banco, ele abriu o vidro 'consideravelmente e quando passou pelos jornalistas diminuiu a velocidade e abaixou os óculos se apoiando na janela.

___Estão procurando algo? Talvez eu possa ajuda-los?

___Senhor Adrian! Senhor quem era aquela garota... - subiu o vidro e piscou para mim deslizando os óculos com o indicador e pisou fundo no acelerador, me joguei para trás tirando o boné sorrindo.

Enquanto o senhor Adrian dirigia pelas avenidas da cidade me levando para casa, eu coloquei uma música no meu carro e abri a janela deixando a brisa bater contra meus cabelos, coloquei a mão para fora sentindo o calor contra minha pele pálida cantando á música, apesar da minha sapatilha está machucando o mesmo lugar que o salto esfolou, nada disso me importava porque estava vivendo uma das melhores aventuras da minha vida.

__ Pelo visto você gosta de andar de carros. - sua voz grave surgiu e o olhei sorrindo.

___Eu gosto de aventura e natureza. Aliás, Cassandra me odiaria se soubesse que estou dando uma volta com o Famoso Adrian Salvatore. Ela é totalmente apaixonada pelo senhor. Mas já deve estar acostumado com isso. - me olhou com a expressão leve e um discreto sorriso nos lábios.

___E você? Digo também é uma das minhas fãs?

___Não, eu sou fotógrafa, gosto de Arte e pessoas sensíveis que se expressão através dela, mas o senhor não deve entender sobre isso - fechei os olhos imaginando as telas do meu artista favorito.

___Interessante.

___Se possível, estacione um pouco antes da minha casa por favor.

___Como preferir. - Mudou de macha acelerando um pouco mais e o vento bateu forte contra meu cabelo, virei o rosto para janela fechando os olhos.

Estacionamos na esquina do quarteirão da minha casa, e antes de descermos e pegar o carro de volta, ele tocou minha mão quando eu ia destravar o cinto, me virei sorrindo o olhando e me arrependi quando notei o quão próximo estávamos.

___Ouça... Pausou me olhando estranho.

___O que?

___ Com licença, tem algo no seu cabelo. - Levou a mão em meu cabelo tirando um pedaço de mato e mostrou sorrindo, meu coração deu um leve salto.

__Obrigada. - Sussurrei tímida, sua expressão se tornou seria novamente.

___ Desde ontem aconteceram transtornos entre a senhorita e a nossa família, mas apesar de tudo quero que saiba que estamos dispostos a esquecer, inclusive para ter certeza que não estou brincando, estou propondo uma oferta de emprego como cuidadora do meu irmão, sua missão além de ajuda-lo no que for necessário, será impedi-lo de se demitir da empresa, depois do acidente eu raramente o tinha visto de bom humor, por isso estou disposto a pagar muito bem eu lhe garanto. - me olhou com determinação.

            
            

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