Mãe por acidente
img img Mãe por acidente img Capítulo 10 Meu bebê
10
Capítulo 15 Velho clichê img
Capítulo 16 O café img
Capítulo 17 Gafe img
Capítulo 18 Onde for img
Capítulo 19 Sem resposta img
Capítulo 20 Medo img
Capítulo 21 Muito pequeno img
Capítulo 22 Família img
Capítulo 23 Intrusa img
Capítulo 24 Minha insegurança img
Capítulo 25 Sem controle img
Capítulo 26 Nao poder img
Capítulo 27 Happy img
Capítulo 28 Não img
Capítulo 29 Revelação img
Capítulo 30 Suas escolhas img
Capítulo 31 Lembranças img
Capítulo 32 Sem rancor img
Capítulo 33 Destemida img
Capítulo 34 Sem pressão img
Capítulo 35 Frescor img
Capítulo 36 Meu lugar img
Capítulo 37 Eu sei img
Capítulo 38 Um inseto img
Capítulo 39 Desejo contido img
Capítulo 40 Saudade img
Capítulo 41 Amigas img
Capítulo 42 Grande engano img
Capítulo 43 Menina má img
Capítulo 44 Meu desejo img
Capítulo 45 Início img
Capítulo 46 Quando puder img
Capítulo 47 Se entregue img
Capítulo 48 Meu erro img
Capítulo 49 Sou sua img
Capítulo 50 Nosss conflitos img
Capítulo 51 Adivinhação img
Capítulo 52 Nem sei por onde img
Capítulo 53 Miragem img
Capítulo 54 Te desejo img
Capítulo 55 Tudo errado img
Capítulo 56 Grande mal img
Capítulo 57 Perfeito demais img
Capítulo 58 Não precisa ter medo img
Capítulo 59 Meio img
Capítulo 60 Coincidência img
Capítulo 61 Foi errado img
Capítulo 62 Traição img
Capítulo 63 Destino img
Capítulo 64 Me diz img
Capítulo 65 Tão pequeno img
Capítulo 66 De volta img
Capítulo 67 Tão errado img
Capítulo 68 Ter voltado img
Capítulo 69 Eu ouvi img
Capítulo 70 Vitória img
Capítulo 71 Não é invenção img
Capítulo 72 Vilão img
Capítulo 73 Oque mudou img
Capítulo 74 O fim img
Capítulo 75 Verdades não ditas img
Capítulo 76 Depois img
Capítulo 77 Prólogo - próximo livro img
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Capítulo 10 Meu bebê

Duas horas mais tarde.

Caminhei pelo grande jardim do chalé Petrelli. Tendas gigantes adornavam o jardim, protegendo os convidados do prefeito do sol escaldante do Texas. Mesas brancas estavam espalhadas, haviam garçons servindo bebidas e canapés. Havia uma foto enorme do prefeito estendida e a bandeira enorme da bandeira solitária do Texas ao lado da dos Estados Unidos. Tudo parecia muito diferente da última vez em que estive ali. Segui andando vagarosamente à procura de Luck, tentando não chamar atenção, o que não estava funcionando, já que estavam todos arrumados tão exageradamente, e eu apenas de regata preta, calça jeans e tênis Converse, como de costume.

- Não é permitida a criadagem sem estar devidamente uniformizada deste lado do evento. - Um senhor alto e magro me alertou, antes que eu continuasse minha procura na parte externa da casa.

- Err... eu não sou... estou com Antony... - menti, quando o amigo de Luck da festa anterior se aproximar, tomando uma taça de champanhe. O segurança cerrou os olhos como se enxergasse minha mentira.

- Antony! - ele chamou, sem desviar os olhos dos meus, me assustando. Ok, agora vou ser expulsa. Terei sorte se ninguém perceber toda essa humilhação.

- Sim. - ele disse, aproximando-se do segurança. - Essa moça disse que te conhece, que veio com você. Ele me olhou por um momento e, em seguida, confirmou.

- Sim, ela está comigo. Por que não me segue? Vou te entregar os "Papeis" que veio buscar Segui-o apressadamente para uma área interna de funcionários. Ele se virou e me olhou.

- Eu não faço ideia porque a sua amiga insistiu tanto para que você estivesse aqui hoje. Mas eu tô tentando sair com ela há mais de um ano. - disse ele, sua voz baixando uma oitava. - Espero que isso não me traga problemas.

- Obrigada por isso, prometo não causar problemas. - Digo suavemente tentando trazer tranquilidade a situação. Ele me olha não parecendo comprar a minha mentira.

- Oque seria tão sério que não poderia falar por telefone ou Facebook? - Ele estreita os olhos castanhos para mim. - Ele não machucou você, né? Porque eu não quero encrenca, ele é meu amigo e eu sinceramente não lembro de nada daquela noite. Só estou fazendo isso pela sua amiga Ruiva gostosa. Eu revirei os olhos.

- Sabe que ela não vai sair com você, né? - Solto despretensiosamente.

Uma risada profunda atravessa a sala, e quando olho para ele, percebo que ele está realmente divertido com a minha fala.

- É, eu sei. Ela é gostosa demais para mim de qualquer maneira. Mas não pode me julgar por tentar. - Ele da ombros como se não fosse nada. A gente caminha pela casa e não sou parada novamente, quando estamos em um corredor muito famíliar, cheio de fotos da infância de Luck, Antony para.

- Eu realmente não deveria estar fazendo isso, Luck vai me matar porra, se souber que trouxe um pedaço de boceta aqui hoje.

- Eu não sou um pedaço de boc...- Nem completo, irritada. Ele me dá um olhar de desculpas.

- Bom, não sei se falar sobre isso vai ajudar. Mas ele está noivo...e parece, feliz, um tipo peculiar de felicidade, mas parece uh, feliz.

- Eu sei, não é sobre isso. Agora ele me encara com curiosidade. - Bom, o seu humor hoje...bem, está meio instável.

- Eu vou lidar com ele. - tentei convencer-me de que não estava tão assustada quanto julgava. Mas ele claramente leu minha expressão.

- Eu apenas preciso mostrar algo para ele. - Minhas mãos estavam tão suadas que molhavam o envelope com o resultado de um exame da ultrassom, já amassado pela força com que eu o segurava.

- Estou grávida - falei baixinho. Primeiro eu pensei que ele não tivesse ouvido. Então, um canto de sua boca se curvou tristemente.

- E-eu realmente não deveria ter trago você aqui. - Ele parecia nervoso.

Eu mordo de volta um gemido de angústia.

- Mas já que está aqui não vou impedi-la de falar com ele. - Completa. - Apenas...apenas me deixe de fora dessa confusão. - Ele passa a mão sobre o rosto, frustrado e depois se vira para sair.

Andei apressadamente pelo corredor de fotos até ficar de frente para as portas duplas, que estavam apenas encostadas. Empurrei-as um pouco e o avistei pelo reflexo do espelho, dando um nó na gravata. Droga... Droga... Droga... E agora, o que faço? Insegura, quase voltei sem falar nada, mas era tarde demais. Tive medo da sua reação, tive medo de tudo. Continuei olhando o seu reflexo no espelho e no instante em que me vê, seu rosto se transforma em forte nojo.

- Como me encontrou aqui? - ele disse com grosseria, andando na minha direção. Minha primeira reação foi recuar, mas assumi

- Eu apenas subi - disse, sem conseguir olhar nos seus olhos.

- Como assim só subiu? Mas que porra de segurança é essa? - Cuspiu com agressividade. Em seguida, virou-se, andando em direção ao celular que estava na cama. - Segurança...

- Por favor, Luck... - ... tem uma pessoa

- Eu não quero confusão... Falávamos em uníssono. Eu entrei no quarto, indo em sua direção antes de a minha coragem desmoronar. - Estou grávida! - gritei de uma vez, para que ele desligasse o telefone. Tudo ficou mudo.

- O quê? - ele disse, ainda com o telefone apoiado no ouvido. - Ignore - falou ao telefone.

- Não é nada demais, apenas um engano. - E desligou. - O que você tá falando? - ele avançou com violência, fazendo-me recuar novamente.

- Eu tô grávida - disse, com a voz trêmula. Seu olhar passa por mim como se eu fosse um pedaço de lixo. Ele puxou o envelope da minha mão e o olhou por alguns instantes.

- E que porra isso prova? - ele disse com sarcasmo. - Esse bebê pode ser de qualquer um. - Jogou o envelope na minha direção.

- O quê? O que você acha? Eu te dei a minha virgindade, seu idiota! - Elevei minha voz, cansada de ser humilhada. - Te dei o meu primeiro beijo. - Eu estalo, minha voz crescendo com raiva, mas não pude evitar que as lágrimas descessem.

- Eu não me lembro de você agir como uma virgem - ele disse com um sorriso maléfico. - E além do mais, onde você acha que essa situação nos levará? Você veio aqui com que objetivo? Acho que você se lembra bem que eu tenho uma noiva e compromissos futuros que não envolvem ser pai de um bebê que pode nem ser meu. Ele se inclina no meu espaço, tão perto que posso sentir o cheiro das notas picantes de sua colônia. Então, um sorriso sombrio sai por seus lábios. - E ainda por cima, você quer que eu acredite que você, uma pobre menina rica, era inocente - Ele faz uma pausa dramática e sorri como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada - E virgem? Você não parecia virgem quando eu te fodi. Engolindo o enorme caroço na minha garganta, corro a mão no meu rosto limpando as lágrimas.

- Se eu soubesse... - eu engulo as lágrimas que se formam, não deixando que elas caiam novamente por ele. - Se eu soubesse quem você era de verdade jamais teria dormido com você. Eu nunca teria ido a aquela festa. Eu só vim aqui para te contar que estou grávida e que o bebê é seu! Ele levanta uma sobrancelha grossa, parecendo bonito, lindo até, mas é o tipo de beleza que notórios assassinos em série usam para atrair suas vítimas. Honestamente não ficaria surpresa se ele matasse por esporte. - Eu acho que você é uma ótima atriz garota. - Ele da novamente aquele sorriso que me dá nos nervos. Mas todo mês uma puta como você me procura dizendo que está grávida de mim. E oque elas querem afinal? Um cara rico como eu, bonito, bem sucedido. Mas isso não vai acontecer, comigo e nem com você. É uma solução que você quer? Trinquei os dentes, revoltada com suas acusações.

- Pode apostar que eu não queria isso de forma alguma. - disse com amargura. - Quer saber? - ele disse, passando por mim e esbarrando com turbulência. Voltou alguns minutos depois.

- Aqui! - ele falou, folheando um grosso bolo de notas verdes juntas por um elástico e as jogando em cima de mim. Agarrei por reflexo. - O que isso significa? - Sua solução. Você disse que não queria isso. Bom, nem eu. Com esse dinheiro dá para você pagar um açougueiro por aí para tirar essa coisa.

- Eu nunca disse que vou tirar o bebê - disse, reforçando a palavra bebê.

Ele baixou a vista. Quando levantou, era aquele Luck violento que há tempos eu tinha visto.

- Eu juro que, se você fizer qualquer coisa para me prejudicar... - ele disse, se aproximando. Dessa vez não me afastei, estava cansada de sentir medo. Olhei bem em seus olhos quando ele ficou cara a cara comigo. Luck sussurrou pausadamente:

- Quem sabe? - Passou a mão na minha barriga lisa, não tirando os olhos dos meus. - Eu mesmo não tiro esse bebê daqui. Acidentes simples causam abortos o tempo todo.

            
            

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