Mãe por acidente
img img Mãe por acidente img Capítulo 5 No Starbucks
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Capítulo 15 Velho clichê img
Capítulo 16 O café img
Capítulo 17 Gafe img
Capítulo 18 Onde for img
Capítulo 19 Sem resposta img
Capítulo 20 Medo img
Capítulo 21 Muito pequeno img
Capítulo 22 Família img
Capítulo 23 Intrusa img
Capítulo 24 Minha insegurança img
Capítulo 25 Sem controle img
Capítulo 26 Nao poder img
Capítulo 27 Happy img
Capítulo 28 Não img
Capítulo 29 Revelação img
Capítulo 30 Suas escolhas img
Capítulo 31 Lembranças img
Capítulo 32 Sem rancor img
Capítulo 33 Destemida img
Capítulo 34 Sem pressão img
Capítulo 35 Frescor img
Capítulo 36 Meu lugar img
Capítulo 37 Eu sei img
Capítulo 38 Um inseto img
Capítulo 39 Desejo contido img
Capítulo 40 Saudade img
Capítulo 41 Amigas img
Capítulo 42 Grande engano img
Capítulo 43 Menina má img
Capítulo 44 Meu desejo img
Capítulo 45 Início img
Capítulo 46 Quando puder img
Capítulo 47 Se entregue img
Capítulo 48 Meu erro img
Capítulo 49 Sou sua img
Capítulo 50 Nosss conflitos img
Capítulo 51 Adivinhação img
Capítulo 52 Nem sei por onde img
Capítulo 53 Miragem img
Capítulo 54 Te desejo img
Capítulo 55 Tudo errado img
Capítulo 56 Grande mal img
Capítulo 57 Perfeito demais img
Capítulo 58 Não precisa ter medo img
Capítulo 59 Meio img
Capítulo 60 Coincidência img
Capítulo 61 Foi errado img
Capítulo 62 Traição img
Capítulo 63 Destino img
Capítulo 64 Me diz img
Capítulo 65 Tão pequeno img
Capítulo 66 De volta img
Capítulo 67 Tão errado img
Capítulo 68 Ter voltado img
Capítulo 69 Eu ouvi img
Capítulo 70 Vitória img
Capítulo 71 Não é invenção img
Capítulo 72 Vilão img
Capítulo 73 Oque mudou img
Capítulo 74 O fim img
Capítulo 75 Verdades não ditas img
Capítulo 76 Depois img
Capítulo 77 Prólogo - próximo livro img
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Capítulo 5 No Starbucks

Acordei com uma dor de cabeça terrível e um enjoo brutal. Tentei abrir os olhos, mas minha cabeça estava pesada e os lábios ardendo por dentro devido à mordida violenta que Luck me deu. Meu corpo estava totalmente dolorido, especialmente lá em baixo. Com dificuldade, abri os olhos e observei uma escuridão latente. Pousei minhas mãos ao lado da cama pensando que encontraria Luck.

- Luck? - Chamei, sem resposta. Sentei lentamente, minha cabeça estava estourando e eu, sem dúvidas, iria vomitar. Corri em direção à porta à direita, na esperança de que fosse um banheiro. Ajoelhei no chão frio em frente à privada e vomitei por longos minutos antes de conseguir levantar. Lavei meu rosto, passei o Listerine que estava à disposição e voltei ao quarto. Luck não estava lá, não havia nenhum sinal das suas roupas. Graças a Deus Peguei minha bolsa e olhei o celular. Havia mais de trinta chamadas e mensagens, de Vivian e Alice. Claro, já era três horas da manhã. Respirei fundo e respondi rapidamente: Estou bem. Antes que me respondessem, meu celular desligou. Na verdade, até fiquei feliz por não precisar dar um monte de explicações. Vesti minha roupa e observei de novo o quarto, à procura de um bilhete, um cartão, ou qualquer coisa que ele tivesse deixado para explicar por que havia ido embora daquela forma. Foi o pior sexo da minha, foi o único e se todas as vezes fossem assim eu teria que definitivamente ser celibatária. Desci segurando meus sapatos na mão, meu rosto estava um horrível. Meu cabelo então, nem se fala. Passei primeiro pelo corredor, onde parei para admirar algumas fotos na parede, umas de Luck, pequeno com um bebê no colo; outras brincando e outras com seu pai. Segui corredor adentro até encontrar a escadaria e descer. O salão, antes cheio de vida e pessoas, agora estava vazio, nada mais restava além de restos de confetes e serpentinas, e sujeira no chão. Olhei para a direita e observei o amigo de Luck fumando maconha sentado no balcão do bar.

- Você viu as minhas amigas? Elas devem ter perguntado por mim. - A Ruiva histérica e a loira violenta. Ah, com certeza.

- Ele sorriu. - Não se preocupe não falei nada sobre o Luck, ele normalmente não gosta de falar sobre as garotas que ele come. Engolindo o enorme caroço do caralho na minha garganta, corro a mão no meu rosto vermelho. Ele sorriu docemente e me respondeu.

- Ele saiu faz cerca de uma hora. - Sinceramente eu só quero ir embora. - Aviso Ele deu de ombros e continuou a fumar, como se eu não fosse problema dele. E eu não era.

- Você precisa de um Uber? Acho que não tem mais nenhum motorista particular aqui. E você pode ser muito gostosa, mas eu não posso te levar para casa. Perdi minha habilitação há uns anos. Eu me abraço, em uma tentativa frustrada de me tampar. Não estava confortável e sozinha nesse lugar. Eu só queria ir embora.

- Posso pedir um Uber para você. - Ele sugere, provavelmente sentindo meu desconforto.

- Ah sim, claro, eu agradeceria. Meu celular descarregou.

- Ok. Só um minuto. - Ele entrou e voltou minutos depois. - Olha, já tem um uber vindo, posso esperar com você lá embaixo. Eu não disse nada, mas ele me acompanhou assim mesmo. Mantendo uma distância segura e confortável, ele sabia que eu estava receosa. Ficamos em silêncio na entrada do chalé, e na sequência, o uber chegou.

- Ei! - Antony gritou antes que eu saísse em direção ao uber. - Não me leve a mal, mas você está bem? Seu lábio está cortado... você parece uma merda. Eu vi você subir com Luck. Vergonha que eu nunca senti percorreu meu corpo, e eu sabia que não deveria sentir assim, Luck me tratou mal, me incitou a fazer coisas que eu não queria. Com agressividade e desrespeito. Então porque minha mente estava me boicotando me fazendo sentir um lixo e com vergonha.

- Eu tô bem. - Minto.

- É que Luck...ele é meu amigo, - Ele suspira fundo. - Mas as vezes quando ele bebe, ele pode ser um pouco... - Ele segurou meu olhar e olhou para mim como se estivesse me incitando a falar a verdade.

- Eu tô bem, obrigada. Acenei que sim com a cabeça, fingindo enganar a mim mesma. Cheguei na entrada da escola e não me surpreendi em encontrar Vivian e Alice do lado de fora, me esperando. Desci do táxi e caminhei calmamente na direção delas.

- Nicole, qual o seu problema? - Vivian correu de encontro a mim, abraçando-me com força.

- Estávamos quase ligando para a polícia. E pior, tivemos que inventar a desculpa mais louca para que Mateus e a supervisora acreditasse e não relatasse isso a sua mãe. Para Matheus falamos que você se sentiu mal e veio para cá antes de nós. Também assinamos sua lista de chegada como se fosse você. Se não, pode apostar que a sua mãe já teria desembarcado aqui.

- Nicole, aonde você estava? - Alice aproveitou a deixa para perguntar.

- É que, eu conheci alguém. - A mentira flui dos meus lábios.

- Nós conversamos até tarde... me esqueci do horário.

- Ai. Meu. Deus! Não me diga que transou com um desconhecido? - A boca de Vivian formou um grande " O" de surpresa. Eu poderia explicar a história, mas estava com uma dor de cabeça que mal me deixava pensar, além do enjoo, que não passava.

- Não, não foi nada disso. - Respondi de uma vez, encarando os olhos curiosos. - Apenas conversamos e foi só.

- E nós o conhecemos? - Alice semicerrou os olhos. - Olhando meu lábio machucado.

- Não. Olha, meninas, eu estou bem, a salvo e cansada. Se não se importarem, eu vou subir. Vivian e Alice se entreolharam e deram de ombros. Alice demorou um pouco mais para comprar a mentira, mas no fim, aceitou.

- Ok - ela disse. - Amanhã nos falamos. O importante é que está bem.

Nos despedimos, e seguimos cada uma para o seu quarto. Haviam se passado pelo menos um mês e eu praticamente não tive tempo de assimilar o que se passou.

No dia que sucedeu a festa de formatura, acordei tarde e passei o restante do dia me sentindo mal por causa da ressaca. Pensei em Luck também em boa parte do dia. Meu primeiro e único sentimento por pelo menos três semanas, foi vergonha, depois raiva, de mim, de Luck e até das minhas amigas por me deixarem beber. Depois disso, decidi que eu quis aquilo. Eu sempre fui atraída por Luck e talvez na hora tenha sido bom. Eu estava bêbada e provavelmente não administrei bem as minhas emoções na hora. E por isso estava achando que a situação era pior do que realmente era. Pensei em até ligar para Luck, tentar um segundo encontro sem bebidas para ver se funcionava. Acabei desistindo quando recebi uma mensagem de Madeleine dizendo que me daria cerca de um mês para organizar as coisas e me mudar para lá, para que pudesse, enfim, me organizar para a faculdade. Eu, Vivian e Alice quase não nos falamos naquelas semanas, elas estavam muito ocupadas recebendo as respostas das faculdade e, como não mencionaram mais nada sobre a noite da nossa formatura, também optei por não comentar, não havia motivos para alarde, muito menos para ouvi-las dizendo que tinham me avisado, como se eu fosse uma criança. Estava meio decepcionada e envergonhada pelo rumo das minhas atitudes. Eu era conhecida pelas minhas amigas por ser equilibrada, mas bastou alguns copos de bebida para que eu fosse imprudente por aí. Resolvi, então, não contar a elas. Aquilo seria algo somente entre eu e Luck. Caso conseguíssemos nos encontrar e esclarecer as coisas, aí sim, eu contaria tudo. Mais tarde naquele mesmo dia, recebi uma ligação de Vivian, marcando um encontro no Starbucks. Eu não estava muito animada para sair desde que meu cérebro começou a assimilar que eu havia levado um grande fora. Luck aparentemente visualizava todas as minhas mensagens nas redes sociais, mas não fez questão de responder nenhuma. E foi só por isso que aceitei o convite delas. Saí pontualmente às 17h, quando Mateus me enviou uma mensagem.

Cheguei na Starbucks e sentei na mesa em que tinha costume de sentar. A cafeteria estava com movimento normal de final de semana. Fiz o pedido de um cappuccino enquanto elas não chegavam. Degustei minha bebida ainda olhando o cardápio, já escolhendo o que pediríamos quando elas chegassem. Meu olhar acabou se perdendo no casal que estava sentado na mesa à minha frente. Uma mulher loira, cerca de vinte anos, elegante, estava com rosto corado, enquanto sussurrava algo aparentemente inocente para o seu namorado. Ela passava a mão entre os cabelos, sua pulsação do pescoço acelerado, pequena camada de suor cobrindo sua testa enquanto ela sorria. Foi então que percebi, ele a alisava descaradamente por baixo da saia. Pelo meu ângulo de visão, era claro oque estava acontecendo. O problema é que estávamos de dia em um local público e tinham inclusive crianças no estabelecimento. Porra! Só pode ser brincadeira. Eles não estavam mesmo "masturbando" em público. A raiva cresce dentro de mim, preciso de tudo em mim para não explodir. Eu já havia ouvido dizer que não há limites para os apaixonados, mas isso? Isso era imoral e decadente, o estabelecimento não estava cheio e a família com crianças, distraída demais para ver, mas eu estava vendo, e isso bastava. Se qualquer um sentasse na mesma direção que a minha, teria a mesma visão que eu. Quando uma pequena gota de suor escorreu do seu rosto e ela soltou um gemido abafado, tive certeza do que estava acontecendo. Olhei para os lados para ver se mais alguém estava notando aquela cena. Nada. Tudo em volta parecia funcionar perfeitamente, as pessoas sendo servidas, o velho movimento de entra e sai. Ok, ninguém estava vendo. O que não significa que eu tinha que ver. Levantei indignada, pronta para tomar satisfações com o casal. Dei a volta na mesa e, quando me aproximei, percebi que era ninguém menos que Luck Petrelli.

- O quê?! - Disse, mirando seus olhos. Assustados com a intromissão, ele retirou a mão rapidamente e a apoiou sobre a mesa.

- O que tá acontecendo aqui? - eu disse com firmeza. Eles continuaram a me olhar como se não estivessem fazendo nada.

- Desculpe, eu não sei do que está falando - a mulher loira comentou com deboche.

            
            

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