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Passei anos fora, estudando, me preparando para assumir o lugar do meu pai, trabalhando por conta própria em outras empresas, queria me provar, mostrar que era capaz de esta onde estou. Fundei meu império com o meu esforço, e hoje não só tenho posse sobre a minha herança como tenho um patrimônio ainda maior. Claro, conseguir ir alto não só por mim. Meu status ajudou bastante. Mas não me sinto menos honrado por tudo que conseguir.
Voltar aqui depois de tanto tempo, de tudo, é cômico. Mas esperei muito aquele velho filho da puta morrer, esperei cada segundo da minha vida por isso, me forjei no aço que ele queria, me moldei na porra de um insensível assim como ele era.
Ainda lembro-me das mãos dele sobre o pescoço dela, matando-a por ser uma boa mãe e me defender das suas surras.
O alivio que sentir quando finalmente ele morreu, e sozinho como viveu toda a vida. Soube que chamou por mim, por ela. Quis vir adiantar a sua morte por ousar por o nome dela na boca, mas não se chuta cachorro morto, ele ameaçou vender tudo e não me deixar nada, mas era egoísta demais para abrir mão do seu legado, afinal isso foi tudo que importou para ele. Mereceu o fim que teve.
Não mantive muitos contatos por aqui, mas fiquei surpreso quando encontrei o Mike em um restaurante. Sempre fui muito discreto quanto a minha vida pessoal, e quando jovens passava mais tempo na casa dele que na minha, na faculdade era o mesmo, nunca ia para minha casa nos feriado. A família Brwoen foi meu alicerce, me tratavam como um filho, e cortar esse vinculam foi doloroso, primeiro porque eu precisava cumprir meu proposito e isso não seria possível aqui, segundo que eu não queria continua magoando a Jul. Ela era uma irmã caçula para mim, foi um puta soco no estomago quando eu soube que não era assim que ela me via. E quando Mike falou que ela estava doente eu quis me bater por frequentar a sua casa.
Foi bom revê-lo, e quando disse que estava de volta ele ficou feliz, e nos reencontramos outras vezes, nos divertimos muito com o meu melhor amigo me reapresentando cada canto sórdido dessa cidade, mas não falávamos muito da Jul. Ele sabia que me sentia culpado por tê-la magoado, mesmo quando aquilo era o certo a se fazer. Por conta disso, nunca mencionamos muito ela. Até o dia que falei que procurava uma secretaria, e ele disse que ela precisava de um emprego, mas muito casual, como se não fizesse muita questão na indicação.
Lembro-me de pergunta se ele poderia me passar as informações sobre ela, e ele me enviou o linkedIn. Eu me sentir um canalha quando olhei a foto da Jul, aos 24 anos ela ainda não era o tipo de mulher que me interessava, gostava de pessoas mais velhas. Eu acredito que ele percebeu, pois a ameaça sobre eu não foder com tudo de novo foi bem eficaz, ele também foi abandonado por mim, na pior fase da vida dele, acompanhei um pouco do divorcio dos pais do Mike, e ele estava sempre preocupado em como aquilo estava afetando a Jul, sempre invejei o carinho que tinham um pelo outro, eles se tinham, eu estava sozinho desde sempre. Também não sei se iria querer que mais alguém passasse pela merda de ter nascido na minha família. Talvez me torturasse mais.
E eu não iria, ela não iria gosta do que sou por baixo desse rosto simpático, longe do sol, na escuridão da minha alma, nunca poderia fazer alguém como essa pobre menina passar pela dor de ser MINHA. Porque pelos Deuses, eu não poderia me afastar dela caso a tivesse, eu a corromperia se isso acontecesse, e eu não quero afasta meu amigo. Não depois de voltarmos à normalidade, de ter alguém em quem eu possa contar de novo. E não magoaria os dois assim, Julia era proibida para mim, e ter essa noção fez algo desperta em mim.
E quando finalmente marcamos a reunião, eu vi o estrago que fiz, ela chegou aqui em choque, seu rosto ficou pálido quando encontrou o meu, acho que não precisava estar presente para destruir um pouco dela, minha doce menina era tão sorridente. A forma que ficou após entrar no escritório, eu quis ajuda-la, desde o momento que a vir mal, quis protegê-la, mas como? Se eu estava causando isso, e quando a puxei para mim, quando ela caiu sobre o meu colo, com aquele corpo perfeito, aquelas curvas fartas e belas, eu quis dobra-la sobre a mesa e adora-la como provavelmente ninguém nunca soube fazer. Mas o Mike a arrancou de mim, como se eu não pudesse ou soubesse o que fazer, eu iria, só me distrai por alguns segundos. E já estava pedindo alguma coisa para ela beber e comer assim que a roubou de mim. Queria gritar com ele, por julgar que não poderia cuidar dela, mas entendi, ele sempre foi protetor, e sendo eu o causador daquilo, era justo, mais que justo ele a tirar de mim, não sabia o que poderia fazer caso não tivesse tirado. Aqueles lábios seriam o meu caminho para o inferno.
Dei o maior tempo que pude para ela se ajusta, comer, e se sentir melhor depois que ele saiu, mas sabia que ela estava buscando um jeito de fugir de mim, eu realmente precisava de uma secretaria, e iria controlar a besta selvagem em mim, não era justo com ela que eu me reaproximasse e exigisse coisas ou esperasse que ela fosse à mesma de antes. Quando mencionou que já estava de saída, eu quis rir, mas quando deixou claro com toda aquela petulância que não iria me obedecer, meus olhos escureceram de ódio, ela ainda era uma criança mimada, não precisava se virar sozinha.
- Julia, você tem 24 anos, e ainda morar como seu irmão, não creio que esteja procurando um emprego por robe, sei que as circunstâncias sejam um tanto complicadas, mas peço que você pense com clareza na sua decisão, ouvir o Mike mencionar algumas vezes que você não é muito fã da namorada dele. Já pensou se isso fica mais sério, vai dividir o apartamento com eles no casamento também? Mudança requer tempo e preparação. - Acho que toquei em um ponto, porque percebi o incomodo quando finalizei o meu ataque, ela precisa saber o que quer, e eu preciso que ela aceite a minha proposta.
- Eu... eu... Estou me organizando, senhor Adams e não vejo onde isso lhe diz respeito. - Ela era firme, admito, nem parece à menina que estava se derretendo há poucos minutos porque não sabia lidar com a minha presença, muito menos disfarçar esse incômodo.
- É você tem toda razão, quem precisa de um emprego com benefícios como moradia, alimentação, transporte e a possibilidade de uma carreira realmente relevante. Você tem razão, senhorita Browen, peço desculpas pela insistência, só achei que como você precisava de um emprego e eu de uma funcionária de confiança, podíamos nos ajudar. - Fiz uma pausa, dando a ela uma chance de reconsiderar, mas duvidava que fizesse efeito imediato, não iria mesmo desistir assim. Seria para o meu amigo o que não fui aos últimos anos, vou esta aqui.
Sou paciente... Muito.
- Eu preciso pensar, Robert. Preciso falar com a minha psicóloga antes de me coloca em uma situação que possa me causa gatilhos, tudo isso é muito estranho. Eu não sei como levar essa situação. -Admiro a sua coragem de agora. Assumir sua fraqueza e demonstra desejo em mudar isso. Enfrentar isso.
- Julia, eu... -Tentei dizer.
- Por favor, não faça ser pior. - Ela rebateu antes.
- Não quero te causar mais problemas. Sinto muito por tudo, não imaginei que te deixaria assim, eu só fui correto, não... Desculpe-me, mas pense sobre a vaga, estarei aqui. Ok?- Eu não sabia como lidar com aquela situação, era novo também, nunca teria imaginado que afetei a saúde mental de alguém sem intenção disso. - Quero que saiba que se aceitar, o nosso relacionamento será estritamente profissional, se quiser só precisamos estar juntos em reuniões e as demais coisas podemos tratar por e-mails, você não precisa entrar aqui o tempo todo e eu mal tenho tempo de sair dessa sala. - Não era de total mentira, precisava de alguém para organizar a minha agenda, atender as ligações e identificar as importantes para me passar, responder e-mails e às vezes me trazer algo para comer. Não havia necessidade de nos vermos, só interagir a certa distância já era o necessário. -E como você está finalizando o seu curso, a experiência vai ser algo bom para o seu currículo.
-Ok vou pensar. Agora preciso ir. Muito obrigada, Robert. Podemos nos falar amanhã? -Me deixar esperando uma resposta quando nitidamente queria tanto o emprego não era o que eu esperava, mas me deu tempo para pensar em alguma coisa para afastar a Julia de mim, no período em que ela estivesse aqui.
-Ótimo, amanhã podemos nos encontrar para um almoço. Se você tiver interesse na vaga, já levo para o prédio onde auxiliamos com a moradia de alguns funcionários. - Claro, não eram todos que tinham essa mordomia, mas o mais alto escalão tinha um lugar próximo ao trabalho, era também onde eu residia, mas não pretendia lhe informar que eu morava na cobertura.
-Obrigada. - Era bom saber que já não era o catalisador do desespero da Jul. Mesmo que para isso tivesse que desviar a atenção dela para algo mais urgente.
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Foi à semana mais agoniante da minha vida, ela não me respondeu sobre a proposta, nem mesmo se dignou a me dizer um não, como se eu não fosse digno da atenção dela. O Mike fingia ser neutro quando o assunto era a Julia, mas depois de toda aquela comoção eu sabia que ele não fazia essa questão de que ela seguisse com a proposta de emprego. Tinha um detalhe irritante também eu estava doido para vê-la novamente, estava ansioso. Era sexta à noite e fui encontrar com o Mike no nosso bar de sempre, o que me fez perder a cabeça foi encontra a Julia trabalhando lá. Primeiro eu olhei para Mike incrédulo.
- Não é como se eu tivesse controle sobre o que ela faz, a Julia é adulta, porra! - Ok, eu devia melhorar o meu humor, nem mesmo cheguei à pergunta e ele já disse o que pensava, ou aquilo também estava o deixando puto, mas ele fazia sentido, não querer a irmã trabalhando em um bar, principalmente em um que ele vai com tanta frequência, mas porque aquilo estava me deixando irritado? Ela estava com uma saia que cobria até o joelho, mas a porra do corte atrás deixava pouco para imaginação desses merdas, não creio que eles mereçam essa atenção, e esse decote? Eu podia arranca os olhos daquele cara só por estar passando mais do que dez segundos focados neles, se eu não tivesse feito o mesmo nos últimos minutos.
Depois de meia hora e quase seis assassinatos, eu resolvi que não iria aguenta mais isso. Dois telefonemas depois, e lá estava ela indo ao encontro do irmão.
- Está tudo bem? -O Mike perguntou. Eu poderia dizer que estava arrependido, porque ver o olhar triste no rostinho dela me quebrou um pouco, mas não foi o suficiente para me arrepender. Não mesmo!
- Eles decidiram que não vão me manter, Depois de cinco dias perfeitos, sem nenhuma reclamação, eu estou muito triste, Mike. - Ela balbuciou, não sei se me tratava com indiferença ou se realmente estava tão focada na sua própria merda que não me deu atenção.
- A vaga na minha empresa ainda não foi preenchida, Julia, caso você tenha interesse, creio que os benefícios são um pouco melhores que os daqui. - Eu sou muito egocêntrico para deixar ser evitado, mas queria ter ficado calado, quando ela lançou aquelas duas esmeraldas na minha direção, acho que estavam alguns tons mais escuros pelo ódio que vi em seu rosto. Será que ela sabia?
- Era algo meu, Rob. - Me chamou pelo apelido. ''Devo este só neurótico, por que isso importa tanto afinal?'' - Eu conseguir com o meu esforço, não sei se você entende isso, mas perder algo que você se esforçou para conseguir... - E ela parou talvez se dando conta de que estava indo longe demais, talvez porque aquilo me afetava tanto que não tenha conseguido não comprimir os lábios, como o ódio que crescia em minhas veias, ela pode não saber, mas sim, eu sei o quão difícil é conseguir algo como seu próprio esforço, tudo que tenho fora a herança que ganhei agora, foi construído como meu suor.
- Entendo! - Conseguir dizer. - Mas, não é como se eu fosse facilitar para você porque a considero da família, pode achar que a minha vida tenha sido fácil, mas maior parte do que tenho hoje é fruto do que conseguir, mas acredite, Julia, não há vergonha alguma se as coisas vierem com facilidade, você esta concluindo o seu curso agora, vai precisa de referências.