Sob do domínio do demônio: Um romance Dark.
img img Sob do domínio do demônio: Um romance Dark. img Capítulo 5 ♥ Capítulo 3♥
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Capítulo 5 ♥ Capítulo 3♥

10:50 - Penitenciária do Horizonte. - Refeitório - Zefíria.

Aurelia Dusk.

Após pegarmos nossas bandejas com comida, se é que isso pode ser chamado de comida, seguimos para uma grande mesa vazia, onde nos sentamos lado a lado.

― Não se preocupe com a comida, pode ter uma aparência horrível, mas até que tem um bom gostinho. ― Ela disse, tranquilizando-me com um sorriso enquanto se acomodava.

Com um misto de desconfiança e curiosidade, comecei a comer, observando-a fazer o mesmo. O prato à minha frente parecia uma sopa estranha, mas dei uma chance ao meu estômago revirando de fome. Surpreendentemente, não era ruim. Talvez até fosse bom.

Ela me olhou com uma expressão divertida enquanto eu experimentava.

― Pela sua cara, parece que gostou. ― Ela riu, e eu não pude deixar de sorrir.

― Até que é boa. ― Respondi, aliviada por não ser intragável.

Continuamos nossa refeição em silêncio, mas logo o refeitório foi invadido pelos outros prisioneiros, que se aproximaram de forma barulhenta. Ela parecia tranquila, como se estivesse acostumada com aquela movimentação. Para mim, no entanto, cada olhar era uma ameaça potencial.

― Já estava na hora deles chegarem. ― Ela comentou despreocupadamente, enquanto eu tentava controlar meus nervos.

Eu sou a novata aqui, e essa realidade estava começando a pesar sobre mim.

― Bom, eu vou te dar um conselho, nunca olhe nos olhos dos outros prisioneiros. Eles vão achar que você está querendo alguma coisa com eles. ― Ela falou com um tom sério, transmitindo a seriedade da situação.

― Entendi. Obrigada pelo aviso. ― Respondi, tentando soar confiante.

Ela apenas assentiu, como se soubesse que as minhas palavras escondiam o medo que eu estava sentindo.

Após terminarmos a refeição, ela apontou discretamente para um grupo de prisioneiros em uma mesa próxima.

― Está vendo aquele grupo ali? ― Perguntou, fazendo-me virar a cabeça para olhar.

Eu assenti, curiosa para saber mais.

― Eles são os novos líderes da prisão, temporariamente. ― Ela explicou, enquanto eu absorvia a informação com surpresa.

― Como assim temporariamente? ― Questionei, impressionada com a complexidade da hierarquia da prisão.

Ela deu um gole no suco antes de responder, seu semblante revelando o peso das circunstâncias.

― O líder dessa prisão é o demônio. Ele está na solitária por matar um policial. ― As palavras dela ecoaram na minha mente, enviando um arrepio de medo pelo meu corpo. ― Toda vez que ele fica na solitária, os outros presos brigam entre si para ser o novo líder temporário. Então, tome muito cuidado para não chamar atenção deles. Todos eles gostam de uma carne nova.

― Você gosta de me deixar assustada, não é? ― Eu disse, tentando disfarçar o tremor na voz.

― Não, estou apenas te alertando sobre como as coisas funcionam por aqui. Os policiais não têm poder neste lugar. O demônio foi para a solitária porque quis, acho que queria dar um tempo, eu não sei. A única coisa que sei é que ele não é homem para brincadeira, tome cuidado para não acabar sendo morta por ele. Obedeça e talvez você viva. ― Ela respondeu, sua voz firme contrastando com a atmosfera sombria da prisão.

Respirei fundo, tentando controlar as emoções que ameaçavam transbordar.

― Por que você foi presa? ― Perguntou de repente, senti um calafrio percorrer minha espinha ao lembrar o motivo de eu estar aqui.

― Os malditos policiais colocaram um quilo de maconha na minha mochila da faculdade e disseram que era minha. ― Ela riu, mas havia um tom de amargura em sua risada.

― Isso sempre acontece, em todas as cadeias sempre vai ter alguém que foi preso injustiçadamente. ― Comentou.

― E você? Por que foi presa? ― Ela me encarou com uma seriedade que me fez engolir em seco.

― Matei o meu pai. Ele abusava da minha mãe, então eu perdi a cabeça e o matei sem pena alguma. Algo que não me arrependo. ― Sua confissão foi direta, sem rodeios.

― Quanto tempo você está aqui? ― Perguntei, tentando disfarçar a incredulidade em minha voz.

― Semana passada fez três anos. ― Ela olhou para mim, sua expressão é uma mistura de resignação e determinação.

― Tanto tempo assim. ― Murmurei, incapaz de imaginar o que ela havia enfrentado durante todo esse tempo.

― Minha fofa, todos aqui têm pena máxima, chegam até a trinta anos de cadeia. ― Ela explicou, seu olhar vago revelando a dureza da realidade que enfrentava.

A conversa foi interrompida bruscamente por uma voz desconhecida que ecoou atrás de mim.

― Ora, carne nova no pedaço. ― Uma mulher desconhecida se aproximou, sua presença envolta em mistério.

Olhei para minha companheira de cela em busca de orientação, mas tudo o que encontrei foi um olhar divertido e um sorriso irônico nos lábios dela.

― Ah, Nebulosa, essa é a Aurelia, chegou ontem aqui na prisão. ― A Trix me apresentou, apontando na minha direção.

― Hum. ― Nebulosa me olhou de cima a baixo, seus olhos azuis claros pareciam penetrar minha alma. ― Cuidado, linda, pode acabar sendo comida por alguém.

Senti medo diante dessas palavras sombrias.

― Bom, eu vou indo, tchauzinho. ― Ela se despediu, deixando-nos sozinhos novamente.

Olhei assustada para minha companheira de cela, que não conseguiu conter o riso diante da minha expressão de pavor.

― Ela está com ciúmes de você. ― Ela disse, divertida.

― O que? Por que? ― Perguntei, ainda perplexa com o encontro com a Nebulosa.

Engoli seco, sentindo um nó se formar em minha garganta, enquanto a Trix me lançava um olhar divertido.

― Fofa, você é bem ingênua. ― Ela se inclinou sobre a mesa, sorrindo com malícia. ― Você é linda demais, até ofuscou o brilho da Nebulosa, e ela não gostou nem um pouco disso.

Senti uma onda de frustração e desespero me invadir.

― C-Como assim linda? ― Ela revirou os olhos.

― Fofinha, sua pele é morena, seus cabelos longos são escuros e brilhosos, tem um belo corpo que faria qualquer mulher chorar de inveja, e o melhor, tem belos olhos castanhos claros. Você é muito linda.

― Agora pronto, além de ter sido presa injustamente, agora tem uma jovem me odiando por ser bonita. E ainda corro o risco de ser estuprada, que vida ótima. ― Cobri o rosto com as mãos, sentindo as lágrimas querendo cair.

A vontade de chorar era avassaladora.

― Oh, querida, não fique assim. Eu vou te ajudar, pode confiar em mim. ― Ela colocou a mão em meu ombro, transmitindo um conforto inesperado.

― Como você vai me ajudar? Se alguém tentar me atacar, o que faremos? ― Minha voz saiu trêmula, os olhos marejados.

― Vou fazer o possível para te proteger, Aurelia. Eu gostei de você, me lembra de como eu era quando cheguei aqui. A nebulosa me ajudou na época, agora é minha vez de fazer o mesmo por você.

Soltei um suspiro de alívio.

― Obrigada. ― Um sorriso frágil brotou em meus lábios. ― Pode me dizer o seu nome?

Ela riu suavemente.

― Eu desistir do meu nome a muito tempo, apenas me chame de Trix. ― Sorri um pouco fraco.

― Certo, Trix.

― Vamos levar nossas bandejas, vou te explicar as coisas que precisamos fazer.

― Tudo bem.

Levantamos, carregando nossas bandejas, e a segui. Ao passar pelo refeitório, senti os olhares pesados sobre mim, especialmente daquele homem negro que disse que eu seria dele, ele está sorrindo de forma perturbadora.

― Por que aquele cara não para de me encarar? ― Perguntei, nervosa, para a Trix.

― Ele é conhecido como carrasco por aqui. Sempre de olho nas novatas. Ele transa com todas as novatas, se ele gostar da transa, você será dele, exclusivamente.

Meu corpo inteiro se enrijeceu de medo.

― C-Como você sabe disso? ― Minha voz saiu em um sussurro trêmulo.

― Eu já estive no lugar de muitas garotas aqui. E agradeço por não ter sido dele. ― Ela riu sombriamente. ― Não quero ser de ninguém, mas às vezes não temos escolha.

― Por que não? ― Perguntei, confusa.

― Porque eu quero viver. ― Sua expressão era séria. ― Aurelia, você já reparou que não há muitas jovens mulheres aqui, certo?

― Sim. ― Assenti, compreendendo.

― Todas foram mortas por desobedecer aos outros presos. Eu e minhas amigas estamos vivas porque obedecemos. Você precisa deixar o orgulho de lado, aqui dentro ninguém tem opções. ― Seus olhos transmitiam um aviso sério. ― Estou te dizendo isso pelo seu próprio bem.

Assenti, incapaz de articular mais palavras, entregamos nossas bandejas e ela me puxou para fora do refeitório.

― Aqui todos trabalham, exceto o demônio e a nebulosa. ― Ela explicou. ― Tem de tudo, da cozinha à lavanderia.

― E você? ― Perguntei.

― Prefiro lavar roupas. No banheiro, você corre o risco de ser atacada. Já aconteceu comigo. ― Seu tom era calmo, mas o relato era assustador.

― Você ficou bem? ― Indaguei, preocupada.

― Sim, só com algumas dores. ― Ela deu de ombros. ― Temos uma enfermaria, mas é precária.

Como alguém poderia ser tão sereno? Deve ter passado por tantas coisas aqui que se acostumou a esse tratamento desumano.

Que Deus me ajude neste lugar.

                         

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