UM ROMANCE DE NATAL - ESPECIAL DE NATAL
img img UM ROMANCE DE NATAL - ESPECIAL DE NATAL img Capítulo 7 7
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Capítulo 7 7

CAPÍTULO DOIS

- Você já teve uma fantasia sexual com o Papai Noel? Se sim, descreva detalhadamente abaixo.

Eu olho por cima do papel na minha frente, para minha colega de quarto Heather. - Isso está errado em muitos níveis. Explique-me isso de novo?

Estamos no banheiro - estou começando meu intervalo e ela acabou de chegar para começar seu turno. Ela torce o cabelo loiro em um coque em cima de sua cabeça e coloca sua bolsa no armário. - Chamase A Lista Impertinente - é uma pesquisa anônima para minha aula de sexualidade humana. Eu preciso reunir respostas de amigos e conhecidos durante as férias de inverno, então me faça um enorme favor e preencha isso.

Heather está trabalhando em prol do seu diploma de fisioterapia. - O que fantasias impertinentes têm a ver com a Fisioterapia? - Pergunto.

- Eu tenho duas teorias. A - fisioterapia é sobre a saúde total da pessoa, incluindo saúde sexual. Ou B - meu professor precisa de carne nova para o seu banco de espancamento. - Ela encolhe os ombros. - Provavelmente alguma combinação dos dois.

Os olhos castanhos de Heather se arregalam. - Oh! Eu quase esqueci... falando de bancos de espancamentos... Comprei algumas camisetas insolentes para a festa de Natal esta semana!

Ela vai até seu armário, e tira duas camisetas justas, segurandoas. Em letras verdes vibrantes, diz: "Eu amo bolas grandes", acima de uma imagem de duas grandes bolas de Natal penduradas sugestivamente abaixo da frase. A outra camiseta diz: "Quem quer encher minha meia?" No peito em letras brilhantes e vermelhas.

- O que você acha?

Eu rio, dando o polegar para cima. - Acho que vamos parecer um par de ho, ho, vadias.

-Perfeito!- Ela se dirige para a porta, apontando para o papel sobre a mesa. - Agora, comece a escrever suas fantasias mais sujas! E seja honesta - eu prometo que não vou ler - e seu nome não está no papel.

Quando ela sai pela porta, eu tomo um gole do meu chocolate quente e me concentro na Lista Impertinente. Aqui vamos nós:

Alguma vez você já fantasiou sobre bondage / fetiche?

Eu não acho que me interessaria pela experiência completa de Anastasia Steele ou qualquer coisa - raiz de gengibre descascado na bunda é um grande não para mim.

Mas um cara que toma as rédeas? Dominador? Alguém que vai me dobrar, me girar, puxar meu cabelo, me segurar - porque sabe exatamente o que está fazendo e que eu vou amar cada segundo disso?

Inferno sim. Inscreva-me para isso.

Sim.

Você já fantasiou em ser espancada durante a relação sexual?

Eu imagino Jace pressionando minha bochecha contra o assento de couro de um dos bancos do bar, em seguida, batendo na minha bunda com uma de suas grandes, rudes e bonitas mãos porque fui uma garota muito má. Um rastro líquido de calor sensual arde em minha mente, direto para o meu núcleo, fazendo meus músculos apertarem.

Eu posso não ter fantasiado sobre surra antes - mas vai estar no topo do menu a partir de agora.

Sim.

Alguma vez você já fantasiou sobre usar comida durante a relação sexual? Se sim, que tipo?

Sorrindo como uma garota malvada, eu pego a colher sobre a mesa e a passo através do espesso chocolate quente. Quando levanto a colher, o líquido derretido e cremoso escorre para dentro da caneca em uma linha fina e lenta - perfeito para pingar, depois lamber de todos os tipos de lugares interessantes.

Chocolate derretido.

Marque todas as opções que se aplicam:

Eu gosto de falar sujo.

Confere.

Eu gosto de falar como bebê.

Nãoooooo. Eu faço uma careta. Essa opção fica sem marcação.

Eu gosto de engolir durante o sexo oral.

Cuspir é para desistentes, e eu não sou desistente.

Confere.

Eu gosto de engasgar durante o sexo oral.

Hmm... isso é novo. Eu bato a caneta contra meus lábios. Eu aceitaria numa boa engasgar no pau de Jace?

Sim... sim eu aceitaria.

Confere.

Eu gosto de sexo anal / brincadeiras.

Eu marquei a opção, mas esclareci:

Nunca tentei, mas aberta a novas experiências.

Quais são as suas fantasias recorrentes mais impertinentes? Descreva abaixo:

Embora nomes sejam completamente desnecessários, estou pronta. As imagens são reproduzidas em minha mente como um filme mudo sensual, fazendo minha respiração acelerar e meus mamilos endurecer. Então eu apenas escrevo o que vejo.

- Jace me levantou no bar. Beijando-me em todos os lugares - minha boca, meu pescoço, meus seios, entre minhas pernas. Então me puxa para baixo, me vira, e me fode duro e rápido sobre o bar enquanto geme no meu ouvido.

- Jace puxando meu cabelo enquanto estou de joelhos para ele - mostrando- me como ele gosta, pegando o que quer, enquanto lhe dou tudo o que precisa. O fazendo se sentir tão bem, que ele nunca me deixará ir.

- Jace fazendo amor comigo, devagar e docemente, por horas no tapete de urso em frente à lareira do Black Diamond. Nós dois nos aquecendo e nos envolvendo um no outro, enquanto a neve cai do lado de fora da janela.

- Dizendo a Jace Winters que estou apaixonada por ele. Sabendo que ele se sente da mesma maneira. Administrando o bar com ele, casandome com ele, tendo 3,5 filhos e um Husky chamado Snowbell com ele. Fazendo uma vida com ele.

A última é diferente das outras - não é realmente impertinente. Não sei por que escrevi. Talvez para resolver tudo isso na minha cabeça.

Ou talvez porque o Natal é uma época em que os desejos se tornam realidade... e esse último é meu maior desejo.

- Hey, Passarinho. - Kevin Grady diz, entrando no banheiro.

Kevin é um "tio legal" tipo Willie Nelson , de sessenta e poucos anos, com longos cabelos grisalhos amarrados em um rabo de cavalo baixo, habilidoso, que pode consertar qualquer coisa e fazer um lote médio de biscoitos de chocolate. Ele trabalha para Jace como o barman reserva e cozinha mais do que qualquer um de nós. Kevin é gente boa.

- Ei Kev.

-Um dos caras do Dooney acabou de deixar alguma coisa para você no estacionamento dos fundos. - Ele sorri, segurando um jogo de chaves de carro tilintando. - Eu acredito que isto pertence a você.

Eu grito. Literalmente grito - como uma criança abrindo o mais recente iPhone na manhã de Natal - mas mais alto.

- Oh meu Deus! Está aqui! - Eu dobro a Lista Impertinente no bolso de trás. - Venha ver comigo Kevin!

Ele abre a porta. -Lidere o caminho, moça bonita.

Eu enfio a cabeça na cozinha. -Ryan, está aqui! Venha ver! - Ryan sorri por trás do balcão de aço inoxidável.

- Seu presente de Natal para você?

- Sim! Venha conferir!

Na área principal, eu pego a mão de Heather e chamo Jace de trás do bar para nos seguir pela porta dos fundos. É antes do horário movimentado da noite, então os clientes ficarão bem por alguns minutos. Todos saem para o estacionamento, cercando meu lindo carro novo e usado.

É a primeira grande coisa que já comprei para mim. O primeiro carro que comprei ponto. E ela é tão adorável quanto quando a vi pela primeira vez.

Eu levanto minhas mãos, como uma Vanna White morena.

- Tada! O que vocês acham? Ela não é bonita? - Eu pergunto, saltando. Mas nenhum deles parece tão excitado quanto eu.

- Sim, - Heather tenta, mas posso dizer que ela está forçando isso. - É um carro lindo, Evie.

- Definitivamente. - Ryan concorda, parecendo confuso. - Realmente bonita.

Kevin coça atrás da cabeça. - Uh... é um Mustang, boneca.

Sim, é. Vermelho cereja, com o teto branco e todo meu.

- Eu sei! Eu sempre quis um Mustang.

E então eu olho para Jace - porque sua reação é a mais importante de todas. Mas sua expressão faz meu coração murchar um pouco dentro do meu peito. Porque Jace parece chateado. Tipo super chateado.

Como se seu olhar pudesse derreter a neve, e queimar as renas do Papai Noel do céu, meio que puto.

- Jace?

-É um conversível, Evie, - ele rosna.

- Sim, eu sei. - Eu digo baixinho desta vez.

Jace abre os braços para fora - gesticulando para os flocos de neve que caem ao nosso redor. - É um maldito conversível! - Ele aponta para o carro. - Tem tração nas rodas traseiras?

- Sim, - eu admito, meu rosto começando a ficar quente.

- Você tem alguma ideia de como é perigoso dirigir um Mustang conversível com tração nas rodas traseiras por aqui? Nessas estradas? - Ele surta. - Dooney te vendeu esta armadilha mortal? Ele nem colocou correntes ou pneus de neve, o bastardo.

- Não é uma armadilha mortal. - Eu retruco. - É o carro dos meus sonhos e eu adoro isso.

- Oh sim? Você ama respirar? Porque não dou a porra de uma semana antes de arrastar você para fora de uma vala ou arrancar você de uma árvore.

Eu cruzei meus braços.

- Você tem uma Harley, Jace.

É azul escura e cromada, e vê-lo andar nela é um orgasmo para o olhos.

-Uma Harley que dirijo um total de duas semanas por ano, quando não está nevando. - Ele aponta o dedo para a picape preta estacionada do outro lado do estacionamento. - O resto do tempo, minha bunda está em um caminhão seguro e confiável! Que diabos você estava pensando?!

- Irmão pega leve. - Kevin diz, mas Jace continua a atirar punhais azuis em mim.

Ele estende a mão e rosna. - Me dê às chaves. Eu vou pegar seu dinheiro de volta amanhã. Você não vai dirigir isso.

Meu aperto nas chaves aumenta. E ele percebe.

- Eu sou uma adulta. - Eu levanto meu queixo. - E eu não preciso de você... - Então Jace faz algo que ele nunca fez antes.

Ele grita comigo.

Tão alto e cortante, que eu pulo. - As chaves do caralho, Evie! Agora!

Jace é mandão e assume o comando. Ele é duro e teimoso. Mas ele nunca foi cruel.

Até agora.

Minhas bochechas queimam de vergonha e meus olhos ficam úmidos de dor e fúria. E eu sinto todo mundo, todo mundo que me importa, me observando. Assistindo-nos.

Então eu bato as chaves na mão estúpida dele. Porque, pela primeira vez em todos os tempos, não quero estar perto dele. E dar-lhe as chaves é a maneira mais rápida e fácil de fugir.

Com a cabeça erguida e os ombros retos, viro as costas para ele e entro no bar. Atrás de mim, ouço comentários - e me sinto melhor sabendo que meus amigos estão do meu lado.

-Grosseiro, cara. Muito grosseiro.

- Bom trabalho, Jace.

- Feliz porra de natal, todo mundo!

- Bela maneira de ser um ho, ho... idiota, cara.

Eu disse que Jace era perfeito? Essa afirmação ainda permanece.

Mas neste momento, ele é um perfeito idiota.

***

Dez minutos depois, eu ainda estou na minha pausa - na mesa, chupando uma bengala doce como se minha vida dependesse disso e prestes a riscar o nome de Jace da Lista Impertinente com movimentos rápidos e assassinos da minha caneta.

Mas antes que eu o faça, a voz dele vem da porta atrás de mim. Sua voz normal agora. Forte e firme e quente.

- Essa bengala doce parece bem perigosa. Eu deveria estar preocupado?

Eu olho para a bengala de hortelã na minha mão - para a arma pontiaguda e afiada que chupei.

Coloco a caneta na mesa e dou de ombros. - Talvez.

Eu brinco com um canto do papel na mesa, enquanto Jace entra na sala.

- Vou apunhalar seu coração e depois comê-lo. O crime perfeito. - Eu digo a ele. - Aposto que você achou que eu fosse muito idiota para pensar nisso. - Ele suspira.

E puxa a cadeira ao meu lado, sentando de frente para o encosto, da maneira que os caras fazem.

- Eu nunca disse que você era idiota, Eves.

Meu coração está dolorido. Partido.

- Você insinuou isto. Mesma coisa.

Ele fica quieto por alguns momentos e eu não olho para ele, mas sinto o seus olhos me tocar.

- Eu fui um idiota, - diz ele gentilmente.

- Sim.

- E eu sinto muito.

Eu olho para ele então. E Deus, ele é lindo. Não é realmente justo. Sua linda boca está curvada nos cantos e seus olhos estão azul-celeste, suaves de remorso.

-Posso pegar minhas chaves de volta?

Ele bufa. - Eu não sinto muito por essa porra.

Eu reviro meus olhos, - Jace...

- Eu vou te levar para comprar um carro. Nós vamos neste fim de semana. Encontrar outro carro, algo que você vai amar tanto quanto o

Mustang, mas que vai mantê-la segura. - Sua voz fica crua. Tensa. - Você é importante para mim, Evie. Se alguma coisa acontecesse com você... Eu perderia a cabeça.

Suas palavras são como um bálsamo para meu coração, e a sensação dolorosa desaparece, substituída por algo mais quente, mais leve, mais excitante. Esperança. Alegria. Talvez até mesmo o espírito de Natal, que faz com que qualquer desejo se torne realidade.

- Importante para você como Kevin e Ryan e Heather são importantes para você? - Eu me arrisco, testando as águas. - Porque todos nós trabalhamos aqui?

Diga não. Por favor, Deus - por favor, diga não. Diga-me que sou diferente. Especial. Diga-me que eu sou mais. Porque você me quer. Aqui, agora, na mesa, sobre o sofá, contra a parede e depois em sua cama... na sua vida. Para sempre. Só diga não.

- Sim.

Merda!

O espírito natalino se desintegra em chamas - como uma árvore de Natal pegando fogo por um fio de luzes defeituoso.

- Eu acho. - Jace olha em direção aos armários, esfregando a parte de trás do seu pescoço. - Mais ou menos.

Eu levanto da cadeira, para que ele não veja a minha decepção. E empurro a Lista Impertinente no meu bolso de trás para que possa colocar no armário de Heather. Mas então Kevin enfia a cabeça pela porta, me fazendo girar rapidamente.

- Ei garotada! As encostas fecharam há dez minutos e os campeonatos de boliche terminaram. Está um manicômio aqui fora.

- Já estou indo, - eu digo, me abaixando para pegar meu avental do chão. Enquanto Kevin desaparece da porta, Jace se move para ficar na minha frente como uma parede sólida e quente de músculo e desejo. - Estamos bem, Evie?

- Sim. Tudo bem. Totalmente. - Eu respondo, um pouco mais animada do que o necessário. Amarro o avental nas minhas costas e olho naqueles olhos incríveis.

- Estou indo.

- Certo. - Jace olha de volta para mim. - Estarei lá em um minuto.

Eu concordo. Depois, atravesso a porta para o bar e começo a trabalhar.

***

- Tem certeza de que não está com você?

O bar já fechou - depois do que acabou sendo uma noite maluca. Os pisos estão varridos, as cadeiras para cima, Ryan está limpando a cozinha e Kevin e Jace fecham o caixa e reabastecem o bar. Heather e eu estamos prontas para ir para casa... exceto por um grande obstáculo.

- Tenho absoluta certeza, - diz ela, de joelhos olhando debaixo do sofá. - Refaça seus passos. Quando foi a última vez que a teve?

Eu sopro um fio de cabelo castanho ondulado do meu rosto. -

Aqui, na sala de descanso. Eu estava conversando com Jace depois do "Confronto do Mustang" e posso jurar que peguei e coloquei no seu armário...

Mas não está no armário de Heather. Não está em qualquer lugar - nós olhamos. A lista impertinente sumiu.

Meus segredos mais profundos, minhas fantasias mais sujas...

poof. Sumiu. No vento. Talvez enviado para a oficina do Papai Noel, quem diabos sabe.

Eu cubro meu rosto com as mãos. - Isso é tão humilhante.

Heather aperta meu ombro. - Não é tão ruim. Quero dizer... você não colocou seu nome, não é?

- Não.

Mas tenho certeza que coloquei o nome de Jace nela. Todo o inferno sobre ela.

Que pesadelo. Saia da frente vovó - deixe-me ser atropelada por uma rena. - Então você está bem!- Heather diz toda animada. - Provavelmente caiu no chão e Kevin pegou. Você sabe como ele tem TOC.

Isso é verdade. Kevin é muito rigoroso quando se trata de pisos bagunçados ou sujos.

- E, além disso, mesmo que alguém leia , não saberão que você escreveu.

Também é verdade.

E o pânico que está apertando meus pulmões desde que percebemos que a lista não estava no armário de Heather, finalmente começa a se soltar e se dissipar.

Porque onde quer que a Lista Impertinente esteja - quem quer que a tenha nas mãos - nunca saberá que sou a anônima que a escreveu.

Certo?

                         

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