Mas fugir de Gael Martinez não é simples. Não posso apenas correr e esperar que ele me deixe ir. Ele é poderoso, perigoso, e tem olhos em todos os lugares. Se eu quiser sair daqui viva, precisarei ser mais esperta.
Se não posso vencê-lo, vou me juntar a ele.
É isso. Preciso entrar no jogo. Mostrar submissão, seguir suas ordens, enquanto busco informações que possam me favorecer. Preciso aprender como ele pensa, descobrir suas fraquezas e usá-las contra ele.
Nos dias seguintes, faço tudo o que ele manda. Visto as roupas que ele escolhe, sorrio quando ele exige, e abaixo os olhos quando ele me encara. Não é fácil, mas percebo que, aos poucos, ele começa a baixar a guarda.
Enquanto ele está ocupado com seus negócios, exploro a casa. Abro gavetas, fuço papéis, e observo as pessoas ao meu redor. Lourdes, a empregada, ainda evita falar comigo, mas seus olhares furtivos me dizem que ela esconde algo.
Um dia, volto à biblioteca. O computador está lá, ainda bloqueado. Tentei desbloqueá-lo antes, sem sucesso, mas dessa vez, uma ideia me ocorre. Digito minha data de nascimento, sem grandes esperanças, mas, para minha surpresa, a tela inicial se abre.
Meu coração acelera. Eu não acredito. Ele usou a minha data de nascimento como senha. Por que faria isso? Tento ignorar o significado disso e me concentro no que está na tela.
Os arquivos estão organizados em pastas com nomes como "Operações", "Contatos", "Finanças". Começo a abrir tudo o que posso.
Descubro que Gael é dono de vários bordéis e que esses estabelecimentos são apenas fachada para coisas muito mais sombrias. Tráfico de drogas, armas, pessoas. Ele tem um império inteiro construído sobre crimes inimagináveis.
Minha respiração fica pesada enquanto absorvo as informações. Isso é maior do que eu pensava. Muito maior. Cada detalhe que descubro é uma peça do quebra-cabeça que preciso montar para escapar daqui.
Copio mentalmente o máximo que posso, fechando tudo rapidamente, se ele me pegar aqui, não haverá segunda chance. Mas, enquanto tento me recompor, ouço passos no corredor e congelo.
Antes que eu possa reagir, a porta da biblioteca se abre violentamente, e ali está ele. Gael. Seus olhos escuros estão fixos em mim, cheios de fúria e algo mais - desconfiança.
- Você acha que eu sou bobo? - ele pergunta, com a voz baixa e cortante.
- Eu... eu só estava...
Ele me interrompe com um movimento brusco. Antes que eu possa terminar, ele me segura pelo braço e me empurra.
- Acha que pode mexer nas minhas coisas sem que eu perceba? - Ele se aproxima, encurralando-me contra a mesa. - Não sou um amador, Summer.
Meu coração dispara enquanto tento formular uma desculpa, qualquer coisa que possa me tirar dessa situação.
- Eu só queria... eu... estava curiosa... - gaguejo, mas sei que não vai adiantar.
Ele inclina a cabeça, analisando-me como um predador que observa sua presa.
- Curiosa? - Ele ri, mas o som é frio e cruel. - Você está brincando com fogo, garota. E, acredite, eu não sou conhecido por ser paciente.
Sua mão desliza pela mesa, pegando um dos papéis que deixei de lado. Ele olha para o documento, depois para mim.
- É isso que você estava procurando? Ou tem mais? - Sua voz é perigosa, e sinto cada palavra como uma faca.
- Eu não fiz nada de errado - digo, tentando manter a calma. - Não sabia que era proibido usar o computador.
Ele se aproxima ainda mais, até que posso sentir sua respiração contra minha pele.
- Não sabia? - Sua mão sobe, segurando meu queixo com força. - Eu já disse que você pertence a mim, Summer. Isso significa que você não se mexe, não respira, não faz nada sem a minha permissão.
Tento me soltar, mas seu aperto é firme. Ele me força a encará-lo, seus olhos ardendo de raiva.
- Você gosta de testar meus limites, não é? - Ele murmura, quase divertido. - Pois bem, vamos ver até onde você consegue chegar antes de se quebrar.
Gael solta meu queixo, e senta em uma poltrona.
- Tire sua roupa - diz friamente enquanto se serve de uísque.
- Não... isso não vai se repetir Gael, eu prometo - digo quase chorando.
- Porra, eu disse para não me chamar de Gael e tire agora.
- Tu... tudo bem Hades, mas me deixa ir.
- Quando eu disser você obedece - diz vindo em minha direção.
- Sim ... - falo dando um passo para trás.
Faço como ele manda e começo a me despir, minha respiração está difícil, tenho medo e desejos misturados e isso está me deixando intoxicada.
- Boa menina - diz bebendo seu uísque - agora deite-se sobre a mesa.
Eu o obedeço e ele se aproxima de mim.
- Tão gostosa - diz com os olhos dilatados - eu vou provar você todinha, abra a boca.
Despeja uísque em minha boca e em seguida me beija sugando meus lábios junto com a bebida. Segue derramando bebida por meu corpo e lambendo. Se inclina e beija e morde meus mamilos com voracidade, sugando cada gota do uísque e eu luto contra meu corpo, que tenta responder.
Estou muito sensível a seu toque, ele pega mais uma doce do liquido e derrama no meu umbigo e bebe, depois em minha boceta e começa a me beijar lá, intercalando com chupadas, retorço-me... oh porra eu quero este homem, levanto a cabeça e olho ele foder minha boceta com a língua, meu acelerado coração tenta tranquilizar-se.
- Tão doce Mia Béla, sinta seu gosto - ele beija minha boca.
Ruborizo-me e tomo coragem para falar - Eu gosto disso e quero que você me foda.
- Mmm, e eu gosto que me suplique, Summer.
Ele se levanta e me olha com um olhar vitorioso.
- Arrume-se e desça para o jantar. - Sua voz é dura, como uma ordem. - E, Summer... se eu pegar você mexendo nas minhas coisas novamente, você vai se arrepender de verdade.
Com isso, ele sai da biblioteca, deixando-me com os joelhos fracos e a mente fervilhando. Meu plano quase foi por água abaixo, e agora, mais do que nunca, sei que preciso ser cuidadosa.
Se ele acha que pode me quebrar, está enganado. Estou mais perto da liberdade do que nunca. E ele nem sequer desconfia.